Blog de maxwolosker_18841

Dada largada para o jubileu de ouro da turma de Medicina da UFF 1974

terça-feira, 28 de março de 2023

O último sábado 25, marcou, também, mais um encontro do grupo Veloso, um segmento dos alunos da faculdade de medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense), que moram no Rio de Janeiro e que se encontram já vai tempo. Antes, esses encontros eram no famoso Bar Veloso, no Leblon, e depois da pandemia passaram a ser feitos na Academia da Cachaça, no mesmo bairro da zona sul carioca.

O último sábado 25, marcou, também, mais um encontro do grupo Veloso, um segmento dos alunos da faculdade de medicina da UFF (Universidade Federal Fluminense), que moram no Rio de Janeiro e que se encontram já vai tempo. Antes, esses encontros eram no famoso Bar Veloso, no Leblon, e depois da pandemia passaram a ser feitos na Academia da Cachaça, no mesmo bairro da zona sul carioca.

Essa turma, formada em junho de 1974 tinha alunos de vários cidades e estados brasileiros, a saber a Guanabara (na época o Estado do Rio de Janeiro tinha como capital a cidade de Niterói e a cidade do Rio de Janeiro era a capital do extinto Estado da Guanabara, também conhecido como cidade-estado), além dos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo e Amazonas. Como podemos notar essa turma está próxima de completar seu Jubileu de Ouro, pois ano que vem, 2024, completará 50 anos de formada.

Esse primeiro encontro do ano, normalmente acontece todos os meses, com exceção de dezembro, janeiro e fevereiro, e serviu também para definir o local do grande encontro comemorativo a ser realizado em setembro, do ano da graça: 2024.

Como a faculdade fica no Rio de Janeiro e a maioria da turma oriunda de Niterói, do Rio, e do interior do estado todos os eventos que foram feitos a cada cinco anos, desde a formatura, foram no Estado do Rio de Janeiro, a saber Niterói, o primeiro; Friburgo; Teresópolis, por duas vezes; Cabo Frio; Mangaratiba; Angra dos Reis e Conservatória (distrito de Valença).

Todas as cidades tiveram seus prós e contras, mas Mangaratiba, mais especificamente o Hotel Porto Belo, foi o escolhido para a grande comemoração. Afinal 50 anos é uma vida e, ao contrário do passado, felizmente, os óbitos diminuíram não só pelo avanço da medicina preventiva, mas em função das pessoas se cuidarem mais e levarem a saúde mais a sério. Nossa turma até agora, graças ao bom Deus, perdeu poucos colegas.

A escolha do Porto Belo se deu em função de ser um local que concentra as pessoas, pois o hotel oferece pensão completa, de muito boa qualidade, tem várias atividades, piscina além de uma praia nos fundos do estabelecimento e com muitos quartos que ao abrir-se a porta já se pisa na areia da praia. Pode-se fazer passeios de barco pela baía de Sepetiba e caminhadas pelo condomínio Porto Belo que tem uma área muito extensa. No entanto, o mais importante é que os colegas vão poder ter um convívio diário, durante pelo menos três dias, sem a necessidade de saírem, pois, as refeições serão em conjunto. Isso torna a estadia mais acolhedora e mais intimista. Afinal, após a formatura cada um seguiu a sua vida profissional e existe uma dispersão natural.

É claro que temos conhecimento de várias turmas de não importa qual o segmento que se encontram pelo menos uma vez por ano; no entanto, só comparece um número limitado de colegas por isso a importância de um encontrão e num local que concentre as pessoas. Mas, encontros muito grandes geram custos e não podem ser anuais, por isso costumam ser mais espaçados, geralmente de cinco em cinco anos.

Foi um sábado muito proveitoso onde encontrei amigos mais chegados, num ambiente descontraído e, como não podia deixar de ser, de recordações dos tempos de estudante, dos acontecimentos engraçados ou sérios dos tempos de faculdade e dos amigos que já se foram. Dessa vez não tive como ficar no Rio e mesmo indo e vindo para Friburgo, no mesmo dia, o cansaço foi mitigado pela alegria de rever os amigos.

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E o Credit Suisse quebrou levantando dúvidas sobre a solidez dos bancos suíços

terça-feira, 21 de março de 2023

Deve ser muito difícil admitir que um país que sempre alardeou superioridade em relação a outros, principalmente sobre os subdesenvolvidos, esteja atolado até o pescoço, naquilo que sempre foi a sua menina dos olhos. Falo da Suíça e de seu tão “seguro” sistema bancário, alardeado aos quatro ventos por seus orgulhosos cidadãos e pelo próprio governo. No entanto, não foi o que se viu com a “quebra” do Credit Suisse, semana passada, instituição financeira que era considerada o “filé mignon” do sistema bancário helvético.

Deve ser muito difícil admitir que um país que sempre alardeou superioridade em relação a outros, principalmente sobre os subdesenvolvidos, esteja atolado até o pescoço, naquilo que sempre foi a sua menina dos olhos. Falo da Suíça e de seu tão “seguro” sistema bancário, alardeado aos quatro ventos por seus orgulhosos cidadãos e pelo próprio governo. No entanto, não foi o que se viu com a “quebra” do Credit Suisse, semana passada, instituição financeira que era considerada o “filé mignon” do sistema bancário helvético.

