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Ex-presidente Donald Trump sofre atentado durante comício eleitoral

quarta-feira, 17 de julho de 2024

No último sábado, 13, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atual postulante à Casa Branca, foi atingido de raspão, na orelha direita, durante um comício eleitoral, na cidade de Butler, no estado americano da Pensilvânia. O atirador, um jovem de 20 anos, Thomas Matthew Crooks, que se encontrava em cima de um telhado, a cerca de 120 metros do local do evento, foi abatido por atiradores do serviço secreto, com um tiro na testa. O saldo do ocorrido foi de duas pessoas mortas, Thomas e um dos participantes, além de um ferido, gravemente, que também estava próximo a Trump.

No último sábado, 13, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, atual postulante à Casa Branca, foi atingido de raspão, na orelha direita, durante um comício eleitoral, na cidade de Butler, no estado americano da Pensilvânia. O atirador, um jovem de 20 anos, Thomas Matthew Crooks, que se encontrava em cima de um telhado, a cerca de 120 metros do local do evento, foi abatido por atiradores do serviço secreto, com um tiro na testa. O saldo do ocorrido foi de duas pessoas mortas, Thomas e um dos participantes, além de um ferido, gravemente, que também estava próximo a Trump.

O presidente brasileiro, Luís Inácio, classificou o atentado como inaceitável e declarou, ainda, que deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. Não me lembro, mas creio que essa fala não foi tão evidente durante o lamentável episódio que vitimou o então candidato Jair Bolsonaro, com uma facada no abdomen, quando discursava, em Juiz de Fora-MG, durante a campanha eleitoral, em 2018, que o levou à presidência da República, . A diferença entre esses dois fatos é que nos Estados Unidos, o atirador foi morto, em seguida, pelas autoridades, enquanto aqui, em terras tupiniquins, Adélio Bispo foi protegido pelas autoridades verde e amarelo, inclusive o STF. Ou seja, prendeu-se o executor da facada, mas blindou-se os mandantes por não interessar que tal fato viesse a público.

Mas, existe uma semelhança gritante entre esses dois episódios deploráveis, ou seja, toda vez que a esquerda se sente ameaçada ela reage de maneira violenta e inusual. É por todos conhecido o fato de Trump ser membro da direita radical, em seu país e que Binden, o atual presidente americano, é adepto da esquerda festiva americana. E, como Trump sobe nas pesquisas eleitorais americanas, seu silêncio, mesmo que tumular interessa a essa vertente política.

O mesmo aconteceu entre nós, pois com Jair Bolsonaro a direita retornava ao poder depois de muitos anos e isso incomodou os membros do nosso socialismo moreno. Foi um governo marcado por uma perseguição implacável, que ainda não terminou. Sabendo da força política de Bolsonaro, ele não tem paz desde que deixou a presidência, seus inimigos fazem de tudo para destruir sua importância no cenário político brasileiro. O pior é que são capitaneados pela Polícia Federal, instituição que a princípio deveria ter assuntos mais sérios a tratar.

O mesmo ocorreu na França, não com um atentado de sangue, mas com um episódio que mostra o quanto a direita incomoda. Pela primeira vez, depois de muitas eleições, Marine Le Pen representante da direita francesa conseguiu uma vitória considerável no primeiro turno das eleições legislativas francesas. Isso levou os políticos de esquerda a fazerem alianças até com o diabo, para que esse feito fosse minimizado. Conseguiram em parte, pois Marine conseguiu eleger uma bancada considerável e vai ser uma pedra no sapato no governo dessa já tão combalida França.

A pergunta que não quer calar é como uma pessoa armada com um fuzil AR-15 consegue subir num telhado a cerca de 120 metros de uma figura pública importante, durante um comício de uma campanha eleitoral muito polarizada, sem despertar suspeitas ou ter sido alvo de uma varredura séria, antes que Trump chegasse? Mas, creio que os americanos estão, também, contaminados do vírus do desmazelo que acompanha o Brasil e as repúblicas sul-americanas. Haja visto as cenas lamentáveis no estádio Hard Rock Stadium, em Miami, que atrasou o início da decisão da Copa América, no último domingo 14, em uma hora e 20 minutos. Em função da invasão do público e do quebra- quebra geral os portões foram fechados para que a situação fosse controlada e a ordem restabelecida. E pensar que a Copa do Mundo de 2026 será nas terras do Tio Sam.

 

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Uma festa julina para não se botar defeito

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Conforme disse na minha primeira coluna, pós retorno da Europa, viagem agora só pela América do Sul e Brasil, mas o bom mesmo é Cabo Frio. E, no último fim de semana, dias 6 e 7, foi realizado o arraial caipira do nosso condomínio, aliás uma festa que era tradicional, mas que com a pandemia foi esquecida, e lá se vão quatro anos. Até que esse ano nossa comissão festeira teve a brilhante ideia de reeditá-la. Por incrível que pareça, a presença foi maciça.

Conforme disse na minha primeira coluna, pós retorno da Europa, viagem agora só pela América do Sul e Brasil, mas o bom mesmo é Cabo Frio. E, no último fim de semana, dias 6 e 7, foi realizado o arraial caipira do nosso condomínio, aliás uma festa que era tradicional, mas que com a pandemia foi esquecida, e lá se vão quatro anos. Até que esse ano nossa comissão festeira teve a brilhante ideia de reeditá-la. Por incrível que pareça, a presença foi maciça. Das 17 casas que formam o nosso condomínio, 14 estão ocupadas, todas exceto a minha com moradores fixos, e o salão de festas ficou repleto de pessoas e comidas típicas.

