Blog de maxwolosker_18841

A gordura abdominal pode matar

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Mais conhecida como barrriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. É o que mostraremos a seguir, com o intuito de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos friburguenses.

Muito associada ao estar bem de vida, já que muitos acreditam ser sua presença um sinônimo de riqueza, a barriga é fonte de preocupação para os Endocrinologistas, Cardiologistas, Oncologistas e outras especialidades, mas também para muitos alfaiates e modistas.

Mais conhecida como barrriga, a circunferência abdominal aumentada, tem um papel importante na história de uma série de doenças. É o que mostraremos a seguir, com o intuito de ajudar a melhorar a qualidade de vida dos friburguenses.

Muito associada ao estar bem de vida, já que muitos acreditam ser sua presença um sinônimo de riqueza, a barriga é fonte de preocupação para os Endocrinologistas, Cardiologistas, Oncologistas e outras especialidades, mas também para muitos alfaiates e modistas.

Além da deposição, em grande quantidade, de gordura na parede abdominal, que é a parte visível da barriga, acontece, também, um aumento da quantidade de gordura nas vísceras (órgãos). Chamada de visceral ou intra-abdominal, ela é invisível, porém muito mais perigosa. Poderíamos fazer uma comparação com um iceberg: a parte submersa, invisível, é pior, para a navegação, do que aquela que fica acima do mar. Além do mais, a esteatose hepática, deposição de gordura no fígado, é um dos fatores importantes que levam à cirrose hepática e/ou a incidência aumentada de câncer de fígado.

Sabemos hoje, que a hipertensão arterial, o diabetes, as doenças cardiovasculares e o próprio câncer podem ter, entre suas causas, o aumento da gordura visceral. Muitos trabalhos feitos em vários centros de estudo, no mundo inteiro, mostram que o infarto agudo do coração é de três a quatro vezes mais frequente nos obesos do que nos magros. Daí, que uma campanha do “Abaixo a Barriga”, não seria piada.

A circunferência abdominal é considerada normal nos valores de 80 a 85 centímetros, para as mulheres e 90 a 95 centímetros, para os homens, sendo medida com uma fita métrica comum, numa linha que passa pela cicatriz umbilical e pelas cristas ilíacas superiores (aquela ponta de osso que temos do lado do abdome), de preferência com a pessoa deitada.

Quando esses valores são ultrapassados, o especialista sabe que seu paciente entrou na faixa de risco, não importando a idade. A diferença está no fator tempo, pois o jovem, em princípio, demorará mais para desenvolver suas lesões, ao passo que o idoso pode ter problemas muito mais cedo. Aliás, essa premissa começa a mudar, uma vez que a idade para o infarto vem baixando, a ponto de não ser incomum conhecermos pessoas que infartaram com 35 anos de idade ou menos.

Se por um lado a vida moderna trouxe uma melhora no dia a dia das pessoas, por outro, fez surgir uma série de problemas, que em última análise, levam a um comprometimento da saúde. Seja nos fast-foods, com suas altas taxas de gordura; seja na diminuição da atividade física, não somente pela “falta de tempo”, mas, principalmente, na modernização dos serviços, fazendo o homem se deslocar menos; seja no stress a que estamos submetidos, é preciso que alguma coisa seja feita para que o homem possa usufruir a modernidade, sem comprometer sua saúde. Além do mais, como a estimativa de vida aumentou muito, sendo hoje em torno de 73,1 anos, para os homens e entre as mulheres para 79,7 anos, de acordo com o censo de 2022 do IBGE, quanto mais zelarmos pela nossa saúde, maiores serão as chances de uma boa qualidade de vida na terceira idade.

Uma programação que inclua atividade física diária, alimentação saudável e uma atenuação do stress, certamente levará a uma perda de peso, a uma diminuição da cintura abdominal e uma melhora na expectativa do tempo de vida, com diminuição dos riscos cardiovasculares e prevenção do diabetes, assim como uma estabilização da pressão arterial. Além do mais, com o avanço da medicina e da farmacologia com o lançamento de medicamentos como o Ozempic, o Vegovy e, mais recentemente, o Mounjaro, o combate à obesidade ganhou novas armas para o seu tratamento. Aliás, o Mounjaro é mais completo, pois ao antagonista do GLPI, se associa o antagonista do GIP; esses dois antagonistas têm entre outras funções no estômago, de retardar o esvaziamento gástrico (GLP-1) e diminuir a secreção de ácido gástrico (GPI), promovendo uma sensação de plenitude. No sistema nervoso central ambos controlam a saciedade.

São medidas cuja execução pode significar um aumento brutal na nossa qualidade de vida, e tudo isso é possível, desde que se tenha conhecimento do problema e vontade de equacioná-lo. Portanto, se você está acima do peso, procure o endocrinologista, o especialista mais capacitado para cuidar dos obesos e mexa-se.

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Loja Maçônica Indústria e Caridade inicia três novos irmãos

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

No sábado, 9 de agosto, a Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo, em uma sessão magna, promoveu a iniciação de três novos irmãos (os membros da entidade são assim tratados). É uma cerimônia muito significativa, cercada de simbolismos e tradições pela qual passam todos aqueles que são convidados a servirem a ordem e terem seus nomes aprovados, após serem apresentados em Loja.

No sábado, 9 de agosto, a Loja Maçônica Indústria e Caridade de Nova Friburgo, em uma sessão magna, promoveu a iniciação de três novos irmãos (os membros da entidade são assim tratados). É uma cerimônia muito significativa, cercada de simbolismos e tradições pela qual passam todos aqueles que são convidados a servirem a ordem e terem seus nomes aprovados, após serem apresentados em Loja. Aliás, não basta querer ser maçom, é preciso que o candidato para ser convidado, tenha uma atuação tanto na família como na sociedade que o credenciem a se tornarem maçons, a serem justos e perfeitos, a estarem dispostos a servirem a sociedade e, principalmente, a família e a pátria, bens maiores que um ser humano pode aspirar.

Para mim teve um significado especial, pois me avivou na memória a minha própria iniciação, em 11/12/1982, quando me tornei aprendiz maçom, primeiro grau de um total de trinta e três. Pude rever os momentos emocionantes, pelos quais passei, a exatos quarenta e três anos. Claro que já tinha participado de outras iniciações, mas como fiquei um longo período afastado da Loja, foi como se eu retrocedesse no tempo.

Um fato curioso é que a Maçonaria começou, no Brasil, no Nordeste, mais precisamente na Bahia. Salvador foi berço da primeira Loja Maçônica: “Cavaleiros da Luz”, fundada em 1797. Nada mais justo. Se quase tudo no Brasil começou lá, por que a Maçonaria seria diferente? O historiador e maçom Borges de Barros, que foi diretor do Arquivo Público da Bahia e relatou pela primeira vez a existência dela, ainda informou que a Loja “Cavaleiros da Luz” foi a chama principal da Conjuração Baiana. Nada mal para os nossos pioneiros! No Rio de Janeiro, em 1815, nove maçons fundaram a Loja “Comércio e Artes”. Depois de alguns anos, em 1822, a Loja já contava com 94 membros, então resolveram dividir a Loja em três e fundar o Grande Oriente Brasileiro, primeira Obediência Maçônica no Brasil (https://folhadolitoral.com.br/colunistas/maconaria/a-loja-maconica-mais-antiga-do-brasil/).

