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Pirâmide invertida

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Hoje não. Não começarei este texto com o sentimento de otimismo, porque está difícil não sucumbir diante de tanto sofrimento e tanta desordem. Em meio a tantas notícias embaraçosas, crise por todos os lados, colapso na saúde, pessoas doentes, morrendo, deficiências em várias ordens da economia, da sociedade e da política, desgoverno, índices elevados de mortes, criminalidade, corrupção, desigualdades, preconceitos latentes, fome, problemas aparentemente sem fim e de soluções difíceis, é praticamente senso comum que vivemos período tortuoso de verdadeiro caos.

Hoje não. Não começarei este texto com o sentimento de otimismo, porque está difícil não sucumbir diante de tanto sofrimento e tanta desordem. Em meio a tantas notícias embaraçosas, crise por todos os lados, colapso na saúde, pessoas doentes, morrendo, deficiências em várias ordens da economia, da sociedade e da política, desgoverno, índices elevados de mortes, criminalidade, corrupção, desigualdades, preconceitos latentes, fome, problemas aparentemente sem fim e de soluções difíceis, é praticamente senso comum que vivemos período tortuoso de verdadeiro caos.

Está absolutamente difícil prever dias melhores. Conseguir enxergar luz no fim do túnel, a fuga do beco sem saída, o anseio por soluções. A cura. Tem doído demais. Muito sofrimento que palavras não definem. Mas penso que nos conectamos uns com os outros também pelo sofrimento, pela dor. Mesmo diante desse cenário, precisamos manter a esperança por dias melhores. A desesperança pode ser extremamente nociva a esse processo de transição que estamos vivendo.

Diante de todo fluxo sem interrupção de notícias ruins, de perdas, de falta de ar, ainda somos instados a lidar com as mais antigas mazelas da sociedade e dos representantes de maneira geral. É preciso crer que não há mais como esconder tanto lixo debaixo dos tapetes. Uma vez que todos os habitantes de um lar descobrem que por baixo dos móveis há podridão, sujeira, dejetos, se torna praticamente impossível a convivência harmoniosa dentro desse ambiente contaminado, maculado . É preciso limpar, cuidar, melhorar, conservar, valorizar. E quanto mais pessoas imbuídas pelo espírito da comunhão e da ajuda mútua, menos penoso será esse trabalho.

Estamos passando por um processo desses... Sem ajuda fica ainda mais difícil. O ar está pesado, os nervos à flor da pele. Mas creio que uma mão estendida, um olhar por trás da máscara, um sorriso sincero, ainda podem ajudar. O que estamos vivendo demanda esforço conjunto, coragem, renovação ... investimento de tudo, de tempo, de dinheiro, de energia. É preciso ter competência. Poder de ação. Fazer a coisa certa na hora certa e estabelecer uma real pirâmide de prioridades. E a vida é, sem dúvida, o pilar de sustentação e o topo dela ao mesmo tempo, pois sem a vida, o que mais podemos fazer para reverter, para contribuir?  

Hoje vejo a pirâmide invertida, bagunçada, completamente confusa. É preciso crer. Crer que a luz está entrando, que algo muito bom está por vir. Mas sim, está difícil. Para a construção de um novo mundo, de um novo país, invariavelmente devemos enfrentar com esperança, união, força e resiliência esse processo de transição.

É preciso também plantar. Plantar por meio da solidariedade, da empatia, da honestidade, do trabalho digno, da arte, da cooperação, da educação, da prática do bem. Plantar, semear, cuidar para colher frutos melhores no momento certo. Plantar sempre, mesmo agora em que estamos no epicentro do caos, aliás, principalmente agora.

Fácil não é. Pelo contrário. Está difícil à beça. Mas por mais complexo que possa parecer (e de fato é), penso que uma sociedade efetivamente unida e nutrida de esperança pode ser capaz de enfrentar e superar o caos. É o que espero. Concordo com Martin Luther King : “Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira. O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos. Temos aprendido a voar como os pássaros, a nadar como os peixes, mas ainda não aprendemos a sensível arte de viver como irmãos.”

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Renda Básica Universal

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Parte 2

O texto da última semana ficou sem conclusão, pois era muito assunto para poucas linhas e ainda ficaram algumas perguntas a serem respondidas. Portanto, se você não acompanhou o desenvolvimento desta ideia na última sexta-feira, 9, sugiro acessar o site do jornal e – na página dedicada aos colunistas – buscar a introdução ao tema. Valerá a pena.

Parte 2

O texto da última semana ficou sem conclusão, pois era muito assunto para poucas linhas e ainda ficaram algumas perguntas a serem respondidas. Portanto, se você não acompanhou o desenvolvimento desta ideia na última sexta-feira, 9, sugiro acessar o site do jornal e – na página dedicada aos colunistas – buscar a introdução ao tema. Valerá a pena.

Pois então vamos retomar o tema de onde terminamos na semana passada. A ideia de renda básica universal é questão política, pois precisam ficar estabelecidos os protocolos de arrecadação e distribuição dos recursos. Portanto, vamos ao primeiro ponto e rever o sistema de arrecadação tributária, que promete reformas em breve. Se vai ser justo e vantajoso para os cidadãos, só saberemos quando o projeto estiver pronto e possibilitar o estudo. A princípio, precisamos entender que o atual sistema apresenta uma pirâmide tributária cuja base (o volume de maior relevância) é composta pelo consumo e o topo (o volume de menor relevância) é representado pela renda.

Ou seja, a pessoa que consome toda a sua renda com consumo básico (moradia e alimentação, por exemplo) é proporcionalmente mais taxada quando comparada àquela cuja renda supre suas necessidades básicas, tornando a capacidade de poupança – e consequente acúmulo – mais facilitada. Infelizmente, é difícil encontrar artigos técnicos abordando este tema, mas em 2009 o Ipea mostrou no estudo "Receita pública: quem paga e como se gasta no Brasil" a diferença entre as cargas tributárias por faixa salarial. Na época, pessoas com renda de até dois salários mínimos trabalharam 197 dias para pagar seus impostos, que representavam 53,9% da renda; por outro lado, pessoas com renda acima de 30 salários mínimos trabalharam 106 dias para pagar seus impostos, que representavam 29,0% da renda.

