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Aniversariou na 5ª feira

terça-feira, 09 de março de 2021

 Com pequeno atraso, mas com imenso carinho, registramos o aniversário da  admirada psicóloga Emanuela Gundling Pinel (foto), celebrado na última quinta-feira,  4.
 A ela, que é filha do simpático casal Kerstin e Luiz Felipe Pinel e neta da badalada colunista social e ícone do carnaval friburguense, Marly Pinel, votos de felicitações dos familiares e muitos amigos pela nova idade.

Parabéns, Fabrício e Henrique!

 Com pequeno atraso, mas com imenso carinho, registramos o aniversário da  admirada psicóloga Emanuela Gundling Pinel (foto), celebrado na última quinta-feira,  4.
 A ela, que é filha do simpático casal Kerstin e Luiz Felipe Pinel e neta da badalada colunista social e ícone do carnaval friburguense, Marly Pinel, votos de felicitações dos familiares e muitos amigos pela nova idade.

Parabéns, Fabrício e Henrique!

Nesta semana, dois queridos amigos desta coluna também comemoram mais uma no de vida, motivo de satisfação também para seus familiares e os muitos amigos que possuem.
Ontem, 8, quem trocou de idade foi o admirado Fabrício Araújo Mury; amanhã, 10, os parabéns vão para o empresário Henrique Cordeiro Corrêa.
 A ambos, que dispensam maiores referências e considerações, nossas congratulações e votos de felicidades.

Formatura e festa

Em tempos que jamais, nem mesmo as mais criativas inteligências do universo poderiam imaginar que pudessem surgir, a jovem Ilana Santos Guilland (foto), filha do jornalista Girlan Guilland e de Rose, participou ontem, 8, de forma online com seus familiares e amigos, de sua formatura no curso de graduação em design, pela PUC-Rio, a Pontifícia Universidade Católica.
Já a festa, também de forma virtual, acontecerá no próximo sábado, 13, a partir das 21h30 e para isso, familiares e amigos podem acessar o link https://meet.google.com/fht-iunm-udx
À querida Ilana e seus pais, os parabéns desta coluna com votos de total sucesso profissional, o que assim será.

Efeito da vacinação

Além das adversidades deste momento ainda difícil, inclusive devido a escassez de vacinas contra a Covid-19, há um certo grupo prioritário que enfrenta uma situação a mais: o das mulheres, que não gostam de revelar suas idades e agora com  a convocação para vacinação se vêem obrigadas a revelar suas reais datas de nascimento.

O dia é da Carol

Ontem, 8, quando celebramos o Dia Internacional da Mulher, quem recebeu muitos cumprimentos foi a Carol Marino (foto), que hoje, 9, vai receber ainda mais manifestações de carinho pela passagem do seu aniversário.
 Em dose dupla de alegrias, esta coluna se unindo aos familiares e admiradores, felicita à querida Carol pela nova idade que está inaugurando hoje.

Faz sentido!

Em meio a situações corretas e outras nem tanto que vivemos por conta desta pandemia do coronavírus, cai bem este pensamento de Voltaire que nos faz refletir um pouco mais: "Sempre que há uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas".

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A você mulher

terça-feira, 09 de março de 2021

Ontem, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. A data marca as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos. Mas a celebração deste dia não pode perder sua essência de luta por condições mais dignas e igualitárias.

A identidade feminina é marcada pela sua “capacidade para o outro”, isto é, pela intuição profunda de que sua vocação é realizada nas atividades orientadas para o despertar do outro, para o seu crescimento e a sua proteção.

Ontem, 8, celebramos o Dia Internacional da Mulher. A data marca as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres ao longo dos anos. Mas a celebração deste dia não pode perder sua essência de luta por condições mais dignas e igualitárias.

A identidade feminina é marcada pela sua “capacidade para o outro”, isto é, pela intuição profunda de que sua vocação é realizada nas atividades orientadas para o despertar do outro, para o seu crescimento e a sua proteção.

Doar vida é próprio da personalidade feminina. O que não se restringe somente à capacidade biológica de gerar, pois gerar verdadeiramente vida está além do contentamento de dar vida física.

“Elas possuem uma capacidade única de resistir nas adversidades; de tornar a vida ainda possível, mesmo em situações extremas; de conservar um sentido tenaz do futuro e, por último, recordar com lágrimas o preço de cada vida humana” (Congregação para a Doutrina da Fé, 1 ago. 2004).

Esta capacidade é testemunhada pela história nas inúmeras lutas de mulheres pela preservação da vida e da dignidade humana. Algumas delas se tornaram conhecidas não só por suas ações de defesa pela igualdade, mas também em defesa da vida e dos menos favorecidos. Nomes como Teresa de Calcutá, Dulce, Zilda Arns, Dorothy Stang, Malala Yousafzai e de Maria da Penha são apenas uma centelha do que o poder e a determinação de uma mulher podem fazer no mundo.

