Confesso que dez meses de pandemia começam a me deixar ansioso, desestimulado e preocupado. Afinal, acostumado a sair, viajar, conversar com os amigos, reuniões científicas com meu grupo da endocrinologia, tudo isso desapareceu com a chegada desse maldito vírus, gestado nos laboratórios suspeitos da China. Para piorar tudo, temos de lidar com as fake news, nos obrigando a filtrar tudo o que lemos ou assistimos na mídia, para evitar acreditar ou difundir notícias sem lastro técnico.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Trata-se apenas de uma comparação, pois o primeiro um cantor famoso na década de 1960, tem muito a ver com a carreira meteórica do prefeito eleito, em Nova Friburgo, no último domingo, 15. O cantor lançou seu primeiro álbum, nos Estados Unidos, no ano de 1956 e em 1957, após sua aparição no show de Ed Sulivan, ficou célebre e sua carreira deslanchou, aos 32 anos de idade.
Mais uma semana se passou e o Detran-RJ continua prestando um desserviço à população, sem fornecer os serviços básicos para o qual ele existe, tais como transferência de propriedade de veículos, primeiro emplacamento de automotivos zero quilometro, expedição de carteiras de motorista vencidas etc. Talvez o grande problema é que a escolha de seu presidente seja indicação da Assembleia Legislativa do estado, um poder pútrido e que contamina todos os órgãos que ficam sobre a sua jurisdição. Aliás, é por isso que ela, a assembleia, não abre mão dessa prerrogativa.
Há pelo menos 15 dias que não se consegue agendar transferências de propriedade de veículos, fazer o licenciamento anual ou emplacamento de carros novos. Segundo explicações colhidas entre pessoas que lá trabalham, não foi renovado o contrato com a fábrica de placas que fazia o serviço e, até agora, não foi fechado um novo convênio. O resultado é a dor de cabeça que isso causa aos proprietários de veículos, sem falar nos prejuízos monetários.
O que as pessoas que não suportam o presidente brasileiro ainda não entenderam é que ele não é nenhum inconsequente. Quando Bolsonaro fala, o que a princípio pode parecer não ter nexo, mais tarde será comprovado ter algum fundo de verdade. Isso ficou evidente com a questão da quarentena horizontal, ou seja, de toda a população confinada, pois ela até hoje não é unanimidade e muitos cientistas defendem a quarentena vertical, aquela restrita a idosos, crianças e pessoas de risco. O mesmo se aplica à indicação de Kássio Nunes para a vaga de Celso de Melo, no STF.
No último domingo, 18, foi comemorado o Dia do Médico, dedicado àquele que direcionou sua vida, ao longo de vários anos de estudo, para cuidar, orientar e, o que é mais importante, salvar a vida do seu semelhante. E para exercer bem a profissão, tem necessidade de continuar a se atualizar todos os dias, uma vez que as descobertas, novas técnicas de diagnósticos, novos tratamentos surgem com a velocidade de um raio. Quem não acompanha essa evolução, fica pelo caminho.
Muito se tem falado sobre vacinas, sobre a resistência de certas pessoas a serem vacinadas e, principalmente, sobre a corrida em busca de uma vacina eficaz contra a Covid-19. Aliás, essa seria a maneira mais rápida de deter a atual pandemia e coloca-la no mesmo nível das doenças que outrora assolaram a humanidade (sarampo, varíola, coqueluche, paralisia infantil, tuberculose etc.) e hoje se encontram “domesticadas” ou erradicadas, na maioria dos países onde é adotada a vacinação em massa.
Corroborando o que disse na minha coluna da semana passada, a mamata é muito boa, para a existência de 16 postulantes à vaga de prefeito, no Palácio Barão de Nova Friburgo. O descaso com o dinheiro público, o assalto aos cofres da Secretaria Municipal de Saúde, que gere o bem estar da população, aquela mais carente, que só tem o Sistema Único de Saúde (SUS) como tábua de salvação, é um acinte. A trama é feita muito antes do “ungido” ao cargo mais importante da cidade assumir seu posto.
Depois de um mês de imobilização em função de uma cirurgia do ombro e do falecimento de minha mãe, já me sinto em condições de voltar a escrever meus artigos aqui todas as quartas-feiras. Como as eleições para prefeito, vice-prefeito e vereadores estão próximas, 15 de novembro para o primeiro turno e também no dia 29 para o segundo turno (nos municípios com mais de 200 mil eleitores, o que não é o caso de Friburgo), resolvi abordar esse tema, de importância capital para o país como um todo e para nossa cidade, em especial.
Mesmo sendo difícil escrever, em função da reconstrução de três tendões rompidos do meu braço direito, precisei fazer um esforço e deixar registrado o que me vai no coração. Na última quarta-feira, 26 de agosto, minha mãe partiu para sempre, e só nos reencontraremos, de novo, se realmente existir uma vida, numa outra dimensão. As lágrimas vão secando aos poucos, mas o aperto no coração, a certeza de não mais vê-la, no nosso dia a dia, ainda permanecerão por muito tempo e, só ele será capaz de aliviar, em parte, essa angústia.