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Suas emoções e sua saúde física

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

A revista Newsweek, de 3 de outubro de 2005, publicou uma matéria de capa abordando o tema: doenças cardíacas e emoções. Mostrou que dieta e exercícios não são o segredo único e completo para a saúde cardiovascular. Muitas evidências em estudos científicos sugerem que o aspecto psicológico exerce influência importante nesta questão.

A revista Newsweek, de 3 de outubro de 2005, publicou uma matéria de capa abordando o tema: doenças cardíacas e emoções. Mostrou que dieta e exercícios não são o segredo único e completo para a saúde cardiovascular. Muitas evidências em estudos científicos sugerem que o aspecto psicológico exerce influência importante nesta questão.

Em janeiro de 1994, às 16h30 houve um terremoto perto de Los Angeles. Dentro de uma hora, após o terremoto, e pelo resto daquele dia, o pessoal médico procurou ajudar pessoas aglomeradas ou bloqueadas dentro de edifícios que estavam assustadíssimas. Também houve uma onda de ataques cardíacos dentre as pessoas que haviam sobrevivido ilesas ao tremor.

Nos meses seguintes ao terremoto, pesquisas em duas universidades examinaram relatórios médicos do Condado de Los Angeles, encontrando incrível aumento de mortes cardíacas que pularam de 15.6 (média diária), para 51 no dia do terremoto!

A maioria destas pessoas que tiveram o ataque cardíaco tinha história de doença coronária ou fatores de risco tais como alta pressão arterial. Mas os que morreram não estiveram envolvidos em esforços de resgate e nem haviam estado sob escombros. Por que eles morreram? Um artigo na revista científica The New England Journal of Medicine explica que “o estresse emocional pode precipitar eventos cardíacos nas pessoas que são predispostas para os mesmos.” (Newsweek, p.50, Oct 3, 2005). Aquelas pessoas estavam extremamente assustadas!

Edward Suarez, professor associado de psiquiatria e comportamento humano da Duke University encontrou que 50% das pessoas que têm ataque cardíaco não têm alto colesterol. O risco de fatores sociais e psicológicos são tão grandes como a obesidade, o tabagismo e a hipertensão arterial para produzir ataques cardíacos. Pessoas com alto escore de testes que medem níveis de raiva, hostilidade ou depressão têm níveis duas vezes mais alto de proteína-C-Reativa, que é um marcador inflamatório correlacionado com risco cardiovascular.

Debra Moser, professora de enfermagem da University of Kentucky em Lexington apresentou no Congresso da Associação Americana de Cardiologia em 2004 o resultado de uma pesquisa envolvendo 536 pacientes que tiveram ataques cardíacos. Ela mediu níveis de ansiedade com teste psicológico de múltipla-escolha, verificando se as pessoas tinham ou não posteriores complicações como um segundo ataque cardíaco enquanto estavam no hospital. As que tiveram o mais alto nível de ansiedade medido nos testes foram quatro vezes mais propensas a sofrer complicações do que as com níveis baixos. 

Por outro lado, emoções positivas têm um papel importante para nossa saúde. Karen Matthews, da University of Pittsburgh, observou 209 mulheres com pós-menopausa saudável durante três anos. Ela encontrou que as mais otimistas tinham menos espessamento em suas artérias carótidas (que levam sangue para o cérebro). O resultado foi de 1% nas otimistas para 6.5% nas pessimistas.   

Dr. Dean Ornish, da California University em São Francisco, recomenda que as pessoas melhorem o relacionamento afetivo com os outros, busquem ser mais abertas, evitem solidão e isolamento social, manifestem compaixão, perdoem, exerçam altruísmo, serviço voluntário para a comunidade, procurem um grupo de apoio emocional se necessário, desenvolvam sua espiritualidade. Pessoas após um ataque cardíaco têm risco de morrer dentro de seis meses quatro vezes mais se permanecerem sozinhas e deprimidas, segundo Ornish. Na Yale University homens e mulheres que se sentiam mais amados e apoiados tiveram menos bloqueio em suas artérias coronárias._______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Pensar na sua morte?

quinta-feira, 04 de agosto de 2022

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

O livro de Eclesiastes relata como as vantagens de Salomão em ser sábio e rico falharam para prover verdadeira e duradoura felicidade. No capítulo 7 de Eclesiastes e no versículo 2 Salomão recomenda aos seres humanos a preferirem ir numa casa onde está havendo um luto pela morte de alguém, do que numa casa com uma festa, porque dessa forma podemos refletir sobre a brevidade da vida, sobre nossa mortalidade e finitude, e com isso podemos ter a chance de reavaliar nossa forma de viver, checar se o significado que estamos dando para nossa vida é valioso e meditar em tantas outras coisas.

Em geral fugimos de pensar na nossa morte. Já reparou o que acontece em muitos funerais? Os parentes se encontram para velar o morto e cumprimentar o familiar do falecido, e depois de abraços de condolências e lágrimas, surge um grupinho aqui e outro ali dos parentes e amigos do falecido e a conversa vai longe e até com assuntos que produzem risadas. Risadas num funeral?

