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Pensar na sua morte?

quinta-feira, 04 de agosto de 2022

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

“Mais vale ir a uma casa em luto do que ir a uma casa em festa, porquanto este é o fim de todo ser humano; e desde modo, os vivos terão uma grande oportunidade para refletir.” Eclesiastes 7:2 (Versão King James 1999). Este texto está na Bíblia, no livro de Eclesiastes (não é Eclesiástico). Este livro foi escrito pelo Rei Salomão, que foi um dos reis de Israel nos tempos do Antigo Testamento. Ele também escreveu, inspirado por Deus, o livro de Cantares e Provérbios.

O livro de Eclesiastes relata como as vantagens de Salomão em ser sábio e rico falharam para prover verdadeira e duradoura felicidade. No capítulo 7 de Eclesiastes e no versículo 2 Salomão recomenda aos seres humanos a preferirem ir numa casa onde está havendo um luto pela morte de alguém, do que numa casa com uma festa, porque dessa forma podemos refletir sobre a brevidade da vida, sobre nossa mortalidade e finitude, e com isso podemos ter a chance de reavaliar nossa forma de viver, checar se o significado que estamos dando para nossa vida é valioso e meditar em tantas outras coisas.

Em geral fugimos de pensar na nossa morte. Já reparou o que acontece em muitos funerais? Os parentes se encontram para velar o morto e cumprimentar o familiar do falecido, e depois de abraços de condolências e lágrimas, surge um grupinho aqui e outro ali dos parentes e amigos do falecido e a conversa vai longe e até com assuntos que produzem risadas. Risadas num funeral?

Será isso uma defesa meio que coletiva que usamos para não pensar na morte, mesmo estando diante dela num funeral? Por que fugimos de pensar na morte, na nossa morte? A resposta é porque assusta pensar nisso, porque causa angústia, e pode aumentar o medo de morrer em alguns talvez mais do que em outros.

O texto de Salomão não é pessimista. É realista. Não sei tudo o que ele pensou ao escrever esta parte do livro de Eclesiastes, mas o que ele deixa claro neste versículo se relaciona com reflexão sobre a morte inevitável para todos nós. Esta é uma realidade inegável nessa vida. Estamos caminhando para a morte. Somos um ser para a morte. Isto causa angústia, e não é nada agradável sentir angústia, especialmente ligada à ideia de morte, de nossa morte, angústia por pensarmos que vamos morrer.

Mas é possível pensar na morte sem aumentar a angústia. Vai depender do significado que damos para a vida e do que cremos sobre o que existe no pós-morte. A Bíblia diz que a morte é um sono, que nela não há consciência. O próprio Salomão escreveu sobre isso conforme está em Eclesiastes 9:10: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” E Jesus mesmo comparou a morte com um sono. Veja o que Ele disse: “Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono. ... Jesus dizia isto da morte de Lázaro; eles [Seus discípulos], porém, achavam que falava do repouso do sono. Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto.” João 11:11,13,14. A hora de pensar sobre sua vida é agora porque a morte se aproxima. Não é pensar para ter medo, mas para ver se é necessário mudar algo em sua forma de viver, em seus conceitos sobre coisas como felicidade, riqueza, relacionamentos, entre outros temas.

Pare assim que puder, e faça uma reflexão sobre sua morte. Considerando que você está caminhando para morrer, e que não sabe quando isso ocorrerá, será preciso mudar algo em sua forma de viver, mudar o sentido da vida para sua pessoa e seu estilo de vida, abandonar a postura materialista, competitiva, e passar a se preocupar mais em compartilhar, ajudar a aliviar o sofrimento dos outros, desenvolver sua espiritualidade, perdoar, ser compassivo? Salomão que recomendou este tipo de reflexão, é considerado um dos homens mais sábios que já existiu. Pensar em nossa morte pode nos levar a mudar a tempo muitas coisas importantes na vida, para o bem.

www.doutorcesar.com

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O dia em que Isabelle nos deixou

quarta-feira, 03 de agosto de 2022

No último dia 7 de julho completaram-se dez anos que minha primeira neta nos deixou. Nascida em novembro de 2011, com síndrome de Down, ela era portadora de uma má formação cardíaca muito séria, tão séria que requeria uma intervenção cirúrgica de grande porte. Apesar de ter resistido, bravamente, as seis horas de cirurgia, faleceu de complicações dela decorrentes, com sete meses de idade.

No último dia 7 de julho completaram-se dez anos que minha primeira neta nos deixou. Nascida em novembro de 2011, com síndrome de Down, ela era portadora de uma má formação cardíaca muito séria, tão séria que requeria uma intervenção cirúrgica de grande porte. Apesar de ter resistido, bravamente, as seis horas de cirurgia, faleceu de complicações dela decorrentes, com sete meses de idade.

Na época escrevi um artigo que considero um dos meus mais impactantes e resolvi republicá-lo, em homenagem à Isabella e a tudo que ela representou para seus pais e avós, para a família e para todos que a conheceram, em tão pouco tempo de vida.

O dia em que Isabella se foi

E a Isabella, com um sorriso nos lábios, rindo para sua mãe, nos deixou para entrar na vida espiritual e ao lado dos anjos continuar sua vida, na eternidade. Minha neta querida, nascida com Síndrome de Down e com uma grave lesão cardíaca lutou pela vida durante sete meses. Foi uma batalhadora e nos deu uma lição de força interior que muitos marmanjos não possuem.

