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Entendendo e gerenciando os riscos nos investimentos

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Investir é uma maneira eficiente de fazer o dinheiro trabalhar para você, mas como em qualquer empreendimento, existem riscos envolvidos. É crucial compreender e avaliar esses riscos para tomar decisões inteligentes e proteger seu patrimônio financeiro. Três dos principais tipos de risco que os investidores enfrentam são os riscos de mercado, liquidez e crédito.

Investir é uma maneira eficiente de fazer o dinheiro trabalhar para você, mas como em qualquer empreendimento, existem riscos envolvidos. É crucial compreender e avaliar esses riscos para tomar decisões inteligentes e proteger seu patrimônio financeiro. Três dos principais tipos de risco que os investidores enfrentam são os riscos de mercado, liquidez e crédito.

Risco de Mercado: O risco de mercado é a possibilidade de que o valor de seus investimentos seja afetado por mudanças no ambiente econômico e financeiro global. Fatores macroeconômicos, como taxas de juros, inflação, política governamental, desempenho do mercado de ações e eventos geopolíticos, podem influenciar diretamente o valor de seus investimentos. Por exemplo, uma crise econômica global pode levar a uma queda significativa nos preços das ações, afetando negativamente o valor de uma carteira de investimentos.

Gerenciar o risco de mercado envolve diversificar seu portfólio para incluir uma variedade de ativos que se comportem de maneiras diferentes a mudanças no mercado. Isso pode ajudar a mitigar perdas em uma classe de ativos específica enquanto outras estão em bom momento (correlação negativa). Além disso, manter-se atualizado com as tendências econômicas e políticas pode ajudar os investidores a tomar decisões mais informadas.

Risco de Liquidez: O risco de liquidez refere-se à capacidade de comprar ou vender um ativo rapidamente sem afetar seu preço de mercado. Alguns investimentos podem ser mais líquidos do que outros. Por exemplo, ações de grandes empresas listadas em bolsas de valores tendem a ser altamente líquidas, pois podem ser compradas e vendidas facilmente. Por outro lado, investimentos menos líquidos, como imóveis ou títulos de dívida privada, podem levar mais tempo e esforço para vender, o que pode ser problemático se precisar de acesso rápido aos seus fundos.

Para mitigar o risco de liquidez, os investidores devem avaliar cuidadosamente a liquidez dos ativos em que desejam investir. Manter uma parte do portfólio em investimentos líquidos pode proporcionar flexibilidade financeira em momentos de necessidade, como é o caso das alocações de sua reserva de emergência.

Risco de Crédito: O risco de crédito surge quando uma contraparte em um investimento, como um emissor de títulos, não é capaz ou não está disposta a cumprir suas obrigações financeiras. Isso pode resultar em perdas para o investidor, especialmente se o emissor entrar em default. Por exemplo, se uma empresa na qual você possui títulos de dívida declarar falência, você pode perder parte ou todo o seu investimento.

Para mitigar o risco de crédito, os investidores podem diversificar seu portfólio de títulos, investindo em uma variedade de emissores com diferentes classificações de crédito. Além disso, é importante realizar uma análise cuidadosa da qualidade de crédito dos emissores e suas garantias antes de investir em seus títulos.

Investir envolve assumir riscos, e os investidores devem estar cientes dos riscos de mercado, liquidez e crédito associados aos seus investimentos. Ao entender esses riscos e adotar estratégias de gerenciamento adequadas, os investidores podem tomar decisões mais informadas e proteger seu patrimônio financeiro a longo prazo.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Glossário de renda variável IV – Ações

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

            Já parou para pensar o que acontece quando você compra ações através da bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das Corretoras de Valores) é fundamental para fazer parte da filosofia das companhias e viver a tese dos seus investimentos. Entender os objetivos e modelos de negócio das empresas é tão fundamental quanto refletir os seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao seu portfólio de ações.