Será isso uma defesa meio que coletiva que usamos para não pensar na morte, mesmo estando diante dela num funeral? Por que fugimos de pensar na morte, na nossa morte? A resposta é porque assusta pensar nisso, porque causa angústia, e pode aumentar o medo de morrer em alguns talvez mais do que em outros.

O texto de Salomão não é pessimista. É realista. Não sei tudo o que ele pensou ao escrever esta parte do livro de Eclesiastes, mas o que ele deixa claro neste versículo se relaciona com reflexão sobre a morte inevitável para todos nós. Esta é uma realidade inegável nessa vida. Estamos caminhando para a morte. Somos um ser para a morte. Isto causa angústia, e não é nada agradável sentir angústia, especialmente ligada à ideia de morte, de nossa morte, angústia por pensarmos que vamos morrer.

Mas é possível pensar na morte sem aumentar a angústia. Vai depender do significado que damos para a vida e do que cremos sobre o que existe no pós-morte. A Bíblia diz que a morte é um sono, que nela não há consciência. O próprio Salomão escreveu sobre isso conforme está em Eclesiastes 9:10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” E Jesus mesmo comparou a morte com um sono. Veja o que Ele disse: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. ... Jesus dizia isto da morte de Lázaro; eles [Seus discípulos], porém, achavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” João 11:11,13,14. A hora de pensar sobre sua vida é agora porque a morte se aproxima. Não é pensar para ter medo, mas para ver se é necessário mudar algo em sua forma de viver, em seus conceitos sobre coisas como felicidade, riqueza, relacionamentos, entre outros temas.

Pare assim que puder, e faça uma reflexão sobre sua morte. Considerando que você está caminhando para morrer, e que não sabe quando isso ocorrerá, será preciso mudar algo em sua forma de viver, mudar o sentido da vida para sua pessoa e seu estilo de vida, abandonar a postura materialista, competitiva, e passar a se preocupar mais em compartilhar, ajudar a aliviar o sofrimento dos outros, desenvolver sua espiritualidade, perdoar, ser compassivo? Salomão que recomendou este tipo de reflexão, é considerado um dos homens mais sábios que já existiu. Pensar em nossa morte pode nos levar a mudar a tempo muitas coisas importantes na vida, para o bem.

www.doutorcesar.com

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Parar de culpar o outro por nosso sofrimento

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Desde a “queda” no Jardim do Éden surgiu no íntimo do ser humano a tendência de culpar outra pessoa pelos nossos sofrimentos. Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. A serpente culpou Deus. E Deus procura ensinar que cada um precisa assumir sua responsabilidade no comportamento porque isto é o que pode produzir crescimento pessoal e boas relações humanas.

Desde a “queda” no Jardim do Éden surgiu no íntimo do ser humano a tendência de culpar outra pessoa pelos nossos sofrimentos. Adão culpou Eva. Eva culpou a serpente. A serpente culpou Deus. E Deus procura ensinar que cada um precisa assumir sua responsabilidade no comportamento porque isto é o que pode produzir crescimento pessoal e boas relações humanas.

Hoje é comum pais culparem seus filhos de serem rebeldes, preguiçosos, irresponsáveis, enquanto que, por outro lado, filhos culpam os pais de terem sido demasiado gratificadores dos desejos dos filhos e por isso não colocaram limites que os teriam ajudado a aprender a enfrentar as dificuldades da vida de maneira melhor, ou os que os culpam dizendo que seus pais foram muito rígidos na sua educação.

Entre casais, o marido culpa a esposa de várias coisas, como de ser “romântica” demais, muito geniosa ou passiva ao extremo. Enquanto que uma esposa pode culpar o marido de ser frio afetivamente, muito racional, dedicado demais ao trabalho e esquecendo da família, ou muito mulherengo, explosivo. Empregados culpam os patrões alegando que eles não pagam um bom salário, que exigem demais, enquanto que patrões reclamam de empregados porque eles não produzem, faltam ao trabalho, não têm iniciativa.

Culpar outros é comum em todos os tipos de relações humanas. E é verdade que muitas destas queixas procedem, podendo ter um fundamento. Porém, isto não elimina também a verdade de que a pessoa que faz a queixa pode ter problemas pessoais, independentes da situação exterior atual da qual ela se queixa e a qual crê ser a origem única de seus sofrimentos.

Maturidade envolve assumir que erramos, cometemos falhas, em vez de ficar apontando o dedo para os outros como se os erros deles fossem a explicação de todo o nosso sofrimento. Negação é o processo mental pelo qual fugimos da verdade, não necessariamente porque queremos enganar conscientemente a nós e a todos. Negamos enquanto não suportamos a verdade. Fugimos da verdade porque pode ser mais confortável fazer isso.