Após uma cirurgia cardíaca de seis horas de duração, com circulação extracorpórea e coração parado, na tentativa de consertar lesões quase irreparáveis, ela desistiu e entregou sua alma a Deus, para desespero de seus pais, avós, avós emprestados como eu, tios, parentes e amigos que torceram por ela em sua curta existência, com todo o ardor e fé.

A “piriguete” do CTI do Centro Pediátrico da Lagoa, pois esse foi o apelido que médicos e enfermeiras lhe colocaram, em seu último dia de vida aprontou poucas e boas. Com um coraçãozinho “melhorado”, mamou com uma sofreguidão nunca antes vista, em função da deficiência da qual era portadora. Por causa dessa mamada desvairada, seu intestino funcionou intensamente e ela sujou-se dos pés à cabeça, dando um trabalho danado até ficar completamente limpa; com uma vitalidade impressionante deixou a equipe em polvorosa, quando suas mãozinhas se soltaram e ela quase arrancou tubos e cateteres que estorvavam sua existência.

Na realidade, essa melhora espontânea, era seu aviso final; para mim ela quis dizer: “eu não tenho mais forças para lutar, tenho consciência que fui muito amada e que amei a todos que fizeram o possível para me manterem viva, mas eu estou esgotada e não tenho mais forças, estou cansada. Com esse meu coração em pandarecos só tenho a agradecer a vocês, meus amados pais, por todo o amor que me dedicaram e todo o esforço que fizeram para tornar minha vida menos difícil.

A meus avós o meu reconhecimento pelo esforço e dedicação que me cercaram; a meus familiares e aos amigos de minha família, minha gratidão pela torcida em prol do meu pronto restabelecimento. Até aqueles que me torturaram, com várias agulhadas na tentativa de tirar amostras do meu sangue, para exames, eu também agradeço muito, pois fizeram isso para o meu bem, tentando me ajudar.

 Mas eu estou cansada, foram quase sete meses de luta e sinto que minhas forças se foram, tenho consciência de estar no fim. Mantenham-me sempre viva na lembrança de vocês, lá do alto estarei velando por todos e puxando a orelha daqueles que se desviarem do bom caminho. Não chorem a minha morte, muito pelo contrário, riam das travessuras que fiz, do meu sorriso de satisfação por me sentir amada, por ter preenchido, mesmo que por tão pouco tempo, um espaço no coração de todos e, porque não, modificado a maneira de encarar a vida de muitos dos que me cercam.

A você, minha mãe, meu muito obrigado e não se desespere, pois sei que você só não fez mais por mim, porque era humanamente impossível. A você, meu pai, meu muito obrigado por ter estado ao lado de minha mãe dando toda a força e suporte que ela precisava. Aos demais agradeço de coração, mesmo que ele esteja todo “caquerado”, ao torcerem pela minha recuperação. 

Um até breve a todos e tenho certeza que nos encontraremos um dia na eternidade. Lembrem-se de que ninguém é esquecido enquanto permanecer vivo na memória de alguém.

E no dia 7 de julho de 2012, o coração de Isabella parou em definitivo e ela nos deixou”.

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AVS é sempre um encontro para excelentes reflexões!

terça-feira, 02 de agosto de 2022

Começamos a viagem literária pelas páginas da edição do último fim de semana na zona rural de Bom Jardim, onde trabalhava Braz José Pinto, lavrador que, depois de mudar-se para Olaria, passou temporada em Duas Barras e retornou para Nova Friburgo, então, com cinco filhos pequenos. Daí em diante, foram 40 anos de serviços prestados ao Colégio Nossa Senhora das Graças, onde, por graça e obra de Padre Mielli, suas cinco crianças estudaram. A história de Braz já estaria perfeita para o nosso deslumbre.

Começamos a viagem literária pelas páginas da edição do último fim de semana na zona rural de Bom Jardim, onde trabalhava Braz José Pinto, lavrador que, depois de mudar-se para Olaria, passou temporada em Duas Barras e retornou para Nova Friburgo, então, com cinco filhos pequenos. Daí em diante, foram 40 anos de serviços prestados ao Colégio Nossa Senhora das Graças, onde, por graça e obra de Padre Mielli, suas cinco crianças estudaram. A história de Braz já estaria perfeita para o nosso deslumbre. Contudo, um de seus filhos, vivenciando o ambiente religioso da igreja do colégio, cedo descobriu a vocação para o sacerdócio. Resumindo, o menino Roberto José Pinto tornou-se padre e hoje é o administrador da Paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Riograndina.

Acredito que os leitores de A VOZ DA SERRA, assim como eu,  apreciaram a trajetória de Braz que, se estivesse no plano terreno, se orgulharia do maravilhoso texto que Padre Roberto escreveu para homenagear os 100 anos de nascimento de Monsenhor Mielli. Comovente, verdadeiro e poético, o texto “Profeta, pastor e sacerdote” é uma emoção abrangente de onde tenho até dificuldade para escolher um trecho para a coluna. Mesmo assim, me atrevo a destacar o sentimento de Padre Roberto: Ah, se Monsenhor Mielli estivesse vivo... Mas precisa ele estar vivo para que nos sintamos comprometidos com as mesmas causas? A tarefa de construir um mundo mais justo, fraterno e solidário, respeitoso da dignidade de cada pessoa humana, continua...”.