É claro, não podemos utilizar estes números como parâmetros atuais, mas o meu objetivo é mostrar como o processo de desigualdade social faz parte da nossa história recente. Percebem como o pobre fica cada vez mais pobre enquanto o rico fica cada vez mais rico? O dinheiro de quem gasta tudo para comer e pagar aluguel vale cada vez menos!

Considerando a proporção de geração do PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a 51,7% para proprietários (empresários e trabalhadores por conta própria) e 48,3% para assalariados (ou não proprietários) podemos imaginar apenas a inversão da pirâmide tributária mencionada no início deste texto sem tanto impacto com o volume de arrecadação pelo Estado. Baixando de 53,9% para 29,0% a carga tributária para pessoas com renda de até dois salários mínimos, seria injetado em poder de compra (agora sim recalculando para valores atuais) a elas, de R$ 273,90 a R$ 547,08. Agora faça sua reflexão e pense na diferença que R$ 547,08 podem fazer na qualidade de vida de quem recebe dois salários mínimos. A reforma tributária também pode se tornar projeto de transferência de renda.

Contudo, vamos voltar aos ensaios da possível renda básica universal. Você sabe quanto o Bolsa Família representou para os cofres públicos em relação ao PIB no ano de 2019? De acordo com dados do IBGE e divulgados no Portal da Transparência, 0,45%. Percebem como é possível fazer mais? Renda Básica não é custo, é investimento em cidadania. Não por acaso, o Ministério da Cidadania é a pasta responsável por projetos de transferência de renda (lembre-se sempre da possibilidade de também ser feito pelo Ministério da Economia através de reformas tributárias).

Precisamos rever os princípios do capital, entender que estamos passando pela 4ª Revolução Industrial e o capital está se reinventando. Hoje, a informação tornou-se meio de geração de riqueza e grandes empresas de tecnologia estão enormes mundo a fora e podem cumprir seu papel de responsabilidade social. A tributação de robôs também é algo cogitado para um futuro não muito distante. O mundo está mudando cada vez mais rápido e nosso papel é antecipar, também, nossa capacidade de adequar os sistemas econômicos.

Hoje, a desigualdade é um grande vilão ao crescimento econômico e desenvolvimento social; cabe a nós debater o assunto.

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Os navios negreiros do Barão de Nova Friburgo

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Na história de Nova Friburgo não podemos deixar de trazer sempre a memória do seu mais importante protagonista, Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. Nascido em Portugal em 6 de janeiro de 1795, no Vilarejo de Ovelha do Marão, veio para o Rio de Janeiro em 1807, com 12 anos, na companhia de seu tio João Clemente Pinto Filho. Antônio Clemente Pinto iniciou o garimpo no município de Cantagalo na década de 1820. Recebeu sesmarias, ou seja, terras do governo devendo em contrapartida desenvolver alguma atividade econômica.

Na história de Nova Friburgo não podemos deixar de trazer sempre a memória do seu mais importante protagonista, Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo. Nascido em Portugal em 6 de janeiro de 1795, no Vilarejo de Ovelha do Marão, veio para o Rio de Janeiro em 1807, com 12 anos, na companhia de seu tio João Clemente Pinto Filho. Antônio Clemente Pinto iniciou o garimpo no município de Cantagalo na década de 1820. Recebeu sesmarias, ou seja, terras do governo devendo em contrapartida desenvolver alguma atividade econômica. Tudo indica que ficou atraído pela possibilidade de encontrar ouro de aluvião nas novas minas de Cantagalo.

Manuel Henriques, o Mão de Luva, em fins do século 18 havia garimpado clandestinamente ouro de aluvião nos córregos dos rios desta região e desde então a procura por este minério precioso povoava a mente de muitos indivíduos. Nesta empreitada Antônio Clemente Pinto contratou o engenheiro holandês Jacobus Gijsbertus Paulus van Erven para a direção dos trabalhos de mineração em Santa Rita do Rio Negro. No entanto, os rendimentos não compensaram o investimento no garimpo onde era necessário dispor de significativa mão-de-obra escrava. Ele, então, abandonou a mineração e iniciou a plantação de café. Tornou-se um dos homens mais ricos no Império.

No entanto a sua fortuna foi oriunda do tráfico de escravos. Antônio Clemente Pinto consta na listagem de traficantes de escravos no Atlântico entre a costa africana e a cidade do Rio de Janeiro, no período de 1811 e 1830. Como Cantagalo se tornou um dos mais importantes municípios produtores de café, é provável que o fornecimento de escravos para as lavouras desta região fosse feito por Clemente Pinto.

Entre 1827 e 1828, encontramos nos periódicos do Rio de Janeiro, cidade em cujo porto havia a maior entrada de escravos no país, registros de algumas transações feitas por ele. No Diário Mercantil do Rio de Janeiro de 20 de fevereiro de 1827, o Bergantim “Vinte e Oito de Março”, vindo de Quilimane, carregou para Antônio Clemente Pinto 446 escravos, ocorrendo duas mortes. Na Gazeta do Rio de Janeiro na seção Notícias Marítimas, o mesmo Bergantim “Vinte e Oito de Março” vindo de Moçambique, após 77 dias de viagem, dá entrada no porto com uma carga de 517 escravos de propriedade de Antônio Clemente Pinto.

