Faço desta coluna uma carta aos sobreviventes, posto que assim me sinto. Sobrevivi à tragédia de 2011 e termino 2020 com saúde.
Acordei em 2021 com a paz dos náufragos que se deitam sobre a areia e descansam, olhando as nuvens que se movimentam no céu. Durante o café da manhã, Robson Crusoé, Malu Mulher, Jean Valjean e tantos outros personagens passearam pelo meu imaginário como conselheiros da manutenção da vida. Foi uma bela companhia.
Ah, a literatura nunca deixa de nos assistir! Cura-nos da estupidez.