Parece ser difícil para muitos de nós dizer: “Desculpe, eu errei.”, ou “Você tem razão.” Alguns até falam isto só que colocam imediatamente um “Errei, mas...”. Seria construtivo e animador para vários tipos de relacionamentos se a pessoa apenas disse: “Desculpe, eu errei.” e ponto, assumindo sua falha sem argumentos para amenizá-la ou desculpá-la.

Quando estamos prontos para mudar para melhor, paramos de negar e culpar as pessoas por nossa infelicidade. Admitimos nossa parte no problema. E nos voltamos para dar uma olhada em nós mesmos para ver o que há de errado e o que precisa ser consertado em nossa pessoa.

Certa vez vi num quadro de uma sala de um grupo que trabalha com os Doze Passos uma frase que dizia assim: “Primeiro olhe-se a si mesmo... Depois... olhe-se de novo.” Existe maior gratificação quando assumimos que erramos, em vez de ficar culpando os outros, porque desta maneira olhamos a nós mesmos com coragem, humildade, honestidade e o sincero desejo de mudar para melhor, independentemente se a outra pessoa muda ou não. Felicidade verdadeira é uma questão pessoal. Depende se estamos dispostos a assumir nossa verdade, boa e ruim, e mudar o que está ruim em nós.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O que você faz com o sofrimento?

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Nessa vida todos temos lutas, decepções, sofrimento. Saúde mental não é ausência de dores emocionais, como tristeza, angústia, medo. Uma pessoa com saúde mental boa tem em alguns momentos tristeza, sofre angústia, experimenta alguns medos dentro de um contexto de situações provocadoras destes sentimentos dolorosos.

Existe o perigo de medicar sentimentos desagradáveis em vez de pensar no significado deles para nossa existência e entender de onde eles vêm. Uma boa parte da população está muito medicada com remédios psiquiátricos. Falta a elaboração consciente do sofrimento. Não é que nunca se deve usar medicamentos psiquiátricos. Porém, muitos querem funcionar bem na vida, no trabalho, na família, e lançam mão de comprimidos, priorizando a busca de melhora emocional neles, porque precisam tocar a vida para a frente e não sabem ainda como fazer isso através de um trabalho de psicoeducação, o qual significa aprender a lidar com suas emoções, especialmente as dolorosas, desagradáveis, que causam dor.

Se você prestar a atenção, verá que provações surgem em sua vida, algumas com o fim de destruir sua pessoa, mas que podem ser encaradas como fonte de amadurecimento. Ajudará muito a mudar o rumo da maneira de lidar com situações dolorosas na sua vida, se você mudar a pergunta: “Por que isso está acontecendo comigo”, para: “O que posso aprender com esta situação dolorosa?”

Experiências traumáticas, um acidente de trânsito, perda financeira, divórcio, conflitos conjugais, morte de pessoa querida, decepção, infidelidade conjugal, perda do emprego, perseguição no trabalho, podem ser usadas por nós para nos fortalecer. Depende do olhar que teremos para com estes traumas, da rede de apoio para lidar com eles, e da intenção consciente de aprender com o sofrimento.

Provações, decepções, vêm sobre todos nós em momentos diferentes da vida, algumas mais devastadoras, outras menos, mas em todas podemos ver que surgem forças para enfrentá-las, mesmo tendo que passar temporariamente por uma depressão ou ansiedade excessiva em qualquer modalidade clínica.

A vida não é fácil. As religiões que prometem vida fácil, cheia de prosperidade material e ausência de sofrimento, nisto pregam falsidade. O Chefe do Cristianismo, Jesus Cristo, disse aos que O seguiriam que eles teriam aflições nessa vida, mas que isto não os deveria desanimar. (João 16:33). Não é justo nem verdadeiro afirmar que seguir Jesus garante sucesso financeiro e ausência de problemas. Não há respostas fáceis para o problema do sofrimento na humanidade, tema estudado por pensadores, filósofos e psicólogos. Sabemos que existe um conflito entre o bem e o mal que afeta todas as dimensões da sociedade e de nossa pessoa. Assim, existe sofrimento mesmo nos mais consagrados e praticantes de boa espiritualidade.

Os sofrimentos de hoje podem servir para nos preparar, nos fortalecer para os que virão mais adiante, e eles virão. Independente e apesar disso, é possível ter serenidade, paz e até alegria pessoal, interior. Depende de onde você colocará sua esperança, depende do seu conceito de significado dessa existência e boa compreensão sobre a guerra espiritual entre o bem e o mal, depende do que você faz com sua dor ou do que você permite que ela faça com você, depende dos recursos psicológicos e espirituais pessoais, além do apoio familiar e social de que você dispõe, e depende de fé de que há um Criador bondoso que está atento aos seus sofrimentos e fazendo o melhor para preservar sua sanidade mental e espiritual e sua vida física.

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Perdoar: esquecer ou lembrar?

quinta-feira, 14 de julho de 2022

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

O conceito popular de perdão afirma que quem perdoa, esquece. Entretanto, penso que para existir perdão genuíno é preciso primeiro lembrar do que houve para depois esquecer. Como é isso? Vamos pensar.