O exemplo destas nos faz ver o quanto é preciso reconhecer e valorizar o papel da mulher na edificação de um mundo mais justo e fraterno. Sem dúvida, o lugar da mulher no seio da família já é algo aceito e legitimado por muitas culturas, contudo, se faz urgente perfilar o seu lugar insubstituível em todos os aspectos também da vida social. Isto implica que ela esteja presente no mundo do trabalho e da organização social, que tenha lugares de responsabilidade, onde poderá inspirar políticas concretas e soluções inovadoras para os problemas econômicos e sociais.

O Papa Francisco destacou que “é próprio da mulher tomar a peito a vida. A mulher mostra que o sentido da vida não é continuar a produzir coisas, mas tomar a peito as coisas que existem” (Twitter, 8 de março de 2020). No entanto, a força renovadora da mulher ainda é, por diversas vezes, sufocada pela violência e marginalização. Lamentavelmente no Brasil cresce o número de mulheres assassinadas ou vítimas de violência, são pelo menos cinco por dia, revela estudo (fonte: www.cnnbrasil.com.br, 4 de março de 2021).

Por isso, o Dia Internacional da Mulher, também deve ser marcado pela luta de milhares de outras mulheres que vivem imersas no ciclo de violência e de tantas outras que tiveram suas vidas interrompidas vítimas da violência ocorrida dentro do próprio lar.

Nisto revela-se a fecundidade das palavras de Francisco: “Onde as mulheres são marginalizadas, é um mundo estéril, porque as mulheres não só dão a vida, mas nos transmitem a capacidade de olhar além, de sentir as coisas com o coração mais criativo, mais paciente, mais tenro”. A você mulher nosso reconhecimento e admiração.

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Padre Aurecir Martins de Melo Junior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

 

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Ah, se você me emprestasse seu sonho...

segunda-feira, 08 de março de 2021

Certa vez, imaginei entrar num quarto pequenino pela fechadura. Durante a madrugada, tão misteriosa, fui carregada por um vento que passava entre os móveis do quarto, querendo se aproximar daquele homem, ainda jovem, de cabelos encaracolados e rosto sereno. E belo. Que parecia estar tendo um sono enfeitado por coloridos sonhos. A curiosidade balançou minha alma, quando uma surpreendente vontade de desvendar seus sonhos tomou conta de mim, uma admiradora da sua obra. Eu me perguntava baixinho para não o acordar: quais são as imagens que dançam por trás dos olhos de um inglês?

Certa vez, imaginei entrar num quarto pequenino pela fechadura. Durante a madrugada, tão misteriosa, fui carregada por um vento que passava entre os móveis do quarto, querendo se aproximar daquele homem, ainda jovem, de cabelos encaracolados e rosto sereno. E belo. Que parecia estar tendo um sono enfeitado por coloridos sonhos. A curiosidade balançou minha alma, quando uma surpreendente vontade de desvendar seus sonhos tomou conta de mim, uma admiradora da sua obra. Eu me perguntava baixinho para não o acordar: quais são as imagens que dançam por trás dos olhos de um inglês? o que se passa pela imaginação de um professor de matemática? Eu sabia que suas ideias fantásticas iriam tornar perenes, ocupando importantes espaços nas estantes das casas e livrarias das cidades, nas bibliotecas dos bairros, nas universidades e escolas, nas empresas de todo o planeta para provocar reflexões nos funcionários. Ele teve tamanha sutilidade e inteligência ao escrever que suas frases guardam enigmas, e curiosos vão passar anos e anos tentando desvendá-las. Seus sonhos mágicos se transformarão em textos cheios de simbolismos, mostrando personagens que se aventuram no País das Maravilhas, cheios de inusitadas situações. Cento e cinquenta anos depois de publicada, sua obra vai pertencer ao universo dos clássicos e suas brincadeiras vão continuar a ser graciosas às crianças, já tão acostumadas à modernidade cibernética. Mas os adultos para entendê-las, vão precisar interpretar seus significados. Há quem possa explicá-las? Mesmo estando adormecido num tempo passado do século XIX e com jeito de criança, ele e seus personagens vão conquistar a imortalidade com uma criativa trama que sempre terá atualidade. Sua obra foi inspirada por uma linda menina, Alice Pleasance Lidell, que o motivou a criar histórias feitas de palavras simples para desafiar a psicanálise, a política e a religiosidade. E encantar as crianças. Charles Lutwidge Dodgson, conhecido como Lewis Caroll, continua a dormir serenamente na madrugada, num quarto minúsculo, enquanto eu era tomada por um espírito inquieto e investigativo. Até que, repentinamente, um coelho apressado surgiu e esbarrou na xícara de chá, derrubando-a e deixando-a cair no chão. Mas o escritor só despertou com os gritos da Rainha de Copas que mandava cortar a cabeça de todos. E, eu, como intrusa, para não perder a minha, saí do quarto de mansinho junto com um feixe de luz. E, cá estou eu, pedinte de um sonho. Ainda. 