E a tarefa continua, sim. Que nós a tenhamos como ponto de partida dos nossos procedimentos, pois lembrou Padre Roberto: podemos repetir com Santo Inácio de Loyola: “O amor consiste mais em atitudes e atos do que em palavras”. Coisa alguma nos tire dos caminhos abertos por Monsenhor Mielli. Que o seu centenário seja festejado em nosso dia a dia, porque  “...diante das atuais circunstâncias, somos nós os protagonistas da construção de um mundo novo”. Boas ações para todos nós!

Ao mesmo tempo em que temos o dever de protagonizar “a construção de um mundo melhor”, somos confrontados pelos desafios da desigualdade social que, consequentemente, leva crianças ao cenário da desnutrição no Brasil, um país que é tão forte em riquezas e produção agrícola. Pesquisas mostram que “falta feijão no prato” de famílias carentes, justamente, esse grão milagroso, fonte de várias vitaminas.

Somos nós os responsáveis pela preservação de toda a gama de patrimônios, sejam eles bens físicos, imateriais e humanos. A charge de Silvério abre os olhos e a boca pedindo “socorro” em nome do Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura. Houve uma licitação para a reforma do prédio, em 2021 que, ante os estragos, perdeu sua validade. O secretário municipal de Cultura, Daniel Figueira, explicou: “Será necessária a elaboração de novo projeto que englobe todas as atuais demandas de reforma. Deste novo projeto será gerado outro para nova licitação”. Nosso teatro ganhou mais importância ainda, quando recebeu o nome do inesquecível Laercio, que deu apoio e dimensão a todos os segmentos da cultura, das artes e a tudo o que engrandecia a cidade. O lamento de Adriana Ventura, filha do saudoso Laercio, é o de todos nós que amamos o equipamento, da pedra fundamental à essência do seu honroso nome. Viva Laercio!

O terreno da Praça do Suspiro está deixando muita gente com suspiros ofegantes diante da consulta popular relâmpago, aberta pela prefeitura, para que a população possa opinar sobre o melhor uso para o terreno em questão. O resultado da consulta poderá colocar em  risco a edificação da Biblioteca Internacional Machado de Assis?

 As opções concorrentes na consulta são atraentes e merecem a nossa consideração. Contudo, a Bima engloba um universo de incontáveis possibilidades. O projeto é grandioso, é futurista, é uma esperança de novas gerações ainda mais capazes na utilização da modernidade das tecnologias a favor do desenvolvimento humano. Minha mãe dizia: "O futuro guarda uma esperança". Que venha pleno de luz!

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Lançado livro sobre a genealogia Suíça-Brasil 1818

terça-feira, 02 de agosto de 2022

Às vésperas do início das comemorações deste Agosto Suíço que será cheio de atrações, a última sexta-feira, 29 de julho, marcou de forma alegre e concorrida, o lançamento da obra genealógica "Esperança Suíça-Brasil 1818, Romance Herdi Jevoux Lemgruber", de autoria da descendente Helena Figueira (foto), que contou também com o apoio genealógico de César Raibert Valverde.

Às vésperas do início das comemorações deste Agosto Suíço que será cheio de atrações, a última sexta-feira, 29 de julho, marcou de forma alegre e concorrida, o lançamento da obra genealógica "Esperança Suíça-Brasil 1818, Romance Herdi Jevoux Lemgruber", de autoria da descendente Helena Figueira (foto), que contou também com o apoio genealógico de César Raibert Valverde.

O lançamento do livro foi no box da Colônia Suíça na Praça das Colônias, no Suspiro, com a participação do professor e genealogista revisor, Darli Bertazzoni Barbosa, assim como também de convidados, entre os quais Alberto Lima Abib Wermelinger Monnerat, Fabiano Lamblet, Therezinha Thurler, Soraya e Osvaldo Enoc, Geraldo Thurler, Lúcia Knust, Reynaldo Thurler, Joana Figueira, Larissa Figueira, Maria Luísa Figueira, Flávia Stutz, Marilene Lemgruber, Reinaldo Lemgruber e vários outros descendentes.

Quem desejar adquirir um exemplar, pode se dirigir à Colônia Suíça ou solicitar através do WhatsApp (21) 9.6425-9067.

Semáforo de volta já!

O admirado e sempre atencioso Tony Ventura, assim como o presidente da SEF, a Sociedade Esportiva Friburguense, João Schlupp, bem como alguns vereadores, estão se empenhando para uma causa justa e necessária.

Eles tentam sensibilizar a prefeitura para que seja reativado o sinal de trânsito na Avenida Galdino do Valle Filho próximo a ponte quase em frente ao clube SEF, que conforme alegado em razão de um acidente com uma carreta, foi indevidamente retirado.

Esta reivindicação, conforme Tony Ventura nos informou, a prefeitura já tem conhecimento da importância daquele sinal que agora tem ainda mais um significado já que agora circulam por ali os idosos que integram o Grupo da Terceira Idade do município, que passou a funcionar naquele clube.

Assim como já existe um sinal do outro lado do Rio Bengalas, na Avenida Comte Bittencourt, torcemos que o setor de trânsito da prefeitura providencie o retorno deste sinal.

Quarenta do Mundial do Fla

O conhecido locutor esportivo Fernando Bonan teve um almoço muito especial na semana passada no restaurante Chakai,  aproveitando de algo extremamente relevante no cardápio.