Neste trajeto no Atlântico faleceram 137 escravos. O Jornal do Commercio na seção Alviçareiro Mór nos informa que veio de Quilimane a Barca Nacional, trajeto feito em 60 dias, carregando 549 escravos para Antônio Clemente Pinto Pereira, mas não informa o número de mortos. Já no Diário do Rio de Janeiro de 4 de março de 1828, na seção Alviçareiro Mór, o Bergantim Nacional Hercules vindo de Quilimane, cuja viagem durou 58 dias, carregou 592 escravos para Antônio Clemente Pinto. Neste tumbeiro morreram 46 escravos.

Antônio Clemente Pinto ocupava-se tanto da lavoura como da comercialização do café. A firma Friburgo & Filhos era responsável pelo armazenamento, classificação, ensacamento, venda e exportação do café. Sua casa comissária atuava como financiadora e intermediária dos fazendeiros em transações na Praça da Corte. Era identificado como “fazendeiro-capitalista” já que emprestava dinheiro aos outros proprietários rurais. Antônio Clemente Pinto costumava dizer, “As minhas loucuras eu as faço de pedra e cal”.

Além do tráfico de escravos, plantação e comercialização do café, bem como da usura, dava-se ao prazer de construir imóveis luxuosos. De suas inúmeras fazendas no município de Cantagalo a que mereceu atenção na estética da casa-sede foi a Fazenda do Gavião. Trata-se de projeto do arquiteto alemão Karl Frederich Gustave Waehneldt e foi construída no início da década de 1860, no mesmo momento da construção do Palacete Nova Friburgo, no Rio de Janeiro.

Para este palacete foram contratados escultores, estucadores, gravadores, pedreiros, carpinteiros da Alemanha, Portugal e França. Torna-se domicílio da família a partir de 1º de julho de 1866 e era tão suntuoso que na República foi a residência oficial do presidente do país. Em Nova Friburgo possuía a Fazenda de São Lourenço, no atual distrito do Campo do Coelho, dedicada a criação de mulas de tropas.

Outra propriedade na cidade serrana era a Fazenda do Cônego com olaria, máquinas para fabricar tijolos e tubos e imprensar ladrilhos. Possuía a Chácara do Chalet em que a casa de vivenda era igualmente de autoria de Gustave Waehneldt, hoje o Country Club. O projeto paisagístico foi de Auguste François Marie Glaziou, o mesmo que servia ao Imperador. O seu solar em frente à Praça Getúlio Vargas era interligado por uma linha de bonde puxado por burros até a Fazenda do Cônego e a Chácara do Chalet. Em suas fazendas de café em Cantagalo a família já vinha recebendo colonos, principalmente de portugueses.

É bem provável que os filhos de Clemente Pinto tiveram informação privilegiada sobre a data exata da extinção da escravidão no Brasil. Curiosamente em 21 de abril de 1888, pouco antes da abolição da escravidão, na Fazenda do Gavião, declararam livres os escravos de todas as suas propriedades. Os escravos libertos corresponderam manifestando aos ex senhores que não abandonariam o serviço, pelo ato generoso. Em um possível arranjo político, Dom Pedro II retribuiu este gesto elevando os seus títulos de nobreza de viscondes para o grau de condes.

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    Clemente Pinto, Barão de Nova Friburgo.

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    O registro de um tumbeiro.

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    Entrada de escravos no porto do Rio de Janeiro.

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Ciência ou ideologia?

quinta-feira, 15 de abril de 2021

É uma pena que ideologias sem fundamento científico sólido determinem tanta coisa em nossa sociedade, como assuntos apresentados em sala de aula em qualquer nível de ensino, decisões políticas, legislações de conselhos profissionais, entre outros.

É uma pena que ideologias sem fundamento científico sólido determinem tanta coisa em nossa sociedade, como assuntos apresentados em sala de aula em qualquer nível de ensino, decisões políticas, legislações de conselhos profissionais, entre outros.

O que é ideologia? Um dicionário descreve como: “sistema de ideias, valores e princípios que definem uma determinada visão do mundo, fundamentando e orientando a forma de agir de uma pessoa ou de um grupo social (partido ou movimento político, grupo religioso etc.). Pois bem, mas podemos pensar: quem tem a visão do mundo que promove uma ideologia? Esta pessoa ou grupo de pessoas que lança na sociedade uma ideologia, tem valores éticos, de boa conduta moral, de auxílio real para a sociedade, tem cientificidade, ou tem sua ideologia base científica comprovada? Nem sempre. Pessoas famosas no meio cultural, elogiadas na mídia, seja no campo da literatura, das artes, da ciência, da política, que promoveram e promovem ideologias destrutivas, perversas tiveram ou têm uma conduta particular devassa, imoral, às vezes violenta, cheia de disfunções comportamentais. Mas como se tratam de pessoas famosas, e o povo não sabe detalhes de seu caráter doentio, são aplaudidas, copiadas e se defende a ideologia delas.

O que é ciência? Um dicionário a define assim: “corpo de conhecimentos sistematizados adquiridos via observação, identificação, pesquisa e explicação de determinadas categorias de fenômenos e fatos, e formulados metódica e racionalmente.” Diante dessa definição, podemos perguntar: A ciência comprovou que o evolucionismo é científico? Não é o evolucionismo ideologia e não ciência, embora tido como oficial para o ensino nas escolas de qualquer nível acadêmico? Quem determinou que o evolucionismo deveria ser ensinado como científico embora a ciência não o tenha comprovado? O evolucionismo é uma teoria sobre a origem do Universo. Vou repetir: é uma teoria.