            Já parou para pensar o que acontece quando você compra ações através da bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das Corretoras de Valores) é fundamental para fazer parte da filosofia das companhias e viver a tese dos seus investimentos. Entender os objetivos e modelos de negócio das empresas é tão fundamental quanto refletir os seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao seu portfólio de ações. Contudo, antes de partirmos direto para esses propósitos, vamos rever alguns conceitos a fim de democratizar o conhecimento presente neste texto. Comecemos, então, definindo a bolsa de valores.

            Para tornar possível os negócios em setor de bolsas, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como – de acordo com a própria bolsa de valores brasileira – a “criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juros e de commodities”. No Brasil, existe apenas uma empresa responsável por exercer tais atividades, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ao redor do mundo, existem diversas outras; como as NASDAQ e Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos; a Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra; a Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha e por aí vai.

            Contudo, isso pode ficar ainda mais simples quando tomamos consciência de as bolsas globais serem como uma feira (essas de frutas, legumes e carnes) onde encontram-se vendedores e compradores dispostas a negociar determinado produto. Todavia, nessa grande e tecnológica feira da bolsa valores, negociam-se as empresas.

            Mas, então, como chegar nessa “feira da bolsa de valores”? Primeiro, é necessário tornar-se cliente de alguma corretora ou banco de investimentos; são as instituições financeiras, as responsáveis por realizar a comunicação entre você e a bolsa de valores. Posteriormente, é através do homebroker, plataforma de negociação disponibilizada na sua conta da corretora de valores, que você poderá comprar suas ações; e agora começa a sua jornada por boas escolhas. Falemos delas.

            Compor um portfólio de ações não é fácil; mas o conceito é simples. Comprar ações te faz acionista: um pequeno sócio de determinada companhia/empresa. Portanto, é importante compor o seu portfólio com ações de empresas que julga ser coerente tornar-se sócio. Não faz sentido algum comprar determinado papel (nomenclatura técnica sinônima a “ação”) de uma empresa sem saber, nem mesmo, quais os produtos e/ou serviços tal empresa oferece para a sociedade. É a partir daqui que você começa a pôr seus valores em questão: procure entender o propósito da companhia; sua relação e responsabilidade com a sociedade; entenda se os produtos e/ou serviços são realmente relevantes e rentáveis.

            Além de toda essa filosofia de investimentos, entra também a visão fundamentalista; é somente aqui que você analisa os resultados das empresas e, caso bons ou minimamente promissores, as adiciona ao seu portfólio. Mas lembre-se, ponto fundamental é diversificação. Uma carteira bem distribuída, com algumas boas empresas e de diferentes setores são fundamentais para diminuir os riscos de mercado.

            Mais importante que começar a investir, é entender a filosofia por trás do investimento. E isso é bastante simples!

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Glossário de renda variável III – FIIs

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

            Cá estamos, na terceira semana da nossa série de textos e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao nosso Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o terceiro texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos. Já conversamos sobre Exchange Traded Fund (ETF), Brazilian Depositary Receipt (BDR) e hoje chegou a hora de entender, de fato, o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

            Cá estamos, na terceira semana da nossa série de textos e com a certeza de que valeu a pena dedicar os últimos temas ao nosso Glossário de Investimentos. Caso não tenha acompanhado, este é o terceiro texto publicado com o intuito de democratizar o acesso aos conteúdos financeiros, elucidar e desmistificar seus papéis numa carteira de investimentos. Já conversamos sobre Exchange Traded Fund (ETF), Brazilian Depositary Receipt (BDR) e hoje chegou a hora de entender, de fato, o que são os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII).

            Quando falamos em investimentos, os ativos imobiliários estão entre os mais populares no Brasil; o investimento imobiliário, aqui, é cultural. Afinal, quem nunca sonhou em construir/comprar um imóvel com o intuito de alugá-lo e obter uma renda mensal desse investimento? Parece uma estratégia infalível – e realmente pode ser quando o investidor tem uma série de imóveis e empreendimentos do setor –, mas o risco é enorme para quem tem pouco capital.