 

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Eu não quero ser mais um machista

sábado, 06 de março de 2021

Paz: substantivo feminino

Que toda violência - física, moral, psicológica, sexual - seja rechaçada por todos. Absolutamente todos. E não pode ser apenas um desejo exposto na escrita ou para evitar cancelamentos. Não é só porque soa bem aos ouvidos coletivos. Tem que ser prática cotidiana, mesmo no silêncio de nossas intimidades. Tem que ser combate permanente a nós mesmos e a tudo aquilo que acumulamos erroneamente como sociedade ao longo dos tempos. Chega! Basta! Tantos séculos não nos serviram de nada?

Paz: substantivo feminino

Que toda violência - física, moral, psicológica, sexual - seja rechaçada por todos. Absolutamente todos. E não pode ser apenas um desejo exposto na escrita ou para evitar cancelamentos. Não é só porque soa bem aos ouvidos coletivos. Tem que ser prática cotidiana, mesmo no silêncio de nossas intimidades. Tem que ser combate permanente a nós mesmos e a tudo aquilo que acumulamos erroneamente como sociedade ao longo dos tempos. Chega! Basta! Tantos séculos não nos serviram de nada?

Gentil: adjetivo feminino

Eu não posso falar por elas. Como homem, tenho tentado aprender que não tenho lugar de fala e que preciso escutá-las, ouvi-las, se colocar ao lado delas nas suas batalhas sofridas e diárias, históricas. Não por gentileza. Não se trata de gentileza, mas de obrigação. Reconhecer as falhas e o quanto precisamos avançar por mais igualdade de gênero. Num mundo tão machista, precisamos, nós homens, entender que: não podemos ser mais um machista. O Brasil - grifo - já está cheio deles. Mais do que vigilantes, atentos para não escorregar nos equívocos presentes que a história nos põe goela abaixo. As piadas já não fazem mais rir nesse circo que necessita ser desmontado urgentemente. O assédio já não faz o homem ser mais homem, o torna apenas ignorante. Compreender é, portanto, verbo essencial para se desvencilhar das tantas besteiras preconceituosas que nos acompanham desde muito pequenos. Eu entendo o produto que somos, mas não posso aceitar ser esse pacote medíocre fechado e retrógrado. Dirão que o mundo está chato. Não! O mundo é injusto e desigual.

Sensivelmente: advérbio feminino

Eu não quero ser mais um machista. E não é pelo politicamente correto. Eu quero aprender a não ser machista. Não por vaidade moral, mas porque quero respeitar em sua integralidade o espelho que reflete minha mãe - toda mulher - vinculada a mim ou não. Eu disse: todas as mulheres em suas mais diversas personalidades. Minha mãe, minha irmã, minha amiga, minha professora, minha vizinha, a atendente de telemarketing ou da loja de biscoitos, a que se senta ao meu lado no ônibus, a que me chefia no jornal, a faxineira que limpa lá em casa uma vez a cada 15 dias, a desconhecida da padaria, a moça da praça que por motivos que não nos cabem exerce a profissão mais antiga do mundo, a minha avó quase centenária que é filha de sinhá, as mães de santo dentro e fora dos terreiros, as pastoras, a mulher rural, a vereadora. Reconhecer cada uma delas, reverenciar, fortalecer, se sensibilizar na sensibilidade que só o feminino tem e só o feminino pode nos emprestar.

Amar: verbo feminino

Ironizo as normas cultas para amar o feminino e suas lutas e provar que amar é feminino, é mulher. Não as doces mulheres dos livros de José de Alencar, tampouco as Helenas das novelas de Manoel Carlos. Elas todas e tantas outras, todas as outras com suas particularidades reais, das quais singularmente são amor... E com o amor não se pode guerrear. Que esse amor feminino seja a paz que encerra toda violência e gere a gentileza em todos os homens em se reconhecer e sensivelmente dizer para si mesmo: eu não quero ser mais um machista. E, para além de toda fala se comporte e, humildemente, queira aprender constantemente, até o fim da vida, a não ser mais um machista, a não ser machista. 

 

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(Foto: Reprodução Internet)
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Friburgo sedia encontro de secretários de Justiça e conselhos penitenciários

sábado, 06 de março de 2021

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 6 e 7 de março de 197
1

 

Manchetes:

Pesquisado por Thiago Lima
Edição de 6 e 7 de março de 197
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Manchetes:

  • Encerrado o “Encontro Nacional de Secretários de Justiça e Presidente de Conselhos Penitenciários” - O encontro reuniu em Friburgo delegações dos estados brasileiros e foi o acontecimento de maior repercussão no país. Mais de 300 autoridades participaram do importante evento. O governador Geremias Fontes abriu os trabalhos prestigiando a reunião de juristas que estudam o novo Código Penal. Foi numerosa a delegação paulista.  
  • A grande campanha do MDB friburguense - Sob a presidência do industrial Álvaro de Almeida, prestigiado e incontestável líder da política friburguense, o MDB local iniciará sua arrancada para a reconquista da prefeitura, empreendendo uma campanha de grandes proporções e pondo de lado lideranças que não se ajustarem ao verdadeiro espírito partidário e trabalho de conjunto. O ex deputado que preside, a seção local do emedebismo  possui homens do prestígio e da força moral de Amaral Peixoto, está disposto a lutar sem para reagrupar os antigos pessedistas em torno de um ideal que deve ser comum, qual seja o de vencer a batalha eleitoral de 1972.
  • Álvaro quer o MDB com o empresariado - O presidente do MDB de Friburgo, ex-deputado estadual e ex-secretário do trabalho Álvaro de Almeida, é de opinião que, quando da reabertura do Congresso Nacional em 1º de abril seu partido deverá defender teses que interessem de perto ao empresariado nacional. Acha que os antagonismos que estão sendo criados pela política de comércio exterior resultam de profunda crise econômica nos Estados Unidos, o qual está colocando uma série de empecilhos às importações dos produtos manufaturados brasileiros. 
  • Ninguém segura o preço do café - De uma só vez, de um fôlego só, o café moído subiu um mil cruzeiros antigos em quilo. De Cr$ 2,30 (embora alguns torradores o vendessem a Cr$ 2,10) para Cr$ 3,30 por mil gramas, eis o pulo que nós os consumidores teremos de suportar, sem chiar... A história da queima do café, da erradicação dos cafezais e de uma série de medidas que jamais poderemos compreender, tinha que, fatalmente dar em resultado esta beleza de situação para o cafezinho que de gostoso e de uso patriótico passou a ser amargo, muito amargo mesmo.
  • Mas, afinal, onde estamos? - Quem vai às quitandas ou à feira do Suspiro, que está sob o controle da prefeitura, fica realmente estarrecido com a exploração dos preços das aves, ovos e hortigranjeiros. Ovos ali, costumam ser mais caros que nos armazéns e depósitos que pagam aluguel e licenças dispendiosas. O que intriga ao consumidor é a variedade de preços para artigos idênticos
  • Cadeia pública de Nova Friburgo é inaugurada - Festiva a inauguração do novo presídio e instalações correlatas, junto ao prédio da delegacia policial, na Vila Amélia, com a presença do secretário de Segurança e de várias autoridades. O povo prestigiou a iniciativa do delegado Amil Rechaid, que realizou a maioria das obras com seus recursos pessoais e contribuições de um grupo de amigos da comunidade. Lotação para 100 presidiários, salão de refeições, salas de aula com televisão e rádio, cozinha, gabinetes sanitários etc. Numa demonstração do quanto se pode conseguir uma autoridade que realmente captou a simpatia e a confiança da nossa população.    

Pílulas:

  • O governador do Rio de Janeiro, Geremias de Mattos Fontes, esteve em Friburgo na noite de 1º de março para presidir a instalação do I Encontro Nacional de Secretários de Justiça e Presidentes de Conselhos Penitenciários. Embora assoberbado com os problemas causados pelas calamitosas enchentes em vários lugares da terra fluminense, a autoridade máxima de nosso estado quis dar com a sua presença o prestígio que o importante conclave merecia. 
  • O prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, pela primeira vez compareceu ao Paço Municipal após sua posse no hospital. Achamos natural que o grupo político que o apoia marcasse o fato com euforia, mas o “cordão", na verdade, exagerou no puxamento, no foguetório e até no “feriado" que os chefes fizeram questão de impor aos chefiados. Coisas que, quem conhece o dr. Feliciano Costa sabe que ele não participou e nem consentiria se estivesse ao seu alcance. 

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Carlos Alberto Serrapio Cardoso (7); Paulo Murilo Cúrio e Regina Maria Ferreira (8); Lucy Azevedo da Silva e Amália Vasconcellos Lompretta (9); Alice Ventura Vidal e José Vasconcellos Coutinho (10); Lucília Azevedo Silva, Hamilton Ventura e Manoel Henrique Pereira (12); Helena Barros Pinheiro e Maria José Cúrio (14). Registramos também a cerimônia de casamento do casal Maria José Silva e José Luiz Attayde, no dia 19. 

 

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Mais uma grande rede na cidade

sexta-feira, 05 de março de 2021

Mais uma grande rede na cidade
Mais uma grande rede de supermercados pretende se instalar em Nova Friburgo. Com marketing focado no atacado, a rede inclusive estaria procurando e já negociando um grande espaço em Conselheiro Paulino.

Concorrência nacional
De grupo rival a uma rede recém instalada no município que tem o mesmo formato (atacado), se somaria a esse boom de supermercados que Nova Friburgo vem tendo nos últimos meses. Chama atenção, especialmente quando não se sente esse mesmo movimento em municípios de mesmo porte.

Mais uma grande rede na cidade
Mais uma grande rede de supermercados pretende se instalar em Nova Friburgo. Com marketing focado no atacado, a rede inclusive estaria procurando e já negociando um grande espaço em Conselheiro Paulino.

Concorrência nacional
De grupo rival a uma rede recém instalada no município que tem o mesmo formato (atacado), se somaria a esse boom de supermercados que Nova Friburgo vem tendo nos últimos meses. Chama atenção, especialmente quando não se sente esse mesmo movimento em municípios de mesmo porte.