Cachorro quente, salsichão, os caldos tradicionais de abóbora, caldo verde, canjiquinha e ervilha, além do milho verde se juntaram às batidas de limão e de coco, seguidas dos doces tradicionais como o arroz doce, a canjica, os pés de moleque, paçoca, cocada e outras coisitas mas. Não faltou a fogueira que agora tem um toque de modernidade, pois pode-se comprar nas boas lojas do ramo. Escolhe-se o volume de lenha que se quer usar e ela já vem no tamanho adequado. O legal que ao terminar a festa basta recolher as cinzas e jogar na lixeira. É o mesmo processo das lareiras, mais rápido e limpo. Só ficou faltando a batata doce que assada no braseiro, fica uma delícia.

Nosso condomínio do Braga, em Cabo Frio, é sui generis, pois as famílias mais antigas moram lá há mais de 15 anos, e as mais recentes foram acolhidas e aderiram ao espírito festeiro do local. Apesar de Cabo Frio ter crescido muito, hoje ele supera Nova Friburgo em número de habitantes e o bairro do Braga tornou-se muito movimentado, principalmente por ter a Praia do Forte nas proximidades. Nossa rua é tranquila e as noites são silenciosas, o que garante um sono tranquilo e reparador. Essa tranquilidade só é quebrada nas férias de verão, pois por ser um balneário, o número de veranistas é muito grande, principalmente, de mineiros e moradores da Baixada Fluminense.

Infelizmente, a má educação e os vícios de conduta são trazidos de casa, o que torna o trânsito um caos, a cidade fica com muito lixo espalhado, ou seja, uma bagunça generalizada. Ainda bem, como diz o cabofriense acostumado à sua paz rotineira, que a temporada dura apenas dois meses e meio.

No restante do ano e nos fins de semana a cidade costuma receber turistas, mas de um nível diferente, pois são casais jovens com filhos que ainda não frequentam as escolas, que optam pelos hotéis ou pousadas. São de um nível diferente daqueles que alugam uma casa para 15 a 20 pessoas. Essa é uma característica antiga da cidade e que, infelizmente, veio para ficar. É a época de um trabalho constante dos limpa fossas, dos lixeiros e dos zeladores dos edifícios. Acredito que um turismo mais ordenado e bem explorado seria muito mais lucrativo, mas como nem os políticos locais se preocupam, creio que não há nada a ser feito.

Aliás, classe política terrível essa de Cabo Frio que herdou tudo de ruim do antigo Estado do Rio de Janeiro, antes de ser juntado ao próspero Estado da Guanabara, por questões políticas. A cada ano que passa, sai prefeito entra prefeito, a cidade é um buraco só, a saúde pública um caos e a segurança pública cada vez mais complicada. Os vereadores não ficam atrás, nessa mediocridade, pois se aliam ao prefeito e a oposição nada consegue de útil. É a verdadeira oligarquia política a serviço de uns em detrimento da maioria. Ou se descobre uma maneira de se monitorar o político anualmente, com perda de mandato se for inoperante, ou tudo continuará como está com a mediocridade, com raríssimas exceções, imperando a nível municipal, estadual e federal.

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Cinquenta anos de formado em Medicina, eis uma data marcante na minha vida

quarta-feira, 03 de julho de 2024

No último dia 28 de junho rezei e agradeci a Deus por ter me concedido a felicidade de estar vivo no dia em que completei 50 anos de formado, pela faculdade de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Naquele longínquo junho de 1969, eu e mais 127 vestibulandos, iniciávamos um curso que ao seu fim nos abriria as portas de uma carreira linda e nobre; seria o coroamento de nossos sonhos e estaríamos prontos para iniciarmos nossa vida profissional.

No último dia 28 de junho rezei e agradeci a Deus por ter me concedido a felicidade de estar vivo no dia em que completei 50 anos de formado, pela faculdade de medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF). Naquele longínquo junho de 1969, eu e mais 127 vestibulandos, iniciávamos um curso que ao seu fim nos abriria as portas de uma carreira linda e nobre; seria o coroamento de nossos sonhos e estaríamos prontos para iniciarmos nossa vida profissional.

O início não foi fácil, pois começávamos um curso universitário dos mais difíceis e o Brasil vivia uma ditadura implantada quatro anos antes. Para complicar ainda mais a vida daqueles futuros doutores, em 1968 foi editado o famigerado AI-5 que endureceu ainda mais o regime, acabando de vez com a liberdade individual dos cidadãos. Imagine-se 128 jovens, a maioria entre 18 e 20 anos, numa idade em que a contestação é uma realidade, estudando numa universidade e tendo de refrear seus protestos, pois o risco de ser levado pelo DOPS era muito grande. Felizmente, nossa turma passou incólume por esse período.

Em 28 de junho de 1974, finalmente nosso sonho se tornou realidade e tivemos acesso ao tão sonhado CRM, que nos assegurava o direito de exercermos a nobre arte de curar. Nossa formatura foi no antigo teatro, do também antigo Hotel Nacional, em São Conrado, no Rio, e nosso baile de formatura, animado por um dos mais famosos conjuntos da época, Ed Lincoln e seu conjunto, no clube Monte Líbano, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas.

Passados 50 anos teremos uma grande confraternização no Hotel Porto Belo, em Mangaratiba, esperando que um grande número de colegas possa comparecer, para que esse momento seja realmente marcante em nossas vidas. Afinal, o avanço da medicina, que a minha turma ajudou a tornar uma realidade, propiciou que festas de jubileu de ouro entre formados se tornasse uma realidade. Meu saudoso pai, que morreu três anos antes da minha colação de grau, formou-se também em medicina, em 1948. Na comemoração de seus 50 anos de formatura, em 1998, e que ele já não estava mais entre nós, muitos colegas já tinham falecido. Não era comum jubileu de formatura com muitos participantes.