            Seguindo a linha de raciocínio da diversificação (você se lembra que este é um ponto fundamental para o sucesso e segurança da sua estratégia, não é mesmo?), vamos montar um cenário hipotético onde o investidor passou a vida trabalhando para construir seu patrimônio e agora tem um único imóvel como investimento. Seu objetivo? Gerar renda mensal. Dentro deste cenário, imagine que – por força do destino – o último inquilino saiu há dois meses e o proprietário ainda está sem ninguém interessado em alugar seu imóvel. Já é um contexto terrível para quem dependia dessa renda, mas quando chegou no quinto mês sem nenhum locatário o proprietário decide alugar mais barato e o retorno sobre o patrimônio já é mínimo. Por fim, agora existe alguém locando este imóvel, mas desta vez o inquilino é desrespeitoso, não paga o aluguel em dia, não cuida do imóvel, traz enormes desconfortos e o final desta história a gente já conhece: muita dor de cabeça e pouco dinheiro.

            Percebe o ponto que pretendo chegar? Hoje, meu intuito é te mostrar as possibilidades de investimentos imobiliários rentáveis e sem toda a burocracia da administração direta. Através do FIIs, você pode se tornar cotista de investimentos em imóveis de primeira linha com locatários de primeira linha. Já pensou em ser dono de um prédio inteiro locado para uma grande indústria farmacêutica? Ou talvez uma rede de galpões logísticos locados para centro de distribuição de grandes marcas, o que acha? Quem sabe, investimentos em uma rede de shoppings ou hotéis?

            Os Fundos de Investimentos Imobiliários são negociados em mercado de bolsa, com liquidez de dois dias úteis e distribuem mensalmente (em grande maioria), aos seus cotistas, os devidos proventos referentes aos aluguéis recebidos pelos imóveis alugados e já isentos de imposto de renda. Tudo isso dentro de normas e regulamentações específicas e auditadas pelas instituições responsáveis pelo bom funcionamento dos mercados, como as CVM e Ambima, por exemplo.

            Esses são os FIIs, complexos dentro de sua simplicidade. A ideia aqui, é fazer seu patrimônio gerar renda mensal (seja para custear seu estilo de vida, seja para reinvestir seu patrimônio) e ser corrigido pela inflação (além, é claro, de gerar valorização do seu investimento ao longo do tempo; exatamente como um imóvel, afinal, você está investindo em imóveis reais). Sem fazer disso uma recomendação de investimentos, sinto-me extremamente à vontade ao dizer que – pessoalmente – os Fundos de Investimentos Imobiliários são minha classe favorita de investimentos. Portanto, considere-os como parte de sua diversificação.

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Glossário de renda variável II – BDRs

quinta-feira, 08 de fevereiro de 2024

No mundo dos investimentos, a busca por diversificação é uma estratégia fundamental para mitigar riscos e potencializar ganhos. Uma das maneiras de diversificar uma carteira de investimentos é por meio da alocação em ativos de renda variável internacional. Nesse contexto, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) desempenham um papel importante, permitindo que investidores brasileiros tenham acesso a empresas estrangeiras negociadas em mercados internacionais.

No mundo dos investimentos, a busca por diversificação é uma estratégia fundamental para mitigar riscos e potencializar ganhos. Uma das maneiras de diversificar uma carteira de investimentos é por meio da alocação em ativos de renda variável internacional. Nesse contexto, os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) desempenham um papel importante, permitindo que investidores brasileiros tenham acesso a empresas estrangeiras negociadas em mercados internacionais.

Os BDRs são títulos emitidos no Brasil que representam valores mobiliários de companhias estrangeiras. Por meio desses recibos, investidores brasileiros podem investir em ações de empresas listadas em bolsas de valores de diversos países, como Estados Unidos, Europa e Ásia, sem a necessidade de realizar transações diretamente nos mercados estrangeiros.

Existem dois tipos de BDRs: os patrocinados e os não patrocinados. Os BDRs patrocinados são aqueles em que a empresa estrangeira emite os recibos e, geralmente, possui um acordo com uma instituição depositária no Brasil. Por outro lado, os BDRs não patrocinados são emitidos por instituições financeiras brasileiras sem a necessidade de autorização ou envolvimento direto da empresa estrangeira.