Economia forte
Além da ampliação de supermercados de empresários locais, a vinda de empresas de grandes grupos de fora mostra que o negócio de fato é bom, afinal, essas empresas nunca empreendem em nenhum lugar sem vastas pesquisas de mercado.

Município polo
O que pode explicar também a ampliação de supermercados na cidade é o fato de Nova Friburgo ser um município polo que atrai consumidores de pelo menos 11 municípios em seu entorno.

Mais empregos
Comemora-se a possibilidade de geração de novos postos de trabalho e, claro, o aumento de concorrência sempre beneficia o consumidor. Fica a expectativa agora para a confirmação da instalação dessa marca na cidade para ainda esse ano. A conferir.

Constatação
Cá entre nós, a abertura de supermercados mostra que em Nova Friburgo não se abrem apenas farmácias e igrejas. Essas se alastram por todo território. Sinal de que nosso povo anda doente do corpo e da alma ou de que nossa gente busca se cuidar.  

Bares
Antes da pandemia até poderia se acrescentar bares nesse enredo de abertura de farmácias e igrejas. Mas esses vêm fechando um a um com as restrições impostas que alguns proprietários até acusam, ultimamente, de perseguição, vide funcionamento de outras atividades que causam aglomeração. Polêmicas à parte, bem-vindo os empregos, concorrência e novos supermercados. Que exista demanda e espaço para todos!

Segundona
inda não há data para começar o Estadual da segunda divisão que passará a ter novo formato a partir desse ano. A tendência é que comece em junho. A competição deve seguir o mesmo formato da primeira divisão, ou seja, 12 clubes em um grupo único, com todos se enfrentando. Ainda não se sabe se será ida e volta ou exatamente como na elite: turno único.

Altos custos
A tendência é ser em turno único pelo menos nesse ano, por conta dos custos elevados de cada partida que, além de arbitragem e ambulância, tem os testes obrigatórios de Covid de todos os envolvidos, dos jogadores aos gandulas. Em suma, com no mínimo 11 jogos, sendo cinco ou seis em casa, o Friburguense, por exemplo, teria um custo como mandante de aproximadamente R$ 100 mil.

12 clubes
Participarão da segundona desse ano, além do Friburguense, o rebaixado da elite, mais América, Americano, Cabofriense e Sampaio Corrêa (vindos da seletiva) e os melhores classificados da segundona do ano passado: Duque de Caxias, Maricá, Gonçalense, Angra dos Reis, Goytacaz e Artsul. Os demais 11 clubes da segundona do ano passado, praticamente foram rebaixados para a nova terceirona.

Apenas o campeão
Apenas um time subirá para a elite. Diferente dos anos anteriores, sem necessidade de seletiva. Seguindo exatamente o mesmo formato da primeirona, os quatro primeiros colocados farão a semifinal e os vencedores a grande final para definir o acesso.         

Palavreando
“Conhecer pessoas. Nada é mais importante. Colecionar as suas histórias e experimentar as suas experiências”.

 

Legenda foto

Mesmo em tempos de pandemia, Nova Friburgo ganhou uma Ludoteca. Trata-se da Cidadela, instalada na Vila Amélia. Na verdade, o espaço de boardgames começou meses antes de estourar a pandemia, o que prejudicou bastante o empreendimento que teve adaptações com as medidas de flexibilização do isolamento. Conta com inúmeros jogos de tabuleiro e cartas de RPG. É só chegar e jogar gratuitamente, após devido cadastro. Uma ótima dica para quem gosta ou quer descobrir melhor tanto o mundo do RPG como os diversos jogos de tabuleiro para além dos trazidos por editoras tradicionais.

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    Mesmo em tempos de pandemia, Nova Friburgo ganhou uma Ludoteca. Trata-se da Cidadela, instalada na Vila Amélia. Na verdade, o espaço de boardgames começou meses antes de estourar a pandemia, o que prejudicou bastante o empreendimento que teve adaptações com as medidas de flexibilização do isolamento. Conta com inúmeros jogos de tabuleiro e cartas de RPG. É só chegar e jogar gratuitamente, após devido cadastro. Uma ótima dica para quem gosta ou quer descobrir melhor tanto o mundo do RPG como os diversos jogos de tabuleiro para além dos trazidos por editoras tradicionais.

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Metáforas

sexta-feira, 05 de março de 2021

Disseram-me que prazos são uma "coisa chata". Que melhor seria viver sem tê-los, sem cumpri-los, sem que sequer existissem. De certo, concordei. Liberdade, pensei. Fazer o que quiser, da forma como pretender, no momento que entender adequado. Mas em sequência, retruquei: teríamos maturidade e responsabilidade suficientes para convivermos em uma sociedade moderna dessa maneira? Prazos perturbam ao mesmo passo que nos lembram dos limites, das regras, das tarefas que devemos desempenhar. Compromisso. Prazo tem a ver com isso.