Como afirma o Swissinfo.ch, em sua edição de segunda-feira, 20, “Os bancos suíços são prudentes e confiáveis em períodos de turbulência. A compra urgente do Credit Suisse pelo UBS Group Ag, também suíço por 3,23 bilhões de dólares (cerca de R$ 17 bilhões) quebra essa imagem e prejudica a credibilidade do setor bancário suíço”. Esse valor foi informado pelo Banco Nacional da Suíça (SNB na sigla em inglês), no último domingo, 19. Segundo a Agência Reuters, o acordo também inclui uma assistência de liquidez de 108 bilhões de dólares (R$ 568,86), por parte do SNB.

Um outro problema é que essa compra levou ao desaparecimento de 16 milhões de francos suíços de obrigações emitidas pela instituição financeira, que não têm mais nenhum valor. De acordo com um detentor de obrigações do banco, segundo o Financial Times, isso terá consequências a longo prazo, para qualquer dívida monetária helvética. Em outras palavras, significa que futuros investidores poderão pensar duas vezes, antes de colocar seu dinheiro nas obrigações de empresas suíças.

De acordo com o Valor Investe, como se não bastasse a crise bancária desencadeada pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB) nos Estados Unidos, no último dia 15, os mercados despencaram com notícias envolvendo o Credit Suisse. Dessa vez, o estopim foi o anúncio de que seu principal acionista, o Saudi National Bank, da Arábia Saudita, não vai aumentar sua participação na instituição.

Mas, o que aconteceu com o banco helvético? O balanço do Credit Suisse no quarto trimestre de 2022, divulgado em fevereiro, mostrou que ele teve o quinto prejuízo consecutivo. No entanto, o problema não foi só esse. Na última terça-feira (14), a empresa informou ter identificado "fragilidades materiais" significativas em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos.

Os problemas, portanto, não são de hoje. Recentemente, duas empresas deram ao Credit Suisse prejuízo de US$ 15 bilhões ao falirem após tomarem recursos do banco. Investigações mostram que houve falhas na análise de riscos da instituição suíça. Assim, vem sendo criada uma insegurança a respeito do funcionamento e, consequentemente, do futuro do banco.

Complicou tudo o fato do Credit Suisse atravessar uma crise de confiança que se arrasta há anos, e culminou agora em um problema estrutural graças a uma somatória de fatores, que combinam tanto questões internas quanto de mercado: histórico de má governança que inclui acusações de fraude, suspeitas de lavagem de dinheiro e até espionagem de executivos; apertos monetários pelos bancos centrais (sim, eles mesmos, os juros), que afetam a liquidez do mercado como um todo; série de prejuízos seguidos, inclusive o último de 7,3 bilhões de francos suíços (quase 8 bilhões de dólares) no ano passado; a quebra de instituições bancárias nos Estados Unidos, que contaminou o setor como um todo; por fim, a revelação das "fragilidades materiais" nos balanços referentes a 2021 e 2022.

Aliás, foram as “fragilidades materiais”, aqui conhecidas como “inconsistência contábil” que causaram o rombo de R$ 20 bilhões na rede Lojas Americanas. Isso levou a empresa a solicitar uma tutela cautelar, ou seja, uma proteção à Justiça, para evitar a antecipação de vencimento de dívidas que, segundo a companhia, somam R$ 40 bilhões. Lá como aqui o vil metal leva a ações impensadas, que quando vêm à tona são capazes de desestabilizar as instituições ditas sólidas. Desenvolvidos ou subdesenvolvidos os países são conduzidos  por homens, nem sempre acima de qualquer suspeita.

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Salão das Testemunhas de Jeová sofre atentado a bala na Alemanha

terça-feira, 14 de março de 2023

De acordo com informações da polícia de Hamburgo, cidade ao norte da Alemanha, pelo menos oito pessoas foram mortas, entre as quais, o autor dos disparos, durante um culto da congregação das Testemunhas de Jeová, no último dia 9. Os meios de comunicação do país germânico trataram o ocorrido com prudência, na sexta-feira, 10, com relação à natureza exata do ocorrido que deixou vários mortos e feridos. Mesmo os tabloides sensacionalistas em tais situações, evitaram utilizar o termo atentado terrorista, levantando a hipótese de que ele teria sido cometido por um fanático.

De acordo com informações da polícia de Hamburgo, cidade ao norte da Alemanha, pelo menos oito pessoas foram mortas, entre as quais, o autor dos disparos, durante um culto da congregação das Testemunhas de Jeová, no último dia 9. Os meios de comunicação do país germânico trataram o ocorrido com prudência, na sexta-feira, 10, com relação à natureza exata do ocorrido que deixou vários mortos e feridos. Mesmo os tabloides sensacionalistas em tais situações, evitaram utilizar o termo atentado terrorista, levantando a hipótese de que ele teria sido cometido por um fanático. Ainda segundo uma publicação no semanário Der Spiegel, o assassino seria um antigo membro da congregação, de cerca de 30 anos de idade.

Passava das 21h de quinta-feira passada, 9, quando a polícia foi acionada após uma série de tiros no interior de um salão pertencente a essa comunidade religiosa, situado numa rua entre os bairros de d´Alterdorf e de Gross Bortel, ao norte da cidade. A matança começou depois das 19h, enquanto se realizava um dos cultos semanais, são dois, organizado nesse Salão do Reino, nome que é dado pelas Testemunhas de Jeová ao seu lugar de reuniões.