E o criacionismo? É científico? Existem muitos cientistas criacionistas (não evolucionistas, que falam do Design Inteligente), em muitos países do mundo, em universidades famosas e não famosas, sendo um dos mais famosos o Isaac Newton, (1643-1727) que foi um físico, astrônomo e matemático inglês. Seus trabalhos sobre a formulação das três leis do movimento levou à lei da gravitação universal, a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal. Ele disse: “Do meu telescópio, eu via Deus caminhar! A maravilha, a harmonia e a organização do universo só pode ter se efetuado conforme um plano de um ser todo-poderoso e onisciente.” E também: “Considero as escrituras de Deus como sendo a filosofia mais sublime. Eu encontro mais marcas de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana, seja qual for.” Quer ter acesso a um site em Português de cientistas cristãos? Veja www.cristaosnaciencia.org.br 

A ciência não pode comprovar a existência de Deus e, portanto, tanto no estudo do criacionismo quanto do evolucionismo chegamos a um ponto em que se faz necessário exercer fé. Mas volto na pergunta: Por que, quem decidiu que o evolucionismo seria científico e o criacionismo não, sendo ambos teoria? Não foi a ciência. Não terá sido a ideologia de alguns que faz parte da guerra entre o bem e o mal, entre as trevas e a luz?

Comprovou a ciência que alterações da sexualidade, como o homossexualismo, é genético? Não. Autores sérios falam desta conduta como sendo sofrimento, embora muitos gays e lésbicas não a vivem como sofrimento, mas escolha agradável. Pelo menos conscientemente. Veja textos de Joseph Nicolosi, Anthony Storr, uma psiquiatra brasileira que fez um doutorado numa das melhores escolas de psicanálise do mundo nos Estados Unidos, o “The William Alanson Institute of Psychiatry,” a dra. Iracy Doyle com sua tese “Contribuição ao estudo da homossexualidade feminina”, só para citar estes poucos cientistas com profundo conhecimento sobre questões de homossexualidade. Quer ajuda nesta área? Veja por exemplo: www.exodus.org.br , www.amizadesverdadeiras.com.br

Instituições reguladoras de profissionais em psicologia proíbem que psicólogos atendam, escrevam, apresentem palestras, falem sobre a homossexualidade e outros comportamentos de conduta sexual conforme a crença pessoal e a de alguns cientistas como estes citados acima e tantos outros. E pior, mesmo que uma pessoa, gay, lésbica, etc., queira ajuda para seus sofrimentos ligados ao homossexualismo, os psicólogos são proibidos por estas instituições profissionais de oferecer tal ajuda. Isto é ciência ou ideologia? Na verdade é uma ditadura, um desrespeito pela liberdade de consciência, de crença, de visão do sofrimento humano, e uma violação da constituição de nosso país que permite a liberdade de crença inclusive científica. Conflitos de interesse ideológico sem base científica têm, infelizmente, dominado instituições de nossa sociedade, no meio científico, empresarial, e no meio político nem se fala. Mas a verdade vai vencer.

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Baixas temperaturas

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Baixas temperaturas
Nova Friburgo deve ter as suas temperaturas ainda mais baixas nos próximos dias. No último fim de semana já tivemos uma prévia do que pode vir por aí, quando a estação de Salinas do Instituto Nacional de Meteorologia aferiu 5,5 graus. Na madrugada de ontem, 13, segundo a previsão do tempo, provavelmente essa marca foi batida.

Baixas temperaturas
Nova Friburgo deve ter as suas temperaturas ainda mais baixas nos próximos dias. No último fim de semana já tivemos uma prévia do que pode vir por aí, quando a estação de Salinas do Instituto Nacional de Meteorologia aferiu 5,5 graus. Na madrugada de ontem, 13, segundo a previsão do tempo, provavelmente essa marca foi batida.

Frio intenso
A queda de temperatura está associada ao fenômeno de perda radiativa, um processo natural de perda de calor da atmosfera, comum no outono. A atmosfera esfria e isso ocorre todos os dias de forma acelerada à noite. Por isso, a sensação típica friburguense de que quando a noite cai, as temperaturas caem também.

Mais frio
Segundo a previsão do tempo, essa teria sido a madrugada mais fria, não cravando se bateria o recorde do fim de semana. No entanto, as temperaturas se manterão baixas, com as mínimas na média de 9 a 10 graus, pelo menos até o próximo fim de semana. Em regiões como Salinas, as temperaturas são ainda menores. 

Recuperação de vias
R$ 150 milhões: esse é o valor prometido pelo Estado para obras de infraestrutura viária que serão divididos entre os municípios de Nova Friburgo, Bom Jardim, Duas Barras, Santa Maria Madalena, São Sebastião do Alto, Trajano de Moraes, Sumidouro e Mangaratiba com detalha reportagem na página 8 desta edição.

Depende de projetos
No entanto, os valores podem não ser divididos de acordo com os critérios populacionais nos quais Nova Friburgo levaria vantagem. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem, a partir de agora, as cidades devem apresentar um plano de trabalho do que vai ser executado para, se aprovado, em seguida, ser disponibilizado o material para revitalizar a estrutura viária de cada localidade.

Estradas vicinais
Os projetos podem incluir asfalto e drenagem. O Estado se compromete a fornecer os materiais para as obras para que as prefeituras os apliquem. Os municípios vizinhos, que tem características rurais, já definiram forças-tarefas nas estradas vicinais.

Ajuda para o carnaval
R$ 3,9 milhões: esse é o valor destinado, por meio de edital, para agremiações carnavalescas de todo o Estado. A Secretaria estadual de Cultura, faz pela primeira vez editais de apoio às agremiações do carnaval afetadas pelo cancelamento das festividades neste ano. Agremiações de Nova Friburgo, portanto, podem concorrer à uma fatia desse bolo.

Critérios
Para concorrer aos editais, os grupos carnavalescos não podem ter recebido verba da Secretaria de Cultura nos últimos 12 meses. Outro requisito essencial é a filiação a uma liga, associação ou federação representativa da festa. Os recursos são do Fundo Estadual de Cultura que prevê pelo menos metade mais um dos valores para municípios do interior, o que eleva as chances das agremiações friburguenses.

Ciência e tecnologia
Vem aí o XIII Congresso Fluminense de Iniciação Científica e Tecnológica (Confict) e o VI Congresso Fluminense de Pós-Graduação (CONPG). Com o tema “Desafios da Ciência no Pós-Pandemia”, de 22 a 25 de junho, de forma virtual. As inscrições vão até o próximo dia 30, no site do Confict.