Disseram-me que prazos são uma "coisa chata". Que melhor seria viver sem tê-los, sem cumpri-los, sem que sequer existissem. De certo, concordei. Liberdade, pensei. Fazer o que quiser, da forma como pretender, no momento que entender adequado. Mas em sequência, retruquei: teríamos maturidade e responsabilidade suficientes para convivermos em uma sociedade moderna dessa maneira? Prazos perturbam ao mesmo passo que nos lembram dos limites, das regras, das tarefas que devemos desempenhar. Compromisso. Prazo tem a ver com isso. Conviver com a ideia de que o tempo passa e que não podemos procrastinar. E que se o fizermos, arcaremos com as devidas consequências. Cumprir prazos pode ser por vezes desagradável, mas não desnecessário.

Esse diálogo trouxe a lembrança de uma explicação interessante que certa vez ouvi de um professor em uma aula de geopolítica, correlacionando o desenvolvimento econômico de um país com o seu clima, oportunidade que indagou: em um país tropical como o Brasil, alguém que more em frente à praia tende a preferir passar seus dias de folga estudando filosofia? Lendo Machado de Assis? E a resposta foi: os fortes escolherão os livros. E o contra-argumento imediato de um colega foi: e os felizes optarão por viver – como se dissesse que vivem aqueles que degustam do que a generosa natureza tem a oferecer.

Esse pequeno espectro por si só originaria uma série de discussões filosóficas e existenciais. Por que só os "fortes" gostariam de estudar? Qual a definição de força? Por que viver significaria ir para à praia? O que é felicidade?  E o que isso tem a ver com o clima de onde vivemos? E qual a correlação de tudo isso com os prazos a cumprir, a procrastinação e o tempo que não cessa?

Viver não deixa de ser uma habilidade de conviver com muitos pontos de interrogação sem respostas para todas as perguntas. Ainda assim, vale viver a buscar caminhos para encontrá-las. Mas não tem respostas prontas, certo e errado. Acho que vou parar por aqui. Não porque eu não tenho o gabarito dessas questões. Não porque eu realmente seja o tipo de pessoa que verdadeiramente gosta de prazos, da adrenalina da agenda cheia e da satisfação do dever cumprido. Não por isso. Não porque a ponta do novelo de lã se perdeu no emaranhado dos pensamentos. Não porque o comentário de hoje cedo a respeito dessas questões que envolvem os “prazos para tudo na vida” tenha me feito imaginar um cidadão em frente à praia de Ipanema em um sábado de folga ensolarado lendo Nietzche. Não porque percebo que me transformei em uma máquina de metáforas sobre a vida. E que está confuso.

Na verdade, enquanto divago sobre isso, o fio de lã continua completamente perdido no novelo arrevesado e corre contra mim um relógio que não para e prazos que não esperam.

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A volatilidade te assusta?

sexta-feira, 05 de março de 2021

De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor.

De fato, volatilidade não é algo confortável para muitos investidores e isso é normal. Este é um dos grandes motivos para existirem os clássicos formulários de suitability nas corretoras de investimentos: definir o seu perfil de investimentos para adequar sua carteira aos produtos mais condizentes com as suas necessidades. Portanto, siga o planejamento e evite “perder a mão” em investimentos pouco ou nada recomendados para a sua carteira. O meu objetivo aqui, afinal, é divulgar conhecimento financeiro para que você viva boas experiências na sua jornada como investidor. Este é meu propósito profissional! Portanto, conheça e respeite suas limitações. Não dê passos maiores do que pode e seus investimentos vão refletir o seu conhecimento.

Contudo, antes de aprofundarmos os impactos psicológicos do investidor, é hora de definir volatilidade para você tirar a própria conclusão de se isso é, ou não, condizente com suas características e objetivos. Por definição, volatilidade é medida em um determinado período de tempo e representa a intensidade da variação de preço de um ativo. Matematicamente, a volatilidade é calculada a partir do desvio padrão de preços durante um determinado período de tempo. Em outras palavras, ativos muito voláteis oscilam fortemente sua cotação; por outro lado, ativos mais perenes (menos voláteis) mantém pequenas variações no preço da cotação ao longo do tempo.

A noção de volatilidade vai te auxiliar no processo de elaboração da sua estratégia de investimentos e o conhecimento vai te deixar mais à vontade e confiante na hora de acompanhar o desempenho da sua carteira. Agora, vou pontuar algumas classes de investimentos em escala das menos voláteis para as mais voláteis: caderneta de poupança, tesouro direto, renda fixa (com cobertura do FGC), fundos de renda fixa, renda fixa (sem cobertura do FGC), fundos multimercado, COEs, fundo de ações, derivativos e contratos futuros.

Vale ressaltar, a possibilidade de ganhos é diretamente proporcional ao risco assumido pela volatilidade e ao conhecimento do investidor. Portanto – volto a ponderar – entenda seu perfil e busque estratégias condizentes com o seu conhecimento. Afinal, você pode viver boas experiências com seus investimentos e não precisa correr riscos desnecessários.

