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Botafogo é campeão do Brasil

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Exatos oito dias após a brilhante conquista da América, o Botafogo sagrou-se campeão do Brasil. Diante de 41 mil pagantes bastava um empate para que o título brasileiro, depois de 29 anos voltasse para o alvinegro da Rua General Severiano. Mesmo que fosse derrotado, se a Sociedade Esportiva Palmeiras não vencesse o Fluminense, a taça continuaria com o Fogão. Quiseram os deuses dos estádios que não só o Botafogo derrotasse o São Paulo por 2 a 1, como o Palmeiras fosse derrotado por 1 a 0, livrando o tricolor da queda para a segunda divisão.

Exatos oito dias após a brilhante conquista da América, o Botafogo sagrou-se campeão do Brasil. Diante de 41 mil pagantes bastava um empate para que o título brasileiro, depois de 29 anos voltasse para o alvinegro da Rua General Severiano. Mesmo que fosse derrotado, se a Sociedade Esportiva Palmeiras não vencesse o Fluminense, a taça continuaria com o Fogão. Quiseram os deuses dos estádios que não só o Botafogo derrotasse o São Paulo por 2 a 1, como o Palmeiras fosse derrotado por 1 a 0, livrando o tricolor da queda para a segunda divisão.

Estão de parabéns a diretoria, os funcionários, os jogadores e a imensa torcida do Fogão. Depois de um 2023 estranho em que após 36 rodadas como líder e tendo chegado a colocar 14 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o esquadrão alvinegro viu o título escorrer pelas mãos, contentando-se com um quinto lugar, a seis pontos do campeão. Mas, a torcida não esmoreceu, continuou o seu apoio incondicional ao time e teve a sua recompensa nesse ano que está a findar, sendo premiada com duas taças de peso, a da Libertadores da América e a do Campeonato Brasileiro.

Se na Argentina tínhamos maioria no estádio, com quase 50 mil torcedores, no último domingo, 8, o Nilton Santos acolheu 41 mil torcedores que fizeram a festa e vibraram com seus ídolos, em êxtase, até o apito final com o placar de 2 a 1 e que o sagrava campeão do Brasileirão, o terceiro de sua história. Senhores de cabeça branca, torcedores adultos e, aqui fica a parte mais interessante, crianças e jovens em grande quantidade. Isso é bom porque essas crianças mostram o crescimento de uma torcida e são a garantia de um amanhã com estádios sempre cheios. Crianças e jovens com lágrimas nos olhos ao compreenderem a grandeza de mais um título e da importância da estrela solitária dentro do contexto do futebol brasileiro.

Desde que o Botafogo assumiu a ponta da tabela, a partir da nona rodada, só ficando uma delas em segundo lugar, mesmo assim pelo critério do número de vitórias, já que o número de pontos era o mesmo do Palmeiras, que o número de pessoas vestindo a camisa alvinegra vem aumentando, nas ruas.

Essa torcida apaixonada abraçou o time, deu verdadeiros espetáculos no estádio Nilton Santos, com mosaicos de encher os olhos, nunca com menos de 30 mil torcedores presentes. Mesmo nas cidades em que o Botafogo jogou, o número de presentes só não foi maior porque o regulamento da competição limita a 10% a carga de ingressos para os visitantes. Técnico, comissão técnica e jogadores sempre exaltaram a torcida e a carga positiva que ela passava para o campo de jogo.  Como 12º jogador ela foi importantíssima no resultado das duas competições.

A comemoração do título teve de ser no gramado do estádio, pois à noite o time embarcou para o Catar, onde disputa a partir desta quarta-feira, 11, o título da Copa Intercontinental de Futebol, antigo mundial de clubes. Se passar pelos dois aversários, o Pachuca do México e o Al-Hilal da Arábia Saudita, enfrenta o Real Madrid, no próximo dia 18, para saber quem será o campeão. Aliás, é desumano esse calendário do futebol. No sábado, 30 de novembro, o Botafogo enfrentou o Atlético Mineiro, pela final da Libertadores, em Buenos Aires; no último dia 3, o Internacional, em Porto Alegre-RS, e no último domingo, 8, o São Paulo pela final do Brasileirão. Vai chegar em Doha na segunda de madrugada e, já entra em campo, hoje, 11. Esses jogadores não são máquinas e sim seres humanos. Tudo bem que são muito bem pagos, mas nada justifica essa maratona.

Se vamos comemorar mais um título, só o saberemos na semana que vem, mas de qualquer maneira o Botafogo encerrará o ano com chave de ouro. E se iguala ao Santos de 1963, 1964 e ao Flamengo de 2019 que são os únicos times do futebol brasileiro a ganharem a Libertadores e o Brasileiro, no mesmo ano.

Parabéns ao Botafogo e a sua imensa torcida.

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Botafogo é campeão da América

quarta-feira, 04 de dezembro de 2024

“Botafogo, Botafogo, campeão desde 1910

Foste herói em cada jogo, Botafogo

Por isso que tu és

E hás de ser nosso imenso prazer

Tradições aos milhões tens também

Tu és o Glorioso não podes perder, perder para ninguém

Noutros esportes tua fibra está presente

Honrando as cores do Brasil de nossa gente

“Botafogo, Botafogo, campeão desde 1910

Foste herói em cada jogo, Botafogo

Por isso que tu és

E hás de ser nosso imenso prazer

Tradições aos milhões tens também

Tu és o Glorioso não podes perder, perder para ninguém

Noutros esportes tua fibra está presente

Honrando as cores do Brasil de nossa gente

Na estrada dos louros, um facho de luz

Tua estrela solitária te conduz.”

