Testando um novo equipamento

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

terça-feira, 02 de abril de 2024

Esse texto foi escrito num dispositivo novo, para ser testado. Como estarei fora do Brasil, por algum tempo, e não querendo interromper minha coluna, resolvi testar um tablet. Enquanto um notebook antigo, como é o meu, pesa de um a dois quilos, sendo muito incômodo para carregar como bagagem de mão, um tablet Redimi Pad SE não chega a 500 gramas. Tem ainda a vantagem de ser mais barato e de fácil manuseio.

Tenho um sobrinho que mora na Alemanha há mais de 20 anos e que, por um problema de saúde, genético, foi obrigado a fazer um transplante de fígado. Esse é o motivo da viagem, ou seja visitá-lo quando for, finalmente, liberado para ir para casa. Antes, pretendo fazer um giro por Portugal, visitando a região norte e central do país, pois não descarto a ideia de me mudar, por uns tempos, para fora do país. Pelo menos enquanto durar esse governo do PT, torcendo para que o brasileiro tenha, finalmente, apreendido a votar e o nosso processo eleitoral seja confiável.

Na realidade, é uma viagem de estudo, pois com a falta de credibilidade do atual governo e as idiotices faladas e espalhadas aos quatro ventos por Luís Inácio, a nossa economia está saindo dos trilhos. O dólar ultrapassou a barreira dos R$ 5, a bolsa de São Paulo está em queda e a nossa inflação em 3,6% é piada de mau gosto. Hoje, não se entra num supermercado sem que os gastos sejam inferiores a R$ 80. Portanto, uma mudança para outro país tem de ser muito bem pensada.

Pelo menos quanto ao fator segurança, alguns países da Europa são mais tranquilos que o Brasil, com baixos índices de violência e sem os assaltos a mão armada, como é corriqueiro por aqui. No entanto, o valor do euro torna-se um diferencial, pois uma coisa é economizar por um tempo e viajar; outra é estar preparado para os gastos com alimentação, aluguel, luz, água, telefone, internet, carro, combustível e outras cositas mais. E, mudar-se para uma das repúblicas sul americanas, é trocar meia duzia por seis.

  Espero que essa estadia nas terras lusitanas, a primeira que faço depois de tantos anos viajando para o velho continente, principalmente pelo interior do país, me dê uma ideia de como são as coisas por lá. Isso leva a mudanças de hábitos e costumes, alimentação e, o que é muito importante, o cuidado com a saúde. Por ser médico, daí poder falar de cadeira, mesmo com as mudanças impostas pelos novos tempos, a relação medico-paciente em terras tupiniquins é, senão a melhor, uma das melhores do mundo. Apesar da perda de qualidade do curso de medicina estar em baixa, no mundo inteiro, o preparo de nossos esculapios ainda é dos melhores, apesar da defasagem de nossos equipamentos em relação aos países mais avançados. O desempenho dos médicos brasileiros, pelo menos na Europa e, sobretudo, na França, é um diferencial, isso comentado por locais que já se trataram com eles. Com relação ao tratamento dentário, em terras lusitanas, dispensa comentários.

Claro que determinados projetos estão fadados a ficarem na saudade, pois existe um diferencial que é intransponível, ou seja, o fator idade. Quando se é jovem nada nos detém, mas quando a idade começa a pesar isso torna-se um diferencial a ser pensado. Para aqueles da minha idade, a presença da família torna-se mais um ingrediente a ser levado em consideração, pois a sensação de isolamento, lá fora, é muito grande. Por exemplo, meu sobrinho não tem esse tipo de problema, pois além de ser casado e ter dois filhos, sua mãe e o irmão também moram próximo a ele. Um dos fatores do seu transplante ter tido sucesso, foi exatamente a presença da família a seu lado.

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