O curioso dessa história é que a Loja de Friburgo foi fundada em 02/01/1839, apenas vinte e quatro anos após a do Rio de janeiro, já então a capital do império, numa época em que Friburgo era ainda uma vila recém fundada em 03/01/1820. O número da Loja, dentro do Grande Oriente do Brasil (GOB), órgão gestor de todas as lojas a ele pertencentes, é o de número 49, ou seja, pode ser incluída no rol das mais longevas do estado.

O acervo do jornal A Voz da Serra traz a seguinte informação: “Curiosamente foi o padre Jacob Joye, guia espiritual dos colonos suíços quem fundou a Maçonaria na vila da Nova Friburgo. Qual teria sido a razão para ele iniciar uma loja maçônica em tão pacata vila, antes mesmo da importante Cantagalo? Possivelmente para criar uma instituição que auxiliasse os colonos suíços já que a administração colonial havia sido extinta em 1831. Ficando os suíços desde então sob a administração da Câmara Municipal, provavelmente o padre Joye viu na instituição uma forma de prover e amparar os colonos”.

Muitos desconhecem a maçonaria, seu papel e sua importância e existem muitas desconfianças a seu respeito. Transcrevo aqui, extraído do Ritual do Aprendiz Maçom, a título de esclarecimento, uma parte de seu significado: “A Maçonaria é essencialmente uma instituição iniciática, filosófica, progressista e evolucionista. Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria. Pugna pelo aperfeiçoamento moral, intelectual e social da humanidade por meio do cumprimento inflexível do dever, da prática desinteressada da benevolência e da investigação constante da verdade. Seus fins supremos são: Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Entre outras coisas diz “que os homens são livres e iguais em direitos, e que a tolerância constitui o princípio cardeal nas relações humanas, para que sejam respeitadas as convicções e a dignidade de cada um”. “Defende a plena liberdade de expressão do pensamento como direito fundamental do ser humano, admitida a correlata responsabilidade”.

A história do Brasil registra a influência da Maçonaria em alguns fatos marcantes. Além da sua participação na Conjuração Baiana, como já foi citado, a independência do Brasil foi decretada e solicitada a Dom Pedro I em uma Sessão Maçônica realizada em 20 de agosto de 1822, portanto, este dia é dedicado ao Maçom brasileiro. D. Pedro I foi admitido na Maçonaria, em 02/08/1822, na Loja União e Tranquilidade, pouco antes de proclamar a separação do Brasil de Portugal.

A abolição dos escravos, a Proclamação da República, e muitos outros atos históricos foram obras da Maçonaria, por exemplo: Marechal Deodoro da Fonseca, iniciado na Loja Rocha Negra de São Gabriel, Rio Grande do Sul, proclama a república em 15 de novembro de 1889.

Durante os primeiros quarenta anos da República – período denominado “República Velha” – foi notória a participação do Grande Oriente do Brasil na evolução política nacional, período em que vários presidentes eram maçons.

O Grande Oriente do Brasil, a partir de 1916, através de seu Grão-Mestre, Almirante Veríssimo José da Costa, apoiava a entrada do Brasil na primeira guerra mundial, ao lado das nações amigas. E, mesmo antes dessa entrada, que se deu em 1917, o Grande Oriente já enviava contribuições financeiras à Maçonaria Francesa, destinadas ao socorro das vítimas da guerra. Lutou pela anistia para presos políticos, durante períodos de exceção; a luta pela redemocratização do país, que fora submetido, desde 1937, a uma ditadura, que só terminaria em 1945; participação, através das Obediências Maçônicas europeias, na divulgação da doutrina democrática dos países aliados, na 2ª Grande Guerra (1939 – 1945); participação no movimento que interrompeu a escalada da extrema-esquerda no país, em 1964; combate ao posterior desvirtuamento desse movimento, que gerou o regime autoritário longo demais; luta pela anistia geral dos atingidos por esse movimento; trabalho pela volta das eleições diretas, depois de um longo período de governantes impostos ao país.

Portanto, ela foi, é e continuará sendo uma instituição relevante para o Brasil na defesa da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, enquanto existirem homens livres de bons costumes.

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O sucesso das manifestações públicas contra Moraes e Luís Inácio da Silva

quarta-feira, 06 de agosto de 2025

Como era de se esperar, o povo brasileiro, pelo menos aquele que pensa e é partidário da tríade família, liberdade e patriotismo, reagiu com mestria às manifestações do domingo último, 3 de agosto. O número de participantes em pelo menos 20 capitais brasileiras e outras cidades foi impressionante, só perdendo para a famosa marcha da família com Deus pela liberdade, nos idos da década de 1960, mais precisamente em 1964. "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi um movimento político-religioso que ocorreu no Brasil em 1964.

Como era de se esperar, o povo brasileiro, pelo menos aquele que pensa e é partidário da tríade família, liberdade e patriotismo, reagiu com mestria às manifestações do domingo último, 3 de agosto. O número de participantes em pelo menos 20 capitais brasileiras e outras cidades foi impressionante, só perdendo para a famosa marcha da família com Deus pela liberdade, nos idos da década de 1960, mais precisamente em 1964. "A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi um movimento político-religioso que ocorreu no Brasil em 1964. Foi organizada por setores conservadores da sociedade civil em resposta ao que percebiam como uma ameaça comunista ao país." Tal como agora, a sociedade finalmente percebeu o mal que o STF e o governo petista estão fazendo ao país.

De acordo com o jornal digital A Gazeta do Povo, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro comemoraram a adesão de dezenas de milhares de brasileiros aos atos realizados neste domingo (3) contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro não participou porque teve sua liberdade restrita por medidas cautelares do Supremo. A expectativa da oposição a partir de agora é de que a mobilização ajude a pressionar o Congresso pela aprovação de pautas como da anistia aos presos do 8 de janeiro de 2023. “As manifestações aconteceram em pelo menos 20 capitais, com os maiores públicos registrados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Belém, Campo Grande e Porto Alegre. Segundo o senador Rogério Marinho, secretário-geral do PL, cerca de 70 cidades tiveram atos em todo o Brasil”.