Investir em BDRs oferece uma série de vantagens. Primeiramente, proporciona acesso a uma gama diversificada de empresas globais, possibilitando que os investidores aproveitem oportunidades de crescimento em diferentes setores e regiões do mundo. Além disso, os BDRs permitem que investidores com menor capital disponível tenham acesso a empresas de grande porte e renome internacional, que talvez não estivessem acessíveis de outra forma.

No entanto, é importante ressaltar que investir em BDRs também apresenta seus desafios e riscos. As flutuações cambiais, por exemplo, podem impactar significativamente o valor dos investimentos em BDRs, uma vez que estes são cotados em reais, mas representam ativos denominados em moedas estrangeiras. Além disso, os investidores devem considerar as características específicas de cada empresa subjacente aos BDRs, como o desempenho financeiro, a governança corporativa e o ambiente regulatório do país de origem.

Para investidores interessados em diversificar suas carteiras e explorar oportunidades além das fronteiras nacionais, os BDRs representam uma ferramenta poderosa. No entanto, é fundamental que os investidores compreendam os riscos envolvidos e realizem uma análise cuidadosa antes de tomar qualquer decisão de investimento. A consulta a profissionais especializados e a realização de uma adequada educação financeira são passos essenciais para garantir uma abordagem prudente e bem-sucedida no mercado de renda variável internacional.

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Glossário de renda variável I - ETFs

quinta-feira, 01 de fevereiro de 2024

            No mercado financeiro, as opções de investimentos parecem ser infinitas e a falta de conhecimento pode afastar muita gente com vontade de optar por boas escolhas para o seu dinheiro. Por essas e outras, hoje iniciamos a nossa série de colunas educativas acerca dos veículos (e oportunidades) de investimentos presentes no mercado de renda variável com objetivo de democratizar ainda mais este conhecimento tão específico. Esta série se estenderá ao longo de todo o mês de fevereiro.

            No mercado financeiro, as opções de investimentos parecem ser infinitas e a falta de conhecimento pode afastar muita gente com vontade de optar por boas escolhas para o seu dinheiro. Por essas e outras, hoje iniciamos a nossa série de colunas educativas acerca dos veículos (e oportunidades) de investimentos presentes no mercado de renda variável com objetivo de democratizar ainda mais este conhecimento tão específico. Esta série se estenderá ao longo de todo o mês de fevereiro.

            De fato, o mercado concentra muitas possibilidades de investimentos e a falta de planejamento pode lhe proporcionar uma experiência negativa. Contudo, para facilitar o planejamento do investidor individual existem os produtos de gestão passiva: você investe recursos financeiros e uma equipe de profissionais qualificados se responsabiliza pela gestão dos ativos presentes na composição da carteira. É o que acontece nos fundos de investimentos, mas você pode encontrar estes produtos diretamente na bolsa de valores e usá-los como porta de entrada para a renda variável. Estou falando, especificamente dos Exchange Traded Fund (ETF) e vou especificar os detalhes deste ativo.

            No Brasil, temos apenas uma bolsa de valores (B3), mas ao redor do mundo existem diversas outras e cada uma delas tem seus índices de referência baseados em critérios específicos. Basicamente, esses critérios englobam determinadas ações de companhias enquadradas em características predefinidas e assim está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas selecionadas de acordo com o que você (e a equipe de gestão do ETF) acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

            Abaixo, vou listar alguns ETFs (com seus respectivos códigos de negociação) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, nenhum destes exemplos se enquadra como recomendação de investimento; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de qualidade dos ativos e, muito menos, pela análise aprofundada de acordo com seu perfil de investidor.

            · BOVA11 - Busca refletir a performance, do Índice Bovespa (composto, atualmente, por cerca de 80 das maiores empresas do Brasil);

            · ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);

            · GOVE11 - Busca refletir a performance do Índice Governança Corporativa Trade (composto por empresas com padrões de governança corporativa diferenciados);

            · SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas com menor capitalização na B3);

            · IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).