Exerci a medicina durante 43 anos, pois me aposentei em 2017. Devo tudo que tenho a minha profissão a qual procurei desde o início dedicar-me com honestidade e dignidade; creio que pude cumprir o juramento que fiz na minha formatura e que diz: “Prometo que, ao exercer a arte de curar, mostrar-me-ei sempre fiel aos preceitos da honestidade, da caridade e da ciência e que a saúde do meu doente será a minha primeira preocupação. Penetrando no interior dos lares, meus olhos serão cegos, minha língua calará os segredos que me forem revelados, o que terei como preceito de honra. Nunca me servirei da minha profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu para sempre a minha vida e a minha arte com boa reputação entre os homens; se o infringir ou dele afastar-me, suceda-me o contrário”.

Seja como médico do antigo Inamps, do Sesi, como plantonista do saudoso Hospital Santo Antônio, hoje Raul Sertã, seja no meu consultório particular colecionei muitas histórias engraçadas, tristes, verdadeiras vitórias ou derrotas que talvez pudesse ser transformada num livro. No entanto, uma me marcou e faço questão de mencioná-la aqui. Dediquei-me à Endocrinologia e o meu maior número de pacientes era de diabéticos e obesos, duas categorias difíceis de serem acompanhadas.

Tive uma paciente diabética, hoje advogada (estou falando de você mesmo, dra. Cynthia) rebelde como todo jovem e ainda por cima diabética. Eis que com mais de 25 anos de doença resolveu engravidar o que a colocou na lista de gravidez de altíssimo risco se a empreitada fosse levada a cabo.

Pois bem, um belo dia, já aposentado, fui comunicado da sua gravidez. Fiz questão de indicar a endocrinologista para acompanhar a sua gestação e qual não foi a minha surpresa e emoção ao saber que ela tinha dado à luz a um casal de gêmeos. Graças a Deus minha ex-cliente está muito bem, cuidando melhor do seu diabetes, não só em função da própria idade como da responsabilidade de ser mãe.

Confesso que chorei lágrimas de felicidade, no dia 28 de junho, data marcante na minha vida e da qual me orgulho muito. Obrigado à Medicina que me deu tudo na vida, aos meus pacientes que confiaram no meu profissionalismo e aos meus colegas de faculdade, os atuais e os que já se foram, pois fazem parte da minha existência.

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Uma viagem para esquecer

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Retornamos a Friburgo na quarta-feira, 12 de junho e, pela primeira vez, desde que começamos a viajar, com um sentimento de que não era bem aquilo que queríamos. Uma viagem que a princípio pareceu-me bem planejada, foi na realidade um desastre. E de bom ficou a lição de que as próximas viagens terão de ser muito bem pensadas e só serem realizadas quando tivermos a certeza de que vale a pena.

Retornamos a Friburgo na quarta-feira, 12 de junho e, pela primeira vez, desde que começamos a viajar, com um sentimento de que não era bem aquilo que queríamos. Uma viagem que a princípio pareceu-me bem planejada, foi na realidade um desastre. E de bom ficou a lição de que as próximas viagens terão de ser muito bem pensadas e só serem realizadas quando tivermos a certeza de que vale a pena.

Muitas são as razões para a minha sensação de que comeu e não gostou, mas creio que a principal foi a minha falta de sensibilidade em não escutar as palavras sensatas de minha esposa, que achava que nossa idade já não mais permitia fazer o que pretendíamos. Quando se é jovem, ficar quatro a cinco dias num local e seguir em frente é fácil, a idade ajuda a espantar o cansaço natural de tal empreitada, que requer muitos deslocamentos de carro. Ainda mais, que em nossas últimas viagens, passamos a ter um ponto de apoio, com o aluguel de um estúdio ou apartamento e daí partir para visitar o que queríamos. Mesmo que fosse um pouco longe, na volta teríamos tempo de recarregar as baterias e partir para outro passeio. Foi assim que conhecemos a Itália, a Alemanha, a Suíça e outros que a memória agora me falha. Até na Córsega chegamos com nosso carro, atravessando o Mediterrâneo num Ferrie Boat. Acrescente-se ainda que o trânsito nas estradas europeias ficou pesado, tal é o número de caminhões que circulam por elas atualmente.

Além disso, nossa bagagem foi praticamente incompatível com o tempo que lá encontramos. Consultando o “clima tempo”, verificamos que a temperatura no velho mundo estava agradável, pedindo roupas de meia estação e verão. Claro está que roupas de inverno são sempre necessárias, pois o tempo pode mudar repentinamente e fazem falta. O problema é que na primavera, temperaturas invernais não são comuns e chegamos a pegar 8 graus de madrugada, com 15 a 16 durante o dia. Sem falar da chuva que se fez presente na maior parte do tempo em que estivemos em Portugal. Aliás, frio e chuva, ninguém merece. Os europeus estavam surpresos com as baixas temperaturas nessa época. E as inundações, principalmente na Alemanha e França, verdadeiras catástrofes. Na cidade de Ahrweiller, próximo a Bonn, a água chegou a cobrir o segundo andar de muitas casas e a devastação foi terrível.

A ida a Portugal se deveu ao sonho de tirar o visto D7, aquele que permite aos aposentados brasileiros de residirem na terra de Camões. O objetivo era conhecer algumas cidades e avaliar se seriam boas para se morar. Aí veio Vila Real, que foi um pesadelo. Aluguei um pequeno apartamento, pela Booking.com, cujas fotografias eram agradáveis. Nos deparamos com um estúdio no subsolo, sem janelas, na realidade eram dois basculantes, no alto da parede. Fomos obrigados a ficar com o aquecedor ambiente ligado o tempo em que estávamos lá, com muita chuva e frio, o que nos impedia de visitar o que quer que fosse. O carro ficou num estacionamento distante do estúdio, o que me desestimulou de fazer as viagens que tinha programado para visitar Braga, Viana do Castelo e Viseu. O bom da história é que morar em Portugal foi um sonho que passou.