Não sei se Alexandre de Moraes fará o gesto obsceno que fez durante a partida entre o Corinthians e o Palmeiras, pela Copa do Brasil, na última quarta feira 30, quando foi vaiado pelo público presente ao estádio. Aliás, é lamentável que um membro da mais alta corte do país, despido de qualquer verniz de educação, faça o que fez. Talvez, sentiu-se impotente para prender todo o estádio, colocar tornozeleiras eletrônicas ou praticar outros atos típicos dos que sentem o poder subir à cabeça. Aliás, o que ele está fazendo com o ex-deputado Daniel Silveira, com uma grave lesão na perna direita, pós ato cirúrgico por ele realizado, de acordo com o deputado federal Gustavo Gayer, é desumano. Impedir um ser humano de ter um atendimento médico hospitalar, necessário, é digno da gestapo, na época dos nazistas.

O grande problema do Brasil é que muitos de nossos deputados federais e senadores, talvez por terem alguma pendenga judicial, têm medo de assumir uma postura adequada com a atual realidade do Brasil. Daí, tanto Davi Alcolumbre, presidente do senado, como Hugo Mota, presidente da câmara, se recusarem a autorizar a abertura de impeachment contra Moraes. Aliás, não é só ele que merece tal destino, pois o que fez Edson Fachin ao devolver a liberdade a Luís Inácio da Silva, num malabarismo jurídico injustificável, com a anuência de seus pares do STF, desdenhando do trabalho de pelo menos três estâncias superiores, o tornou elegível e hoje, pasmem, é o presidente dessa republiqueta chamada Brasil. Mas, o STF fez mais, de acordo com a publicação do site https://noticias.stf.jus.br, em 19/12/2022, “A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou a prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A maioria do colegiado considerou a longa duração da prisão (mais de seis anos) e a mudança do contexto fático que a justificou. Caberá ao juízo de origem, avaliar a necessidade da aplicação de outras medidas cautelares diversas da prisão”. O caso, como era de se esperar, caiu no esquecimento e o ex-governador flana livre e solto pelas ruas da zona sul do Rio de Janeiro. No Brasil, só ladrão de galinhas cumpre pena de prisão.

Como disse, em recente entrevista, o ex-membro do STF Marco Aurélio Mello, a atual alta corte deixou de lado o seu verdadeiro objetivo que é o de defender e fazer cumprir os desígnios da Carta Magna do país. No momento, nega a independência dos três poderes e decide por conta própria assuntos que não são da sua competência e sim do legislativo. Vejamos os seguintes exemplos: 2011- STF cria união civil entre pessoas do mesmo sexo, 2012 - STF expande casos legais de aborto, 2019 - STF equipara homofobia ao crime de racismo, 2024 - STF permite drogas para consumo próprio, 2025 - Marco temporal indígena: STF anula tese do Congresso e 2025 - STF derruba decisão do Congresso sobre IOF. Para maiores informações consultar a Gazzeta do Povo, edição de 4 de agosto de 2025, com as devidas explicações para o fato de não serem competência da suprema corte do país.

Os ecos da manifestação de 3 de agosto de 2025, provavelmente, não serão noticiados pela imprensa comprometida do país, daí se entender por que esse mesmo STF e o governo federal querem amordaçar as redes sociais, hoje única fonte limpa e confiável de notícias de interesse da população. 

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A cidade é delapidada sem que haja reação de seus habitantes

quarta-feira, 30 de julho de 2025

A casa onde morou o Dr. Raul Sertã, segundo informações apuradas, foi vendida para a rede de fast food McDonald´s e, provavelmente, vai ser transformada em mais uma lanchonete do grupo. Pobre cidade de Nova Friburgo que assiste inerte a delapidação de seu patrimônio histórico. O tradicional clube de Xadrez, um referencial na cidade, por muitos anos, vai ser demolido para dar lugar a mais um empreendimento residencial. Literalmente, a cidade desceu da sela para a cangalha, sem que a população movesse uma vírgula, cobrando de seus vereadores, uma posição em defesa do seu patrimônio.

A casa onde morou o Dr. Raul Sertã, segundo informações apuradas, foi vendida para a rede de fast food McDonald´s e, provavelmente, vai ser transformada em mais uma lanchonete do grupo. Pobre cidade de Nova Friburgo que assiste inerte a delapidação de seu patrimônio histórico. O tradicional clube de Xadrez, um referencial na cidade, por muitos anos, vai ser demolido para dar lugar a mais um empreendimento residencial. Literalmente, a cidade desceu da sela para a cangalha, sem que a população movesse uma vírgula, cobrando de seus vereadores, uma posição em defesa do seu patrimônio. Foi em função disso que cunhei a frase de que o maior inimigo de cidade é o próprio friburguense.

Essa cidade tem história, que aos poucos vai sendo esquecida, engolida pela ganância de construtores e aproveitadores. Veja o bucólico bairro do Cônego, com seu trânsito caótico, em função da autorização da construção de condomínios, que brotam do solo como verdadeiras ervas daninhas. Some-se a isso a falta de educação dos que chegam de fora, trazendo as mazelas de suas cidades, parando em fila dupla e, muitas vezes, tripla, prejudicando o direito de ir e vir das pessoas. Há muito, nesse maldito estado, abandonou-se o conceito básico de que o direito de uma pessoa termina quando começa o da outra.

Nova Friburgo era uma cidade atraente, com sua população provinciana, mas educada; no inverno, as pessoas se vestiam bem e comparava-se a Av. Alberto Braune com a Av. XV de Novembro, em Curitiba, famosa por seus edifícios históricos, lojas e restaurantes, onde, na estação fria, as pessoas faziam questão de se vestirem bem. Hoje, na Alberto Braune, depois da invasão de Friburgo, principalmente da baixada fluminense, bermudão, chinelão e camisetas regata é o que mais se vê. A poluição sonora e visual é uma constante e o trânsito um transtorno. O que é pior, não se vê por parte do poder público nenhum tipo de ação, seja por campanhas educativas, seja por fiscalização e punição. O que acontece em frente ao Super Pão é uma visão escancarada da falta de civilidade da população e da inépcia do poder público.

Mas, voltando ao início dessa matéria, não teria sido mais adequado para a cidade, que o poder público desapropriasse aquela área ou a comprasse, com o auxílio do BNDES, para transformá-la numa área cultural e de lazer? A criação de um museu histórico da cidade, como já foi sugerido em comentários, no Facebook, num artigo publicado pela historiadora Janaína Botelho. Um outro comentário que faz sentido, é esse: “Friburgo está igual a um queijo suíço. Terrenos desmatados e imóveis derrubados por todo lado... McDonald's? Continua uma ideia ruim...”

E pensar que a família Sertã está incorporada, em definitivo, à história de Friburgo. Vejamos parte da sua importância: Uma instituição beneficente foi fundada no dia 28 de abril de 1918 sob o nome de Associação de Caridade de Nova Friburgo que tinha como provedor o engenheiro Farinha Filho.  Em 1º de maio de 1921 passa a ser denominada de Benemérita Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Nova Friburgo. Na gestão do provedor Acácio Borges, o empresário Raul Sertã doa à instituição um terreno, no final da Rua General Osório, no valor de 120 contos de réis, a maior doação até então recebida. Nesse terreno foi edificado o Hospital Santo Antônio, também chamado de Hospital Regional de Nova Friburgo, hoje Hospital Raul Sertã, com instalações iniciais bem mais modestas do que as atuais. A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia administrava esse hospital. As irmãs da Ordem de São Vicente de Paulo auxiliavam na hotelaria do hospital preparando as refeições e lavando a roupa dos pacientes. Na realidade, Raul Sertã era médico e foi ele que fundou a primeira casa de saúde particular da cidade.