            Investir nestes produtos é simples e, por isso, chega a ser considerado como a porta de entrada para novos investidores na bolsa de valores, mas lembre-se sempre de analisar se os investimentos são condizentes com as características buscadas por você e tem a ver com o seu perfil de investidor. Serão sempre estes pequenos detalhes o grande divisor entre boas e más experiências no mercado financeiro; portanto, atente-se a elas para fazer boas escolhas.

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Glossário financeiro: economês x português

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Este é um texto interessante para ser publicado com certa periodicidade; costuma ser esclarecedor para muitos. Portanto, pontuei 12 termos fundamentais para conhecer e ficar atento.

 

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir (amortizar) a quantia total da operação (o valor principal).

 

Este é um texto interessante para ser publicado com certa periodicidade; costuma ser esclarecedor para muitos. Portanto, pontuei 12 termos fundamentais para conhecer e ficar atento.

 

Amortização: redução gradual de uma dívida baseada em pagamentos periódicos. Além das taxas de juros, um financiamento calcula um determinado valor a ser pago para reduzir (amortizar) a quantia total da operação (o valor principal).

 

Ativo e Passivo: ativos são bens ou serviços que agregam rentabilidade; passivos, por sua vez, são bens ou serviços com carga de desvalorização e despesas com o passar do tempo.

 

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade contratada previamente.

 

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Taxa de referência para a realização de operações de empréstimos interbancários.

 

FGC: Fundo Garantidor de Crédito é uma “entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". É o FGC, o garantidor dos investimentos em renda fixa.

 

Ibovespa: é a carteira teórica da Bolsa de Valores brasileira, a B3. Composta por 87 (carteira – janeiro a abril de 2024) das principais empresas do Brasil, esta carteira representa o índice de referência da bolsa brasileira e serve como base para as análises de investidores.

 

IGPM: Índice Geral de Preços do Mercado é indicador de inflação e incide sobre a correção de valores contratuais (como, por exemplo, o aluguel).

 

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medir inflação e incide sobre a correção salarial.

 

Liquidez: o período entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

 

PIB: o Produto Interno Bruto é um indicador de valor para soma de todos os bens e serviços finais produzidos por uma região em determinado período.            O PIB per capta é este valor dividido pelo número de habitantes de uma região.

 

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo de sua taxa de referência, a principal ferramenta de controle inflacionário e outras medidas econômicas.

 

Tesouro Direto: o Tesouro Direto é um programa com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional – órgão responsável, também, pela gestão da dívida pública. Ao comprar estes títulos, o investidor está emprestando dinheiro para o Governo Federal em troca de recebimento de juros.

 

Ao longo do mês de fevereiro vou dedicar este espaço apenas ao esclarecimento de conceitos e definições por trás de alguns termos técnicos importantes para mercado financeiro. Será um mês inteiro aprofundando conhecimento em renda variável para possibilitar uma relação ainda mais saudável entre você e a sua carteira de investimentos.

Nos encontramos por aqui, na próxima sexta-feira, 2 de fevereiro, para falar sobre ETFs, os Exchange-Traded Fund. Até lá!

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Material escolar: não pague 600% mais caro

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

            Já virou tradição, todo início de ano eu faço questão de voltar a esse assunto que guarda tremenda importância: a compra do material escolar. E hoje não vai ser diferente, trouxe as cinco principais dicas para economizar dinheiro e o alerta do Procon sobre a variação nos preços dos produtos contidos na lista.

            Já virou tradição, todo início de ano eu faço questão de voltar a esse assunto que guarda tremenda importância: a compra do material escolar. E hoje não vai ser diferente, trouxe as cinco principais dicas para economizar dinheiro e o alerta do Procon sobre a variação nos preços dos produtos contidos na lista.

            De acordo com a pesquisa realizada no último dia 10, pelo Procon-RJ, as diferenças de preços foral alarmantes. Com base em dez sites de lojas online, produtos de mesma marca chegaram a variar 639,13% - é o caso da borracha branca Mercur Record 20, que variou de R$ 1,15 a R$ 8,50.