É que seu amigo e desportista carioca Blis Belga e o craque Tita, que fez história sobretudo no Flamengo e na Seleção Brasileira, vieram a Nova Friburgo com a missão de homenagear o Bonan com a medalha comemorativa do 40º ano da conquista do título do Flamengo, campeão do mundo em 1981. No exclusivo registro fotográfico desta coluna, vemos o Blis, Tita e Marcelo Chakai junto ao homenageado, Fernando Bonan.

Na pauta também, a possibilidade de realização futura de um grande evento em Nova Friburgo por conta ainda da quarta década da grande conquista do Mengão.

Vivas em dose dupla

Com um dia de atraso, porém em dia com as satisfações, inclusive em dose dupla, enviamos os votos de felicidades ao comunicador e radialista Pedro Osmar, assim como ao renomado e admirado empresário Olney Botelho.

Isso, porque ontem, 1º, ambos estrearam idade nova.

Reeleição e posse no Lions

Na próxima sexta-feira, 5, no Natureza Buffet, o Lions Clube Nova Friburgo vai empossar para mais um ano leonístico, sua querida e atuante presidente reeleita, a CaL (Companheira Leão) Vera Lúcia Coe Pisco juntamente com seu marido, Patrício.

Na oportunidade, quem estará atuando como autoridade investidora da noite e certamente, abrilhantando ainda mais o acontecimento, será a simpática capixaba CaL Governadora Zuraide Guedes.

Clube da Música com Dom Bira

Uma pedida imperdível para o próximo sábado, 6, será o show no parque aquático da SEF a partir das 19h com o Clube da Música, incluindo participação especial do admirado cantor e amigo de Nova Friburgo, Dom Bira.

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Chamados para construir a família humana

terça-feira, 02 de agosto de 2022

Estamos iniciando o mês de agosto, tempo dedicado à oração pelas vocações. Trazemos para a reflexão desta semana a Mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado em maio deste ano. A palavra «vocação» não deve ser entendida em sentido restrito, referindo-a apenas àqueles que seguem o Senhor pelo caminho duma consagração específica. Todos somos chamados a participar na missão de Cristo de reunir a humanidade dispersa e reconciliá-la com Deus.

Estamos iniciando o mês de agosto, tempo dedicado à oração pelas vocações. Trazemos para a reflexão desta semana a Mensagem do Papa Francisco para o 59º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, celebrado em maio deste ano. A palavra «vocação» não deve ser entendida em sentido restrito, referindo-a apenas àqueles que seguem o Senhor pelo caminho duma consagração específica. Todos somos chamados a participar na missão de Cristo de reunir a humanidade dispersa e reconciliá-la com Deus. De modo mais geral, cada pessoa humana, antes ainda de viver o encontro com Cristo e abraçar a fé cristã, recebe com o dom da vida um chamamento fundamental. Somos chamados a ser guardiões uns dos outros, a construir laços de concórdia e partilha, a curar as feridas da criação para que não seja destruída a sua beleza.

Nesta grande vocação comum, insere-se a chamada mais particular que Deus nos dirige, alcançando a nossa existência com o seu amor e orientando-a para a sua meta definitiva, para uma plenitude que ultrapassa até mesmo o limiar da morte. Assim quis Deus olhar, e olha, para a nossa vida. Esta é a dinâmica de cada vocação: somos alcançados pelo olhar de Deus, que nos chama. A vocação – como aliás a santidade – não é uma experiência extraordinária reservada a poucos. Tal como existem «os santos ao pé da porta» (Francisco, Exort. ap. Gaudete et exsultate, 6-9), assim também a vocação é para todos, porque todos são olhados com amor e chamados por Deus.

Assim a vocação nasce, graças à arte do Escultor divino que, com as suas «mãos», nos faz sair de nós mesmos, para que se delineie em nós a obra-prima que somos chamados a ser. Particularmente capaz de nos purificar, iluminar e recriar é a Palavra de Deus, que nos liberta do egocentrismo. Coloquemo-nos, pois, à escuta da Palavra, para nos abrirmos à vocação que Deus nos confia! E aprendamos a escutar também os irmãos e irmãs na fé, porque nos seus conselhos e exemplo pode esconder-se a iniciativa de Deus, que nos indica estradas sempre novas a percorrer.

O olhar amoroso e criador de Deus alcançou-nos de forma singular em Jesus. Ao falar do jovem rico, o evangelista Marcos observa: «Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele» (10, 21). O mesmo olhar de Jesus, cheio de amor, pousa sobre cada um de nós. Deixemo-nos tocar por este olhar e ser levados por Ele para além de nós mesmos! E aprendamos também a olhar de tal modo um para o outro que as pessoas com quem vivemos e as que encontramos – sejam elas quem forem – possam sentir-se acolhidas e descobrir que há alguém que as olha com amor, convidando-as a desenvolverem todas as suas potencialidades.

A nossa vida muda quando acolhemos este olhar. Tudo se torna um diálogo vocacional entre nós e o Senhor, mas também entre nós e os outros. Um diálogo que, vivido em profundidade, nos faz tornar cada vez mais aquilo que somos: na vocação ao sacerdócio ordenado, ser instrumento da graça e da misericórdia de Cristo; na vocação à vida consagrada, ser louvor de Deus e profecia de nova humanidade; na vocação ao matrimónio, ser dom mútuo e geradores e educadores da vida; em cada vocação e ministério na Igreja, em geral, que nos chama a olhar os outros e o mundo com os olhos de Deus, servir o bem e difundir o amor com as obras e as palavras.