Creio que Raul Sertã deve estar dando cambalhotas, em seu túmulo, ao ver o imóvel construído pelo seu pai, o português Antônio Lopes Sertã, ser transformado num ponto comercial. O atual prefeito teria dado uma importante contribuição para a cidade e para suas futuras campanhas eleitorais, se tivesse contribuído para um melhor aproveitamento desse imóvel, principalmente na área cultural. 

Infelizmente, a sina de Nova Friburgo continua em marcha. O passar inexorável do tempo a destruir sua memória. Talvez, fosse hora de sua população acordar e lutar pela preservação do que restou da sua memória.

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A tornozeleira de Bolsonaro

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Tenho evitado falar em política, mas chega um momento que não podemos nos omitir dos graves problemas que enfrentamos, com relação à ditadura da toga. As sanções impostas por Alexandre de Moraes, membro do STF, ao ex-presidente Jair Bolsonaro são inadmissíveis e fruto de um autoritarismo indescritível. Sem ainda ter sido julgado, Bolsonaro já se encontra em prisão domiciliar e com direitos inerentes a um ser humano cassado.

Tenho evitado falar em política, mas chega um momento que não podemos nos omitir dos graves problemas que enfrentamos, com relação à ditadura da toga. As sanções impostas por Alexandre de Moraes, membro do STF, ao ex-presidente Jair Bolsonaro são inadmissíveis e fruto de um autoritarismo indescritível. Sem ainda ter sido julgado, Bolsonaro já se encontra em prisão domiciliar e com direitos inerentes a um ser humano cassado. Proibi-lo de se comunicar com o próprio filho é fruto de uma mente doentia, típica dos indivíduos que chegam ao poder, não por mérito próprio, mas pelo famoso QI (quem indicou). Lembrem-se que a sua indicação para o STF foi pelas mãos de Michel Temer, que precisava de alguém para defendê-lo, no supremo, em caso de necessidade como aliás ocorreu.

Outro problema grave é a colocação de uma tornozeleira eletrônica numa pessoa que nem julgada ainda foi. O ex-presidente foi indiciado, a meu ver num processo fabricado e cujo fim, sua condenação, todos já sabemos. Mas, isso não capacita o Judiciário de colocar o dito aparelho, dessa maneira. Como o brasileiro é muito debochado e criativo, já existem lojas na Rua 25 de Março, em São Paulo, vendendo-as em plástico. Aliás, estava na hora desse deboche virar coisa séria e o povo passar a encarar com seriedade esses mandos e desmandos do Judiciário e tomar uma posição de descontentamento sério.

Por isso, bato palmas para a decisão do presidente americano de cassar o visto de entrada nos Estados Unidos para oito dos 11 membros do STF, inclusive de seus familiares. É até engraçado o fato de um cidadão brasileiro poder ter acesso a esse documento e, se quiser, pisar em solo americano e membros da mais alta corte do país terem tal regalia negada. Somente Luiz Fux, Kassio Nunes Marques e André Mendonça foram poupados, talvez por não serem “vacas de presépio” como os demais, que comungam com todos os mandos e desmandos de Alexandre de Moraes.

“A perseguição política do ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura tão amplo que não só viola direitos básicos dos brasileiros, como também ultrapassa as fronteiras do Brasil para atingir americanos”, declarou o senador americano Marco Rubio, aliado de Donald Trump, ao justificar tal medida tomada.

Não vou discutir a taxa de 50% em cima dos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, pois não estou de acordo com tal ato, que pune os brasileiros na sua totalidade. No entanto, talvez seja um puxão de orelhas em Luís Inácio, que sempre deixou bem clara a sua preferência de acordos comerciais com a China, a Rússia e outros países comunistas, em detrimento do comércio americano, velho e fiel parceiro comercial do Brasil. Se poderemos viver sem essa parceria, numa economia para lá de debilitada só o tempo dirá. Ainda mais com a gastança desenfreada do atual governo.

 Mas, há males que vem para o bem de todos. Com essa taxa, a exportação de carne bovina foi comprometida e, finalmente, a promessa de picanha na laje feita durante a campanha eleitoral de Luís Inácio, vai se concretizar. Sim, porque com certeza tal produto vai baratear no comércio interno e o menos favorecido vai poder comprá-la a baixo custo. Com a nova reforma tributária em gestação, a cerveja não deverá aumentar de preço, ao contrário do vinho, o que tornará o churrasco mais agradável.

Eu, se fosse Jair Bolsonaro, já teria pedido asilo americano desde que essa ´perseguição que lhe foi imposta começou. Com certeza ele seria transportado para solo americano e, de lá, teria muito mais condições de afrontar os mandos e desmandos do atual STF. Foi o que fez Charles de Gaulle, durante a segunda guerra mundial, ao se refugiar na Inglaterra e de lá ajudar a resistência francesa contra as forças nazistas. Bancar o mártir, em terras tupiniquins, em nada vai ajudar, pois suas ações serão completamente tolhidas.

Aliás, é curioso que Luís Inácio, preso e condenado, em três instâncias, por causa dos desvios de dinheiro, na operação Lava-Jato, teve todas as regalias que são negadas a um prisioneiro comum. Visitas íntimas, acesso ilimitado à internet e às redes sociais, poder receber as visitas quem quisesse, conversar com os filhos e outras quejandas mais. Até que numa ação surpreendente, Edson Fachin libertou-o da prisão e o tornou presidente da republiqueta chamada Brasil. Mas, essa já é outra história.

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Uma troca de técnico para lá de benéfica

quarta-feira, 16 de julho de 2025

Com apenas uma alteração no time que enfrentou o Vasco da Gama, no último sábado 12, Montoro entrando no lugar de Allan, o Botafogo voltou a jogar seu futebol vistoso e que encantou torcedores e imprensa não comprometida. O que o português Renato Paiva não entendeu, Davide Ancelotti, novo treinador da equipe, em apenas dois dias ajustou o time e elevou a estima do torcedor alvinegro. Aliás, chega de portugas na direção da equipe, pois depois de cinco, na realidade só dois deram certo e, mesmo assim, por pouco tempo atraídos que foram pelos dólares sauditas.