UFF, Uenf e IFF
Estão previstas palestras, apresentações orais e em banners, além de atividades culturais. A programação será divulgada em breve. A participação é aberta ao público, mas a submissão de trabalhos é restrita aos estudantes das três instituições organizadoras (UFF Uenf e IFF).

Vestibular adiado
Por falar em ciência e tecnologia, Nova Friburgo tem na Uerj um dos seus principais centros da área. Pois, com o agravamento da pandemia, a universidade decidiu, mais uma vez, adiar o vestibular 2021. Previsto para 2 de maio, a nova data é 18 de julho. O modelo de prova e os programas das disciplinas permanecem os mesmos.

Nova chance
Para quem se inscreveu, mas perdeu o prazo para escolher o curso, o adiamento oferece uma nova oportunidade. O sistema foi reaberto hoje, 14 e ficará disponível até o dia 18 de abril. O acesso deverá ser feito pelo site. Os candidatos que vão optar pelas cotas também poderão enviar os documentos neste período.

Palavreando
“Dentro dessa mortalidade física (certeira) é bom que se saiba: a natureza nos vence sempre. Porque a natureza é maior do que nós, ainda que de forma insana insistamos em enfrentá-la, conduzi-la, quando em verdade somos parte dela - parte menor dela”.

Foto da galeria
Nova Friburgo perdeu nesta terça-feira, 13, o pai das Filhas de Bamba. Papagaio, como era conhecido, lutou nos últimos dias contra um câncer. Tendo a alegria como marca, era um resistente do samba com seu famoso Cantinho do Papagaio, no Córrego Dantas. Lá, rodas de samba ocorriam e traziam gente de toda parte. Além disso, era o maior incentivador de suas filhas que seguem uma carreira de sucesso. Uma perda para a cultura popular local. Nossa solidariedade aos amigos e familiares.
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Odorico Paraguaçu ressuscitou

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Foi na terra do Cão Sentado que aconteceu um dos episódios mais insólitos desde o aparecimento da pandemia, lá se vai mais de um ano. Nessa cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro, a elevação dos casos de contaminação pela Covid-19 e, consequentemente, o de mortes aumentaram muito e o sistema hospitalar chegou à beira do colapso. Numa determinada semana de abril, a média de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes infectados pela Covid-19 atingiu 98% e das enfermarias, cerca de 80%.

Foi na terra do Cão Sentado que aconteceu um dos episódios mais insólitos desde o aparecimento da pandemia, lá se vai mais de um ano. Nessa cidade serrana do Estado do Rio de Janeiro, a elevação dos casos de contaminação pela Covid-19 e, consequentemente, o de mortes aumentaram muito e o sistema hospitalar chegou à beira do colapso. Numa determinada semana de abril, a média de ocupação de leitos de UTI exclusivos para pacientes infectados pela Covid-19 atingiu 98% e das enfermarias, cerca de 80%. Isso veio a reboque de um aumento da taxa de contaminação de todo o estado, inclusive da Região Serrana.

É claro que existe uma dúvida permanente no ar e que deveria ser esclarecida pelas autoridades. A internação de pacientes graves, seja daqui ou de fora, é uma questão de necessidade, mas é preciso que saibamos qual o percentual de leitos ocupados por pacientes de outras localidades. Se existem 50 leitos de UTI Covid e todos estão ocupados com friburguenses, a taxa de contaminação está muito alta, no entanto, se um percentual importante é de pessoas de outro município, essa taxa será menor. Lógico que a positividade aumentada de testes diagnósticos é o maior diferencial, mas leitos vagos podem significar uma virulência menor da doença.

Algo deveria ser feito para fazer frente a esse grave problema de saúde pública. Por outro lado, as consequências de um blacaute são catastróficas, pois a economia de uma cidade, de um estado, de um país depende da produção, ou seja, do trabalho da sua população. Impostos têm de ser pagos, aluguéis idem, comida tem de ser comprada, salários são necessários, o desemprego ronda a todos os assalariados. Aliás, várias medidas extremas já foram adotadas e a eficácia duvidosa; o fechamento de várias indústrias e lojas leva a uma quebradeira importante. Pelo andar da carruagem, morre-se de Covid ou de fome.

Mas, a solução encontrada pelo prefeito de Nova Friburgo, Johnny Maycon, foi surreal, no mínimo esdrúxula. Ao optar pela abertura de indústrias, comércio, supermercados, padarias e etc. de acordo com o número final do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), pares em dias pares e ímpares em dias impares ele conseguiu instalar o caos na cidade. Pelo menos teve um mérito, o de deslocar muita gente de um bairro para outro. Por exemplo, no último sábado, 10, a padaria do bairro Cascatinha e as duas do Cônego estavam fechadas, e quem precisou comprar pão teve de ir até Olaria ou ao Centro. O mesmo ocorreu com os mercados, que de quatro, só um permaneceu aberto, com grande afluxo de consumidores e provocando congestionamento nos de Olaria.

Para completar seu surrealismo, se a bandeira roxa permanecer inalterada de uma semana para outra, inverte-se o cronograma: o que é par vira ímpar, o que é ímpar vira par. Elementar, pois assim ninguém será prejudicado, já que os dias pares são maiores que os ímpares. Vale observar que a população não tem como saber o número final do CNPJ das lojas que pretende comprar algo. Corre-se, portanto, o risco de bater com a cara na porta num dia, e ter de voltar no outro. E cá para nós, nossa cidade foi a única no mundo a fechar supermercados e padarias. O mundo se curvou a Nova Friburgo.