Fomos a Caldas da Rainha, Óbidos, Nazaré, Peniche, Castelo Branco e, no início, Bragança. Cidades bonitas, com seu charme, mas não mais que isso. O que salva Portugal é o fato de ainda ser um país barato, na Europa. Exceto a gasolina que está pela hora da morte. Na França e Alemanha, além do combustível, supermercados, restaurantes e hotéis estão bem mais caros. Na realidade a Europa já era, pois foi invadida pelos imigrantes, principalmente árabes e asiáticos que descaracterizaram completamente a cultura local, não se adaptando e impondo o seu modus vivendi, na maioria das vezes incompatíveis com os hábitos europeus.

Um dos objetivos dessa viagem foi visitar nosso sobrinho que mora em Bonn, Alemanha, e que em 27 de fevereiro submeteu-se a um transplante de fígado. Ele tinha uma doença hepática congênita, que terminou numa cirrose e era a substituição do órgão ou a morte. Felizmente, tudo correu bem e com um mês e meio de cirurgia ele já estava em casa e em franca recuperação. Afinal foram 6 meses de hospitalização sendo que dois em coma ou estado semicomatoso. Para se ter uma ideia da gravidade da situação, com 1,80m ele chegou a pesar 47 kg. Sua recuperação é uma realidade, a cada dia que passa ele está melhor, uma verdadeira dádiva de Deus.

Viajar agora só pelo Brasil ou América do Sul, mas com no máximo 20 dias fora. Mas, acho que o melhor mesmo é ir para Cabo Frio.

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Estamos na santa terrinha

quarta-feira, 01 de maio de 2024

           Sem viajar para o exterior desde a pandemia, tomamos coragem e resolvemos fazer o que talvez seja nossa última viagem de longa duração. Temos de nos curvar a realidade e admitir que a idade começa cobrar seu tributo, fazendo com que admitamos que os arroubos da juventude ficaram no passado e a moderação daqui para a frente será mais do que necessária. O itinerario foi estabelecido de maneira que ficássemos, no mínimo, quatro dias em cada parada, para que pudéssemos ter tempo de recarregar as baterias.

           Sem viajar para o exterior desde a pandemia, tomamos coragem e resolvemos fazer o que talvez seja nossa última viagem de longa duração. Temos de nos curvar a realidade e admitir que a idade começa cobrar seu tributo, fazendo com que admitamos que os arroubos da juventude ficaram no passado e a moderação daqui para a frente será mais do que necessária. O itinerario foi estabelecido de maneira que ficássemos, no mínimo, quatro dias em cada parada, para que pudéssemos ter tempo de recarregar as baterias.

Mesmo assim, não tivemos como ter um início menos conturbado, pois para fazer o leasing de um carro, como sempre fazemos, teríamos de entrar e sair pela França. Pegá-lo fora do hexágono, encareceria em 200 euros, o preço final. Daí que de Marselha, início da viagem, até Bragança, primeira cidade de Portugal, levamos quatro dias, o que, na realidade, foi uma tourada. Talvez, o correto teria sido chegar por Lisboa, mas o aluguel de um carro fica mais caro que o leasing.

             Mas, acabou sendo uma boa opção porque Bragança é uma cidade muito charmosa e vale a pena ser visitada. Claro que fomos surpreendidos pela onda de frio que assolou e, ainda assola, a Europa e se não tivéssemos, como precaução, colocado roupas mais quentes, na mala, o jeito seria comprar mais agasalhos por aqui. Bragança fez, no último fim de semana 14 graus durante o dia. À noite, mesmo que mais frio, não teve problemas porque a calefação dos hotéis funciona bem quando a temperatura exterior cai abaixo dos 17 graus.

              Bragança fica muito próxima da Espanha e as tradições se misturam. Daí que a visita ao museu Ibérico da Máscara e do Traje foi uma surpresa agradável. Ele tem como objetivo preservar e promover a identidade e a cultura dos povos desta região. Alberga uma importante coleção de trajes, máscaras e apetrechos usados em diversas aldeias de Trás-os-Montes (Portugal) e da província de Zamora e Lazarim (Espanha), durante as festas dos Rapazes ou dos Caretos (festeja a passagem dos rapazes da adolescência para a idade adulta).

A exposição rica em cor e significado se destaca pela grande variedade de personagens e costumes que a cada inverno ganham vida nesse território. Aqui se realça, igualmente, a criatividade dos artesãos e a forma como os mais diversos materiais, da madeira a lã, da lata à cortiça, são transformados em seres tão fascinantes como misteriosos. O que mais chamou a nossa atenção foi o fato de muitos dos personagens retratados fazerem parte do nosso folclore, como é o caso do boneco de palha, do bumba meu boi e de mascarados que lembram as fantasias dos nossos carnavais. Não negamos as nossas origens.

               Claro que por estarmos em Portugal, não poderíamos deixar de aproveitar o bom vinho e o bacalhau portugueses, alem dos pastéis de santa clara e outras guloseimas mais. Aliás, segundo informações locais, o vinho de Trás-os-Montes é de muito boa qualidade. A viagem está só começando, pois nos propusemos a conhecer parte do norte e do centro do país e muita coisa ainda tem para ser vista. A medida que a viagem for correndo, mandaremos notícias.

         Apesar da diferença de quatro horas do Brasil para Portugal, deu para ver pela internet, o fogão depenar o urubu. O problema é que terminamos a quarta rodada na ponta da tabela, o que é preocupante. Vide 2023.

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Botafogo começa a assimilar o esquema de Artur Jorge

terça-feira, 23 de abril de 2024

Depois do vexame que foi a perda do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando chegou a colocar 13 pontos de vantagem sobre o segundo colocado e não foi campeão, o Botafogo começa a se encontrar. Ainda com Tiago Nunes, a situação não estava boa e, mesmo com a entrada de Fábio Matias, como interino a estreia na Libertadores da América foi um fracasso, com a derrota por 3 a 1 diante do Junior Barranquila, da Colômbia, em casa.