Vale a pena buscar a notícia no site do Procon-RJ e baixar a planilha com 157 itens para identificar as lojas com os produtos mais baratos. Quando comparados ao susto da proporção, esses pouco mais de R$ 7 podem até parecer pouco, mas somam grande diferença ao avaliar o valor total de suas compras.

            Este, portanto, é apenas um dos pontos que merecem a sua atenção neste período de volta às aulas. Fique agora com as dicas para economizar nas compras de material escolar.

 

            ● Reaproveite o que puder

            O primeiro passo para garantir economia nessa empreitada é analisar tudo o que pode ser reutilizado. Nem sempre e necessário comprar uma mochila ou estojo novos; até canetas, lápis de cor – entre outros materiais – podem ser, com a ajuda e cuidado dos filhos, reaproveitados.

 

            ● Analise se é necessário comprar tudo agora

            Desembolsar uma quantia alta de uma só vez dói muito mais que entrar em contato com a escola e pedir um cronograma de como o material didático será utilizado. Você terá a oportunidade de fracionar as compras e reduzir, assim, os impactos financeiros do início de ano.

 

            ● Siga a lista (mas não tanto)

            A volta às aulas é sempre época de grandes vendas em livrarias, e como todos sabemos, períodos sazonais de comércio são momentos de gerar ainda mais lucro. Então resista aos filhos e atente-se com as técnicas de venda; não compre o que, por tendências de mercado, está fora da lista e assim você vai economizar ainda mais.

            A propósito, é bom lembrar, existem itens que não podem ser exigidos nas listas de material escolar.

            Certifique-se dos seus direitos.

 

            ●Compare preços

            Essa é a principal dica. Comparar preços é fundamental para qualquer compra que você venha a fazer. A diferença é real!

            E comparar preços também é essencial dentro de uma mesma loja. É claro, a variação de preço pode ser justificada pela qualidade do produto, mas nem sempre se restringe a isso e produtos temáticos são um exemplo.

 

            ● Pechinche

            Por último, e não menos importante, procure conseguir um desconto no valor final. O pagamento à vista e em dinheiro, por exemplo, é sempre uma opção que permite a possibilidade de algum desconto. Analise se é viável e vantajoso para as suas finanças.

 

            Faça o exercício de refletir sobre o seu processo de compra além desta sazonalidade específica, e, se possível, torne o momento participativo entre seus filhos e vocês. Isso também é educação financeira.

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Mitigação e análise de riscos

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Investidores e participantes do mercado financeiro enfrentam constantemente desafios associados aos riscos inerentes ao ambiente de negociação. Um dos métodos cruciais para mitigar esses riscos é a análise das classificações de risco fornecidas por agências renomadas, como Fitch Ratings e Standard & Poor's (S&P).

Investidores e participantes do mercado financeiro enfrentam constantemente desafios associados aos riscos inerentes ao ambiente de negociação. Um dos métodos cruciais para mitigar esses riscos é a análise das classificações de risco fornecidas por agências renomadas, como Fitch Ratings e Standard & Poor's (S&P).

Os riscos no mercado financeiro abrangem uma ampla gama de variáveis, desde flutuações nos preços das commodities, por exemplo, ou até mudanças abruptas nas taxas de câmbio e inadimplência. Esses fatores podem ter impactos significativos nos investimentos e no desempenho de portfólios, exigindo uma abordagem estratégica para a gestão de riscos.

As agências de rating desempenham um papel crucial ao avaliar a capacidade de emissores de títulos e instrumentos financeiros de cumprir suas obrigações. As classificações atribuídas, refletem a percepção dessas agências sobre o risco de crédito associado a um determinado emissor. A análise dessas classificações pode ser um farol valioso para os investidores, fornecendo insights sobre a estabilidade financeira e a capacidade de pagamento de uma entidade.