Com apenas uma alteração no time que enfrentou o Vasco da Gama, no último sábado 12, Montoro entrando no lugar de Allan, o Botafogo voltou a jogar seu futebol vistoso e que encantou torcedores e imprensa não comprometida. O que o português Renato Paiva não entendeu, Davide Ancelotti, novo treinador da equipe, em apenas dois dias ajustou o time e elevou a estima do torcedor alvinegro. Aliás, chega de portugas na direção da equipe, pois depois de cinco, na realidade só dois deram certo e, mesmo assim, por pouco tempo atraídos que foram pelos dólares sauditas.

O atual técnico, italiano de origem, tem como indicação o fato de ser filho do já consagrado Carlo Ancelotti, atual manager da seleção brasileira, e de ter sido seu auxiliar por muitos anos, em vários clubes europeus. Na realidade, o Botafogo é sua primeira experiência como treinador, ele que antes de se tornar auxiliar do seu pai, foi jogador de futebol, atuando no meio-campo. Talvez, por isso, tenha percebido a joia que os scouts do time alvinegro descobriram no futebol argentino e tenha lançado Álvaro Montoro, desde o início, no jogo de sábado. Na minha opinião ele não deixa saudades de Thiago Almada, também argentino e que foi emprestado pelo Fogão, ao Lyon da França, pois é muito melhor.

O Botafogo não fez feio na copa do mundo de clubes, encerrada no domingo 13, mas poderia ter ido mais longe se tivesse no comando um treinador mais inteligente e corajoso. Tudo bem que contra o Paris Saint Germain, atual campeão francês e da Liga dos Campeões da Europa, Paiva escalasse um time mais defensivo, com três volantes no meio de campo e sem nenhum armador, apostando nos contra-ataques. Inclusive, na estreia, o PSG batera o Atlético de Madri por 4 a 0, deixando claro as suas credenciais.

No entanto, ele modificou a maneira de jogar do Botafogo e manteve o time contra esse mesmo Atlético de Madri, se classificando em segundo, na sua chave, após a derrota por 2 a 0. Pior, nas oitavas de final, ao enfrentar o Palmeiras, seu velho conhecido e nenhum bicho papão, foi incapaz de modificar o time, despedindo-se precocemente do torneio, após ser derrotado por 1 a 0. Deixou clara a sua intenção de tentar a sorte na disputa por pênaltis, já que o gol do Palmeiras saiu no final da prorrogação, após um empate nos 90 minutos regulamentares. Na realidade, tínhamos time para ir mais longe, como foi o caso do Fluminense, que adotou a cautela como estratégia, mas sem jamais abdicar da busca pela vitória.

Davide Ancelotti de burro não tem nada, pois sendo italiano, fala um português do Brasil mais do que suficiente para se fazer entender por seus jogadores, o que facilita em muito sua tarefa, pois não precisa de intérpretes. Aliás, cobrou de seus auxiliares diretos, que em um mês aprendam o suficiente para se fazerem entender pelos jogadores. Paiva, apesar de dominar o português, por ser sua língua materna, não conseguiu a empatia tão desejada entre comandante e comandados. Tentou impor uma filosofia de jogo totalmente diferente daquela que já estava memorizada pelos jogadores, filosofia essa que levou o time, em 2024, a ser campeão do Brasileirão e da Libertadores da América. Foi uma passagem curta e desastrosa no comando do Glorioso.

Ancelotti estreou com pé direito, reativou a maneira de jogar do ano passado, ou seja, fez com que o memorizado durante todo o ano de 2024 voltasse à lembrança dos seus comandados. Além do mais, o aprendizado dos anos em que passou como auxiliar técnico de um treinador vencedor, vai ser benéfico para a equipe de Botafogo. Alguns comentaristas já disseram que ele, na realidade, ajudou muito o pai a renovar ideias que já estavam um tanto quanto desgastadas, no dia a dia de Carlo Ancelotti.

Que ele tenha sucesso nessa nova etapa de sua carreira, que traga muitas vitórias e títulos para o Botafogo e que John Textor tenha visão suficiente para, ao final da temporada, renovar seu contrato baseado na sua performance, para não correr o risco de perder treinadores vencedores como foi o caso de Luís Castro e Artur Jorge.

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Cruzeiro pelos rios do Amazonas

quarta-feira, 09 de julho de 2025

Em meados de junho fizemos um cruzeiro, durante sete dias, pelos rios Negro e Solimões, uma viagem fantástica pelo conhecido pulmão do mundo. O navio é o Gran Amazon, da companhia Iberostar, um verdadeiro hotel flutuante cinco estrelas, tipo all-in com bebidas incluídas e pelo menos cinco refeições diárias. Em virtude do grande calor da região, a refrigeração está presente em todos os locais frequentados, excetuando o deck. É nele que fica situado a piscina e onde existe um bar com uma grande cobertura, ventilado pela brisa que sobe do rio.

Em meados de junho fizemos um cruzeiro, durante sete dias, pelos rios Negro e Solimões, uma viagem fantástica pelo conhecido pulmão do mundo. O navio é o Gran Amazon, da companhia Iberostar, um verdadeiro hotel flutuante cinco estrelas, tipo all-in com bebidas incluídas e pelo menos cinco refeições diárias. Em virtude do grande calor da região, a refrigeração está presente em todos os locais frequentados, excetuando o deck. É nele que fica situado a piscina e onde existe um bar com uma grande cobertura, ventilado pela brisa que sobe do rio.

Nosso passeio começou numa segunda feira, com a partida de Manaus, às 18h. Um detalhe por mim desconhecido, esse porto é o maior porto fluvial do Brasil e do mundo, com um intenso movimento, pois dali saem navios de passageiros e de carga para todos os recantos dos estados do Amazonas e Pará. Logo na saída se depara com a Ponte Rio Negro, a maior estaiada do Brasil, ligando os municípios de Manaus e Iranduba, com 3,6 quilômetros de extensão. À noite, iluminada, ela é muito bonita. O cruzeiro se divide em duas modalidades, uma de quatro dias, pelo Rio Negro e uma de três dias, pelo Rio Solimões. Para quem quiser, como foi o nosso caso, junta-se as duas e a duração da viagem é de sete dias.

Somos recebidos por membros da tripulação, que nos fornecem informações preciosas sobre o funcionamento a bordo e das manobras de salvamento em casos de emergência. Em seguida temos o coquetel de boas-vindas. O jantar começa no restaurante Quarup às 20h em ponto e que jantar... Aliás, esse é o ponto alto do cruzeiro, pois tanto o café da manhã como o almoço e jantar são de primeira. Recebidos com uma taça de espumante somos orientados a escolher uma mesa, todas redondas, com a orientação que será a nossa mesa pelos próximos quatro dias junto com as pessoas que ali se sentarem, pois o importante é o congraçamento a bordo.

Na programação do cruzeiro constam duas saídas de lancha, uma pela manhã e outra à tarde, exceto no dia em que se vai admirar o nascer do sol, com saída às 5h30 da matina e no dia em que se vai ver os jacarés, com saída às 21h30. No mais, palestras sobre a Amazônia, boto cor de rosa, peixes, pássaros, frutas da Amazônia, povos e cultura da região.