Portanto, quando falamos de «vocação», não se trata apenas de escolher esta ou aquela forma de vida, mas trata-se sobretudo de realizar o sonho de Deus, o grande desígnio da fraternidade que Jesus tinha no coração quando pediu ao Pai «que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Rezemos, irmãos e irmãs, para que o Povo de Deus, no meio das dramáticas vicissitudes da história, corresponda cada vez mais a esta vocação. Invoquemos a luz do Espírito Santo, para que cada um e cada uma de nós possa encontrar o respetivo lugar e dar o melhor de si neste grande desígnio!” Fonte: www.vatican.va

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Uma importante escolha para a nossa cidade

segunda-feira, 01 de agosto de 2022

Hoje vou fazer uma reflexão livre sobre a Consulta Pública que a
Prefeitura de Nova Friburgo está promovendo a respeito da “destinação mais
adequada ao terreno anexo à Praça do Suspiro”. Há três propostas
interessantes. A primeira se refere à edificação de uma Biblioteca Internacional
Machado de Assis, espaço direcionado à cultura, ao conhecimento e à
integração entre países. A segunda pretende criar um Bier Garden, lugar
destinado ao turismo cervejeiro e à cultura dos povos colonizadores da cidade.

Hoje vou fazer uma reflexão livre sobre a Consulta Pública que a
Prefeitura de Nova Friburgo está promovendo a respeito da “destinação mais
adequada ao terreno anexo à Praça do Suspiro”. Há três propostas
interessantes. A primeira se refere à edificação de uma Biblioteca Internacional
Machado de Assis, espaço direcionado à cultura, ao conhecimento e à
integração entre países. A segunda pretende criar um Bier Garden, lugar
destinado ao turismo cervejeiro e à cultura dos povos colonizadores da cidade.
O terceiro abrange a construção de um espaço para realização de eventos e
apresentações artísticas e culturais.
São três propostas que irão engrandecer a cidade, e de difícil opção pela
mais adequada. Depois de conversar e refletir, optei pela Biblioteca
Internacional Machado de Assis (Bima), cujo projeto já foi aprovado pela
Câmara Municipal. O relevante no meu processo de escolha foi a constatação
de que Nova Friburgo é uma cidade literária e cultural, que apresenta potencial
para a gestação de escritores, autores e realizadores culturais. Aliás, Machado
de Assis estabeleceu elos afetivos com a cidade, assim como tantos outros que
nasceram, viveram ou estiveram aqui de passagem.
Nova Friburgo possui artistas que fizeram parte de sua história (Lygia
Pape, escultora, Clóvis Bornay, carnavalesco, Carlos Drummond de Andrade,
escritor), porém não valorizados do modo como deveriam ser e pouco
lembrados no quotidiano da cidade. Também não podemos esquecer de que o
povo gosta de cultura e todos os eventos oferecidos são bem aceitos. As
atividades culturais que serão desenvolvidas na BIMA irão gerar produção,
trabalho e recursos financeiros em diversas áreas da região, inclusive na rede
hoteleira, gastronomia e comercio.
Além do mais, a Biblioteca será um espaço cultural múltiplo. Então,
mergulho na ideia de que a literatura em suas diferentes formas de expressão
irá colaborar com o desenvolvimento das relações sociais, culturais,
econômicas e humanas da região. Ainda ressalto que Nova Friburgo não
possui uma biblioteca de maior porte. A Biblioteca Pública Municipal Maria

Margarida Liguori é um excelente lugar para leitura, pesquisa e palestras,
entretanto tem limitações de espaço, inclusive com salas ocupadas pela
Secretaria Municipal de Cultura.
Não resta dúvida que o projeto a ser escolhido e desenvolvido será de
grande aquisição para a cidade. Fico feliz ao saber que um terreno baldio há de
se transformar num lugar de valor turístico, público e cultural.

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Já viram nossa gente fugir de pedrada?

sábado, 30 de julho de 2022

Edição de 29 e 30 de julho de 1972

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes

Edição de 29 e 30 de julho de 1972

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes

Já viram nossa gente fugir de pedrada? - O serviço autônomo de água está precisando de todos nós. Um pugilo de friburguenses tomou “conta da bola”, melhor dizendo daquilo que os “estrangeiros da água” queriam anarquizar, desejavam aniquilar, para então, pouco a pouco, de tarifas aladroadas em mais tarifas aladroadas, recuperar a “inana” e então explorar a seu bel prazer o que custará largos recursos do nosso povo. Não vamos mais perder tempo com adjetivos para a turminha dos boas-vida que aqui aportaram com o propósito de explorar os friburguenses. 

Festa do colonizador e da cerveja - O Nova Friburgo Country Clube promove mais uma edição da tradicional e sempre esperada Festa do Colonizador, a grande Festa da Cerveja. Dois grandes conjuntos musicais. Um seu número de atrações no fidalgo clube do Parque São Clemente.

Novo prédio da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo - Vale a pena conhecer a monumental obra que a administração Feliciano Costa está realizando nas imediações do bairro “Duas Pedras”. Trata-se da nova sede da Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, com quase dois mil metros quadrados de construção, e planejada por técnicos consumados, assistidos por especialistas do MEC, o Ministério da Educação e Cultura. A conceituada construtora Motroni, vem trabalhando em ritmo acelerado e disposta a entregar os serviços antes do prazo previsto e contratado. 