 

Com o hino do Glorioso homenageio jogadores, comissão técnica e a imensa torcida do Botafogo pela conquista com C maiúsculo, da Taça Libertadores da América, no último sábado, 30 de novembro, no estádio Monumental, em Buenos Aires. Um jogo que ganhou características dramáticas, pois aos 29 segundos do primeiro tempo, o volante Gregore do alvinegro do Rio de Janeiro foi expulso, após entrada violenta no jogador Fausto Vera, do Atlético Mineiro.

Vamos e venhamos só um time muito motivado, consciente da sua força e com espírito de campeão consegue superar esse acidente de percurso e voltar para o jogo, sabendo que ainda teria pela frente mais de 89 minutos, com um jogador a menos. Aqui ficou evidente a inteligência e sagacidade do técnico Artur Jorge, que demonstrando pulso e conhecimento de seus jogadores, fez um pequeno ajuste no time, sem substituir ninguém e se manteve na disputa pelo título.

Com um a mais, como era de se esperar o Atlético partiu para cima, abandonando sua estratégia inicial de que era jogar no contra-ataque. Viu-se como protagonista, pois ao Fogão não restava outra alternativa senão aquela de cercar o adversário e explorar a velocidade de seus atacantes. Foi o que aconteceu aos 35 minutos de jogo, quando Luís Henrique, pelo lado esquerdo do campo, pegou um rebote e, de primeira, marcou o primeiro gol do Botafogo. Cinco minutos depois, esse mesmo Luís Henrique sofreu um pênalti e Alex Telles marcou o segundo do Fogão.

Claro que o jogo não estava decidido, ainda mais que com menos um em campo, o desgaste é muito maior. Não demorou muito, aos 3 minutos de reiniciado o jogo, Vargas diminui para o Atlético escrevendo 2 a 1 no placar. Passou a ser um jogo de defesa contra-ataque, em que o tempo de posse de bola do Atlético em relação ao Botafogo foi de 78% a 22%. Mesmo assim, o alvinegro do Rio de Janeiro se manteve na partida, com jogadas esporádicas perigosas em direção ao gol atleticano, até que no último minuto da prorrogação, numa jogada que lembrou as de Ronaldo Fenômeno, Júnior Santos marcou o terceiro gol, sacramentando um título justo e merecido. É a primeira vez, que na história da Libertadores, um time que joga o chamado pré-torneio  consegue levantar a taça de campeão.

Um destaque importante foi a presença das duas torcidas, que deram um espetáculo de civilidade, confraternização e educação pouco visto antes, durante e após um jogo de futebol. Nada de brigas, confusões, somente as gozações irreverentes que o futebol pode proporcionar. Parabéns à torcida do Botafogo que colocou 50 mil pessoas no estádio, num esforço hercúleo, com o dólar pela hora da morte, para prestigiar o time de coração e poder gritar ao final “é campeão, é campeão”. A presença na capital da Argentina não saiu por menos de R$ 7 mil por pessoa.

Quando o jogo acabou, esperando as festividades de entrega das medalhas e da taça de campeão, deu para notar que quase metade da capacidade do estádio foi ocupada pelos torcedores do Botafogo e olha que o Monumental comporta 85 mil lugares, sendo o maior estádio da América do Sul.

O Botafogo está de parabéns ao conquistar seu primeiro título internacional de peso, já que o da Conmebol de 1993, atual copa Sul Americana, é um torneio menos marcante. Hoje o torcedor botafoguense tem certeza de que torce para um grande time, com jogadores de primeira linha comandado por um técnico inteligente e audacioso. Talvez, um mais cauteloso optaria em jogar pelo empate e levar a disputa para os pênaltis.

No último fim de semana foi possível ver três gerações juntas: um pai que dependendo da idade conheceu os grandes times do Botafogo no passado; um filho que no máximo comemorou títulos pouco expressivos do campeonato do Rio de Janeiro e um neto que já festeja um título internacional. Isso é sensacional.

Resta agora o Brasileirão 2024, em que bastam quatro pontos, se o Palmeiras não perder mais nenhum, para que o Botafogo feche o ano com dois títulos importantes. Como diz o final de nosso hino: “Tua estrela solitária te conduz”.

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Acreditar ou não num plano para matar Jeca, Joca e Alexandre de Moraes

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Como sempre acontece em regimes de esquerda, seus manipuladores não descansam enquanto não plantam chifres em cabeça de cavalo. Quando existe alguém que tenha credibilidade, seja uma pessoa correta e disposta a colocar o país nos eixos, anda mais se se transforma em líder incontestável, aí que as hienas têm mais sede de sangue. É o caso do tão propalado golpe de estado, perpetrado pela direita brasileira, após a derrota marota de Bolsonaro nas eleições de 2022. É uma história fantasiosa demais para ser crível, mais parecido com um dramalhão mexicano, onde as desgraças são uma constante.