Depois do vexame que foi a perda do Campeonato Brasileiro do ano passado, quando chegou a colocar 13 pontos de vantagem sobre o segundo colocado e não foi campeão, o Botafogo começa a se encontrar. Ainda com Tiago Nunes, a situação não estava boa e, mesmo com a entrada de Fábio Matias, como interino a estreia na Libertadores da América foi um fracasso, com a derrota por 3 a 1 diante do Junior Barranquila, da Colômbia, em casa. Já no segundo jogo, dessa vez contra a equipe da LDU, do Equador, mesmo na altitude de 2.500 metros, já sobre o comando do português Artur Jorge, nova derrota, o que deixa o time muito mal na fase classificatória.

No entanto, o panorama começa a mudar, pois apesar da derrota para o Cruzeiro, na estreia do Brasileirão 2024, o vento passou a soprar diferente, à medida que os jogadores começaram a assimilar o esquema do novo técnico. Foram duas vitórias consecutivas, contra o Atlético Goiano, em que fez um bom primeiro tempo e contra o Juventude, domingo último, quando goleou por 5 a 1, no Estádio Nilton Santos. Aliás, esse jogo mostrou um Botafogo muito próximo daquele do primeiro turno do campeonato passado, com jogadas vistosas, bem ensaiadas e com jogadores que se destacaram pela alta performance.

Num conjunto que apenas o goleiro Gatito destoou, pois a meu ver o gol de honra do Juventude era defensável, Marlon Freitas, Danilo Barbosa e Júnior Santos se destacaram e foram, sem dúvida, os melhores em campo. Um comentarista esportivo atribuiu nota 9,5 a Danilo, não lhe dando dez, em virtude de um passe mal dado que quase resultou no gol adversário. Mas, o que dizer de um jogador que armou o jogo, interrompeu ataques do adversário, sofreu um pênalti e ainda marcou um gol? Eu daria nota dez. A se destacar, também, a atuação de Tiquinho Soares, que aos poucos vem readquirindo a forma que o tornou artilheiro do Fogão, no ano passado. Já marcou dois gols e a sua presença em campo, começa a fazer a diferença. 

Aliás, que baita jogador se tornou Junior santos, nesse início de temporada. Já é disparado o artilheiro da equipe com 14 gols, com atuações muito boas aonde alia visão do jogo, velocidade, dribles desconcertantes, oportunismo e participação coletiva, com assistências aos demais companheiros. Na atual temporada, tornou-se o maior artilheiro da Libertadores, ultrapassando Jairzinho e Pimpão que detinham esse privilégio, com cinco gols cada um. Pois Junior Santos já balançou a rede por sete vezes e, como ainda faltam quatro jogos para o encerramento da fase de classificação, certamente vai aumentar a sua performance.

 Artur Jorge começa a impor sua maneira de ver o jogo, os seus comandados estão, aos poucos, assimilando seus conceitos e o jogo de ontem já mostrou uma equipe mais compacta em campo, sem deixar espaços para a progressão da equipe adversária e, tenho certeza, à medida que os treinamentos continuarem, apesar desse calendário maluco, o poder ofensivo, sem o descuido da parte defensiva, vai levar o alvinegro da rua General Severiano a melhores dias.

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Conhecer Portugal é a próxima meta

terça-feira, 16 de abril de 2024

Hoje entro em contagem regressiva para minha próxima viagem a Europa. Acostumado que estava a viajar de dois em dois anos, tive de abortar essa rotina, por causa da pandemia da Covid, em 2020. Quando as fronteiras foram abertas, a partir de 2022, resolvi me dar mais dois anos para ter a certeza de que aquele flagelo por qual passou a humanidade tinha, realmente, chegado ao fim. Assim, 2024 foi o ano escolhido para recomeçar as viagens internacionais.

Hoje entro em contagem regressiva para minha próxima viagem a Europa. Acostumado que estava a viajar de dois em dois anos, tive de abortar essa rotina, por causa da pandemia da Covid, em 2020. Quando as fronteiras foram abertas, a partir de 2022, resolvi me dar mais dois anos para ter a certeza de que aquele flagelo por qual passou a humanidade tinha, realmente, chegado ao fim. Assim, 2024 foi o ano escolhido para recomeçar as viagens internacionais.

Essa viagem vai ser diferente das demais, pois voltarei às origens, quando ainda trabalhava e não podia me dar ao luxo de ficar muito tempo fora. Com isso era obrigado a fazer um roteiro e ficar dois a três dias em cada cidade, em hotéis e não mais alugando uma casa conforme vinha fazendo após me aposentar. Como a ideia de adquirir o visto D7 para aposentados, oferecido pelo governo português a nós, brasileiros, é muito grande, montei um roteiro para visitar o norte e o centro de Portugal, para ter uma noção de como é a vida na Santa Terrinha e como as pessoas se sentem morando em cidades menos badaladas, mas agradáveis, segundo informações que obtive de guias do turismo local. Claro que também visitarei aquelas mais badaladas, pois elas são importantes no contexto geral.

Como meu sobrinho Glauber, que mora na Alemanha já lá se vão 20 anos, foi submetido a um transplante de fígado, no dia 27 de fevereiro e agora ficará quatro semanas num hospital da cidade de Hamburgo, para consolidar sua recuperação, a meta é visita-lo após sua volta para casa, em Bonn. Para isso, fiz um leasing de um automóvel Peugeot, que será pego em Marselha, quando da nossa chegada na França e dali iremos para Portugal, antes reservando um dia para conhecer Andorra. Aliás, a escolha para pegar o carro na França é econômica, pois se o pego num outro país, teria de desembolsar mais 400 euros (200 para pegar e 200 para restituí-lo), sobre o preço do leasing.