Se o objetivo era diminuir a quantidade de pessoas nas ruas, o mais inteligente seria utilizar o rodízio do CPF de cada cidadão. A fiscalização ficaria por conta dos estabelecimentos e a prefeitura teria a oportunidade de faturar dobrado, pois se alguém fosse pego com CPF errado, seriam multados estabelecimento e a pessoa. Essa medida teria, também, o mérito de diminuir a lotação do transporte coletivo, desde que o número de veículos permanecesse o mesmo.

Esse controle já vem sendo usado há algum tempo na vizinha Teresópolis, e na última sexta feira, 9, a taxa de ocupação de UTIs por lá era de 65% e de enfermaria um pouco mais de 50%. Ainda de acordo com o portal da prefeitura, a taxa de isolamento da cidade estava em 40,1%. É claro que o sistema tem seus problemas por depender da compreensão da população, nem sempre disposta a sacrifícios, até que a Covid lhe suprima um ente querido.

Felizmente, na época, o defunto do prefeito Odorico, de Sucupira, inaugurou o cemitério da cidade fictícia. Num momento de crise, as ações têm de ser muito bem pensadas, amadorismo ao invés de profissionalismo pode ser catastrófico. Daí a necessidade de todos que disputam cargos eletivos, terem a obrigação de frequentar um curso de Gestão Pública e serem aprovados com nota mínima de 80%.

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A VOZ DA SERRA é puro amor por Nova Friburgo!

terça-feira, 13 de abril de 2021

O Caderno Z não deixaria o centenário da escritora Maria Clara Machado  passar em branco e se transformou num verdadeiro palco, reacendendo em nós o que é de fato fazer teatro. Maria Clara, com sua clara visão dramaturga, não pensou somente em seu desenvolvimento artístico, nem apenas na sua criação teatral. Ela presenteou o Brasil com uma escola de teatro, o Tablado que, desde 1951, no Rio de Janeiro, vem atuando na formação de atores e na prática teatral.

O Caderno Z não deixaria o centenário da escritora Maria Clara Machado  passar em branco e se transformou num verdadeiro palco, reacendendo em nós o que é de fato fazer teatro. Maria Clara, com sua clara visão dramaturga, não pensou somente em seu desenvolvimento artístico, nem apenas na sua criação teatral. Ela presenteou o Brasil com uma escola de teatro, o Tablado que, desde 1951, no Rio de Janeiro, vem atuando na formação de atores e na prática teatral. Sua célebre frase “a gente também educa quando faz teatro” é um farol que abriu luz no caminho da dramaturgia, em especial, infantil, dedicando-se também ao público adulto, mas sempre dando suporte ao teatro amador.

Chico Figueiredo nos brindou com uma sequência de lembranças de sua vivencia dentro das artes cênicas, quando se sentiu atraído pela peça “A bruxinha que era boa”, de Maria Clara, encenada no teatro do Colégio Mercês. Não poderia ficar fora de sua narrativa, o inesquecível Jaburu, criador do Gama – Grupo Arte Movimento e Ação. Lincoln Vargas, ator friburguense, fez relatos emocionantes, inclusive, sobre o dia do falecimento de Maria Clara. Contou-nos que no quarto dela estavam alguns amigos, quando, de repente, tudo se escureceu por conta de um fusível que se queimara. Resolvido o problema, quando a luz voltou, ela havia falecido e alguém disse: “No espetáculo final da vida da Maria Clara Machado, foi ela que apagou a luz”. Bela metáfora!

Wanderson Nogueira, em “Palavreando”, nos passa um elixir de esperanças nesses tempos conturbados da pandemia e destaco: “A esperança, portanto, é o que nos tira da cama todos os dias para trabalhar e é a mesma esperança que nos faz estudar, cumprir tarefas, nos empenhar e cuidar de nós mesmos...”. Que lindo e fortificante!

Só mesmo com o elixir da esperança poderemos atravessar esse momento crítico e eu costumo dizer que todo nós estamos afetados, física ou emocionalmente, de alguma forma. A saúde, a educação, a economia, o turismo, a indústria, o comércio, tudo, enfim que envolva o ser humano, atravessa uma crise caótica. O Friburguense, nosso Frizão, com dificuldades financeiras, “não descarta pedir licença à Federação de Futebol do Rio”. Mesmo assim, o clube espera contar com o apoio da cidade para disputar a Série A2. Boa sorte!

“Quem tem fome tem pressa” – com a antológica frase do inesquecível sociólogo Betinho, Christiane Coelho abordou o tema do grande número de famílias em condições de “miserabilidade” no país. “Para os mais pobres, o dinheiro está valendo menos”, certamente, porque não há dinheiro que possa garantir nem o básico. Qual é a família que pode se manter com um auxílio emergencial com valores entre R$ 150 e R$ 375?  A solidariedade tem sido uma ferramenta fundamental e em nossa cidade há grupos desenvolvendo trabalho social de relevância. No site do jornal, confiram como ajudar.

A bandeira roxa segue em evidência e o nosso município continua no estágio de alto risco de contaminação. Além da insegurança da população com o aumento do número de contaminados e de mortes, há muitas controvérsias com as novas medidas de restrições, inclusive, a mais recente, que começou a vigorar na última sexta-feira, sobre o “rodízio de CNPJ”, regulador da abertura pelo final da inscrição, par ou ímpar, de cada estabelecimento. A medida está causando uma série de contrariedades e há quem diga até que não é dentro dos estabelecimentos que está o problema e, sim, nas ruas lotadas.

Um prédio que levou dez anos em sua construção, completa 135 anos da construção de uma significativa história em Nova Friburgo. Salve o Colégio Anchieta fundado em 12 de abril de 1886! A imponência de sua fachada na foto de Henrique Pinheiro é o retrato da alma educadora de quem, mais do que centenário, faz de sua existência um pilar da educação, das artes, da cultura, em meio ao seu legado religioso. Como bem disse o seu diretor, padre Toninho Monnerat, “é uma celebração pela vida das pessoas”, as que circularam pelo colégio e as que circulam ainda... E mais, por todos que ainda virão desfrutar de seu ensino pioneiro em Nova Friburgo. Parabéns, Colégio Anchieta!