Governo amplia a rede de escolas no Estado do Rio - Verbas no valor de Cr$ 536.136,00 serão investidas pelo governo de Raymundo Padilha, através do Fundo Estadual de Educação e Cultura, na construção de mais dez unidades escolares. com duas salas de aula e demais dependências, cada uma em Itaboraí, Duas Barras, Paulo do Frontin, Itaocara, Mangaratiba, Rio das Flores, Vassouras, Rio Bonito e Campos. 

Centro de Saúde Municipal na Olaria do Cônego - Muito em breve a “Olaria do Cônego” vai possuir um moderno e funcional posto de saúde municipal, com serviços de pré-natal, maternidade, dentário e variada assistência aos necessitados preenchendo assim uma grande lacuna, profundamente sentida pelos cerca de 25 mil habitantes daquela zona suburbana. Um novo, confortável e bonito edifício está em fase de acabamento por parte do governo do prefeito de Friburgo, Feliciano Costa, que sem contar com um ceitil sequer de auxílio, ajuda ou contribuição de outro poder, leva a bom termo a meritória iniciativa, que diga-se de passagem desafiou várias administrações.  

Pílulas

O problema das candidaturas arenistas à sucessão Feliciano Costa continua em ponto de espera. Quase todos estão deixando para “ver como fica”, o que afinal de contas não soma absolutamente nada. A “novela” Ariosto aceita ou não, já vai enervando e de toda a complicada história, claro, evidente, certíssimo que o partido dominante não leva qualquer vantagem. Claro como água cristalina… 

A Arena cá da terra parece um tanto ou quanto desarvorada com a problemática da sua principal legenda no próximo pleito, já que o dr. Ariosto Bento de Mello, continua a dizer que não deseja e não pode ser candidato , dadas as suas responsabilidades atuais na firma que dirige. Até aí, nada de mais… 

Não acreditamos, em absoluto, que persista a negativa do dr. Ariosto Bento de Mello, em aceitar a sua candidatura à chefia do Executivo municipal. Quando um partido exige - como a Arena está exigindo - de um seu filiado, de um homem público. Não deve, para nós não pode, recusar, fugir da luta, acomodar-se, enfim, tome o caso o nome ou o apelido que quiserem. Não pode, repetimos deixar de acudir ao chamamento, que é também um chamado cívico.

Não estamos a dizer que o dr. Ariosto Bento de Mello seja o único homem capaz de governar Friburgo. Jamais acreditamos em super-homens ou em administradores milagrosos. Somos até dos que acham que a Arena, agremiação e políticos experimentados e atuantes, não deveriam ter tanto procrastinado o assunto, candidato já agora tão perto das eleições. Há que serem previstos certos detalhes… 

E mais…

Prefeito Feliciano Costa recebeu telegrama do deputado Luiz Brás…

CTB paga dividendos de 1971 a partir do dia 1º de agosto…  

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Jorge Luiz Tavares (30); Humberto Teixeira de Moraes e Salete Vassallo Alves da Costa (31); Maria Weidauer (1º de agosto); Mário Carpenter Meyer (3); Evanir Costa (4).

Foto da galeria
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Sabe o que me preocupa?

sexta-feira, 29 de julho de 2022

INADIMPLÊNCIA! Sim, o endividamento das famílias brasileiras me traz muitas preocupações acerca do que o futuro reserva para a qualidade de vida da população. Apesar de ser uma tendência global, inclusive entre economias soberanas de países desenvolvidos, não há nada que se compare às retaliações aplicadas ao consumidor individual. Perder acesso a recursos básicos por não ter “nome limpo na praça” chega a ser brutal.

INADIMPLÊNCIA! Sim, o endividamento das famílias brasileiras me traz muitas preocupações acerca do que o futuro reserva para a qualidade de vida da população. Apesar de ser uma tendência global, inclusive entre economias soberanas de países desenvolvidos, não há nada que se compare às retaliações aplicadas ao consumidor individual. Perder acesso a recursos básicos por não ter “nome limpo na praça” chega a ser brutal. Hoje, no Brasil, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio, em maio deste ano, o número de famílias endividadas representava mais de 77% dos lares do país. Neste mesmo estudo, os números apontavam, em média, 30% do orçamento já comprometido com o compromisso das dívidas.

Estes dados realmente me preocupam. E me preocupam de verdade; é uma sensação verídica. Afinal, se – praticamente – oito a cada dez lares lidam com suas dívidas como parte do orçamento (se é que estão, de fato, já enquadradas em suas devidas contas), é muito provável que você e sua família estejam passando pelo mesmo cenário de incertezas.

Mas não se envergonhe! Juntos vamos erguer a cabeça e assumir a responsabilidade de superar este desafio. Virar a página de um momento difícil. Agora, vamos estudar as possíveis estratégias de quitação de dívidas e estruturar o seu planejamento para conquistar este objetivo. Então é hora de botar a mão na massa: eu enumero as atividades a serem executadas e você se compromete em concluir o que precisa ser feito.

- Mapear dívidas: aqui, você precisa listar todas os seus compromissos de acordo com taxa de juros, Custo Efetivo Total (CET), parcelas pagas e parcelas em aberto. Ponha tudo num caderno ou alguma planilha.