Entre os oito milhões de seguidores dessa congregação religiosa recenseados noo mundo, cerca de 200 mil vivem na Alemanha, dos quais um pouco menos de quatro mil na cidade de Hamburgo. Na sexta-feira, 10, pela manhã, a polícia informou que oito pessoas tinham sido mortas, sendo uma delas um feto de sete meses, atingido na barriga da mãe, que conseguiu sobreviver. Entre elas, está o autor dos disparos. Segundo informações de outras fontes, oito outras pessoas foram feridas, sendo que uma delas está em estado grave.

No momento que os policiais entraram no térreo do Salão do Reino, no local dos disparos, escutaram um outro tiro vindo do andar superior. Ao subirem para saber do que se tratava, depararam com mais um morto, o provável autor da chacina. Identificado apenas como Philipp F, de 35 anos, que é um ex-membro da comunidade religiosa que tinha "ressentimentos", segundo a polícia local.

Como acontece nesses casos de chacinas, na Alemanha, a polícia fez vários comunicados nas redes sociais, pedindo à população para não difundir rumores infundados: “Nós trabalhamos sob forte pressão e nós apelamos para evitar discussões sobre os autores dos atentados ou o desenrolar dos fatos, assim como os insultos e comentários inoportunos”. Na manhã do dia seguinte, o chanceler alemão, Olaf Scholz, descreveu o incidente como um "ato brutal de violência", dizendo que seus pensamentos estavam com as vítimas e seus parentes.

Em um comunicado, a comunidade das Testemunhas de Jeová na Alemanha disse estar "profundamente triste com o terrível ataque a seus membros no Salão do Reino em Hamburgo após um serviço religioso". O prefeito de Hamburgo, Peter Tschentscher, declarou estar em choque e ofereceu suas condolências às famílias das vítimas.

Infelizmente, nos países europeus, nos Estados Unidos e no Oriente Médio, a população não está livre desses indivíduos, sejam fanáticos, revoltados ou desequilibrados mentais que, de um momento para o outro, põem a vida de pessoas inocentes sobre ameaça. Fica difícil para católicos, judeus, muçulmanos, e, agora, Testemunhas de Jeová fazerem suas orações em paz. Nem mesmo as crianças, em idade escolar, escapam a esses maníacos que espalham o pânico e o medo entre cidadãos pacatos que apenas querem desfrutar de uma pretensa liberdade.

(Fontes de informação: https://www.lemonde.fr/international/article/2023/03/10/allemagne-a-hambourg-une-fusillade-mortelle-dans-un-lieu-de-culte-des-temoins-de-jehovah_6164927_3210.html e a BBC News Brasil (O que se sabe sobre ataque a tiros em templo na Alemanha que deixou pelo menos 7 mortos).

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O envelhecimento da população, um desafio importante

terça-feira, 07 de março de 2023

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Esse aumento da população dita da terceira idade é consequência de dois grandes fatores: de um lado a diminuição da taxa de nascimentos e do outro, a diminuição da taxa de mortalidade dos idosos, com os avanços da medicina, principalmente no campo das medidas preventivas, no que diz respeito à saúde, a alimentação e aos cuidados pessoais. Em terras tupiniquins não temos números atualizados, mas o IBGE mostra que a taxa de natalidade brasileira, em 2015 era de 14,16 por mil habitantes.

Já o Banco Mundial afirma que em 2020 tínhamos uma taxa de 1,65 nascimentos por mulher, que comparados ao índice de 6,06, de 1960, comprova essa queda real. Já na terra de Astérix, houve um aumento expressivo da natalidade no pós-segunda Guerra Mundial, com o ápice chegando em 1949, com 900 mil nascimentos. A taxa de natalidade, em seguida, diminuiu um pouco, mas permaneceu elevada até o início dos anos 1970, quando começou a declinar de maneira importante.

Meio século mais tarde, portanto, os bebês do pós-guerra cresceram e a natalidade caiu. Nas ruas e quarteirões é mais comum a presença de cabelos brancos ou cinzas do que de recém-nascidos. É um choque demográfico que irá se acentuar nos próximos 20 anos e que desperta importantes questões econômicas e sociais. Esse problema, mais discreto do que uma pandemia ou da guerra da Ucrânia vai afetar, lá na França, a economia do país com múltiplos impactos dos quais o interminável e amargo debate em torno da questão das aposentadorias é somente um dos aspectos e, não forçosamente, o mais crucial.

Aqui, tivemos a pandemia que, de uma maneira ou de outra, atingiu nossa economia, mas, felizmente, sem nenhuma guerra entre países vizinhos, além de uma reforma da Previdência, que era necessária, e diminuiu um pouco os sobressaltos com relação aos gastos previdenciários. No entanto, a preocupação aqui como lá está sempre presente. No sistema de cotização das aposentadorias, como é o nosso caso, quanto menor for o número de contribuintes, maior será o déficit do sistema que aumentará cada vez mais, à medida que a população envelhece e cresce o número de aposentados. Alguns países como a Alemanha, Canadá e Nova Zelândia procuram, através da abertura da imigração para uma mão de obra ativa, compensar esse déficit. Isso nem sempre é possível em tempos de inflação alta como ocorre agora na Europa. Hoje na França, a inflação está em 6% ao ano, com uma alta expressiva dos combustíveis, da alimentação e dos aluguéis.