Assim, entrarei em Portugal por Bragança, no norte, região de Trás-os-Montes, onde pretendo ficar quatro dias não só para visitar a cidade com sua famosa gastronomia e um casario típico, como seus arredores ricos em belas paisagens, ruínas de muralhas antigas, suas igrejas e conventos e, como não podia deixar de ser, provar os vinhos da região, além de tomar a famosa sopa de castanha. De lá desceremos um pouco indo até Vila Real, um destino “fora da caixinha”, pois é mais conhecida pelos portugueses, mas com a vantagem de se ter acesso a Viseu, Braga, Viana do Castelo e a badalada cidade do Porto com sua inigualável especiaria, o vinho do porto. Aliás, essa iguaria não é produzida aí e sim na região do Alto Douro Vinhateiro.

De Vila Real iremos a Caldas da Rainha, região central e litorânea, mas próxima de Lisboa, Óbidos, Coimbra, Fátima, Nazaré famosa pelas suas ondas gigantescas que atraem surfistas do mundo inteiro, além de Batalha conhecida pelo seu mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha. Daí começaremos nossa viagem de retorno, passando por Castelo Branco, já próximo à fronteira com a Espanha, onde pretendo visitar Valadolid e Zaragoza. Finalmente chegaremos a Chambéry, cidade que gosto muito e não consigo ficar longe por muito tempo. Ela é conhecida como o carrefour sul da França, pois dá acesso à Alemanha, Itália e Suíça. Após uma semana de descanso seguirei para a Alemanha para a visita ao meu sobrinho, que nessa época, com a ajuda do Bom Deus, já estará completamente recuperado. De Bonn votaremos à Chambéry por mais três dias e, finalmente, Marselha para retorno ao Brasil.

Serão 50 dias fora do país, com foco em Portugal para que possa avaliar a probabilidade de morar pelo menos um ano em terras lusitanas e, quem sabe, uma mudança mais prolongada. Afinal, o que mais buscamos, principalmente, quando se atinge uma determinada idade, é qualidade de vida o que, no Brasil, se tornou um objeto raro. Somos um país populoso, com uma distribuição de renda muito desigual e com um povo em que falta conceitos básicos de educação o que torna a convivência do dia a dia um caos. Vide o trânsito que é um espelho dessa falta de educação que citei.

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Tomar medicamentos de maneira correta é muito importante

terça-feira, 09 de abril de 2024

Hoje abordarei um tema que é pouco discutido entre médicos e pacientes, durante uma consulta, mas a meu ver muito importante e que merece uma reflexão mais profunda. O sucesso da maioria de um tratamento, depende do uso correto da medicação e é justamente aí que está o problema. É claro que à medida que o tempo passa, muitas pessoas se conscientizam da necessidade de se respeitar a prescrição médica, mas ainda existem aqueles, que pouco esclarecidos, acreditam que cessado os sintomas, pode-se interromper a medicação.

Hoje abordarei um tema que é pouco discutido entre médicos e pacientes, durante uma consulta, mas a meu ver muito importante e que merece uma reflexão mais profunda. O sucesso da maioria de um tratamento, depende do uso correto da medicação e é justamente aí que está o problema. É claro que à medida que o tempo passa, muitas pessoas se conscientizam da necessidade de se respeitar a prescrição médica, mas ainda existem aqueles, que pouco esclarecidos, acreditam que cessado os sintomas, pode-se interromper a medicação.

É correto afirmar que temos variadas situações e as medicações giram em torno delas. No caso de uma pneumonia, com a melhoria dos sintomas e com a comprovação, via RX do tórax, de que a área pulmonar está limpa, o antibiótico será suspenso. No entanto, no caso da hipertensão arterial, primária, a pressão se normaliza com o uso dos anti-hipertensivos e diuréticos. Mas, se a medicação for suspensa, com certeza os sintomas retornarão dada a sua necessidade.

Em sua grande maioria, os medicamentos têm um tempo de ação que varia de produto para produto, estando sua prescrição atrelada a essa duração, daí que os horários devem ser respeitados, exceto naqueles medicamentos que possam ser usados não importa a hora, desde que sejam tomados. Mesmo assim, se antes do café, do almoço ou do jantar, uma vez iniciados, aquele momento deve ser seguido nos dias subsequentes. Outro fator importante é o preço do medicamento, que vai ser mais caro ou mais barato, dependendo do fabricante e do produto em si, se genérico ou não. Daí, quando possível, a escolha do mais adequado e o seu uso constante, se for o caso.

No entanto, como já foi dito, é preciso ficar bem claro que os medicamentos são doses dependentes, ou seja, ao serem interrompidos, cessam seus efeitos, reaparecem os sintomas. Podemos citar como exemplo a insulina. Sua função principal é abaixar a glicose no sangue; cessado seu tempo de ação, que varia de insulina para insulina, a glicemia aumentará, se outra dose não for aplicada.

Aliás, com esse produto a história é fantástica. A primeira insulina que apareceu no mercado, a partir de 1929 era de ação muito curta, no máximo seis horas. Depois chegaram as de duração mais prolongada, entre 18 a 24 horas; hoje temos as que podem durar até 40 horas, como é o caso da Degludeca. Daí a preocupação do médico em escolher uma preparação adequada e estipular quantas aplicações por dia. O mesmo se aplica aos medicamentos usados para combater a pressão alta, aos antibióticos, aos medicamentos para reduzir o colesterol e tantos outros.