Como sempre acontece em regimes de esquerda, seus manipuladores não descansam enquanto não plantam chifres em cabeça de cavalo. Quando existe alguém que tenha credibilidade, seja uma pessoa correta e disposta a colocar o país nos eixos, anda mais se se transforma em líder incontestável, aí que as hienas têm mais sede de sangue. É o caso do tão propalado golpe de estado, perpetrado pela direita brasileira, após a derrota marota de Bolsonaro nas eleições de 2022. É uma história fantasiosa demais para ser crível, mais parecido com um dramalhão mexicano, onde as desgraças são uma constante.

Golpe com muitas pessoas envolvidas, com muitos papéis circulando, sendo impressos, muitas vezes, dentro do palácio do Planalto, onde não existe privacidade alguma mais parece uma coisa irreal do que a verdade incontestável. Agora se o objetivo número um é o de afastar de vez a pessoa de Jair Bolsonaro, da cena política tupiniquim e de denegrir mais ainda o exército com seus atuais generais escarlates, em particular e as forças armadas brasileiras no geral, o objetivo está sendo atingido.

O propalado sequestro do membro do STF, Alexandre de Moraes, parece mais fruto de uma inteligência fértil do que um ato que possa ser efetuado de maneira objetiva. Segundo relatos divulgados, as peças já estavam todas distribuídas, todos a postos e, de repente, não mais do que de repente, o plano foi abortado. Um dos elementos chave não conseguiu pegar um táxi e o momento escolhido escorreu pelo ralo.

Jeca (Lula) e Joca (Alkimin) seriam envenenados não com arsênico, método mais demorado, talvez com cicuta (Veneno de Sócrates: Sócrates foi condenado à morte e obrigado a beber um chá de cicuta) de efeito quase instantâneo. Mas, como isso seria feito? Com sósias infiltrados dos atuais cozinheiros do presidente e vice-presidente nos palácios do Alvorada e do Jaburu que lhes preparariam um delicioso chá da planta venenosa, para ser consumido antes de irem dormir?

É tudo muito fantástico ainda mais que o número de pessoas indiciadas, trinta e seis no total, fazem crer que esses são os verdadeiros traidores da pátria, tendo Bolsonaro como o Joaquim Silvério dos Reis do século 21. Ainda mais que muita coisa que veio à tona foi fruto da delação premiada do Ten.Coronel Mauro Cid, ex ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. Muitas vezes, para salvar a pele pode-se hipertrofiar a delação, principalmente se o assunto vai de encontro ao que os inquisidores querem ouvir.

Como desde o momento em que assumiu a presidência da república e, mais ainda, depois que passou o cargo Bolsonaro sofre uma perseguição ferrenha do STF, da Polícia Federal e da imprensa comprada desse país, fica difícil acreditar naquilo que é divulgado diariamente nos jornais escritos e televisivos do Brasil. Aliás, falsas notícias ou notícias pré-fabricadas de interesse nacional é o que mais se vê na mídia dos países comunistas.

Resta a nós, pessoas que quando leem meditam sobre o que está sendo informado, acostumados a decifrar o que se esconde nas entrelinhas, a aguardar os acontecimentos e como os fatos se desenrolarão daqui para frente. Trinta e seis pessoas entre civis e militares foram indiciados e cabe agora à PGR aceitar ou não a denúncia. Pode pedir novas sindicâncias, não dar provimento aos fatos ou, simplesmente, aceita-los, o que ao meu ver é o mais provável. Sendo aceito todos irão a julgamento por atos antidemocráticos. Aguardamos ansiosamente às cenas dos próximos capítulos.

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Francisco Wanderley Luiz, o homem bomba tupiniquim

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

      O catarinense de Rio do Sul transformou-se no homem bomba tupiniquim ao explodir um carro próximo ao Congresso Nacional e ao imolar-se em frente ao prédio do STF, na quarta-feira passada, 13 de novembro. Segundo informações divulgadas pela imprensa, seu objetivo era matar Alexandre de Moraes, mas não conseguindo adentrar no STF, acionou os explosivos preso ao seu corpo, em frente ao prédio. Com esse ato, conseguiu chamar a atenção sobre si e a lançar mais confusão no já conturbado cenário político nacional.

      O catarinense de Rio do Sul transformou-se no homem bomba tupiniquim ao explodir um carro próximo ao Congresso Nacional e ao imolar-se em frente ao prédio do STF, na quarta-feira passada, 13 de novembro. Segundo informações divulgadas pela imprensa, seu objetivo era matar Alexandre de Moraes, mas não conseguindo adentrar no STF, acionou os explosivos preso ao seu corpo, em frente ao prédio. Com esse ato, conseguiu chamar a atenção sobre si e a lançar mais confusão no já conturbado cenário político nacional. Já existem uns mais malucos do que ele, querendo ligar esse ato desvairado ao fatídico 8 de janeiro. Talvez, o único elo de ligação entre esses dois episódios seja a insatisfação com o atual governo. O primeiro um ato coletivo, o segundo um ato isolado. Agora atentado com fogos de artifício para mim é pirotecnia.

      Nada mais do que isso, apesar de que não vai demorar muito, vão tentar incriminar Jair Bolsonaro como apoiador de tamanha insensatez. Esquecem que os homens bomba islâmicos, cometem esse tipo de atentado em nome de uma causa, ao menos para eles, que é o de afastar o “perigo sionista” e, como causam estragos, atraem a atenção da comunidade internacional. No caso de Francisco era o de externar sua insatisfação com a conduta de Alexandre de Moraes como membro do STF. Tudo bem que esse sentimento é um lugar comum a muitos brasileiros, mas a morte do homem bomba é um ato isolado que logo cairá no esquecimento. O comentário que mais se ouvirá é o de que, felizmente não feriu ou matou ninguém.