Além disso, existe um outro problema que é sério e entre nós é mais grave que nos países mais desenvolvidos. Nem sempre os mais idosos gozam de boa saúde, o que sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS) e mesmo os planos privados. Sem deixar de mencionar que nessa população tem muitas pessoas que estão na dependência de outras para cuidados desde os mais simples, até os mais complexos. Na França, na Alemanha e entre outras nações mais desenvolvidas, ainda existe um serviço estatal de enfermeiros, técnicos em saúde e de assistentes sociais que dão conta do recado. Aqui a estrutura não funciona ou é muito precária, deixando muito a desejar. O pior é que com aumento dessa população necessitada, o problema tende a se agravar. Os gastos são elevados e nem o SUS nem os planos de saúde estão em condições de prestar o atendimento que lhes é solicitado. Na maioria das vezes, o chamado home-car só funciona com ações judiciais.

É preciso que as autoridades comecem a pensar de maneira preventiva, pois o problema só tende a se agravar. Os jovens aqui como lá não pensam mais em ter mais filhos como as gerações passadas.

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Meu aniversário comemorado em Bonito

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Como no ano passado, fui comemorar meu aniversário, celebrado no último dia 7 de fevereiro, em Bonito, no Estado de Mato Grosso do Sul. Distante da capital, Campo Grande, cerca de 297,5 quilômetros e três horas e meia de viagem de carro, esse paraíso perdido no Centro-Oeste do Brasil merece ser visitado. Chega-se lá de carro facilmente. Saindo de Nova Friburgo são 1.714 quilômetros, o que requer uma preparação meticulosa para não  ficar muito cansado.

Como no ano passado, fui comemorar meu aniversário, celebrado no último dia 7 de fevereiro, em Bonito, no Estado de Mato Grosso do Sul. Distante da capital, Campo Grande, cerca de 297,5 quilômetros e três horas e meia de viagem de carro, esse paraíso perdido no Centro-Oeste do Brasil merece ser visitado. Chega-se lá de carro facilmente. Saindo de Nova Friburgo são 1.714 quilômetros, o que requer uma preparação meticulosa para não  ficar muito cansado. Assim, o avião torna-se a melhor escolha com voos regulares do Rio de Janeiro direto para Bonito ou para Campo Grande, com uma parada obrigatória em São Paulo.

Como para Bonito o horário do voo era 6h30 da manhã, optei em ir para Campo Grande e lá alugar um carro. Aliás, dependendo do hotel a ser escolhido o carro é uma necessidade. O hotel que escolhi, o Cabanas, ficava a sete quilômetros da cidade o que tornava o carro indispensável. Isso porque muitos dos passeios que fizemos, tivemos de ir por conta própria, pois a nossa agência não dispunha de condução e com o vaucher na mão bastava chegar ao local, pois a maioria contém os próprios guias da atração.

Para quem gosta de natureza, o Cabanas é um excelente hotel, com  47 hectares e cercado por dois rios, o Formoso e o Formosinho. Além disso dispõe de várias atrações, que podem ser usadas por visitantes, mas para os hóspedes tem um preço diferenciado. Lá pode-se praticar arvorismo, tirolesa, bóia-cross, caiaque e flutuação. O arco e flecha e as trilhas são oferecidas aos hóspedes gratuitamente. O único problema são os macacos prego que fazem parte do local já que o hotel situa-se em uma imensa área verde.

Numa ocasião, eu estava no quarto, a porta foi aberta e uma cabecinha começou a perscrutar o ambiente. Botei-o para fora e tranquei a fechadura e não é que o sacana tentou abrir a porta de novo. Contam os funcionários que um dia, alguém esqueceu a porta do salão do café da manhã aberta e eles fizeram a festa. Porta trancada é a salvação.

Mas Bonito faz jus ao nome porque o lugar é um paraíso perdido no meio do Centro-Oeste brasileiro. É uma cidade com 22.500 habitantes, tranquila, onde se pode deixar a porta de casa aberta em pleno centro da cidade, carro com janela aberta estacionado na rua e outras comodidades impensáveis em cidades maiores em outros estados do país.

Passeios não faltam, para todos os gostos, além dos já citados têm-se várias grutas a serem visitadas, três balneários para banhos de rio com várias atividades, com restaurantes próprios e com comida variada. Aliás, o prato principal é o peixe da água doce e a carne de jacaré. Diz o ditado que se você foi a Bonito e não provou carne de crocodilo, você não foi a Bonito.

Vários são os restaurantes por lá, mas os mais badalados são o do hotel Marruá que serve um pirarucu de primeira qualidade (esse peixe não é de Bonito, onde os mais badalados são o Pacu e o Pintado), a Casa do João e o Juanita. Um lugar a ser visitado também é o Bonito Bier que serve várias cervejas artesanais, além de pizzas e outros petiscos.

Próximo à Praça da Liberdade, a principal da cidade e muito frequentada à noite, tem o Aquário Municipal, onde estão expostos todos os peixes da região. Vale a pena uma visita, principalmente quando a chuva impedir outras atividades. O comércio é bem variado para uma cidade turística por excelência, mas tem uma loja que merece ser visitada. Trata-se de Casa do Vidro, um estabelecimento que fabrica lustres artesanais, a maioria de garrafas cortadas, de todos os tamanhos. Vários estabelecimentos da cidade usam esse tipo de material para sua decoração, inclusive hotéis.

Se você tem vontade de visitar Bonito, é bom lembrar que no verão a cidade é muito quente, mas no inverno chega a fazer 4 graus à noite. Também, como a vegetação é exuberante, tem muito mosquito, portanto protetor solar e repelente são indispensáveis na bagagem, assim como roupas leves no verão.