Numa de nossas saídas pela manhã fomos passear nos igarapés de Jaraqui. É interessante, pois além da beleza da região, vimos pássaros, preguiças, macacos, corujas em seu habitat natural. Estávamos num igarapé que são pequenos braços do rio que adentram na floresta. É diferente dos igapós (ig- água, apó-raiz), ou seja, floresta inundada. Aliás, é um tipo de vegetação que consegue sobreviver na água. Naquela região, o Rio Negro estava 13 metros acima do seu nível normal.

Outra visita interessante que fizemos foi à aldeia dos índios Cambébe, na realidade oriundos do Rio Solimões, mas que se adaptaram bem àquela região. Fomos recebidos pelas crianças indígenas locais, que nos brindaram cantando o hino nacional brasileiro em sua língua materna. Depois, vieram os adultos com uma dança tradicional. Mas, são índios adaptados à vida moderna, vestem roupas iguais as nossas, têm luz elétrica, antenas parabólicas, internet, ar-condicionado na escola e as compras de artesanato podem ser pagas em pix. Importante, nessa aldeia três índios foram enviados para Manaus para fazerem um curso de Técnico de Enfermagem e são eles que cuidam da saúde local. Caso seja um problema grave, o doente é transportado em canoa para a cidade mais próxima. A escola tem primeiro e segundo graus, sendo que no primeiro grau são professores índios que fizeram curso, também, em Manaus. A luz elétrica vem de um cabo que atravessa toda a Amazônia e distribui ramos para as aldeias. Aquelas que são muito distantes, têm gerador que funciona das 7h às 23h.

Visitamos uma colmeia piloto, no meio da selva, de abelhas sem ferrão típicas da região. A produção dessas abelhas é pequena, não ultrapassando três litros por ano. Outro ponto importante foi a ida a uma casa do caboclo (oriundo da miscigenação de índios, negros e brancos). Lá tivemos a oportunidade de ver como a castanha do pará é colhida. Na realidade, quando maduras, o invólucro onde elas estão dentro cai no chão bastando quebrá-lo e retirar o fruto que será descascado e degustado. Aliás, in loco é uma delícia.

 O guia nos disse que o índio se preocupa com o dia de hoje, daí não terem roças colhendo as frutas que encontram na mata; sua alimentação é à base de mandioca, peixes e caça, mas recebem uma cesta básica do governo. Cada casal recebe R$ 600 por criança, até que elas atinjam os 14 anos.

Foi uma viagem fantástica, mas com um episódio triste o extravio de minha bagagem, que foi parar no aeroporto de Confins. Antes de embarcar tive de ir ao shopping Manauara e comprar tudo novo, inclusive uma mala. Chegamos no domingo de madrugada, embarcamos na segunda-feira à tarde e a mala só retornou a Manaus no dia seguinte. Na sexta-feira, o navio parou em Manaus antes de prosseguir para o Rio Solimões e aproveitei o meu tempo livre para ir ao aeroporto pegar a fujona. Já entrei com uma ação contra a Azul pelos transtornos que me causou.

É visitando a Amazônia que entendemos porque os gringos estão de olho grande nela.

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Uma homenagem a Cristina Gurjão

quarta-feira, 02 de julho de 2025

No dia 17 de junho, minha querida mestra e amiga, Cristina Gurjão, nos deixou e partiu para a eternidade. Mas quem foi Cristina? Nos idos de 2003 matriculei-me no curso de Comunicação Social, da Universidade Candido Mendes, aqui em Friburgo, no qual me formei como jornalista em 2007. Em 2005, ao optar pelo jornalismo, conheci Cristina que era professora da Candido Mendes e também da Estácio de Sá. Era responsável pela cadeira de Técnica Jornalística e nos bancos escolares iniciou-se uma amizade que durou até seu falecimento.

No dia 17 de junho, minha querida mestra e amiga, Cristina Gurjão, nos deixou e partiu para a eternidade. Mas quem foi Cristina? Nos idos de 2003 matriculei-me no curso de Comunicação Social, da Universidade Candido Mendes, aqui em Friburgo, no qual me formei como jornalista em 2007. Em 2005, ao optar pelo jornalismo, conheci Cristina que era professora da Candido Mendes e também da Estácio de Sá. Era responsável pela cadeira de Técnica Jornalística e nos bancos escolares iniciou-se uma amizade que durou até seu falecimento.

Na realidade, devo minha atuação como jornalista a duas situações: às famosas aulas de redação do colégio São Bento, no Rio de Janeiro, que me despertou o gosto pelo escrever, e à minha querida mestra que me ensinou como adaptar a técnica da redação às exigências da escrita jornalística. E, sentindo que eu tinha aptidão para a empreitada, ela conseguiu me preparar para ter um bom desempenho. É bom lembrar que Cristina foi uma jornalista conceituada, tendo trabalhado entre outros veículos, antes de se mudar para Friburgo, no jornal O Globo.

Além de jornalista, era também escritora, com vários livros publicados e, foi minha maior incentivadora para que eu, também, escrevesse e lançasse um livro. Na realidade, tudo começou ainda na faculdade, quando tive de fazer uma dissertação sobre um tema por mim escolhido. Quando optei pela história da fundação da Rádio Sociedade de Friburgo, hoje Friburgo FM, eu escolhi Cristina como minha orientadora e, portanto, ela conhecia muito o meu trabalho de pesquisa e a magnitude da empreitada à qual me lancei. Aliás, minha escolha se deveu ao fato de ter de fazer uma dissertação toda ela baseada em entrevistas com pessoas que viveram aquele momento; e minha mestra já tinha trabalhado numa editora, no Rio, em que uma personalidade era escolhida, entrevistada e filmada. Assim, ao final do trabalho, tinha-se um livro editado e um vídeo da entrevista. Portanto, ela era conhecedora a fundo do tipo de empreitada a que eu me propus, portanto, a pessoa certa para me orientar. Durante oito meses tivemos uma sessão semanal onde eu mostrava o que já tinha escrito e traçávamos as metas para a semana seguinte. Finalmente, a dissertação ficou pronta, foi encadernada de acordo com as normas impostas pela faculdade e eu consegui minha aprovação.

O tempo passou e uma aluna de Cristina pediu meu trabalho emprestado, pois matriculada na faculdade de jornalismo da Estácio de Sá, ela faria sua dissertação falando da importância da rádio na tragédia de janeiro de 2011, onde a rádio Friburgo prestou relevantes serviços à população. Quando essa dissertação virou um livro, recebi um telefonema de minha mestra me cobrando a publicação de um livro cujo título seria A Mídia Falada Chega à Nova Friburgo. Mais uma vez a ajuda de Cristina foi inestimável e, graças a ela, me tornei um escritor. Quinze dias antes do seu falecimento, conversei com ela, pois estava com vontade de escrever outro livro, que dessa vez seria uma coletânea das principais colunas que escrevo no jornal A Voz da Serra, lá se vão vinte anos. Combinamos de nos encontrar para ela me passar orientações para esse tipo de trabalho. Infelizmente, viajei por dez dias e quando voltei no dia 17 de junho, fui avisado que minha professora e amiga havia falecido, e que o velório seria no dia seguinte.