      O Brasil não tem esse hábito do protesto violento causando tragédias com muitos mortos ou feridos. Aqui, felizmente, não se mata em nome de Alá, e, na maioria das vezes os movimentos são pacíficos exceto quando invadidos por pessoas com segundas intenções. Tanto é assim que a segurança das instituições nacionais é pequena em relação à importância delas. Restringe-se à presença de no máximo dois policiais ou militares dependendo de ser um órgão civil ou militar e nada mais. Mesmo no palácio do planalto, temos sempre dois soldados da guarda de honra, postados a sua entrada e nada mais. Apesar do ocorrido em 8 de janeiro, uma baderna generalizada, a situação não mudou, pois acredita-se muito na passividade do brasileiro.

      Claro está, que no mundo de hoje, com o aumento da violência, essa proteção deveria ser mais efetiva, mesmo em se tratando de terras brasileiras. O clima de insegurança que se instalou no Rio de Janeiro, com tiroteios diários entre milicianos e traficantes são a prova disso. E a população se sente refém dessa situação.

      No caso específico de Francisco Wanderley seu ato é isolado, fruto talvez de ficar transtornado pelo bombardeio incessante da mídia sobre a conduta de Alexandre de Moraes, levando-o a odiá-lo e querer resolver essa situação, no seu modo de pensar, por conta própria. Mas, nada mais do que isso. Querer ligar esse episódio ao 8 de janeiro, alegar a existência de um complô antidemocrático e outras sandices mais é querer duvidar da capacidade do povo brasileiro. Fora a mídia folclórica desse país, comenta-se muito pouco sobre o homem bomba tupiniquim.

      Creio que um estudo mais aprofundado sobre a sua personalidade e sua conduta, num passado recente, pode trazer maiores informações sobre o porquê desse ato isolado e desvairado. O resto é pura perda de tempo. 

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Flamengo, campeão da Copa do Brasil 2024

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

No último domingo, 10, o Flamengo sagrou-se o pentacampeão da Copa do Brasil 2024. Depois de vencer o primeiro jogo, no último dia 3, no Maracanã, bastava ao rubro negro um simples empate para levar o caneco, na realidade o quinto, nessa competição. Ao Atlético Mineiro só interessava uma vitória por três gols de diferença ou uma com dois gols para a copa ser decidida nos pênaltis. Com a Arena MRV, em Belo Horizonte-MG, estádio do Atlético, lotada, o time carioca se impôs pelo placar de 1 a 0 e é o campeão, justa e merecidamente.

No último domingo, 10, o Flamengo sagrou-se o pentacampeão da Copa do Brasil 2024. Depois de vencer o primeiro jogo, no último dia 3, no Maracanã, bastava ao rubro negro um simples empate para levar o caneco, na realidade o quinto, nessa competição. Ao Atlético Mineiro só interessava uma vitória por três gols de diferença ou uma com dois gols para a copa ser decidida nos pênaltis. Com a Arena MRV, em Belo Horizonte-MG, estádio do Atlético, lotada, o time carioca se impôs pelo placar de 1 a 0 e é o campeão, justa e merecidamente.

Mesmo tendo a vantagem no marcador o time carioca foi muito superior ao galo mineiro e não seria surpresa nenhuma, se o placar terminasse mais elástico. Para chegar a esse resultado foi preciso trocar um técnico bolorento e carcomido, Tite, por um mais jovem e neófito na profissão, Felipe Luís, que em apenas nove jogos como comandante do rubro negro, conseguiu dar o equilíbrio que estava faltando a uma equipe aguerrida e acostumada a competir.

Após ser eliminado na Libertadores das Américas pela equipe do Penharol, do Uruguai e, em teoria, ter poucas chances de conquistar o Brasileirão desse ano, o Flamengo leva para a Gávea um dos três campeonatos mais importantes entre os disputados pelos clubes brasileiros, os dois já citados e a Taça Brasil.

Pena, que como já se tornou um lugar comum nesse combalido futebol brasileiro, a violência voltou a imperar dentro do estádio. Com o gol do equatoriano Gonçalo Plata, aliás um golaço, a torcida atleticana tomou consciência de que o título estava perdido e começou a falta de educação, civilidade e agressividade que toma conta das principais torcidas brasileiras. Situada atrás do gol defendido pela equipe rubro negra, começaram a atirar vários objetos em cima do goleiro, atormentando-o com raios laser no rosto com o intuito de prejudicar a sua atuação. Para culminar, lançaram um artefato explosivo, que atingiu um fotógrafo de campo e, que segundo notícias veiculadas pela mídia, vai obrigá-lo a submeter-se a uma intervenção cirúrgica.

Atrás do banco de reservas do Flamengo deu-se o mesmo fato, pelo menos sem explosivos, que atingiram vários jogadores, inclusive Gabigol, que já comemoravam o título. Claro, pois faltando pouco mais de dez minutos para o jogo terminar o galo das alterosas não teria condições da marcar quatro gols, que não tinha conseguido fazer em 80 minutos. Espetáculo deplorável que começa a afastar dos estádios as pessoas mais sensatas e mesmo famílias que levam seus filhos para os primeiros contatos com o espetáculo que é o futebol.