Num exemplo clássico, é comum novos investidores se encantarem com as possibilidades de ganhos na renda variável (Ações, Derivativos e Contratos Futuros) e entrarem com tudo em um novo mundo que fora muito pouco explorado por eles. Tudo parece estar caminhando maravilhosamente até que a volatilidade entra em cena e mostra que a força de valorização é ainda menor que a de desvalorização dos ativos. Numa conta simples, pense comigo: após uma queda de 50%, seus investimentos precisam valorizar 100% para voltar aos antigos patamares.

Percebe como a minha ideia aqui – ao contrário de te assustar – é te conscientizar? Você pode viver tranquilamente e com a consciência limpa de que seus investimentos foram uma ótima escolha, basta ter paciência. Pense nisso!

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Escravidão e castigo

quinta-feira, 04 de março de 2021

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos (...) Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. (...) Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.

A escravidão levou consigo ofícios e aparelhos (...) Não cito alguns aparelhos senão por se ligarem a certo ofício. Um deles era o ferro ao pescoço, outro o ferro ao pé; havia também a máscara de folha de flandres. A máscara fazia perder o vício da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha só três buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrás da cabeça por um cadeado. (...) Era grotesca tal máscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcança sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, à venda, na porta das lojas.

Já o ferro ao pescoço era aplicado aos escravos fujões. Imaginem uma coleira grossa, com a haste grossa também à direita ou à esquerda, até o alto da cabeça e fechada atrás com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. Há meio século, os escravos fugiam com frequência. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravidão. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia alguém de casa que servia de padrinho (...) A fuga repetia-se, entretanto.

Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, não raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganhá-lo fora, quitandando. Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anúncio nas folhas públicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito físico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificação. Quando não vinha a quantia, vinha a promessa gratificar-se-á generosamente ou receberá uma boa gratificação. Muita vez o anúncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalço, correndo, vara no ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo rigor da lei contra quem o acoutasse.

Ora, pegar escravos fugidios era um ofício do tempo. Não seria nobre, mas por ser instrumento da força com que se mantêm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implícita das ações reivindicadoras. Ninguém se metia em tal ofício por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptidão para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir também, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pôr ordem à desordem.

Cândido Neves(...) cedeu à pobreza, quando adquiriu o ofício de pegar escravos fugidos. Tinha um defeito grave esse homem, não aguentava emprego nem ofício, carecia de estabilidade;(...) era dado em demasia a patuscadas.(...) mas a ocupação que escolheu é vaga. Você passa semanas sem vintém.(...) Pegar escravos fugidos trouxe-lhe um encanto novo. Não obrigava a estar longas horas sentado. Só exigia força, olho vivo, paciência, coragem e um pedaço de corda. Cândido Neves lia os anúncios, copiava-os, metia-os no bolso e saía às pesquisas. Tinha boa memória.

Fixados os sinais e os costumes de um escravo fugido, gastava pouco tempo em achá-lo, segurá-lo, amarrá-lo e levá-lo. A força era muita, a agilidade também. Mais de uma vez, a uma esquina, conversando de cousas remotas, via passar um escravo como os outros, e descobrira logo que ia fugido, quem era, o nome, o dono, a casa deste e a gratificação; interrompia a conversa e ia atrás do vicioso. Não o apanhava logo, espreitava o lugar azado, e de um salto tinha a gratificação nas mãos. Nem sempre saía sem sangue, as unhas e os dentes do outro trabalhavam, mas geralmente ele os vencia sem o menor arranhão. Este texto foi extraído da crônica de Machado de Assis “Pai contra mãe”.

Em Nova Friburgo os suíços Henri Mozer e François Vuillemin requereram provimento de capitão do mato nas cabeceiras do Rio Macaé de Cima. A norma estabelecia que quanto mais distante da vila a captura maior seria a remuneração. Os escravos fugiam com frequência das fazendas. Em abril de 1822 há referência de escravos aquilombados nas partes de Macaé e que nesse quilombo havia 14 deles. Mesmo sem provisão na função de capitão do mato qualquer indivíduo que prendesse um escravo fugitivo seria gratificado. Esta despesa seria paga pela Câmara Municipal e reembolsada de seu senhor quando lhe fosse entregue.

O colono suíço Joseph Hecht deixou o seguinte registro: “... Com frequência víamos passar por nossa cidade de Nova Friburgo negros fugidos que tinham sido capturados pelos caçadores contratados e que estavam sendo devolvidos aos donos. (...) Para quem se dedicava a essa maldita atividade, essa paga era suficiente. O negro que fugia pela primeira vez era espancado de forma horrível. Se fugisse uma segunda vez era novamente espancado brutalmente, mas isso não era tudo. Uma corrente era presa ao seu corpo com uma parte pendendo para baixo por meio da qual as pernas eram presas a uma argola. A corrente lateral era soldada a outra argola. Nessa miserável condição com o corpo todo apertado ele tinha de trabalhar e dormir. Quando dois escravos fugiam juntos eram depois acorrentados juntos a uma argola e assim forçados a trabalhar...” Acompanha este artigo duas imagens de Jean-Baptiste Debret (1768-1848) sobre o cotidiano dos escravos castigados.