Foi um choque, pois apesar dos vários problemas de saúde pelos quais ela passou, estava muito bem, com muitos planos, inclusive o de lançar um próximo livro, recém-terminado. Enfim, como diz o adágio popular, para morrer basta estar vivo, mas, quando isso acontece com pessoas muito próximas e queridas, a ficha custa a cair.

Era uma pessoa fantástica, que além de escritora e jornalista, se dedicava à astrologia e ao esoterismo. Foi uma mãe exemplar e uma professora dedicada que soube transmitir com maestria seus conhecimentos. Vai deixar saudades naqueles que com ela conviveram e, tenho certeza, jamais será esquecida. Como já disse antes, muito da minha trajetória como jornalista devo a ela e só me resta terminar com um muito obrigado.

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Botafogo mostra sua força e vence o Paris Saint Germain

quarta-feira, 25 de junho de 2025

Poderia escrever, hoje, sobre vários assuntos como, por exemplo, o falecimento, na terça 17, da minha professora da Comunicação Social e grande amiga, Cristina Gurjão, a quem devo a minha formação jornalística ou ainda da minha viagem de uma semana, num cruzeiro, pelos rios Negro e Solimões, mas esses assuntos ficarão para as próximas colunas.

Poderia escrever, hoje, sobre vários assuntos como, por exemplo, o falecimento, na terça 17, da minha professora da Comunicação Social e grande amiga, Cristina Gurjão, a quem devo a minha formação jornalística ou ainda da minha viagem de uma semana, num cruzeiro, pelos rios Negro e Solimões, mas esses assuntos ficarão para as próximas colunas. Hoje, minha veia alvinegra me fez optar pela vitória maiúscula do Botafogo, quinta- -feira, 19, onde jogadores como Marlon Freitas, Igor Jesus, Savarino, Alex Telles, Gregore e Allan foram os expoentes de um time vencedor, na vitória sobre o Paris Saint Germain. De um lado o campeão da Libertadores da América 2024, do outro o campeão da Champions League 2024, 2025.

Como é de hábito nessa comprometida mídia brasileira, jornalistas esportivos de vários veículos televisivos, do alto de uma empáfia ridícula, apregoavam aos quatro ventos que o problema não era discutir a derrota do Botafogo, mas sim qual seria o placar. Torciam, inclusive, por uma goleada, para mais uma vez denegrirem o plantel alvinegro. Apregoavam que o campeão europeu era infinitamente superior ao brasileiro e que este não teria a mínima chance de vitória. Expunham, a olhos vistos, o velho complexo de cachorro vira lata, tão apregoado pelo genial jornalista Nelson Rodrigues. Aquele complexo que nos faz sempre pensar sermos inferiores aos europeus. O resultado mostrou que o time francês não soube sair do nó tático que Renato Paiva, técnico do Fogão, armou para anular as principais jogadas do adversário. Apesar da maior posse de bola, pouco ameaçou o gol do alvinegro carioca.

Não guardei nomes, pois não me interesso por esses homens da mídia que não sabem fazer outra coisa, a não ser denegrir o futebol brasileiro, no geral e engrandecerem, apenas, Flamengo e Palmeiras, como os únicos dignos representantes do futebol tupiniquim. Mas, foi ridículo desprezarem o Botafogo, atual campeão brasileiro e das Américas, com um futebol que deixou para trás, rubro-negros e alviverdes, no ano passado. Aliás, esses jornalistas, muitos deles sem diploma, denigrem a classe, pois o nível nunca foi tão baixo.

Por uma questão de gestão, afinal o Fogão, atualmente, é uma SAF que junta o lado esportivo com o financeiro e, portanto, tem de ter um time à altura para colher vitórias e campeonatos, mas, também, gerar lucros para o investidor. E esse lucro, na maioria das vezes, advém da venda de jogadores que se destacam. Claro que para o torcedor, a manutenção do plantel, por duas ou três temporadas, é o que interessa já que se tem a expectativa de ganhar vários campeonatos. Vide o Palmeiras que apesar de não ser uma SAF, é bancado por uma instituição financeira de porte. Isso faz com que o time colecione uma gama de campeonatos ganhos, nos últimos cinco anos.

Assim, o Botafogo foi campeão de dois campeonatos de peso, mas viu nove de seus jogadores, entre reservas e titulares, serem vendidos, ao final da temporada. Apesar da espinha dorsal do time vencedor ser mantida, perdas como as de Luís Henrique, Almada e Júnior Santos foram sentidas. Novos jogadores foram adquiridos, mas nem sempre os substitutos estão à altura dos que partiram ou levam tempo a se entrosarem, principalmente quando jogam na Europa, América Latina ou Ásia, onde o tipo de jogo é diferente do brasileiro.

No entanto, passados os três primeiros meses de reconstrução do plantel botafoguense, o recado começou a ser dado em campo, com o time classificado para as etapas seguintes das copas do Brasil, da Libertadores da América e ocupando, no momento, o sexto lugar do Brasileirão 2025. Mas aqui, diga-se de passagem, jogou apenas treze das trinta e oito rodadas previstas. Com a subida de produção do elenco alvinegro, com os que chegaram começando a mostrar serviço, acredito que até o final do primeiro turno, estaremos entre os quatro primeiros, sendo de novo real pretendente ao bicampeonato.

A vitória sobre o Paris Saint Germain foi maiúscula, mostrando que o Botafogo continua a ser um time que tem postura tática com alternativas de jogo segundo o adversário, mostra competitividade e, acima de tudo, espírito de luta que não deixa ninguém se acomodar em campo. Tem uma estratégia a ser cumprida e a faz com objetividade. A vitória de quinta-feira sobre um time europeu numa competição de cunho internacional é a primeira em treze anos de um time brasileiro, pois a última foi a do Corinthians, em 2012, quando venceu o Chelsea da Inglaterra e sagrou-se campeão do mundo, na versão anterior dessa competição.

Os atuais representantes brasileiros, na primeira copa mundial de clubes, promovida pela Fifa, estão bem tendo o Botafogo como líder do grupo B, o Palmeiras está na liderança do grupo A, o Flamengo lidera o grupo D e o Fluminense está na primeira colocação do grupo F.  Diga-se de passagem, que o alvinegro do Rio é o único, entre os brasileiros, a ter de enfrentar dois times europeus. No jogo final da fase de classificação, contra o Atlético de Madri, bastaria um empate para ser o primeiro do grupo.