É querer demais da atual cúpula dirigente da CBF, órgão diretivo do futebol brasileiro, uma tomada séria para conter esses desmandos. Como se permite a entrada de morteiros e rojões dentro de um estádio completamente lotado, expondo em risco a vida de muitas pessoas. Nas competições a cargo da Conmebol, órgão máximo do futebol sul-americano, as penas são monetariamente e de suspensão de mando de campo rigorosas o que, em parte, minimiza esses desmandos que vemos em terras tupiniquins.

Se fôssemos um país sério, com homens sérios e não folclóricos na direção de muitos órgãos desse país, além de uma multa financeira pesada, o Clube Atlético Mineiro deveria ficar afastado de jogar em seu estádio por, no mínimo três meses. Mas, como aqui tudo acaba em samba, depois de alguns dias de esquecimento tudo vai ser varrido para debaixo do tapete e a baderna, como sempre, vai imperar. Enquanto as federações de futebol do Brasil forem comandadas por pessoas sem o mínimo preparo, apenas com o objetivo de se eternizarem nos cargos e terem, também, a missão de indicar o presidente da CBF, nada será mudado. Pobre futebol brasileiro que um dia, já foi o melhor do mundo.

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Encontrar os amigos é sempre agradável

quarta-feira, 06 de novembro de 2024

Sábado passado fui ao Rio de Janeiro, para encontrar com meus amigos de mais de 50 anos, colegas de turma e de profissão, para um papo descontraído, na Academia da Cachaça, no Leblon. Anteriormente, nossos encontros eram no famoso bar Veloso, ponto de encontro de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na década de 1970 e que ficou famoso por causa disso. Mas, com a morte de nosso querido Carlinhos, levado pela covid lá se vão quatro anos, as saudades eram tantas que resolvemos mudar de local.

Sábado passado fui ao Rio de Janeiro, para encontrar com meus amigos de mais de 50 anos, colegas de turma e de profissão, para um papo descontraído, na Academia da Cachaça, no Leblon. Anteriormente, nossos encontros eram no famoso bar Veloso, ponto de encontro de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, na década de 1970 e que ficou famoso por causa disso. Mas, com a morte de nosso querido Carlinhos, levado pela covid lá se vão quatro anos, as saudades eram tantas que resolvemos mudar de local.

Numa mesa que já nos é cativa, pois nossos encontros costumam ser bimensais, éramos oito colegas num papo descontraído e saudável. É proibido falar em doenças, lugar comum de todos nós, por causa da nossa idade, senão as conversas girariam, somente, em torno das artrites, sinovites, artrites e outras ites. No entanto, falar de netos, viagens, do dia a dia dos aposentados e dos que ainda trabalham é saudável e bem-vindo. Poucos pararam de trabalhar totalmente como eu, ainda mais que, como dizemos no jargão médico, a medicina é como uma cachaça e é difícil se afastar dela. Tanto é assim, que mesmo sem clinicar não deixo de comparecer aos encontros científicos do meu grupo de endocrinologistas de Friburgo. É uma maneira de me manter atualizado, numa especialidade em que militei por quarenta anos.

Apesar de a faculdade ser em Niterói, muitos eram do Rio e, sem bairrismo, pois muitas vezes recebemos a visita de amigos de outros estados, a maioria era local, à exceção de mim, de Friburgo, e duas outras colegas do outro lado da baía, de onde falam as más línguas, que a vista da cidade maravilhosa é mesmo maravilhosa.

Durante quase quatro horas bebemos, beliscamos e almoçamos relembrando os tempos de faculdade que já se foram há muito tempo, pois todos temos mais de 70 anos; casos curiosos acontecidos na época do internato, nos plantões de maternidade ou pronto socorro e da vida profissional mesmo. Não faltou também a lembrança daqueles que já se foram, que fizeram e fazem, também, parte da nossa história. Infelizmente, dada a nossa idade, essas notícias tristes vão se tornar mais frequentes, mas não podemos fugir disso, é inevitável. O mais gratificante é saber que colegas que estavam afastados há um bom tempo, que não participaram das nossas comemorações do jubileu de ouro da formatura, começaram a se integrar ao grupo e, hoje, esperam o próximo encontro em 2026, para também, participarem da nossa festa.

Turmas unidas como a nossa não é muito frequente, mas isso deveria ser uma constante, pois os laços de amizade construídos ao longo dos anos são importantes para a nossa história de vida. Me lembro que a minha turma do ginásio, do colégio São Bento, se encontrava pelo menos uma vez por ano, num grande almoço de confraternização. Por causa da pandemia de 2019 o laço se rompeu, mas deveria ser renovado.

Dessa vez não dormi no Rio e voltei para casa ao final da nossa confraternização. Devo confessar que foi cansativo, mas gratificante. Outros encontros já estão em estudo, pois nessa altura do campeonato temos mais é que aproveitar o tempo que nos está, ainda, disponível.