- Classificação: comece a atribuir grau de prioridade para cada uma das dívidas e comece pelas mais caras. Por mais que valores financeiros altos chamem atenção, as dívidas mais caras são as que concentram o maior CET. Este, por sua vez, é representado por juros mais taxas e encargos. Portanto, quanto maior o CET mais cara a dívida e, consequentemente, a com maior urgência de quitação. A partir daqui você pode atribuir graus de prioridade a sua estratégia e torna mais palpável um futuro livre destes compromissos.

- Negociação: mostre resiliência, se apresente perante cada um dos seus credores e apresente o planejamento que acabou de construir. Falar que “vai pagar” é insuficiente para qualquer tipo de barganha; agora, com planejamento claro e prático, há espaço para novas negociações e você pode ter a chance de descontos de quitação ou, até mesmo, a possibilidade de renegociação de suas dívidas.

- Proatividade: se você não fizer, ninguém fará por você. Então, meus amigos, é hora de correr atrás do prejuízo. Seja proativo no planejamento e execução da atividade que pode virar o jogo do seu contexto financeiro.

 Assumir dívidas é difícil; assumir a inadimplência, ainda mais. Portanto, é hora de deixar a humildade aflorar. Manter a disposição de planejamentos bem executados e uma vida recheada de qualidade de vida. Em breve – não é promessa para a próxima semana – a gente se reencontra e conversa sobre o próximo (deveria ser o primeiro) passo: dívidas planejadas.

Por ora, fica aqui meu grande abraço!

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Mudança

sexta-feira, 29 de julho de 2022

De repente tudo muda. Às vezes, por nosso querer. Outras, por obra do acaso – se é que ele existe. Só sei que há mudanças planejadas, projetadas na ponta do lápis, perseguidas com empenho e comemoradas. Há outras que nos surpreendem; e nem sempre a surpresa é boa. Só sei que mudar por vezes dói.

De repente tudo muda. Às vezes, por nosso querer. Outras, por obra do acaso – se é que ele existe. Só sei que há mudanças planejadas, projetadas na ponta do lápis, perseguidas com empenho e comemoradas. Há outras que nos surpreendem; e nem sempre a surpresa é boa. Só sei que mudar por vezes dói.

Nós somos seres naturalmente adaptáveis. A maquininha humana é eficaz a ponto de nos preparar para as intercorrências. Até certa medida. Por melhor que seja o funcionamento de nossas engrenagens, é bom ter em mente que a máquina não é infalível, nem dispensa cuidados. Dessa realidade não podemos nos dissociar completamente, pois não somos os super heróis que supomos ser.

Nossas fotos de hoje já não são retratos de quem fomos um dia. Já somos outros. Dia após dia, experiência após experiência, tornamo-nos um tanto diferente do que éramos. Eu não sou hoje a mesma de dez anos atrás. Ninguém pode ser. As coisas mudam, nós mudamos. Mas o grande barato dessa dinâmica me parece ser a conservação da essência. Acho incrível perceber que a forma da caixinha está diferente, mas o conteúdo, aquele mais importante que fica lá no fundinho do recipiente, permanece intacto. Tudo pode mudar.

Pensamentos evoluem (ou involuem), o corpo muda, os valores vão sendo polidos conforme a vivência, dons vão sendo descobertos, ao redor temos novas companhias, um trabalho novo, um lar diferente, perdemos, ganhamos, sofremos, nos alegramos, conhecemos novas culturas, novas dores, novos prazeres. Mas acho lindo quando essência, quem somos de verdade, aquela construção magnífica do nosso ser, apesar de todas as intercorrências, segue intacta. Sinto-me mais à vontade para mudar tudo sabendo que posso conservar quem eu sou de verdade. Quando creio que os afetos, desafios, perdas, ganhos, vivências vão sendo na verdade incrementados, escolho mudar para melhor, apesar das circunstâncias, zelando pela chave de quem sou de verdade.

Mudar dói, crescer dói, o inesperado dói. Nem sempre, é claro. Vivemos mudanças diárias indolores. Mas algumas não têm como passarem despercebidas. Abalam nossas estruturas, nos apresentam um cenário novo, impõem dedos nas feridas, demandam mais esforço pessoal, mais contar com a sorte, mais integração com o indivíduo, mais malabarismo com o inesperado. Quem conhecer a fórmula mágica para viver os processos profundos de transformação de forma milagrosamente indiferente, desperdiçará uma bela chance de ser a borboleta que vem da lagarta. De perceber a metamorfose. Saber lidar com a dor também é uma forma de crescer. Impregnar o processo de amor, é um alicerce nesse caminho. Mudar com dignidade é uma forma elegante de viver.

Tem uma frase escrita por Érico Veríssimo que eu acho simples e fantástica que diz mais ou menos o seguinte: “ Quando os ventos da mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento.” É sobre isso que estou falando. Quero ser ventania, não sopro; quero lidar com moinhos de vento, não com barreiras.

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A importância da exploração espacial

quinta-feira, 28 de julho de 2022

Hoje em dia, a humanidade consegue explorar os céus usando um telescópio potente ou até mesmo por meio do turismo em uma nave espacial pela órbita do planeta Terra. Mas muito antes do avançar da tecnologia, os seres humanos olhavam atentamente para os céus e buscavam compreender a relação entre o homem e o universo.