O que vemos na prática, seja por desinformação, pela questão do custo ou por mero esquecimento, são os tratamentos serem interrompidos no meio do caminho. Assim, tão logo a pressão arterial normalize, o paciente descontinua o anti-hipertensivo; a febre regrediu, adeus antibióticos. Aliás, no caso destes, o tempo mínimo de uso é de cinco dias, mesmo que os sintomas tenham desaparecido. Claro, que como no caso da Azitromicina, dependendo da doença, o tempo de utilização pode ser de apenas três dias; mas isso quem decide é o médico.

As consequências dessa interrupção podem ser terríveis. Um hipertenso grave, que tenha sua pressão arterial normalizada com medicamentos, ao deixar de usá-los, corre o risco de vê-la aumentar subitamente e sofrer um “derrame” ou até mesmo, um enfarte. Uma infecção pode voltar mais grave, ou se tornar resistente, se o antibiótico não for usado pelo tempo correto.

Portanto, não tenha medo ou vergonha. Discuta com seu médico o seu tratamento, procurando informar-se dos medicamentos que você vai ter de tomar, por quanto tempo e quantas vezes por dia. Peça ainda informações sobre como eles funcionam e os possíveis efeitos adversos, de uma maneira que você possa entender e informa-lo se algo ocorrer. Além de médico, ele é seu amigo.

Mas lembre-se, nunca interrompa um tratamento. Se você não se sentir bem, ligue, diga o que está acontecendo e peça orientação. Seu médico poderá diminuir a dose, trocar seu medicamento ou orientá-lo a procurar o pronto atendimento. Caso seja essa a orientação, não se esqueça de levar sua receita consigo. Isso pode salvar a sua vida.

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Testando um novo equipamento

terça-feira, 02 de abril de 2024

Esse texto foi escrito num dispositivo novo, para ser testado. Como estarei fora do Brasil, por algum tempo, e não querendo interromper minha coluna, resolvi testar um tablet. Enquanto um notebook antigo, como é o meu, pesa de um a dois quilos, sendo muito incômodo para carregar como bagagem de mão, um tablet Redimi Pad SE não chega a 500 gramas. Tem ainda a vantagem de ser mais barato e de fácil manuseio.

Esse texto foi escrito num dispositivo novo, para ser testado. Como estarei fora do Brasil, por algum tempo, e não querendo interromper minha coluna, resolvi testar um tablet. Enquanto um notebook antigo, como é o meu, pesa de um a dois quilos, sendo muito incômodo para carregar como bagagem de mão, um tablet Redimi Pad SE não chega a 500 gramas. Tem ainda a vantagem de ser mais barato e de fácil manuseio.

Tenho um sobrinho que mora na Alemanha há mais de 20 anos e que, por um problema de saúde, genético, foi obrigado a fazer um transplante de fígado. Esse é o motivo da viagem, ou seja visitá-lo quando for, finalmente, liberado para ir para casa. Antes, pretendo fazer um giro por Portugal, visitando a região norte e central do país, pois não descarto a ideia de me mudar, por uns tempos, para fora do país. Pelo menos enquanto durar esse governo do PT, torcendo para que o brasileiro tenha, finalmente, apreendido a votar e o nosso processo eleitoral seja confiável.

Na realidade, é uma viagem de estudo, pois com a falta de credibilidade do atual governo e as idiotices faladas e espalhadas aos quatro ventos por Luís Inácio, a nossa economia está saindo dos trilhos. O dólar ultrapassou a barreira dos R$ 5, a bolsa de São Paulo está em queda e a nossa inflação em 3,6% é piada de mau gosto. Hoje, não se entra num supermercado sem que os gastos sejam inferiores a R$ 80. Portanto, uma mudança para outro país tem de ser muito bem pensada.

Pelo menos quanto ao fator segurança, alguns países da Europa são mais tranquilos que o Brasil, com baixos índices de violência e sem os assaltos a mão armada, como é corriqueiro por aqui. No entanto, o valor do euro torna-se um diferencial, pois uma coisa é economizar por um tempo e viajar; outra é estar preparado para os gastos com alimentação, aluguel, luz, água, telefone, internet, carro, combustível e outras cositas mais. E, mudar-se para uma das repúblicas sul americanas, é trocar meia duzia por seis.

  Espero que essa estadia nas terras lusitanas, a primeira que faço depois de tantos anos viajando para o velho continente, principalmente pelo interior do país, me dê uma ideia de como são as coisas por lá. Isso leva a mudanças de hábitos e costumes, alimentação e, o que é muito importante, o cuidado com a saúde. Por ser médico, daí poder falar de cadeira, mesmo com as mudanças impostas pelos novos tempos, a relação medico-paciente em terras tupiniquins é, senão a melhor, uma das melhores do mundo. Apesar da perda de qualidade do curso de medicina estar em baixa, no mundo inteiro, o preparo de nossos esculapios ainda é dos melhores, apesar da defasagem de nossos equipamentos em relação aos países mais avançados. O desempenho dos médicos brasileiros, pelo menos na Europa e, sobretudo, na França, é um diferencial, isso comentado por locais que já se trataram com eles. Com relação ao tratamento dentário, em terras lusitanas, dispensa comentários.

Claro que determinados projetos estão fadados a ficarem na saudade, pois existe um diferencial que é intransponível, ou seja, o fator idade. Quando se é jovem nada nos detém, mas quando a idade começa a pesar isso torna-se um diferencial a ser pensado. Para aqueles da minha idade, a presença da família torna-se mais um ingrediente a ser levado em consideração, pois a sensação de isolamento, lá fora, é muito grande. Por exemplo, meu sobrinho não tem esse tipo de problema, pois além de ser casado e ter dois filhos, sua mãe e o irmão também moram próximo a ele. Um dos fatores do seu transplante ter tido sucesso, foi exatamente a presença da família a seu lado.