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Aniversariou domingo

terça-feira, 13 de abril de 2021

Aniversariou domingo

 No último domingo, 11, quem passou o dia recebendo cumprimentos de feliz aniversário, junto de familiares e de forma virtual dos muitos amigos, foi o simpático Luiz Fernando Oliveira (foto), um dos mais destacados e representativos nomes da administração do Cadima Shopping. Ao querido amigo Luiz Fernando, abraços da coluna com renovados votos de felicidades, sucessos e tudo de bom como ele bem merece.

Doe cobertores e agasalhos

Aniversariou domingo

 No último domingo, 11, quem passou o dia recebendo cumprimentos de feliz aniversário, junto de familiares e de forma virtual dos muitos amigos, foi o simpático Luiz Fernando Oliveira (foto), um dos mais destacados e representativos nomes da administração do Cadima Shopping. Ao querido amigo Luiz Fernando, abraços da coluna com renovados votos de felicidades, sucessos e tudo de bom como ele bem merece.

Doe cobertores e agasalhos

Em tempo de solidariedade, que este ano deve estar em alta mais do que nunca, já que os carentes estão ainda mais necessitados, principalmente os sofridos moradores de rua. Por isso, um grupo composto por membros de imensos corações generosos, está empreendendo uma bela campanha com vistas a arrecadações de cobertores e agasalhos.
Desta forma, quem puder, pode entregar seus donativos na Casa do Peregrino (Rua Luiza Engert, 10, no centro de Nova Friburgo) especialmente às terças feiras das 7h30 às 8h ou então se preferir que as doações sejam retiradas em seus próprios endereços, é só se comunicar através do cel/zap (22) 9 9837 1700.

Brilhando em Milão

O conhecido médico e friburguense bastante admirado Renato Henrique Gomes da Silva e seus familiares estão curtindo ultimamente uma satisfação a mais e toda especial.
É que sua linda neta Isadora Zebendo (foto), está fazendo um tremendo sucesso em Milão na Itália, com badalados trabalhos de moda.

Mão e contramão

Depois de sucessivos aumentos dos combustíveis, que culminaram com uma discreta redução nos preços para os consumidores, ficou claro aquilo o que todos nos já sabemos.
Na mão de ida, quando o acréscimo vem, cada posto eleva até onde quer ou podem chegar, porém no sentido contrário, ou seja de volta par ao cliente, quando são obrigados a abaixar, chega-se ao limite do limite e aí observa-se que praticamente quase todos os postos estão cobrando aquele valor de centavinho ou menos em relação aos R$ 6 pelo litro da gasolina.

Vivas no NFCC

Nesta quinta-feira, 15, quem estará completando seu 66° aniversário, é querido e admirado presidente do Nova Friburgo Country Clube, Celso de Oliveira Santos (foto). Por esta razão, apresentamos antecipadamente com todo carinho e admiração, nossas felicitações ao grande Celso, carinhosamente chamado por muitos de Celsinho.

Parabéns, Leandro!

Desde já, congratulações ao querido Leandro, filho do casal amigo Adinéia e Roosevelt Carvalho Cordeiro, que no próximo domingo, 19, estará aniversariando. Parabéns com votos de saúde, paz, alegrias e tudo de bom na vida para o gente boa, Leandro!

Bodas de Carvalho

Parabéns ao simpático casal Neide e Gilvan Verbicário Feijó que na última sexta-feira, 9, chegou a bela marca de 38 felizes anos de união matrimonial.

 

 

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Ressurreição: o nosso Deus é um Deus vivo!

terça-feira, 13 de abril de 2021

Entre as sombras da dúvida, do nada, do silêncio do peito, do esvaziamento do cosmo, surge a vida! O glorioso Sol rasga as trevas, numa manhã solene de ressurreição! O túmulo vazio. Os guardas atônitos. Os apóstolos vibrantes de certeza! "Nosso Cristo está vivo”! Os materialistas repetem desde sempre a mesma mentira: " Roubaram o corpo"; " Jesus Cristo foi apenas um homem contra o sistema e está morto", Míopes em suas mancas afirmações e adoradores da surda-muda matéria, teimam em não sair de suas cavernas frias para a luz aquecedora do amor de Cristo.

Entre as sombras da dúvida, do nada, do silêncio do peito, do esvaziamento do cosmo, surge a vida! O glorioso Sol rasga as trevas, numa manhã solene de ressurreição! O túmulo vazio. Os guardas atônitos. Os apóstolos vibrantes de certeza! "Nosso Cristo está vivo”! Os materialistas repetem desde sempre a mesma mentira: " Roubaram o corpo"; " Jesus Cristo foi apenas um homem contra o sistema e está morto", Míopes em suas mancas afirmações e adoradores da surda-muda matéria, teimam em não sair de suas cavernas frias para a luz aquecedora do amor de Cristo.

Os nossos domingos já não podem ser os mesmos! Existe um brilho diferente no ar, na calma da natureza apoteótica a bradar aleluia! Como naquele dia luminoso, aos olhos perplexos dos discípulos, o Senhor se elevava aos céus e prometia o seu espírito e a sua nova vinda para recolher.

Mas se este Jesus está vivo, por que aparece ainda pregado na cruz? Pode alguém perguntar. A cruz é o símbolo do gesto máximo do amor de Cristo por nós. É a recordação de quanto custou ao Deus feito homem a nossa libertação: sua vida, seu sangue, seu martírio. Se alguém dá a vida por nós, não podemos esquecer tal ato. O sacrifício da cruz é o grande sinal do amor cristão, o amor que não só vibra com a festa da vida, mas se solidariza e se doa nos sofrimentos e cruzes do irmão.

Para nós, católicos e demais cristãos, Jesus está vivo, sim, presente entre nós, Ressurreto, fulguroso e poderoso, mas sabemos o quanto sofreu por nós e, por isso, a sua cruz é para todos um instrumento símbolo de salvação.