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    A máscara de folha-de-flandres. Foto Fabrice Monteiro

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    As punições eram públicas. Jean-Baptiste Debret

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    Depois do açoite o tronco. Jean-Baptiste Debret

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Como contribuir para a diminuição da violência social?

quinta-feira, 04 de março de 2021

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade.

Violência é o uso intencional de força ou poder físico real ou como ameaça, contra uma pessoa ou contra um grupo de pessoas ou comunidade, que resulta ou pode resultar em lesão, morte, dano psicológico, mau desenvolvimento ou privação. Um relatório da Organização Mundial da Saúde (2002) sobre violência, apresenta recomendações sobre como lidar com esse assunto que está insuportável na sociedade. Você pode ver as recomendações em: http://www.who.int/violence_injury_prevention/violence/world_report/en/wrvhrecommendations.pdf

Entretanto, o que está ali é algo que para ser praticado a classe política, a polícia, o judiciário, os pais de família, várias instituições sociais, como associação de moradores, escolas, universidades, igrejas, empresários, mídia, entre outros, precisam dar as mãos para unir os esforços no combate e na prevenção da violência social.

A violência tira a vida de mais de 1,5 milhões de pessoas anualmente: pouco mais de 50%, devido ao suicídio, cerca de 35% devido ao homicídio, e pouco mais de 12%, como resultado direto da guerra ou alguma outra forma de conflito. Mas é possível atuar na prevenção da violência se combatermos suas causas como: pobreza concentrada, inadequação quanto ao salário pago para o trabalhador em função do gênero homem e mulher, uso de bebidas alcoólicas de modo prejudicial, falta de relacionamento entre os filhos e seus pais que forneça segurança, estabilidade e nutrição afetiva, e outros fatores.

Há níveis sociais diferentes que tentam explicar as causas da violência, tais como: 1 - Primeiro nível: idade, educação, salário, hereditariedade, lesões cerebrais, transtornos de personalidade, abuso de substância e relatos de história de pessoas que experimentam, testemunham e praticam comportamentos violentos. 2 - Segundo nível: tem que ver com relacionamentos íntimos, com familiares, amigos. Você tem amigos violentos? Há violência no seu casamento? Ocorre abuso contra um idoso que você tenha notícia produzido pelos cuidadores deles? 3 - Terceiro nível: contexto da comunidade, como escolas, locais de trabalho, vizinhança, pontos de venda de drogas, ausência de redes sociais de apoio, pobreza concentrada. 4 - Quarto nível: fatores sociais maiores que criam um clima que encoraja a violência, como corrupção, hipocrisia e instabilidade política, problemas no sistema judiciário incluindo corrupção, normas que regulam os papéis do homem e da mulher na sociedade, ou relações pais-filhos, que envolve injustiça econômica, afetiva; aceitação social da violência, disponibilidade de armas, exposição da violência pela mídia (TV, rádio, jornal, internet, revistas etc.).

A melhor forma de prevenção da violência tem que ver mesmo com a família. O melhor ensinador, para o bem ou para o mal é o exemplo da pessoa. A criança necessita aprender conceitos de boa moral, valores positivos de conduta. Mas para isso seus pais ou cuidadores precisam ser pessoas de boa moral, de boa conduta. Porque o exemplo fala mais alto. Mas se estes pais são eles mesmos agressivos verbal e/ou fisicamente, se nutrem em sua família o consumo de álcool, vivem assistindo programas de TV cheios de sensualidade, mentiras, violência, agressões e péssimos modelos como em algumas novelas, o que é passado para a criança será algo negativo, que poderá contribuir para gerar comportamento violento. Por isso, o mais significativo fator para reduzir a violência na sociedade tem que ver com guiar a criança desde pequena com disciplina equilibrada, exemplo de boa moral, evitando expor a criança à maldade e modelos de conduta muito alterados como aparece na mídia.

É muito difícil educar filhos na sociedade pós-moderna na qual vivemos para prevenção da violência, mas não é impossível. Tudo começa no lar com o relacionamento entre os pais e os filhos. É ali onde a prevenção da violência tem mais poder. Tenha coragem de ensinar seus filhos pequenos a serem honestos, verdadeiros, a se protegerem de crianças agressivas, a saberem dizer “não” para coisas estranhas para elas que outros possam oferecer, a terem valores éticos mesmo rodeados com abundância da falta de ética.

Ensine a criança a se autocontrolar. Coloque limites para ela quanto aos tipos de “lazer” que são violentos como certos videogames, filmes, encorajando-as e vivendo com ela mais perto da natureza, tendo alimento simples e natural, dormindo cedo, monitorando os estudos dela. Você acha que isso é fora de nossa época? Não mesmo. É possível aprendermos a ser verdadeiros, honestos, sinceros, éticos, numa sociedade apodrecida moralmente, sem nos tornarmos bobos e ingênuos, sabendo nos proteger da maldade.

(Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Violence#cite_note-who.int-2).

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