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A importância da comunicação

terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Uma vez que a maioria dos meus artigos é voltada para a medicina preventiva, achei interessante transcrever a carta que recebi de um cardiologista, pois é exatamente este tipo de interação médico-paciente, fora das quatro paredes de um consultório, que aumentam a comunicação entre eles e levam a uma maior aderência ao tratamento. Mostra que o médico se preocupa com seu paciente, mesmo quando não em consulta, pois a meta é sempre buscar uma melhor qualidade de vida para quem tem uma doença seja crônica ou não.

“Meu paciente,

Uma vez que a maioria dos meus artigos é voltada para a medicina preventiva, achei interessante transcrever a carta que recebi de um cardiologista, pois é exatamente este tipo de interação médico-paciente, fora das quatro paredes de um consultório, que aumentam a comunicação entre eles e levam a uma maior aderência ao tratamento. Mostra que o médico se preocupa com seu paciente, mesmo quando não em consulta, pois a meta é sempre buscar uma melhor qualidade de vida para quem tem uma doença seja crônica ou não.

“Meu paciente,

Como conversamos em sua última consulta, a pressão alta ou hipertensão arterial, como nós médicos costumamos dizer, é uma doença que na grande maioria das vezes reflete o somatório do estilo de vida e herança genética (herdada do pai, da mãe ou dos avós).

Por essa razão, ela é uma doença que não tem cura, mas tem controle. Inicialmente esse controle é feito com mudanças nos hábitos alimentares, aumento da atividade física regular, e cuidados com o peso corporal. É muito importante que você tente ter uma alimentação sadia, evitando o excesso de sal, frituras e alimentos gordurosos, dando preferência a frutas, legumes e cereais integrais.

Uma alimentação balanceada é muito importante para melhorar sua qualidade de vida e constitui uma medida inicial para o tratamento da hipertensão.

Muitas vezes, precisamos receitar medicamentos para controlar a pressão elevada, pois as modificações de hábitos diários podem não ser suficientes. No entanto, é preciso enfatizar que o tratamento com remédios, com raras exceções, deve ser mantido pelo resto da vida.

Infelizmente, ela é uma doença que, na maioria das vezes, não apresenta sintomas ou seja, você normalmente não consegue perceber se está com ela elevada. Portanto pode parecer estranho ter de tomar remédios para um distúrbio que não dói, não coça, não dá febre etc.

Ao longo do tempo, se não for tratada corretamente, a pressão alta pode lesar o coração, os rins, o cérebro e os vasos do corpo, sem dar sinal de alerta maior e constituindo assim um fator de risco para doenças mais graves. É indispensável que você leve a sério as orientações do tratamento que lhe é recomendado, seguindo a posologia que lhe é prescrita, para que sua pressão arterial seja controlada conforme o esperado. Não adianta tomar os medicamentos somente quando você acha que a pressão está elevada, eles devem ser ingeridos da maneira como estão recomendados na sua receita. O melhor é tomá-los em horários que fiquem mais fácil de lembrar, como por exemplo, no café da manhã.

Ingerir o seu medicamento regularmente, de maneira correta, certamente o ajudará a melhorar a sua qualidade de vida e protegerá você das complicações indesejadas da pressão alta.

Continue contando comigo, pois juntos alcançaremos o controle da sua pressão arterial.

Atenciosamente.

Seu cardiologista

Como sou hipertenso e apesar de médico também cometo os mesmos erros que aqueles que não são doutores, achei interessante o que li e repasso para você leitor, para que possa conhecer um pouco mais sobre uma doença que atinge milhões de pessoas, no mundo inteiro e que pode contribuir para que você tenha um melhor controle da sua pressão arterial.

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Apesar de ser uma intervenção estadual, o prefeito dá seu apoio às obras de drenagem

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Tenho de tirar o chapéu para o prefeito Johnny Maycon. Afinal é muito raro ver um prefeito que dá sustentação, a obras embaixo da terra, como a que está acontecendo na Avenida Alberto Braune. Muitos pensam que elas estão sendo executadas pela prefeitura e não bancadas pelo governo estadual. Na maioria das vezes, os gestores públicos preferem investir em obras que podem ser facilmente vistas pela população, admiradas e sob o solo, acabam não sendo vistas, mesmo que elas sejam necessárias, como é o caso da drenagem das águas pluviais no centro da cidade e adjacências.

Tenho de tirar o chapéu para o prefeito Johnny Maycon. Afinal é muito raro ver um prefeito que dá sustentação, a obras embaixo da terra, como a que está acontecendo na Avenida Alberto Braune. Muitos pensam que elas estão sendo executadas pela prefeitura e não bancadas pelo governo estadual. Na maioria das vezes, os gestores públicos preferem investir em obras que podem ser facilmente vistas pela população, admiradas e sob o solo, acabam não sendo vistas, mesmo que elas sejam necessárias, como é o caso da drenagem das águas pluviais no centro da cidade e adjacências. Aproveitaram, também, para fazer obras no Cônego e Olaria onde havia problemas com as chuvas muito fortes como as de verão.

Só mesmo um prefeito mais jovem e com vontade de mostrar serviço seria capaz de apoiar um mutirão mais do que necessário, mas desde há muito engavetado. Os transtornos ao trânsito de Friburgo são enormes, principalmente, numa cidade onde as alternativas são escassas. Agora mesmo, com a interrupção do início da Avenida Alberto Braune, aumentou o gargalo do Paissandu, pois todo o trânsito da principal via da cidade, em direção à Rua Moisés Amélio, tem de ser feito pela Avenida Galdino do Valle ou pelo Alto das Braunes, num percurso mais longo e que também desagua no Praça Marcílio Dias, centro nevrálgico de Friburgo.