Alguém feriu você quebrando e prejudicando o bom relacionamento que havia antes. Se já não era bom, piorou. Se você mantiver a raiva pela pessoa, será prejudicial para sua saúde, porque você terá perdido a serenidade. Se fingir que está tudo bem, não será verdade, o que também é ruim para sua saúde.

Uma pessoa muito dependente quando ferida pelos outros, pode fingir que está tudo bem porque sente que não pode viver sem a aprovação alheia. Então, ela pode dizer que perdoou, quando mantém a mágoa em seu interior. Joga em baixo do tapete da consciência a percepção da verdade emocional pessoal que diz: “Ainda sinto raiva do que aquela pessoa fez comigo.” Então, para perdoar, ela precisará lembrar primeiro. Lembrar o quê? Do que houve, da dor, da tristeza pelo que ocorreu ao ter sido ferida. E lembrar pode doer e muito. Mas é preciso sentir a dor original para que ela possa ir embora.

Então, quem perdoa, lembra. Lembra, vive a dor, expressa adequadamente seu pesar, chora, dorme mal algumas noites talvez, perde o apetite ou come demais por um tempo, se entristece. Isto é normal e depois passa se ela realmente perdoa.

Um extremo de conduta é ficar focado nas próprias falhas e não viver a dor causada por erros dos outros. É como atacar a si mesmo o tempo todo dizendo: “Por que não pensei antes?”, ou “Por que fui confiar tanto?”, ou “Por que não coloquei limites?”. Outro extremo é focar demais nas formas como tem sido maltratado e usá-las como desculpa para manter um comportamento ruim. Ambos extremos de conduta devido a abusos sofridos, prejudicam a recuperação emocional pessoal. O que ajuda?

“Ser perdoado pelos erros que temos cometido contra outros não nos desculpa de nossas ações nem faz nossas ações corretas. Quando perdoamos outros pelos erros que eles têm cometido contra nós, não os desculpamos pelo que eles têm feito. Simplesmente reconhecemos que temos sido feridos injustamente e entregamos o assunto a Deus.” (The Life Recovery Bible, Tyndale, p.1121).

No processo de perdão genuíno não devemos dizer à pessoa que nos feriu: “Tudo bem!  Não foi nada! Não me importo! Deixa prá lá!”. A verdade é que não está tudo bem, foi algo que machucou, importa sim, doeu. Você pode e deve falar como doeu ou ainda dói para a pessoa, se isto couber, e deixe o fazer justiça nas mãos de Deus.

Viva a dor. Fale dela com alguém confiável. E deixe-a ir embora. Daí você poderá estar pronto para perdoar. Porque ao perdoar você se livrará do fardo da ira, do ressentimento, da mágoa. Estará livre. Readquirirá a serenidade. O resto é com a pessoa e com Deus. Se você perdoar, será também perdoado. Uma vez que não somos perfeitos, todos precisamos de perdão. Será que você merece perder a paz interior por causa dos erros dos outros? Lute para perdoar e esquecer a ofensa.

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Como lidar com pessoa implicante?

sexta-feira, 08 de julho de 2022

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

 Pessoa implicante é ranzinza, impaciente, impertinente, amolante, provocadora, sempre disposta a contender e discutir ou perturbar a paz das outras pessoas.

O que faz uma pessoa se tornar implicante? São vários fatores. Um deles pode ter relação com problemas com sono. Alguns falam com orgulho que só necessitam de 4 a 5 horas de sono por noite. Não entendem que a pouca quantidade de sono pode produzir irritação. Ao dormirmos nosso do corpo-mente restaura a saúde e recarrega as energias. Sem a devida reparação do bem-estar pela privação do sono, especialmente reparação do sistema nervoso central, pessoas podem se tornar irritáveis e agressivas. Nesses casos a solução é dormir mais tempo.

Outras pessoas ficam implicantes porque podem estar com excesso de cafeína no sangue, originada no café ou em bebidas tipo “cola”. Neste caso faz bem para a saúde reduzir ou eliminar as fontes de ingestão de cafeína. Mulheres na fase da TPM ou SPM (Tensão ou Síndrome Pré-Menstrual) apresentam aumento da irritabilidade podendo se tornar implicantes naqueles dias. A suplementação com ácidos graxos ômega-3 ajuda a reduzir os sintomas da TPM, também o uso do óleo de prímula, praticar atividades físicas ao ar livre e bom sono.

Indivíduos deprimidos e bipolares podem ter fases de irritabilidade. Necessitam orientação do médico psiquiatra para corrigir sintomas destas doenças como a irritabilidade. Outros impertinentes são assim em parte porque copiaram este comportamento do pai ou da mãe e repetem na vida adulta. Nestes casos precisam ser honestas consigo mesmas, admitir que estão repetindo este papel imaturo que aprenderam e lutar para evitar isso. Cada um escolhe seu comportamento.