Com a derrota por um a zero, frente ao Atlético de Madri, na segunda-feira, 23, o Botafogo vai enfrentar o Palmeiras, sábado que vem, pelas oitavas de final. O Palmeiras, ao empatar com o Internacional de Miami, conseguiu a primeira colocação no seu grupo. Quanto ao Flamengo e Fluminense, não tenho como destacar, pois não terei tempo hábil para esperar os resultados.

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Alerta à população feminina, isso é muito sério

quarta-feira, 11 de junho de 2025

De uns tempos para cá, temos assistido a um aumento desproporcional da prescrição do hormônio masculino Testosterona para mulheres. Com o intuito de aumentar massa muscular, disposição física e mental, e estimular a libido ou aumentar o desejo sexual, muitos profissionais da área médica e afim, que não os ENDOCRINOLOGISTAS, têm se intrometido onde não devem. É bom frisar, que apesar de lidar com doenças hormonais, são eles os que menos prescrevem hormônios por conhecer a fundo as vantagens e desvantagens desses componentes.

De uns tempos para cá, temos assistido a um aumento desproporcional da prescrição do hormônio masculino Testosterona para mulheres. Com o intuito de aumentar massa muscular, disposição física e mental, e estimular a libido ou aumentar o desejo sexual, muitos profissionais da área médica e afim, que não os ENDOCRINOLOGISTAS, têm se intrometido onde não devem. É bom frisar, que apesar de lidar com doenças hormonais, são eles os que menos prescrevem hormônios por conhecer a fundo as vantagens e desvantagens desses componentes.

Baseado nessa introdução, resolvi publicar a nota conjunta que recebi da Sbem, Febrasgo e DCM da SBC sobre o assunto. São sociedades sérias, que se preocupam com a saúde e o bem-estar da mulher.

Nota conjunta da Sbem, Febrasgo e DCM sobre o uso de testosterona na mulher:

“A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e o Departamento de Cardiologia da Mulher (DCM) da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no cumprimento de seu compromisso com a ciência, a ética e a saúde da mulher, vêm por meio desta esclarecer pontos fundamentais relacionados ao uso da testosterona em mulheres, à luz das melhores evidências científicas e diretrizes nacionais e internacionais.

1. SOBRE A INDICAÇÃO DE TERAPIA COM TESTOSTERONA NA MULHER: Atualmente, a única indicação clinicamente reconhecida e respaldada pelas diretrizes internacionais e nacionais para o uso terapêutico da testosterona em mulheres é o tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH) em mulheres na pós menopausa. O diagnóstico de TDSH é clínico e de exclusão, devendo ser realizado por profissional qualificado. Antes de se considerar a terapia androgênica, é imprescindível avaliar e tratar outras causas de desejo sexual reduzido, incluindo: o hipoestrogenismo; a depressão e outros transtornos psiquiátricos; os efeitos colaterais de medicamentos (notadamente antidepressivos); a obesidade e síndrome metabólica; disfunções do relacionamento conjugal ou fatores psicossociais. A decisão de iniciar a terapia com testosterona deve ser feita apenas após esgotadas essas abordagens e confirmada a persistência do quadro clínico.

 2. SOBRE A DOSAGEM SÉRICA DE TESTOSTERONA NA MULHER A SBEM, a FEBRASGO e o DCM da SBC reiteram que: Não há indicação para dosar testosterona sérica com o objetivo de diagnosticar deficiência androgênica na mulher saudável ou em mulheres com queixa de baixa libido. A dosagem sérica de testosterona não deve ser utilizada para rastrear “níveis baixos” como justificativa para prescrição de testosterona. A única indicação formal de dosagem de testosterona na mulher é a investigação de níveis elevados de androgênios, com vistas ao diagnóstico diferencial de hiperandrogenismo (ex.: síndrome dos ovários policísticos, hiperplasia adrenal congênita, tumores ovarianos ou adrenais, síndrome de Cushing, entre outros). A prática de dosar testosterona como exame de rotina ou sob alegação de “déficit androgênico feminino” não possui respaldo científico e pode induzir a medicalização inadequada e a prescrição hormonal sem indicação.

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE A FISIOLOGIA DA TESTOSTERONA NA MULHER: A testosterona tem papel fisiológico importante na mulher, mas é fundamental esclarecer que a testosterona não sofre queda abrupta na menopausa. Seus níveis declinam progressivamente a partir da terceira década de vida, independentemente da menopausa, com redução discreta e gradual. Não há um limiar laboratorial bem definido que caracterize “deficiência androgênica feminina” validado para uso clínico. Portanto, o conceito de deficiência de testosterona associada exclusivamente à menopausa não possui fundamentação científica robusta.

 4. SOBRE FORMULAÇÕES E SEGURANÇA DA TERAPIA COM TESTOSTERONA: Atualmente, não existe no Brasil formulação de testosterona aprovada pela ANVISA para uso em mulheres.  Quando indicada, a terapia com testosterona deve ser realizada com formulações de qualidade farmacêutica comprovada, monitoramento clínico rigoroso. Hormônios divulgados como sendo bioidênticos, biodisponíveis ou naturais constituem, na realidade, apenas estratégias de marketing para comercialização de formas manipuladas por farmácias magistrais e têm riscos semelhantes aos hormônios sintéticos.  Não se recomenda o uso de implantes subcutâneos, pellets ou formulações manipuladas de testosterona, devido à ausência de controle de qualidade, farmacocinética imprevisível e riscos aumentados de eventos adversos. A prescrição de testosterona para mulheres fora da única indicação reconhecida (TDSH na pós menopausa) configura prática off-label sem respaldo das sociedades científicas, com riscos significativos de efeitos adversos, incluindo hirsutismo, acne, alopecia, dislipidemia, hepatotoxicidade, alterações cardiovasculares, efeitos virilizantes e até mesmo dependência psíquica. A SBEM, a FEBRASGO e o DCM da SBC reforçam que a abordagem da saúde sexual da mulher deve ser baseada na ética e na Ciência, evitando reducionismos hormonais. A terapia hormonal da menopausa permanece baseada no uso de estrogênio e progesterona, principais hormônios femininos. Não existe respaldo científico para uso de testosterona com fins estéticos, para aumento de massa magra, emagrecimento, melhora de disposição ou efeitos antienvelhecimento. Também afirmamos que não há na literatura mundial absolutamente nenhuma evidência de que a testosterona tenha indicação primária para prevenção cardiovascular. Por fim, alertamos para os riscos da prescrição hormonal sem indicação formal, prática que pode trazer mais danos que benefícios à saúde da mulher. As sociedades se mantêm à disposição dos profissionais de saúde para atualização científica contínua sobre este tema e da população feminina para orientação correta”.

(Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DCM da SBC)).

Por isso, você mulher, sempre que, não importa quem, principalmente um médico, lhe prescrever Testosterona, ouça antes a opinião de um Endocrinologista, pois eles são as pessoas mais gabaritadas para lhe dar informações e prescrever, se necessário, tal medicação.

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