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Rio de Janeiro, uma cidade arruinada

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Quando, em 1960, a capital federal foi transferida para Brasília, foi orquestrada uma campanha para desestruturar a cidade do Rio de janeiro, com intuito de colocar o foco na nova capital. Passados sessenta e quatro anos, não se justifica mais esse tipo de atitude, mas o Rio continua a sofrer esse descrédito e, agora, agudamente. Vejamos o que ocorreu na semana passada.

Na última quarta-feira, 23, o Recreio dos Bandeirantes assistiu a uma verdadeira batalha campal com o quebra-quebra iniciado pelos arruaceiros (não podem ser chamados de torcedores do Penharol) quando um de seus componentes foi surpreendido e preso ao roubar um celular. Cenas de agressões, destruição de quiosques da orla, motos incendiadas, carros destruídos, comércio assaltado foram vistas pela televisão, mas vivenciadas ao vivo e a cores pelos moradores, acuados em suas casas, com o trânsito parado. Duzentos e vinte um uruguaios foram levados para a delegacia e vinte e dois permanecem em prisão temporária até hoje. O mais grave é que em dezenove de setembro, um mês e uma semana antes, o Flamengo enfrentou esse mesmo Penharol, no Maracanã, e promoveram, também, cenas de vandalismo e agressões, no Recreio dos Bandeirantes. Será que a Secretaria de Segurança do estado não se lembrava da animosidade dessa torcida? Por que não tomou as devidas providências para que esses fatos não se repetissem?

Mas, na sua sina de cidade, e por que não estado, deixada ao deus dará, no dia seguinte, 24, a coisa foi pior. Na altura do Complexo de Israel, uma das favelas situadas na Avenida Brasil, principal artéria de ligação da zona oeste com o centro da cidade, após uma incursão da polícia militar no local, bandidos atiraram em direção daquela avenida, causando três mortes de pessoas que iam ou estavam trabalhando e causando um grave tumulto. Aliás, desde a tresloucada ordem do membro do STF, Edson Facchin, manietando a atuação da polícia, nos morros e favelas do Rio, que a violência aumentou. O carioca vive acuado, com medo de sair às ruas, preso dentro de suas casas, invertendo a ordem das coisas, pois quem tem de estar atrás das grades são os bandidos, não cidadãos que trabalham e pagam impostos para alavancar a marcha da sociedade.

Segundo a PM, ao chegar às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, os agentes encontraram forte resistência dos criminosos. Para conter a aproximação da PM, eles atearam fogo em carros e várias barricadas, além de terem cavado valas para impedir a ação dos policiais. Na tentativa de fuga, atiraram em direção à Avenida Brasil, causando o tumulto já citado.

Raro, se é que existe, são os dias em que não há relatos de guerra entre milicianos e traficantes, trocando tiros dia e noite; se eles se matassem entre eles, melhor não poderia ser. O problema é que eles colocam em risco a vida de policiais que são pagos, e mal, para manterem a ordem, e, principalmente, de cidadãos e crianças vítimas de balas perdidas. O Rio de Janeiro é, talvez, a cidade campeã de pessoas atingidas ou mortas por balas perdidas.

O grande responsável pelo status quo atual foi Leonel de Moura Brizola, ex-governador do estado, na década de 1980, com sua malfadada ordem de não deixar policiais subirem os morros. Anos depois, Edson Facchin comete o mesmo destempero. Perde com isso a cidade, pois tal estado de coisas compromete o turismo, uma de suas grandes fontes de renda. Além de suas belezas naturais, uma das coisas que, talvez, aumentou o grande fluxo de turistas, para o Nordeste, tenha sido o caos urbano do Rio de Janeiro causado pelo trânsito maluco e pela violência desenfreada.

Infelizmente, a então decantada cidade maravilhosa não tem mais jeito e chega-se à conclusão que a campanha para desacreditá-la teve um grande êxito.

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O Botafogo conseguirá ganhar os dois títulos que disputa?

quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Como torcedor fanático que sou, acredito que é possível levantar as taças do campeonato brasileiro e da Libertadores da América, versão 2024.

Como torcedor fanático que sou, acredito que é possível levantar as taças do campeonato brasileiro e da Libertadores da América, versão 2024.

        São duas competições difíceis, principalmente o brasileirão, mas em relação ao ano passado a distância entre o primeiro colocado, no caso o Fogão e o segundo, no caso o Palmeiras, é de apenas um ponto. Acontece que os dois ainda se enfrentam na antepenúltima rodada e tem-se pela frente mais oito rodadas. Ao contrário do ano passado em que o Botafogo chegou a colocar quatorze pontos na frente do segundo colocado, esse ano a diferença está mais apertada e o time alvinegro adora colocar sua torcida em permanente angústia, mesmo tendo time que sobra no campeonato. Aliás, hoje, Botafogo e Palmeiras são indiscutivelmente os melhores times do Brasil.

        Quanto à Libertadores da América não acredito que o Penharol tenha condições de eliminar o Fogão, apesar de que em futebol tudo seja possível, mas classificando-se para uma eventual final, estamos arriscados a ter de enfrentar o Racing, em Buenos Aires e aí, vira uma caixinha de surpresas. Time por time sou mais o do Botafogo, mas a pressão da torcida no estádio de Avellaneda é muito grande e haja concentração e coração. Se for o Atlético Mineiro o classificado, a outra semifinal é entre o Atlético e o Racing, o fator torcida deixa de existir, pois serão dois times brasileiros jogando em solo argentino, local da partida escolhido pela Conmebol (entidade máxima do futebol sul-americano). Nesse caso, o fator campo não existiria já que seria o chamado campo neutro. A rivalidade entre atlético e Botafogo existe, mas não creio no mesmo nível de Argentina e Brasil.