 Têm indivíduos que são impertinentes não porque quem está ao seu redor é alguém desagradável, mas porque eles não estão bem com eles mesmos e não sabendo lidar com isto, perturbam os outros. Às vezes são impulsivas, só pensam no que fazem depois de fazer, ou nem pensam no seu comportamento implicante e no que ele produz nos seus relacionamentos. São pessoas que querem ser amadas, querem que todos estejam bem com elas, mas elas não ligam o “desconfiômetro” para perceberem que estão sendo impertinentes e que isso afasta os outros delas.

Como lidar com impertinentes? Primeiro, esteja atento aos gatilhos deles. O que dispara neles reações implicantes? Barulho? Muita gente perto? Falar demais? Falar de menos? Evite o que você sabe que favorece o comportamento implicante nelas, pelos menos do que depende de você.

Segundo, não deixe que a implicância dos outros perturbe você. Não traga como algo pessoal contra você. Muitos implicantes são assim porque não estão bem com elas mesmas, e não por falhas suas. Se você responder às implicâncias delas com irritação ou implicância também, as coisas só irão piorar.

 Em terceiro lugar, use bom humor. Responda à implicância com algo engraçado, não para debochar, mas para quebrar a tensão do momento. Se o implicante relaxar com sua brincadeira, todos ganham, se ficar mais irritado, fique calado.

Um bebê ou criança pequenina podem parar com a irritação quando a tocamos ou damos colo. Uma quarta estratégia ao lidar com implicante adulto é tocar a pessoa com carinho, oferecer um abraço. Isto pode desmontar a implicância dela.

Em quinto lugar, talvez o implicante queira conversar, e se você tiver tempo, puder e quiser, puxe um diálogo e deixe que ela fale do que a irrita. Oferecer seu ouvido ao implicante pode cooperar para ele relaxar e parar com a impertinência.

Finalmente, uma sexta atitude ao lidar com o implicante é pensar que algumas destas pessoas continuarão a implicar mesmo que você as trate bem e seja legal com elas. Nestes casos o melhor é se desligar, não entrar em discussão com elas, e ir fazer o que precisa e deixando-as de lado, sem desprezo, mas entendendo que você não precisa perder sua serenidade por causa de alguém que parece não estar interessada em querer cultivar boa amizade e não merece tirar sua paz mental.

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Ser feliz?

quinta-feira, 30 de junho de 2022

A felicidade é um tema para filósofos, dramaturgos, psicólogos, teólogos e para o povo em geral também. A experiência de milhões de pessoas que pensam sobre o assunto ao longo dos séculos mostra que felicidade nessa vida é um processo, depende de coisas simples, são momentos mais do que o tempo todo se considerarmos felicidade como ligada à sentimentos agradáveis.

A felicidade é um tema para filósofos, dramaturgos, psicólogos, teólogos e para o povo em geral também. A experiência de milhões de pessoas que pensam sobre o assunto ao longo dos séculos mostra que felicidade nessa vida é um processo, depende de coisas simples, são momentos mais do que o tempo todo se considerarmos felicidade como ligada à sentimentos agradáveis.

Felicidade é um estado do ser, uma experiência pessoal íntima mental. Nessa existência ela não é ausência de dor emocional, como angústia e tristeza. Primeiro porque todos os seres humanos, nascem com a natureza espiritual contaminada com egoísmo, orgulho, vaidade, inveja, que a Bíblia chama de “natureza pecaminosa”. Nesta natureza espiritual perturbada, existe a angústia. Os filósofos chamam de angústia existencial. Todos a temos, sejam bilionários, religiosos, pessoas de qualquer raça, classe social e econômica. E segundo porque existem conflitos psicológicos às vezes inevitáveis nos relacionamentos e da pessoa com ela mesma, o que prejudica a felicidade plena, impossível de obter nessa vida.

Felicidade, neste sentido de possuirmos uma natureza espiritual contaminada, tem muito que ver com vitórias sobre nossos defeitos de caráter. Você vai vencendo o egoísmo inato e passa a ser altruísta, luta contra a vaidade e vai se tornando mais simples, batalha contra o orgulho e vai conseguindo ser humilde.

Alguém perguntou se é possível aprender a ser feliz. Podemos aprender a ter mais momentos felizes sim. Isto vai depender de como lidamos com nossos pensamentos e sentimentos, e com as escolhas que fazemos. O cultivo de pensamentos como gratidão, valorização das coisas boas que existem e funcionam até agora na sua vida, evitar que pensamentos trágicos e pessimistas permaneçam na mente, é um passo. Outro é lutar contra sentimentos de inveja, ressentimentos, mágoas, e lutar contra a tendência que alguns têm de serem pessoas agressivas verbalmente, buscando no lugar disso a mansidão. Você pode ser feita uma pessoa mansa e ser proativa, determinada, empreendedora. Jesus era manso e extremamente empreendedor para o bem da humanidade.