Hoje em dia, a humanidade consegue explorar os céus usando um telescópio potente ou até mesmo por meio do turismo em uma nave espacial pela órbita do planeta Terra. Mas muito antes do avançar da tecnologia, os seres humanos olhavam atentamente para os céus e buscavam compreender a relação entre o homem e o universo.

Ainda que achemos que a astronomia seja um estudo moderno, desde os primórdios do homem, os céus já eram observados e foram de extrema importância para o desenvolvimento humano. Na antiguidade, a posição dos astros no céu servia não somente para as grandes navegações e expedições, mas também, para a confecção de calendário bem definidos, com todas as estações do ano e dias da semana.

Até que um dia, um homem chamado Galileu Galilei construiu uma luneta e apontou o objeto para o céu. O italiano, mesmo com uma invenção muito primitiva fez observações que mudaram o curso da humanidade para sempre e que inclusive, lhe renderam a perseguição religiosa à época. A mais conhecida foi a ruína da crença católica de que todo universo rodava em torno da Terra.

Pois bem, um mero telescópio atiçou ainda mais a curiosidade do homem em romper as barreiras do céu, sair do planeta Terra e descobrir um pouco mais sobre onde moramos. Mas... como fazer um avião potente e resistente o suficiente para chegar lá? Será que nós humanos iríamos aguentar os limites do inesperado? O que iremos achar por lá?

Em meio a muitas dúvidas, no auge da Guerra Fria e da expansão em massa da tecnologia, a humanidade conseguiu em um voo rápido levar o primeiro ser vivo ao ambiente extraterrestre: a cadelinha Laika. Mas isso não foi suficiente para diminuir a disputa que era acirrada pela corrida espacial, até que um feito incrível ocorreu através de uma solução inesperada.

Os americanos, não sabiam como fazer um foguete potente o suficiente para sair do planeta, então tiveram que recorrer a um velho prisioneiro de guerra: Werner Von Braun, um nazista capturado. O engenheiro alemão, condenado por crimes de guerra, responsável por construir as bombas V-2 – uma espécie de foguete que ceifou muitas vidas na Segunda Guerra Mundial - foi o responsável pela engenharia do primeiro foguete americano que levou o homem à lua e marcou completamente a história da humanidade. Pois bem, a história e suas hipocrisias!

E então, chegamos à Lua, em 1960, e agora? Paramos por aqui? Não! Se você é ligado em ciência, nos noticiários e em tecnologia, certamente nos últimos anos acompanhou muitas missões na história que são realizadas tanto pela Nasa quanto por parte da iniciativa privada e certamente um dia você se perguntou: por que gastamos tanto dinheiro mandando coisas para o espaço e não resolvendo problemas no planeta Terra?

Resposta do especialista

Pedro Mineiro Cordoeira, professor, físico e divulgador científico, formado pela  Universidade Federal Fluminense (UFF), especializado em cosmologia e gravitação, explica que a evolução da humanidade está diretamente ligada à maneira como compreendemos o universo à nossa volta.

“Engana-se quem pensa que as viagens para fora do planeta são meros gastos desnecessários. Hoje, só temos processadores de celulares de última geração porque um dia a mesma tecnologia foi usada pelas empresas na exploração espacial. Não somente isso! Os sistemas de GPS, internet via satélite, previsão do tempo, tênis de corrida, roupas com polímero e novas ligas de metais só existem, hoje, graças às pesquisas realizadas através da exploração espacial.”

As viagens aos astros próximos podem proporcionar descobertas ricas em conhecimento para toda a espécie inteligente e que podem mudar os rumos da humanidade no futuro. Sondas de milhões de dólares não são mandadas à toa aos confins do universo. Estas viajam milhares de quilômetros e são capazes de identificar novos ambiente capazes de comportar vida – em especial nas luas pelo sistema solar - estudos de atmosfera, presença de água e outros elementos para que a humanidade possa definir novos rumos para o futuro.

Recentemente foi lançado o telescópio James Webb, de U$ 824 milhões de dólares, que representa marco na exploração astronômica. Segundo Pedro, o gigante dourado traz a possibilidade de olharmos com mais precisão para outras galáxias distantes, entendendo o seu comportamento e como elas nos ajudam a compreender muitas respostas e perguntas para nosso universo.

“A matéria que nos constitui (carbono, oxigênio, hidrogênio, entre outros) são os mesmos elementos encontrados nas nebulosas resultantes de explosões estelares e nos seus interiores. As estrelas fertilizam o universo com os ingredientes - dos mais simples aos mais pesados - fundamentais para a vida! Então, como lembrou o saudoso Carl Sagan, somos feitos de ‘poeira das estrelas’ e é preciso estudar de onde viemos para entendermos para onde vamos.”

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Um ano nas páginas de A VOZ DA SERRA

Esta coluna completou um ano de publicação no jornal no último dia 21, sempre às quintas-feiras. Seu titular, Lucas Barros, é aspirante à advocacia criminal, chevalier na Ordem DeMolay e um apaixonado por Nova Friburgo. “Além das Montanhas” segue com sua proposta de mostrar que Nova Friburgo não está numa redoma e que todos nós somos afetados por tudo à nossa volta. Para festejar o primeiro ano da coluna que está sempre no Top 10 do site de A VOZ DA SERRA, Lucas esteve nesta semana na sede do jornal, no Espaço Arp, para celebrar a ocasião especial. Ele foi recepcionado pela diretora Adriana Ventura.

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