Conversei com um dos encarregados da obra e ele me adiantou que os trabalhos param no carnaval, dando a entender que a Alberto Braune estaria concluída nesse período. Após as festividades de Momo elas continuariam pela Rua Monte Líbano. Aliás, nem posso imaginar como vai ficar o trânsito na Rua Augusto Spinelli, única a dar sentido ao bairro Braunes, partindo-se do centro da cidade. A outra alternativa seria pela rua ao lado do cemitério São João Batista, uma subida íngreme e estreita.

É inegável que o novo calçamento da nossa avenida mais famosa está muito bonito, mas é preciso que se pense num modo de estender esse visual por toda a via. Do início da Rua Augusto Cardoso em direção à prefeitura, permanecem, pelo menos por enquanto, os velhos bloquetes octogonais que são da época da última modernização da avenida, quando Heródoto Bento de Mello era o prefeito. Pelo que pude entender da explicação da pessoa com quem conversei, não está previsto mexer nas galerias subterrâneas a partir da Augusto Cardoso, apesar de em dias de temporais, acumular muita água em torno do supermercado Extra. Já houve épocas de a água invadir a frente do estabelecimento e as pessoas ficarem ilhadas lá dentro.

Se o constante alagamento, que é comum com as chuvas pesadas que têm castigado nossa cidade, prejudicando em muito o comércio local, muitas vezes com prejuízos materiais, forem interrompidos com as obras atuais, todo sacrifício não terá sido em vão. Mas, tem que ser um político ousado para persistir numa obra que bagunçou todo o trânsito da cidade. Nos meus 45 anos de morador de Friburgo, não me lembro de outro político que tenha tido a coragem para permitir que cavassem buracos, por tempo tão prolongado.

Será que um dia, com o problema das águas pluviais resolvido, teremos um prefeito com coragem e dinâmica para desatar o nó do Paissandu? À medida que Friburgo cresce esse tópico terá de ser abordado mais cedo do que pensamos. 

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Fui à Europa sem sair do Brasil

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

A viagem programada para novembro, para assistir o Natal de Luz, em Gramado, no Rio Grande do Sul, teve de ser adiada em virtude de eu ter contraído a Covid, apesar de ter tomado as quatro doses da vacina previstas pelas autoridades sanitárias. Foi, realmente, uma gripe talvez pela proteção dos imunizantes. Em função disso, conseguimos remarcar nossa viagem para janeiro, mais precisamente entre os últimos dias 6 e 13.

A viagem programada para novembro, para assistir o Natal de Luz, em Gramado, no Rio Grande do Sul, teve de ser adiada em virtude de eu ter contraído a Covid, apesar de ter tomado as quatro doses da vacina previstas pelas autoridades sanitárias. Foi, realmente, uma gripe talvez pela proteção dos imunizantes. Em função disso, conseguimos remarcar nossa viagem para janeiro, mais precisamente entre os últimos dias 6 e 13.

Tanto a ida como a volta foram uma verdadeira tourada, pois o voo de ida marcado para às 9h15, nos fez sair de casa às 4h30 da madrugada. Foram duas horas até o aeroporto Santos Dumont, mais duas horas de avião até Porto Alegre e mais uma hora e 40 minutos da capital do estado até a cidade de Gramado. Chegamos ao destino às 16h e, o que é pior, tínhamos o primeiro espetáculo do Natal de Luz às 20h30, a Fantástica Fábrica de Natal. Ao final, simplesmente desmaiamos na cama e só acordamos no dia seguinte a tempo de tomar o café da manhã.

Mas, tanto na ida como na volta do local do evento, vimos a ornamentação da cidade, feericamente iluminada, com todos os adornos natalícios que se possa imaginar, de uma beleza inigualável. Existe um detalhe muito interessante que é o seguinte: às 20h, todas as luzes normais da cidade são apagadas e em seguida acendem-se as luzes da decoração natalina. É de encher os olhos de qualquer turista.

Aliás, soube que nosso prefeito visitou Gramado, na época do início do Natal de Luz que é em meados de outubro e recebeu orientações e, mesmo, material para o que foi feito em nossa cidade, que, diga-se de passagem, ficou muito bonita. Soube, também, que o prefeito de Gramado virá a Friburgo, agora em janeiro, para uma palestra. Isso será muito gratificante, pois a grande arrecadação da cidade advém de uma programação turística que lá ocorre, pois além do Natal de Luz ainda existem vários outros eventos como o famoso festival de cinema, feiras, exposições e o inverno, muito rigoroso onde muitas vezes chega a nevar, como ocorreu em 2022. Quem sabe não nos dê boas dicas para termos um calendário turístico de qualidade e aumentar nosso afluxo de turistas. Turismo cria empregos e traz dinheiro.

Os dois outros espetáculos que fazem parte do pacote são o desfile de Natal, que tem o dedo de Joãozinho Trinta, que são carros alegóricos como os que entram na Sapucaí, no Rio, cujo enredo é o nascimento de Jesus. Muito bonito, de encher os olhos; mas o ápice é o Nativitatem, uma espécie de ópera, à beira de um lago, com cantos, danças e queima de fogos de artifício que é de uma beleza rara. Normalmente, os espetáculos duram uma hora.