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O trânsito em Friburgo se tornou insano

terça-feira, 26 de março de 2024

Vários fatores explicam esse fenômeno, não se podendo afirmar ser um mais importante que o outro ou outros. É claro que o aumento do material rodante associado a uma malha viária que pouco evoluiu, contribui em muito com essa insanidade. Além do mais, o aumento constante do número de motocicletas, que também se enquadra no material rodante, é outro fator a aumentar o caos nosso de cada dia.

Vários fatores explicam esse fenômeno, não se podendo afirmar ser um mais importante que o outro ou outros. É claro que o aumento do material rodante associado a uma malha viária que pouco evoluiu, contribui em muito com essa insanidade. Além do mais, o aumento constante do número de motocicletas, que também se enquadra no material rodante, é outro fator a aumentar o caos nosso de cada dia.

Não sei se a má educação no trânsito espelha o grau aumentado da nossa falta de educação geral, o que para mim é uma constatação, mas, creio ser a argamassa para essa insanidade. E, como a maioria dos nossos motoristas são crias das auto-escolas, essas têm um papel importante na balbúrdia em que se transformou rodar pelas ruas e avenidas da cidade. Aliás, isso não é só aqui, pois o que vemos por aí, pelo menos nas principais cidades do Estado do Rio, é uma loucura.

Fazendo parte de uma coletividade, nós motoristas deveríamos atentar para certos hábitos que precisam ser ensinados e corrigidos nas auto-escolas. Por exemplo, freio é um coadjuvante nos equipamentos que compõem um automóvel, mas, hoje em dia, tornou-se um pesadelo para quem está atrás de outro veículo. Não importa qual a situação, maquinalmente coloca-se o pé no freio. Muitas vezes, o simples tirar o pé do acelerador é suficiente para reduzir a velocidade do carro, principalmente, dentro das cidades onde a velocidade máxima não deveria ser superior a 60 km por hora.

Engavetamentos muitas vezes ocorrem, por que, de repente, o condutor da frente, sem a menor necessidade pisa no freio e provoca uma reação em cadeia. E aí surge um outro problema que é o de não se respeitar uma distância mínima entre dois carros. Na baixa velocidade há tempo para se remediar o inevitável, mas acima dos 60 km por hora uma batida é quase inevitável. E, o que é pior, muitas vezes um motorista precavido deixa um espaço seguro a sua frente, que logo será preenchido por um apressadinho. Quem tem pressa, na hora do rush, que saia bem mais cedo de casa.

Outro problema sério é quando o motorista, próximo a uma esquina resolve parar para decidir que caminho seguir, com esse simples ato pode desencadear batidas em série, causar engarrafamentos, prejudicar a travessia dos pedestres. Esquece o princípio básico de que o direito de uma pessoa termina quando começa o de outrem. Além de infringir um conceito básico das leis de trânsito que é parar na via pública, a não ser em caso de pane.

Aliás, conhecimento das leis de trânsito é um outro tópico que deveria ser ensinado nas auto-escolas. Circular em baixa velocidade na faixa da esquerda, não respeitar os sinais de trânsito e as faixas de pedestres, andar na contra mão, ultrapassar pela direita, desrespeitar o sinal vermelho, trocar de faixa repentinamente e sem sinalizar e, o que é mais grave, sem observar com atenção se a pista do lado está livre, não respeitar as setas. Se um condutor sinaliza que vai dobrar à direita ou à esquerda, quem está atrás ou a uma certa distância, ao lado, ao invés de acelerar, deveria deixar a passagem livre. Todos esses tópicos fazem parte das leis do trânsito e teriam de ser aplicadas no dia a dia.

A falta de uma boa conduta por parte dos motoristas é flagrante, principalmente entre os motoqueiros, motivo maior da insanidade geral. Virou hábito circular, em alta velocidade, pelos corredores, para escapar dos engarrafamentos, não respeitar setas de sinalização, circular em alta velocidade, ultrapassar entre o meio fio e o automóvel, seja na esquerda ou na direita, fazer ultrapassagens perigosas, tirando fino de carros, caminhões e ônibus. Esquecem que a lataria de uma moto é o corpo do próprio condutor e que o automóvel é o veículo a ser respeitado e não o contrário. São maiores, mais pesados e existem em maior número.

A falta de um poder público eficiente e competente, também contribui para esse caos geral. Não se tem, em Friburgo, um sistema de transporte público eficiente, o que obriga muitas vezes o uso do carro desnecessariamente. Uma pessoa que saia da Cascatinha ou do Cônego para ir à Olaria, para resolver problemas simples como ir ao banco, a um médico ou dentista, ou fazer compras em farmácias, sapatarias ou lojas de roupas, ou vai a pé ou de carro, pois o ônibus custa a passar. Desses bairros citados, para o centro da cidade é o mesmo problema. Não existe um horário certo para a passagem dos coletivos e muitas vezes eles são insuficientes. A desculpa é de que circulam vazios, mas o fazem justamente pela falta de credibilidade que acarretam.

O poder público também pouco faz, a não ser assistir de camarote, para tentar solucionar o grande engarrafamento que tomou conta da cidade. O Paissandu é o maior exemplo, pois está ali desde que foram abertos os bairros de Olaria, Parque São Clemente, Cônego e Cascatinha e nunca existiu um projeto para resolver aquele nó. O que é pior, tal fato se agrava de ano para ano. Moro em Friburgo há 47 anos, no início, sem via expressa levava-se dez minutos para se deslocar do Cônego ao Centro. Hoje, com via expressa, é, no mínimo meia hora. E a distância é a mesma. Sem falar na Avenida Roberto Silveira, que liga Duas Pedras até Conselheiro Paulino e é passagem obrigatória para quem se dirige para cidades vizinhas, como Bom jardim, Cordeiro, Cantagalo e o norte do estado.

 Educação no trânsito e governos competentes, talvez, sejam a nossa salvação. Mas, atualmente é querer demais.

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