        Nessa quarta-feira, às 21h30, no estádio Nilton Santos no Rio, com todos os ingressos já vendidos, ou seja, com casa cheia, o Fogão inicia sua caminhada em direção a um título inédito, ou seja, campeão das américas. Tem de vencer e com um placar elástico, mesmo sabendo que o Penharol vai jogar fechado e fazendo cera, pois sua intenção, certamente, será levar a decisão para Montevidéu, onde o apoio de sua torcida será muito importante. Para eles, um empate no Rio seria a
glória.

        O que me preocupa é a dificuldade que o time da estrela solitária tem para furar bloqueios, haja visto o último jogo contra o Criciúma, de Santa Catarina. Com um Maracanã lotado, conseguiu furar a retranca do adversário aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo, mas sofreu o empate, numa desatenção, aos quatro minutos da prorrogação. Deixou escapar três valiosos pontos o que fez o Palmeiras ficar a apenas um ponto da liderança.

        De qualquer maneira o torcedor alvinegro tem motivos para acreditar em títulos e sonhar alto, afinal o time atual é muito superior ao do ano passado e, o mais importante, tem reservas, em todas as posições. Reservas que seriam titulares em qualquer time grande da principal divisão do campeonato brasileiro, o que é importante num calendário desumano como o nosso, que obriga os times a jogarem, praticamente, a cada três dias. A sorte de nossos jogadores, menos aqueles que são convocados para as respectivas seleções, é que a Fifa dá dez dias de interrupção no calendário nacional; como são pelo menos três, isso alivia um pouco o desgaste.

        O desejo da imensa torcida alvinegra é que o time esteja inspirado na quarta feira, que possa ganhar bem do seu adversário, deixando encaminhada a classificação para a grande final. Serão dois jogos, com intervalo de uma semana entre um e outro e, assim esperamos que nossos jogadores ponham o coração na ponta das chuteiras. Estaremos em orações para todos os santos para que tenhamos um final feliz. Amém.

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Por que os banheiros públicos são tão sujos?

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma.

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma. E não é uma questão de classe social, pois da última vez que viajamos, utilizamos a sala vip do aeroporto de Brasília e o comentário da Oneli, ao sair do toilette, foi o de que ele estava imundo.

Será que na casa das pessoas se dá o mesmo desleixo, ou estamos diante daquela constatação de que o que é público não é para ser conservado? No caso dos homens é raro encontrar um vaso sanitário em que a descarga tenha sido acionada após o seu uso, o que deixa um odor fedido muito forte; o mesmo se dá com os mictórios que não têm descarga automática. Aliás, um outro problema desses utensílios é a falta de uma altura padronizada; para pessoas baixas como eu, muitas vezes seria necessária uma escadinha para acertar no alvo corretamente.

Em locais mais movimentados, existe um contingente maior de empregados que se ocupam da conservação desses locais, mas basta um intervalo maior para que a imundice impere. Claro está, como já citei, que no Brasil, pelo fato de ser público é para não ser conservado, mas me parece que o que acontece mesmo é a falta de educação do povo. Basta ver a sujeira que impera nas ruas, calçadas, praias e locais públicos das cidades brasileiras, principalmente do Rio de Janeiro para cima. É como se tivéssemos dois brasis, de São Paulo para baixo, onde a colonização mais europeia moldou o “modus vivendi” da população, a educação do povo é uma; do Rio de Janeiro para cima, com raras exceções, sai de baixo. O problema é que, como na Europa, a chegada de gente de fora está fazendo a diferença, para pior.

Em nossas casas, pelo menos deveria ser assim, sempre que terminamos uma necessidade fisiológica, seja o número um ou o dois, dar a descarga no vaso sanitário é um ato reflexo. E, na maioria das vezes, lavamos nossas mãos, pois isto é uma questão de higiene. O problema é que muitos, principalmente em banheiros públicos, saem sem o fazê-lo e, talvez, por isso, não apertem a descarga para não sujarem às mãos. Não devemos nos esquecer que ao acionarmos a válvula de despejo, o vaso sanitário deverá estar com a tampa abaixada, pois uma névoa de vírus e bactérias se espalha pelo ambiente e permanece por um tempo nas superfícies, em especial no próprio vaso, o que aumenta o risco de contaminação.

Ao contrário do que se imagina, a forma mais comum de contaminação por doenças em banheiros compartilhados não é sentando-se no vaso e, sim, através da via fecal-oral. “Vamos supor que você encostou na parede onde outra pessoa com as mãos sujas de fezes também encostou. Depois, você não higieniza corretamente as mãos e acaba levando-as à boca. Dessa forma, pode acabar se contaminando”, explica a dra. Marianna Bezerra, infectologista em São Paulo. A infecção pela hepatite A acontece principalmente dessa forma, assim como vírus e bactérias intestinais que podem causar vômito, diarreia e dor abdominal.

Sentar-se em bancas públicas não é um bom negócio a não ser que haja uma necessidade premente. Caso isso seja necessário, seque o vaso com papel higiênico e se não houver o papel proteja a tampa, cubra a mesma com papel higiênico. Mas, nunca se esqueça de lavar as mãos, quando terminar.

