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Ainda não formou sua reserva de emergência?
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Você trabalha, se dedica para conseguir pagar suas contas e aproveitar a vida. Se esforça e até abdica de muita coisa para proporcionar qualidade de vida a você e sua família. Mas quando a situação aperta e um imprevisto acontece, como você reage? Numa emergência, tem alguma reserva a pronta disposição que possibilite superar a adversidade ou vai tentar dar “nó em pingo d’água” para superar uma fase ruim?
É sobre segurança financeira que vamos falar hoje, com o objetivo claro de elucidar e orientar a consolidação da sua reserva de emergência. Se você, de fato, é um entusiasta acerca dos conhecimentos de finanças pessoais – ou, pelo menos, interessado no assunto –, é bastante provável que já conheça o assunto e talvez até esteja com sua reserva formada ou em formação. Agora, se você ainda não começou a se planejar, esse texto é especial para você.
O primeiro passo para começar a pensar na sua reserva, é conhecer a fundo suas finanças pessoais para chegar num valor médio e fidedigno (dedique um tempo ao estudo de suas finanças ou recorra ao auxílio profissional) de padrão de consumo mensal.
Com o valor médio das despesas mensais em mãos, é hora de colher outros dados: a segurança do seu emprego, acesso à auxílios de seguridade social e planos de seguro privado, a realidade pessoal de cada integrante familiar responsável pela participação da manutenção financeira doméstica, e alguns outros pontos mais singulares para cada pessoa – mas já não há a necessidade em me estender mais. Enfim, são esses dados, a base para concluir o segundo passo: por quantos meses você pensa em suprir suas despesas sem contar com nenhuma geração de renda?
Reserva de emergência é isso, pensar em suprir necessidades extremas e considerar a geração nula de renda. Portanto, com relação ao tempo, dependendo da singularidade de cada pessoa e contexto familiar, o prazo de abrangência desta reserva pode variar de 3 a 9 meses. Defina, dentro destes critérios, o período mais adequado a sua realidade.
Somente aqui, no terceiro passo, você vai ser capaz de calcular o valor exato da sua reserva. Então vamos às contas:
1º passo - Valor médio de consumo mensal = R$ 3.500
2º passo - Tempo suprindo o consumo mensal = seis meses
3º passo - Valor da Reserva de Emergência: R$ 21 mil
Por fim, é fundamental saber onde alocar sua reserva. Opte sempre por produtos financeiros de alta liquidez (de preferência imediata ou D+1), com rentabilidade suficiente para suprir a inflação (rentabilidade alta não é o foco aqui) e baixa volatilidade (você não pode resgatar menos do que investiu para esta reserva). Para facilitar a interpretação, Títulos Públicos, CDBs de liquidez diária e Fundos Referenciados DI podem ser boas opções de alocação para a sua Reserva de Emergência.
Nunca sabemos quando e nem conseguimos prever o porquê, mas no futuro você pode passar por adversidades que farão ter valido a pena construir sua reserva de emergências.
Pense nisso com carinho, pode representar a segurança da sua saúde financeira e o bem-estar familiar (ainda que sua família seja apenas você).
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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