Gramado é uma cidade linda, como o são também Canela e Nova Petrópolis, com um crescimento ordenado, orientado, com um povo educado e prestativo e, o mais curioso, não tem sinais de trânsito. São muitas as encruzilhadas e cruzamentos onde motoristas e pedestres se entendem em harmonia. Claro que o fluxo de veículos é mais lento, mas sempre flui, sem necessidade de xingamentos e buzinaços. A cidade é limpa, as praças sem sujeira e sem papéis jogados pelo chão e, o melhor de tudo, uma cidade tranquila, onde se pode andar à noite, sem o risco de se ser molestado ou assaltado. Em Nova Petrópolis há dois anos a delegacia não registra ocorrências mais sérias. Em Gramado idem e olha que tem é gente nesse período de férias por lá.

A gastronomia é bem diversificada, com muita comida italiana, alemã, suíça, francesa e o famoso churrasco do sul. O festival de fondue é uma grande pedida, e se encontra nos mais variados preços. Assim como os famosos chocolates de Gramado e as roupas de inverno, principalmente as de couro. Uma outra curiosidade é o número de fábricas de móveis sejam rústicos ou não.

Não vimos mendigos na cidade e nos deram várias explicações para tal fato. Primeiro o clima muito frio espanta os moradores de rua e a prefeitura atua preventivamente. Se a pessoa demonstra o desejo de ficar na cidade, lhe é oferecido oportunidade de emprego, caso contrário o indivíduo é colocado num ônibus e devolvido ao seu lugar de origem. A polícia também atua preventivamente, nos meses de pico, quando há o maior fluxo de visitantes, e os maus elementos são monitorados e presos. Depois são convidados a darem o fora da cidade.

A volta foi menos cansativa, pois o trânsito em Porto Alegre, na região do aeroporto é pesado, mas sem engarrafamentos como ocorre, com frequência, no Rio, seja na ponte Rio-Niterói ou na Linha Vermelha. Pudemos sair de Gramado às 6h15 e chegarmos no aeroporto Salgado Filho às 8h20. Só entramos em casa às 17h, mas convictos de que o passeio valeu a pena.

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Bye, Bye Brasil

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Pela segunda copa consecutiva a seleção brasileira se despediu da competição, nas quartas de final. Em 2018, na Rússia, caímos frente a Bélgica, pelo placar de 2 a 1, no tempo normal de jogo; agora no Qatar fomos desclassificados pela Croácia, nos pênaltis. Nos 90 minutos iniciais ficamos no 0 ao 0, na prorrogação o placar foi, também, um empate de 1 a 1 e nos pênaltis o placar ficou em 4 a 2 para eles, que passaram para as semifinais e encararam ontem, 13, a Argentina. Vale destacar que até o fechamento desta edição, o jogo não havia terminado.

Pela segunda copa consecutiva a seleção brasileira se despediu da competição, nas quartas de final. Em 2018, na Rússia, caímos frente a Bélgica, pelo placar de 2 a 1, no tempo normal de jogo; agora no Qatar fomos desclassificados pela Croácia, nos pênaltis. Nos 90 minutos iniciais ficamos no 0 ao 0, na prorrogação o placar foi, também, um empate de 1 a 1 e nos pênaltis o placar ficou em 4 a 2 para eles, que passaram para as semifinais e encararam ontem, 13, a Argentina. Vale destacar que até o fechamento desta edição, o jogo não havia terminado. Pelo andar da carruagem creio que a final da copa do Qatar vai ser uma repetição da copa da Rússia, onde a final foi disputada entre a França e a Croácia, tendo a França se sagrado bicampeã, já que vencera a de 1998, em território francês. Desde o início achei a seleção francesa a principal favorita para levar a Jules Rimet versão 2022, achei o jogo França x Inglaterra o melhor da copa, até agora e continuarei torcendo pelo tri campeonato dos “bleues”.

O mais triste dessa nossa nova desclassificação é que, na prorrogação, fizemos 1 a 0, gol de Neymar e faltando quatro minutos para o final do jogo, tomamos o gol de empate. Méritos negativos para o técnico Tite, do qual não gosto nem um pouco, que foi incapaz de mandar o time recuar para garantir o placar, que significaria nossa passagem para as semifinais. Quando a Croácia empatou, num contra-ataque fulminante, tínhamos sete jogadores no campo do adversário e apenas quatro na retaguarda; Fred perdeu a bola lá na frente e seu adversário tocou rapidamente para o campo brasileiro, pegando nossa defesa totalmente desguarnecida. Ninguém entendeu para que tentar marcar mais um gol, se o 1 a 0 era mais do que suficiente para nossa classificação.

Ainda bem que Tite se despediu da seleção, aliás, já deveria ter ido embora há muito mais tempo. Ainda foi covarde, pois com o jogo terminado, com nossa seleção desclassificada, foi incapaz de consolar nossos jogadores, muitos chegando às lágrimas, por causa do resultado; simplesmente virou as costas e desceu para o vestiário, esquecendo que ele era o principal responsável pelo acontecido.

Só nos resta juntar os cacos e contratar um novo técnico, de preferência um europeu com experiência e vencedor, para que o tão sonhado hexa campeonato possa vir em 2026, na Copa do Mundo que será realizada conjuntamente pelo Canadá, Estados Unidos e México.

As festas de fim de ano estão chegando, faltam pouco menos de duas semanas para o Natal e é chegada a hora de dar uma parada como faço todos os anos. Esse ano ficarei ausente um pouco mais, pois como tive Covid na antevéspera de ir para Gramado, para o famoso Natal de Luzes, consegui remarcar para o período de 6 a 13 de janeiro, última semana do espetáculo. Daí que reassumo a coluna depois do dia 13 de janeiro.