Muito atribuída aos produtos de investimentos relacionados ao crédito, essas classificações vão orientar, principalmente, seus investimentos em títulos bancários (CDB, LCI, LCA etc.) e corporativos (CRI, CRA, Debêntures etc.). Portanto, ao entender a dinâmica da classificação de risco, precisamos ter ciência das formas de mitigá-lo.

 

Seleção Informada de Investimentos: Investidores podem utilizar as classificações de risco para orientar suas decisões de investimento, preferindo ativos com classificações mais elevadas para reduzir a exposição a riscos de inadimplência.

 

Diversificação Adequada: A diversificação de portfólios é uma estratégia eficaz para reduzir o risco de mercado. As classificações de risco auxiliam na escolha de ativos com diferentes níveis de risco, contribuindo para uma carteira mais equilibrada.

 

Monitoramento Contínuo: A dinâmica do mercado pode impactar as condições financeiras de uma entidade ao longo do tempo. O monitoramento regular das classificações de risco permite ajustes rápidos em resposta a mudanças nas condições econômicas.

 

Em um ambiente financeiro volátil, a análise criteriosa das classificações de risco emerge como uma ferramenta essencial para a gestão eficaz de riscos. Ao compreender e incorporar essas classificações em estratégias de investimento, os participantes do mercado podem potencialmente reduzir a vulnerabilidade a eventos adversos, fortalecendo a resiliência de seus portfólios e a segurança patrimonial.

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Um ano de desafios está por vir! Que tal enfrentá-los com segurança?

quinta-feira, 04 de janeiro de 2024

Hoje é 5 de janeiro de 2024. Mais um ano começando, novas dificuldades estão por vir, mas também os desafios que enfrentamos em outros momentos estão aí, batendo à porta. Portanto, é muito importante começar o ano com o pé direito, cientes do que foi feito no ano passado.

Finalizamos 2023 discutindo sobre como utilizar bem o 13º salário. Já apresentei algumas possibilidades, sendo uma delas para pessoas que têm certo controle de suas finanças e habilidade no gerenciamento do orçamento doméstico: a construção de uma reserva de emergência.

Hoje é 5 de janeiro de 2024. Mais um ano começando, novas dificuldades estão por vir, mas também os desafios que enfrentamos em outros momentos estão aí, batendo à porta. Portanto, é muito importante começar o ano com o pé direito, cientes do que foi feito no ano passado.

Finalizamos 2023 discutindo sobre como utilizar bem o 13º salário. Já apresentei algumas possibilidades, sendo uma delas para pessoas que têm certo controle de suas finanças e habilidade no gerenciamento do orçamento doméstico: a construção de uma reserva de emergência.

A reserva de emergência é útil para qualquer situação inesperada. Seja um acidente, uma queda de renda para profissionais autônomos ou até mesmo a oportunidade de tomar decisões mais arrojadas. Como, por exemplo, investir em tempo para uma transição de carreira.

Para começar a criar sua reserva de emergência, é essencial entender suas finanças pessoais em detalhes. Dedique algum tempo para estudar suas despesas mensais ou peça ajuda a um profissional. Isso ajudará você a ter uma média confiável do seu padrão de gastos.

Agora, com uma ideia média de suas despesas mensais, é hora de considerar outros fatores. Pense na estabilidade do seu emprego, se você tem acesso a benefícios de seguridade social, seguro privado e na situação financeira dos membros da sua família que contribuem para as despesas. Existem alguns outros pontos únicos para cada pessoa, mas não precisamos nos aprofundar muito neles.

Com esses dados em mãos, você está pronto para o segundo passo: por quantos meses você poderia cobrir suas despesas sem ter nenhuma entrada de dinheiro? A reserva de emergência é justamente planejar para atender necessidades críticas considerando a ausência total de renda. Esse período pode variar de três a nove meses, dependendo da sua situação pessoal e familiar. Escolha o prazo que se adapte melhor à sua realidade, considerando esses critérios.

Somente aqui, no terceiro passo, você será capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas:

Valor médio de consumo mensal: R$ 5 mil

Tempo suprindo o consumo mensal: seis meses

Valor da reserva de emergência: R$ 30 mil

No entanto, onde alocar essa reserva de emergência?