Alguns argumentam que serão hipócritas se buscarem a felicidade estando sofrendo dificuldades. Um grande passo positivo nessa questão é a pessoa observar se ela tem estado obsessiva na busca de ser feliz. Tem gente que fica obcecado com querer mais um imóvel, mais um milhão de reais na conta do banco, mais um carro diferente e novo, e parece que nada sacia. Entendo que o caminho da felicidade possível nessa existência tem que ver com procurar ser um profissional eficaz e honesto, ser uma dona de casa que faz o melhor pela família, ser um estudante que se esforça para aprender, pensar em como pode fazer para produzir a maior quantidade de bem possível para todos, em vez de cultivar uma mentalidade obsessiva para ganho material, fama e poder social.

Também me perguntaram qual a diferença entre alegria e felicidade? Alegria é um sentimento ligado ao estado de felicidade. É o que você sente quando está feliz naquele momento, naquele dia. Interessante que alegria é descrito pela Bíblia como fruto do Espírito Santo. Esta é uma alegria totalmente diferente de, por exemplo, você ficar contente porque seu time de futebol ganhou uma partida. Esta última é uma alegria superficial, que até pode virar irritação e agressão se na próxima partida seu time perder. Por outro lado, a alegria de origem espiritual genuína, profunda, não gerada pela humanidade, não é fútil.

Numa Bíblia que uso, o salmista do Salmo 43, versículos 3 e 4, diz assim: “Envia a Tua [de Deus] luz e a Tua verdade, para que me guiem e me levem ao Teu santo monte e aos Teus tabernáculos. Então, irei ao altar de Deus, de Deus, que é a minha grande alegria; ao som da harpa eu te louvarei, ó Deus, Deus meu.” Mas tem um asterisco dizendo para ler uma nota no pé da página onde diz que no original hebraico, o idioma do Antigo Testamento, em vez de “de Deus, que é a minha grande alegria”, está “de Deus que é a alegria da minha alegria”. Interessante, não é? A alegria genuína é uma Pessoa. Então, você precisa ter esta Pessoa para caminhar na vereda da felicidade.

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Perdi o amor, e agora?

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Li um artigo interessante de uma escritora freelancer sobre saúde, psicologia e relacionamentos com o título “Então, você não está mais atraído pelo seu parceiro. E agora?” Vejamos algumas ideias dela e algumas minhas sobre esse tema.

Li um artigo interessante de uma escritora freelancer sobre saúde, psicologia e relacionamentos com o título “Então, você não está mais atraído pelo seu parceiro. E agora?” Vejamos algumas ideias dela e algumas minhas sobre esse tema.

No namoro e noivado é mais fácil você se sentir atraído ou atraída pelo seu parceiro (a). Quando a paixão está na cabeça, existe vontade de estar junto, conversar, compartilhar experiências, sentimentos, ideias. Porém, na medida em que o relacionamento se aprofunda e segue no tempo, e ambos se casam, surge uma rotina e cada um quer ficar na sua zona de conforto emocional. Este tipo de fenômeno é muito comum numa maioria dos casais casados.

Para alguns casais a perda da atração pode ser algo só físico. Mas para outros esta perda atinge algo mais profundo no relacionamento. Daí, para tentar resolver isso comece pensando no que acontecia quando você conheceu seu parceiro, sua parceira pela primeira vez. Provavelmente você sentiu uma atração física e junto disso estava o mistério de conhecer alguém novo. Você imaginou como aquela pessoa seria e tinha interesse em se tornar alguém atraente para ela.

Quando o relacionamento se tornou de longo prazo, o interesse pode ter mudado no sentido de você não mais ficar tão preocupado com o que o outro pensaria de você. Neste caso, você foi deixando de fazer esforços para manter o relacionamento agradável. Possivelmente você foi parando de compartilhar mais experiências novas emocionantes. Isto produziu uma estagnação gerando tédio entre ambos.

Quando surge um primeiro filho aí é que a atração pelo cônjuge pode parecer mais difícil de existir porque vem o sono, o cansaço no cuidado da criança, surgem novas responsabilidades e a vida pode ficar mais corrida. Os filhos também contribuem para roubar a atenção do cônjuge, o que é comum nos casamentos. Porém, é possível recuperar a atração afetiva pelo cônjuge. Veja cinco passos que terapeutas de casais recomendam:

1 - Descubra o por quê – o que fez com que a chama do desejo se apagasse? Será que foi quando vieram os filhos e seu cônjuge começou a priorizá-los em vez de você? Se sente ressentido porque ele/ela deixou de cuidar da aparência? Você tinha imaginado que ele/ela seria um tipo de pessoa e na convivência descobriu ser bem diferente? Houve brigas em que o outro feriu você de forma muito dolorosa o que contribuiu para o afastamento?