Nestes ventos de ressurreição, devemos nos perguntar sobre nossos passos, sobre nossos rumos, sobre nossos corações... A luz que se acendeu há quase dois mil anos não se apagou... Ela se multiplica nos círios, no peito, nos sacrários do mundo inteiro, na chama da fé dos povos, na esperança ígnea que não se prostra nem mesmo com as bombas e perseguições, nem com as explosões de neon do ateísmo, do capitalismo selvagem. Ela se expande no brilho simples da verdade que quebra os sofisticados e ocos sofismas, meticulosamente talhados nas indústrias da exploração humana.

Este Deus vive entre nós. Vive em nós. Sua ação pasma a história, abrindo o mar com mão firme, curando toda enfermidade, transformando água em vinho, transubstanciando o próprio vinho em seu sangue, o pão em sua carne: eucaristia-ressurreição! Os véus do templo se rasgam de cima a baixo. Seu sudário permanece de século em século, questionando a análise dos químicos, médicos, cientistas em geral, ou de qualquer cético que queira apalpar a configuração do Senhor. Ei-lo! Eis o homem! Como apresentou Pilatos. Todo chagado e marcado por chicotes ferinos. Eis o Cristo de olho vazado pelos espinhos da coroa e sobre esta vista a imagem de uma moeda romana, conforme o costume.

Vejam o que queriam ver. Um Deus-homem impresso em negativo em um linho antiquíssimo, com pólen do século primeiro, pela explosão luminosa de sua ressurreição! Reconheçam que não há pintura em negativo com sangue AB judeu de quase dois mil anos que permaneça nítida após tantas intempéries. Figura que não é pintada e que após fotografia de um pesquisador, curiosamente aparece em positivo e apresenta tridimensionalmente o Senhor sofredor, sem nenhuma distorção em computador (o que normalmente aconteceria), o que só hoje, no século 21, os cientistas conseguiram colocar impresso em 3D.

A precisão dos traços e marcas da Paixão... funduras das chagas, inchações, todo o desenho anatômico das lesões, constatado por renomados cirurgiões, digitais de quem o transportou nas plantas dos seus pés... O que mais falta? O que mais? Frente às exigências empíricas dos que no fundo acham incômodo CRER, Jesus Ressuscitado diz ao Tomé de cada século: "Vem e vê. Põe o teu dedo em minhas chagas e no meu lado! Sou eu! Estive morto, mas venci a morte! Abre teu coração agora e abandona tua soberba! Tu creste porque viste. Felizes aqueles que creem, mesmo sem ver".

Caros irmãos, o nosso Deus é um Deus vivo! E você é convidado a viver e a beber desta fonte e a nunca mais ter sede! Feliz Páscoa!

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras. 

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Doces relíquias da vida

terça-feira, 13 de abril de 2021

Hoje vou escrever sobre as avós e sobre a importância que elas possuem na vida dos netos, principalmente dos que se tornam artistas e, mais especialmente ainda, dos que se tornam escritores. Esta ideia me foi tocada por uma amiga, poeta e escritora, Catherine Beltrão. Depois de viajar pela vida, trabalhar como engenheira, ter os cabelos embranquecidos, resolveu criar canteiros diferentes em seu destino, como forma de enfeitar-se com outras flores, como também eternizar a vida e a obra de sua avó, a artista plástica francesa Edith Blin (1891-1983).

Hoje vou escrever sobre as avós e sobre a importância que elas possuem na vida dos netos, principalmente dos que se tornam artistas e, mais especialmente ainda, dos que se tornam escritores. Esta ideia me foi tocada por uma amiga, poeta e escritora, Catherine Beltrão. Depois de viajar pela vida, trabalhar como engenheira, ter os cabelos embranquecidos, resolveu criar canteiros diferentes em seu destino, como forma de enfeitar-se com outras flores, como também eternizar a vida e a obra de sua avó, a artista plástica francesa Edith Blin (1891-1983). Catherine, sem timidez, se transpôs dos números para as letras e vestiu-se de furta-cor.

A relação com as avós preenche os espaços vazios da criança, decorrente de uma relação de afeto que oferece referenciais à construção da identidade de uma pessoa. Quando esta mulher, com a experiência de anos vividos, desliza seu olhar a um neto, deixa seus melhores sentimentos colorirem os momentos em que interagem.

Eu tive avós que tanto me preencheram e tanto me trouxeram segurança e felicidade. Como a avó de Catherine, foram mulheres à frente de seu tempo. Eram profissionais e independentes, tinham suas determinações de vida bem definidas e tiveram um amor imenso por mim. Como Catherine se orgulha de sua Edith! Tanto quanto eu, minha amiga foi privilegiada por ter ganho do destino uma pessoa com riqueza de ideias e de criatividade. Agora, ela, Catherine, também avó, criou o Instituto Edith Blin, que vai acolher artistas de diferentes áreas, como as da literatura, oferecendo opções variadas de atividades a serem desenvolvidas, como contação de histórias, oficinas para leitura e escrita, debate sobre obra de autores. Acredito que Catherine sinta a vida através das cores que sua avó deixou nas telas em que fez da neta sua principal modelo.

Minha avó, Carmem Temporal, era professora de canto e tradutora de livros de bolso. Passei parte da minha infância escutando o seu dedilhar numa máquina de escrever de ferro. Aquele barulho me enterneceu, ficou no meu inconsciente e, hoje, escrevo dedilhando as teclas do computador com prazer, revivendo o passado. Meu pensamento é romântico.

As histórias entre netos e avós sempre serão ternas e saudosas. Admiro Catherine por esse empenho artístico e literário, carregado de nobreza e gratidão. Por querer perpetuar os esforços de sua avó que clamou por liberdade, igualdade e fraternidade. Que engrandeceu o ser mulher.

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