Conhecer Portugal é a próxima meta

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Hoje entro em contagem regressiva para minha próxima viagem a Europa. Acostumado que estava a viajar de dois em dois anos, tive de abortar essa rotina, por causa da pandemia da Covid, em 2020. Quando as fronteiras foram abertas, a partir de 2022, resolvi me dar mais dois anos para ter a certeza de que aquele flagelo por qual passou a humanidade tinha, realmente, chegado ao fim. Assim, 2024 foi o ano escolhido para recomeçar as viagens internacionais.

Essa viagem vai ser diferente das demais, pois voltarei às origens, quando ainda trabalhava e não podia me dar ao luxo de ficar muito tempo fora. Com isso era obrigado a fazer um roteiro e ficar dois a três dias em cada cidade, em hotéis e não mais alugando uma casa conforme vinha fazendo após me aposentar. Como a ideia de adquirir o visto D7 para aposentados, oferecido pelo governo português a nós, brasileiros, é muito grande, montei um roteiro para visitar o norte e o centro de Portugal, para ter uma noção de como é a vida na Santa Terrinha e como as pessoas se sentem morando em cidades menos badaladas, mas agradáveis, segundo informações que obtive de guias do turismo local. Claro que também visitarei aquelas mais badaladas, pois elas são importantes no contexto geral.

Como meu sobrinho Glauber, que mora na Alemanha já lá se vão 20 anos, foi submetido a um transplante de fígado, no dia 27 de fevereiro e agora ficará quatro semanas num hospital da cidade de Hamburgo, para consolidar sua recuperação, a meta é visita-lo após sua volta para casa, em Bonn. Para isso, fiz um leasing de um automóvel Peugeot, que será pego em Marselha, quando da nossa chegada na França e dali iremos para Portugal, antes reservando um dia para conhecer Andorra. Aliás, a escolha para pegar o carro na França é econômica, pois se o pego num outro país, teria de desembolsar mais 400 euros (200 para pegar e 200 para restituí-lo), sobre o preço do leasing.

Assim, entrarei em Portugal por Bragança, no norte, região de Trás-os-Montes, onde pretendo ficar quatro dias não só para visitar a cidade com sua famosa gastronomia e um casario típico, como seus arredores ricos em belas paisagens, ruínas de muralhas antigas, suas igrejas e conventos e, como não podia deixar de ser, provar os vinhos da região, além de tomar a famosa sopa de castanha. De lá desceremos um pouco indo até Vila Real, um destino “fora da caixinha”, pois é mais conhecida pelos portugueses, mas com a vantagem de se ter acesso a Viseu, Braga, Viana do Castelo e a badalada cidade do Porto com sua inigualável especiaria, o vinho do porto. Aliás, essa iguaria não é produzida aí e sim na região do Alto Douro Vinhateiro.

De Vila Real iremos a Caldas da Rainha, região central e litorânea, mas próxima de Lisboa, Óbidos, Coimbra, Fátima, Nazaré famosa pelas suas ondas gigantescas que atraem surfistas do mundo inteiro, além de Batalha conhecida pelo seu mosteiro de Santa Maria da Vitória ou da Batalha. Daí começaremos nossa viagem de retorno, passando por Castelo Branco, já próximo à fronteira com a Espanha, onde pretendo visitar Valadolid e Zaragoza. Finalmente chegaremos a Chambéry, cidade que gosto muito e não consigo ficar longe por muito tempo. Ela é conhecida como o carrefour sul da França, pois dá acesso à Alemanha, Itália e Suíça. Após uma semana de descanso seguirei para a Alemanha para a visita ao meu sobrinho, que nessa época, com a ajuda do Bom Deus, já estará completamente recuperado. De Bonn votaremos à Chambéry por mais três dias e, finalmente, Marselha para retorno ao Brasil.

Serão 50 dias fora do país, com foco em Portugal para que possa avaliar a probabilidade de morar pelo menos um ano em terras lusitanas e, quem sabe, uma mudança mais prolongada. Afinal, o que mais buscamos, principalmente, quando se atinge uma determinada idade, é qualidade de vida o que, no Brasil, se tornou um objeto raro. Somos um país populoso, com uma distribuição de renda muito desigual e com um povo em que falta conceitos básicos de educação o que torna a convivência do dia a dia um caos. Vide o trânsito que é um espelho dessa falta de educação que citei.

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