2 - Tome a iniciativa – o mais comum é um cônjuge culpar seu companheiro ou companheira de ter causado o afastamento do casal. Mas é importante refletir sobre como você contribuiu para o problema. Não existe casamento em que o problema do casal seja só de um. Se você está se sentindo ressentido por seu parceiro não atender às suas necessidades, você já falou sobre o que quer? O amor não é uma bola mágica que faz o outro saber o que você deseja sem você precisar falar. Fale do que sente falta, mas fale de uma forma não agressiva.

3 - Tente resolver o problema de forma atenciosa – isto significa fazer a sua parte. Mas o diálogo é importante, porque tem coisas que não se resolvem sem uma conversa. Se prepare para a conversa. Se você tem dificuldade de falar, é bom anotar num papel os itens que quer conversar. Ao ter o diálogo, seja honesto e respeitoso. Fale de como você se sente com o que o outro faz e que não lhe agrada.

4 - Faça um plano – após o diálogo monte uma estratégia para os próximos dias e semanas para atuarem juntos a fim de buscarem o interesse mútuo novamente. Pode ser cozinharem juntos, fazer um passeio agradável, irem a um novo restaurante. Ajudará ter momentos de conversa só sobre os dois, em vez de falar de filhos, negócios, trabalho.

5 - Considere ajuda externa – se você tentou o que sabia e podia e não está funcionando, então pense em procurar ajuda com um conselheiro matrimonial de experiência, um terapeuta de casais para ter algumas consultas de orientação.

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Confiança e saúde mental

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Cientistas respeitados no mundo, como Harold Koenig, psiquiatra da Universidade Duke, na Carolina do Norte, John R. Peteet, psiquiatra da Universidade Harvard, Kenneth I. Pargament, professor de psicologia clínica na Universidade Estadual Bowling Green, estudam e pesquisam sobre a conexão entre saúde mental e espiritualidade. Um dos tópicos de estudo é a confiança e mente saudável. Confiar em pessoas confiáveis ajuda a reduzir o estresse. Confiar num Deus bom favorece a saúde mental. O que significa confiar? O que é confiar em Deus de modo que ajude a saúde mental?

Cientistas respeitados no mundo, como Harold Koenig, psiquiatra da Universidade Duke, na Carolina do Norte, John R. Peteet, psiquiatra da Universidade Harvard, Kenneth I. Pargament, professor de psicologia clínica na Universidade Estadual Bowling Green, estudam e pesquisam sobre a conexão entre saúde mental e espiritualidade. Um dos tópicos de estudo é a confiança e mente saudável. Confiar em pessoas confiáveis ajuda a reduzir o estresse. Confiar num Deus bom favorece a saúde mental. O que significa confiar? O que é confiar em Deus de modo que ajude a saúde mental?

Dicionários definem “confiar” assim: colocar algo, alguém ou a si próprio sob a guarda ou os cuidados de pessoa, instituição em quem se tenha confiança; crer, acreditar na verdade das intenções ou das palavras de alguém; entregar alguma coisa a alguém sem receio de perder ou de sofrer dano. Confiar é acreditar na confiabilidade, verdade, habilidade ou força de algo.

Quando se trata de confiar em Deus, isso significa crer em Sua confiabilidade, Sua Palavra, Sua capacidade e Sua força. Muitas décadas atrás existia um consenso social em que a palavra de uma pessoa era lei. Em negócios, por exemplo, quando alguém dava sua palavra dizendo que pagaria certo valor em dinheiro dentro de uma semana pela compra feita, se ele era um indivíduo honesto – “de palavra” – todos acreditavam e o negócio era feito verbalmente.

A corrupção e falta de confiança na palavra das pessoas caiu tanto que mesmo com documentos registrados em cartório praticam-se fraudes. Perdeu-se a confiança na palavra por surgir uma cultura de mentiras, tipo “levar vantagem”. Isto tem que ver, entre outras coisas, com a visão materialista da existência, o que é uma mediocridade.

Mas a Bíblia, o manual de vida dos cristãos, diz que Deus não pode mentir. Deus é de palavra, cumpre Suas promessas. Confiar em Deus significa acreditar no que Ele diz sobre Si mesmo, sobre o mundo visível e invisível, sobre a realidade e sobre cada um de nós.

Confiar em Deus é mais do que sentimento; é escolher ter fé no que Ele diz, mesmo quando seus sentimentos ou circunstâncias querem que você acredite em algo diferente. Confiar não é sentir, não é emoção. Sentimentos são importantes em nossa vida mental e de relacionamentos, mas eles não são confiáveis o suficiente para você basear sua vida neles. Sentimentos podem mudar de um minuto para outro. Assim, confiança não é sentimento, mas a certeza na palavra de alguém, na promessa que alguém fez, no que ela disse que faria e fará por você. Sentimentos ou emoções flutuam como o tempo atmosférico. O céu pode estar azul e com sol, e daqui a uma hora tudo pode mudar, vindo um céu nublado e chuva.