Como não poderia deixar de ser desejo um fim de ano muito tranquilo para os meus leitores e um 2023 com muita paz, saúde e livre, finalmente, das mazelas que enfrentamos nesses dois últimos anos. Que Deus proteja a todos e suas respectivas famílias. Aos meus colegas de A VOZ DA SERRA e, em especial, a Adriana Ventura nossa diretora chefe, um grande e fraternal abraço, com os votos de muita paz, saúde e felicidades no ano que vai se iniciar, em breve, e que os desejos de todos possam se realizar.

Allez les bleues!!!

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Finda a fase de grupos e começa o mata-mata da Copa

terça-feira, 06 de dezembro de 2022

Já recuperado da gripe chinesa e tendo voltado às atividades normais, continuei a acompanhar os jogos da Copa do Mundo, pois com a chuva que cai em Friburgo e no Brasil inteiro nesses últimos dez dias, além de um bom livro, o futebol é um ótimo passatempo. Vi grandes jogos e tive grandes surpresas ou zebras, como se diz no jargão do velho esporte bretão, como a constatação de que a França (atual campeã do mundo), a Inglaterra secundadas pela Argentina e a Holanda estão entre as favoritas para se sagrarem campeãs do mundo, neste 2022.

Já recuperado da gripe chinesa e tendo voltado às atividades normais, continuei a acompanhar os jogos da Copa do Mundo, pois com a chuva que cai em Friburgo e no Brasil inteiro nesses últimos dez dias, além de um bom livro, o futebol é um ótimo passatempo. Vi grandes jogos e tive grandes surpresas ou zebras, como se diz no jargão do velho esporte bretão, como a constatação de que a França (atual campeã do mundo), a Inglaterra secundadas pela Argentina e a Holanda estão entre as favoritas para se sagrarem campeãs do mundo, neste 2022.

Gratas surpresas foram as seleções asiáticas Japão e Coréia do Sul que conseguiram chegar às oitavas de final e as equipes da Arábia Saudita e de Gana, da África também nessa fase. Aliás, essa competição do Qatar é a primeira em que todos os continentes se fizeram representar, pois não podemos deixar de assinalar, também, a Austrália, representante da Oceania, na chamada fase do mata-mata. Na realidade o que se constata é que essas seleções progrediram muito no aspecto tático e físico, mas como ainda carecem de mais experiência internacional, não conseguem chegar mais longe. Isso aconteceu com o Brasil, em 1930, quando disputou a primeira Copa do Mundo, em Montevidéu, no Uruguai, em 1934 na Itália e em 1938, na França.

Com o início da segunda guerra mundial, houve uma interrupção da competição até 1950, aquela que foi disputada no Brasil, e que produziu o famoso maracanaço, quando a equipe canarinho precisando de apenas um empate para sagrar-se campeã do mundo, foi derrotada pelo Uruguai pelo placar de 2 a 1. Foi uma tragédia nacional, pois a seleção brasileira era excelente com jogadores que até hoje se inscrevem na galeria de craques, como Zizinho e Ademir secundados por Barbosa, Juvenal e Friaça.

Apesar de ficar marcado pelo famoso gol de Ghiggia, o segundo do Uruguai e do bicampeonato, era um grande goleiro. Mas, a seleção canarinho já atingira tarimba internacional tanto que oito anos mais tarde conquistaria seu primeiro título, na Suécia. Isso não impediu a segunda vergonha nacional, quando foi goleada por 7 a 1, em pleno Mineirão, pela seleção da Alemanha, que tornou-se a campeã da competição máxima do futebol mundial, em 2018, no Brasil.

Quanto ao jogo da nossa seleção contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final na última segunda-feira, 5, tivemos um primeiro tempo para não botar defeito quando, em pouco mais de 30 minutos, liquidamos a fatura fazendo 4 a 0. No segundo tempo, os coreanos fizeram o gol de honra fechando o placar em 4 a 1. A seleção brasileira é também uma favorita para o título e a exibição desta segunda, assim como o desempenho obtido na partida contra a Sérvia, na fase de grupos, a coloca como candidatíssima ao hexacampeonato. Apesar da derrota para Camarões, quando jogou com o time reserva, só sofreu dois gols o que mostra a solidez de nossa defesa.

Diga-se de passagem, que nossos reservas jogam em times de ponta na Europa, onde são titulares absolutos, mas não tem o entrosamento da equipe titular e em futebol, um esporte coletivo, isso conta muito. Naquele jogo tivemos muitas chances de gol, que foram desperdiçadas ou pelas ótimas intervenções do goleiro de Camarões ou pela ânsia de marcar o gol na conclusão final.

Eu, se fosse o Tite, até pouparia alguns titulares já que a Copa é uma competição curta e com pequeno intervalo de tempo entre um jogo e outro, mas jamais o time inteiro. A própria França fez a mesma coisa e se deu mal, na derrota para a Tunísia por 1 a 0.

Se passarmos pela Croácia nesta sexta-feira, 9, ao meio-dia, vamos enfrentar o vencedor da Argentina contra a Holanda, outro jogo das quartas de final. Quem quer ser campeão não escolhe adversários tem mais é que vencê-los para chegar à finalíssima que, para mim, será uma repetição da Copa de 1998. Para mim a França e o Brasil são os dois grandes favoritos para levantar a taça Jules Rimet e que no Qatar sejamos nós.

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