A opção mais usual seria a caderneta de poupança, mas uma alternativa mais rentável e segura é o Tesouro Selic. Este é um título do Tesouro Direto, garantindo alta liquidez e segurança, permitindo resgates rápidos. Lembre-se, a rentabilidade é importante, mas a segurança da sua aplicação é fundamental.

Nunca sabemos quando e nem conseguimos prever o porquê, mas no futuro você pode passar por adversidades que farão ter valido a pena construir sua reserva de emergências.

Pense nisso com carinho, pode representar a segurança da sua saúde financeira e o bem-estar familiar (ainda que sua família seja apenas você). Assim, você pode iniciar o ano cheio de desafios, mas com um pouco mais de segurança financeira.

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Seus investimentos devem refletir seus valores pessoais

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

            Na coluna da semana passada, meu objetivo foi apresentar o seu lado investidor para você mesmo. Ao te apresentar o que compõe o processo de suitability, você pôde se conhecer um pouco melhor e compreender suas necessidades e objetivos primários. Mas é agora que muitos questionamentos surgem com o objetivo de refletir seus valores pessoais aos projetos de investimentos.

            Na coluna da semana passada, meu objetivo foi apresentar o seu lado investidor para você mesmo. Ao te apresentar o que compõe o processo de suitability, você pôde se conhecer um pouco melhor e compreender suas necessidades e objetivos primários. Mas é agora que muitos questionamentos surgem com o objetivo de refletir seus valores pessoais aos projetos de investimentos.

            Investidor, portanto, é aquele que busca por boas oportunidades de mudar o mundo ao seu redor. Afinal, não será qualquer solução rasa a responsável por gerar valor o suficiente para refletir em ganho de capital. Investimento é o nome dado àquilo de que se abre mão, hoje, a fim de colher algo ainda mais relevante no futuro.

            Portanto, como concluir tal objetivo? Mais uma vez, gerando valor no dia a dia de cada indivíduo beneficiado pelo projeto. Este, por sua vez, depende de muita análise e diferentes pontos de vista. Para resumir em alguns tópicos, selecionei fique agora com oito reflexões que todo investidor estuda ao decidir alocar seus recursos em algum novo investimento.

 

            Tese: o primeiro passo é compreender a solução vendida pelo projeto. “Que problema o meu dinheiro vai solucionar?”, pergunta-se um investidor consciente. A tese de investimentos é o que determina se a sua alocação de capital é capaz de propor alguma solução eficiente de um problema real.

 

            Risco: pensei até em não elencar este tópico na lista, seriam apenas “sete reflexões do investidor” se todos fossemos capazes de compreender que daqui para baixo tudo é análise de risco. Contudo, apenas acreditar na tese não é um risco para seus investimentos; afinal, você ainda não investiu.

 

            Liquidez: o período entre investimento e resgate do capital.

 

            Cotação: preço de equilíbrio, em determinado instante, calculado via livre mercado a partir das relações de oferta e demanda. Em bolsa de valores, nada mais é que o preço de determinado ativo num exato instante. Aqui, você vai ter a noção de se o valor pago por uma ação – por exemplo – é condizente com o valor do negócio que a envolve.

 

            Volatilidade: na bolsa de valores, volatilidade representa a variação das cotações de determinado ativo em um período estipulado, possibilitando parâmetros de estabilidade ou instabilidade do investimento.

 

            Resultado: aqui, a rentabilidade do investimento em sua tese. Será que fez ou gastou dinheiro? Só o futuro pode responder.

 

            Garantias: o futuro, portanto, pode ter determinadas garantias para evitar grandes surpresas em seu resultado. Alguns investimentos podem contar com garantias de taxas de rentabilidade, instituições garantidoras do capital do investidor e direitos de preferência no recebimento de dívidas, por exemplo, são algumas possibilidades.

 

                Investidores têm características únicas e individuais. Pensa em construir patrimônio e participar do desenvolvimento social? Invista no que acredita e busque gerar resultados positivos.

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