Nós, brasileiros, deveríamos mudar nossa visão de mundo e lembrarmos sempre de que um povo educado é mais saudável, higiênico e bem vindo, mas que o que é público é de todos e deve ser conservado como se fosse nosso.

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Visita ao Acre e a Brasília

quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Nesses dias em que minha coluna não saiu, foi porque estive fora visitando filhos, um que mora em Rio Branco, no Acre, e outro em Brasília. Como não existem voos diretos para a capital acreana e todos param em Brasília, fiz Rio-Brasília-Rio Branco na ida e Rio Branco, com uma parada de três dias na capital federal e, finalmente, Brasília-Rio.

Nesses dias em que minha coluna não saiu, foi porque estive fora visitando filhos, um que mora em Rio Branco, no Acre, e outro em Brasília. Como não existem voos diretos para a capital acreana e todos param em Brasília, fiz Rio-Brasília-Rio Branco na ida e Rio Branco, com uma parada de três dias na capital federal e, finalmente, Brasília-Rio.

A história do Acre é marcada por diversos acontecimentos, como a ocupação por imigrantes, conflitos com países vizinhos, e a anexação ao Brasil; os primeiros habitantes do Acre foram os índios Apurinãs, que davam ao território o nome de "Aquiri", que significa "rio dos jacarés". No século XIX, o Acre ganhou destaque com a chegada de imigrantes nordestinos para trabalhar na extração de látex, quando se tornou um grande produtor de borracha. Entre 1899 e 1909, houve disputas entre brasileiros, bolivianos e peruanos pelo domínio da região. 

O Tratado de Petrópolis, em 1903, resultou na anexação do Acre ao Brasil, após a Revolução Acreana. Em 1912, ele foi declarado território federal, com um governador nomeado pelo presidente e em 1962, se tornou um estado da federação, após decreto do presidente João Goulart. Nas últimas décadas, o estado tem se destacado pela preservação ambiental e pelo reconhecimento dos direitos das comunidades indígenas. 

É também um estado que deu ao Brasil pessoas ilustres como o cirurgião cardíaco Adib Jatene, o jornalista, radialista e grande botafoguense Armando Nogueira, o seringueiro e grande defensor do meio ambiente Chico Mendes, o médico e político Enéas Carneiro, a novelista Glória Perez, a atual ministra do meio ambiente Marina Silva, entre os que me lembro.

Mas, o Rio Branco é igual a calor e fumaça. Para se ter uma ideia, às dez e meia da noite a temperatura pode estar em trinta e três graus celsius; a fumaça fica por conta das queimadas provocadas pelas mãos do homem, pois o estado é um grande criador de gado e quando o pasto fica velho, põe-se fogo para revitalizá-lo. Por dois dias tentei sair para caminhar e não consegui por causa da fumaça, aliás, tem-se de começar a caminhar cedo, por causa do calor. Cheguei à conclusão de que os melhores lugares para se ficar, em Rio Branco, são num ambiente com ar condicionado ou dentro de uma piscina. Frente ao Acre, Cachoeiras de Macacu é um paraíso.

Não é uma cidade turística, ficando restrita a visitas aos parques, entre eles o parque Chico Mendes, ao bairro da Gameleira, ideal para um passeio ou um bom papo entre amigos. O Calçadão da Gameleira, com seus quiosques e barzinhos, às margens do rio Acre, representa o início da história de Rio Branco, com suas casas coloridas, construídas no período áureo da borracha e da castanha, como o Cine Teatro Recreio, primeiro palco para apresentações culturais de Rio Branco. Vemos, ainda, um enorme mastro com a bandeira do estado, tendo, também, a vista do rio, hoje com uma vazão muito baixa em função da seca. Podemos visitar também o Museu do Povo Acreano, a Catedral, a Praça da Revolução e o Palácio do Governo.

        Em compensação, temos uma ótima gastronomia em que se sobressaem a carne de sol, os peixes de água doce, o tacacá e os sorvetes com frutas da Amazônia e do Nordeste. Os restaurantes não são caros e a comida é muito saborosa. Meu filho, com pouco menos de um ano de cidade conhece vários deles.

        O Carne de Sol do Ceará, simples, mas com uma fartura de carne, manteiga de garrafa, mandioca, que lá se chama macaxeira, farofa amarela de Cruzeiro do Sul (cidade próxima) e feijão de corda, é uma delícia. Temos ainda a rabada no tucupi, o quibe de arroz, o tucunaré recheado, a moqueca de tucunaré com camarão, o pirarucu à milanesa e muitas outros.

Foram quatorze dias de muito calor, mas agradáveis, em companhia de nossos filhos e netos. Do Acre rumamos para Brasília onde ficamos três dias com direito a uma ida ao estádio Mané Garrincha, para assistir ao jogo Botafogo e Grêmio. Em Brasília muito calor, também, mas com uma queda de temperatura à noite, o que dispensa o ar-condicionado.

O único senão foi que perdi o voo de Rio Branco para Brasília e tive de comprar outras duas passagens. É que esse horário de meia noite e meia é complicado, pois na realidade teria de chegar no aeroporto na quinta à noite e, simplesmente, esqueci. Burrice minha e prejuízo no bolso.

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