Por outro lado, Deus não muda. Ele é o mesmo ontem, hoje e amanhã. Portanto, Ele é digno de confiança. Confiar em Deus não é ignorar seus sentimentos ou a realidade. Não significa fingir que está tudo bem quando não está. Confiar em Deus, que favorece sua saúde mental, quer dizer viver uma vida de crença e obediência a Deus, mesmo quando a situação está difícil.

Mesmo Sigmund Freud, que veio de uma família judia, mas parece que se tornou ateu, reconheceu que os crentes, ou seja, aqueles que confiam, tem melhores defesas contras certas aflições mentais.

Pense: a confiança em Deus que causa saúde mental não depende do que você sente. Depende de pensar racionalmente no que Ele prometeu fazer em sua vida e crer, sentindo isso ou aquilo. Na confiança está o descanso e a força para enfrentar, provações e sofrimentos. (Veja em Isaías 30:15).

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Café: bom para a saúde?

quinta-feira, 09 de junho de 2022

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

O café é gostoso. Mas será mesmo saudável? Li um artigo com o título “Xícara de café não tão perfeita”, escrito pela médica dra. Elizabeth Ostring, de Auckland, na Nova Zelândia e publicado em 23 de fevereiro de 2015. Leia o original nesse link: https://adventistreview.org/news/no-so-perfect-cup-of-coffee/

Os adventistas do Sétimo Dia têm muita informação sobre saúde, têm mais de 300 hospitais em vários países, várias faculdades de Medicina e de outras áreas das ciências da saúde e muitas universidades no mundo todo. Em seu trabalho educacional eles defendem a alimentação vegetariana, abstinência de bebidas alcoólicas, fumo e outras drogas, recomendam a prática de atividades físicas, uso de água pura em abundância, exposição adequada à luz solar, usar com equilíbrio mesmo os alimentos saudáveis, boa respiração de ar puro, repouso apropriado, convívio o mais possível na natureza e confiança no poder de Deus.

Há alguns anos a revista Geográfica Nacional publicou matéria de capa, mostrando que existem três povos no mundo com maior longevidade: de Okinawa no Japão, Sicilianos na Itália e Adventistas do Sétimo Dia. Uma das recomendações de saúde dos adventistas é evitar o consumo de cafeína, seja em refrigerantes, em chás como o chá mate, chá preto, chá verde, ou no café. Não é uma proibição do uso de cafeína, mas uma recomendação. A dra. Elizabeth diz que por 100 anos os Adventistas do Sétimo Dia se destacaram por apresentarem o que chamavam de “esquisitices sociais” por exemplo, por não fumarem. De décadas para cá a ciência tem provado os malefícios do consumo de tabaco. Não era esquisitice. E a ciência também reconhece que eles estão corretos ao recomendar os benefícios de um estilo de vida sem álcool e sem carne.

Kenneth Kendler, diretor do Instituto Virginia para Genética Psiquiátrica e Comportamental, estudou 3.600 gêmeos. Devido ao uso generalizado da cafeína, é difícil encontrar pessoas suficientes que não usem cafeína para formar a população de pessoas em situação semelhante necessária para comparar com as que usam. Assim, o estudo deste cientista só pôde mostrar o que uma redução no uso de café revelou. Ele descobriu que mais de cinco xícaras de café por dia dobravam o risco de transtornos de personalidade antissocial, ataques de pânico, ansiedade, depressão e uso de maconha, cocaína e álcool. Ele disse que o café é uma substância que “influencia a maneira como você pensa”.

A cafeína em uma “xícara de café” é em geral medida por uma xícara de café tradicionalmente fabricado. Mas a quantidade de cafeína em uma xícara varia bastante. Um estudo dos EUA descobriu que o café de uma cafeteria famosa tinha cerca do dobro do teor de cafeína de outras marcas disponíveis. Além disso, os tamanhos das xícaras de café se expandiram muito. Um grande café desta cafeteria famosa tem cerca de 3,3 vezes o volume de uma xícara de tamanho padrão, assim, apenas uma xícara desta cafeteria pode ter o teor de cafeína de 6,6 xícaras padrão.

A cafeína aumenta a pressão arterial, o colesterol no sangue e a taxa de bebês que nascem mortos, está associada ao aumento de ataques cardíacos em pessoas com uma variante genética específica e aumenta os distúrbios do sono.

Mas e os benefícios de desempenho não valem a pena? A Biblioteca Cochrane, principal coleção mundial de informações médicas baseadas em evidências, conclui que não há evidências de que a cafeína melhore o desempenho físico ou mental. O benefício mais comum apontado para o café é que ele é rico em antioxidantes. Qual a alternativa? Antioxidantes são prevalentes em frutas, vegetais, legumes e nozes, cujo consumo não produz problemas para a saúde como o café.

Conclusão: a cafeína é cada vez mais reconhecida pela comunidade científica como causadora de problemas de saúde. Bebidas cafeinadas não melhoram a qualidade de vida; elas apenas aumentam os custos financeiros e de saúde. Você pode substituir por café de milho, de cevada. É gostoso também e saudável!

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