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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

“Heróis de verdade não vestem capa, eles ensinam”. A frase, estampada no Caderno Z da edição do último fim de semana, marcoua as homenagens ao Dia dos Professores, 15 de outubro. A data foi estabelecida fazendo jus ao dia em que o imperador D. Pedro I instituiu o ensino elementar no Brasil, em 1827. Nesses quase 200 anos, muita coisa mudou. Contudo, por mais que as transformações se acentuem, coisa alguma rouba a cena dos abnegados professores. São eles que se doam muito além do contrato de trabalho, como bem define a profissão, Benigno Nünez: “A missão de um professor é, sem sombra de dúvida, sublime, essencial para a transformação do mundo, mas temos que admitir que os caminhos pelos quais os educadores têm de trilhar são árduos”. Missão sagrada!

Do quadro de giz para as telas, não só o ensino mudou, mas os estudantes deram um salto das bibliotecas para o Google, dos cadernos para os recursos digitais, das pesquisas para a instantaneidade do “copia e cola” e de todos os dispositivos do mundo online. Antigamente, para se conhecer os continentes precisava-se, no mínimo, de um mapa-múndi. Hoje, com um celular conectado, o mundo está nas mãos dos alunos. Em “A evolução da educação no mundo”, muitas curiosidades, como nas sociedades greco-romanas,“os homens livres dispunham de muito tempo ocioso, e com o objetivo de ocupá-lo, criou-se uma instituição  que conhecemos até hoje: a escola”.

A história de vida da professora Antonieta de Barros, nascida em 1901, em Santa Catarina, nos encanta pela sua personalidade marcante para uma época em que as mulheres ficavam à margem dos conhecimentos e lideranças. Sua atuação no magistério abriu espaço para as lutas em prol da educação, dos direitos humanos e muito mais. Com toda a modernidade, os professores, enquanto ensinam, aprendem a lidar com as transformações e tudo se transforma num ir e vir de conhecimentos, porque a vida é um eterno aprender. Minha avó, Mariana, dizia: o saber não ocupa espaço e quanto mais se aprende, mais o espaço aumenta. Essa amplidão do verbo conhecer é o que tem levado muitos idosos aos bancos universitários, em cursos semipresenciais. Que beleza!

Saímos do “Z”, pegando uma carona na polêmica situação entre a Prefeitura de Nova Friburgo e a empresa Friburgo Auto Ônibus, a Faol. Por falta de um acordo viável entre as partes, o assunto está engarrafado no trânsito congestionado dos entendimentos e tudo em razão da divergência no valor da passagem. Até agora uma coisa é certa, pois o sócio-diretor da Faol garantiu que “manterá o serviço de transporte público”.

Enquanto isso, o Programa RJ Digital oferece mais de 1.800 serviços aos fluminenses. O governador Claudio Castro está satisfeito com o programa e o subsecretário estadual de Comunicação, Igor Marques, destaca: “Temos o compromisso de facilitar o máximo que pudermos, a vida do cidadão em qualquer localidade do território fluminense. A ideia é que ele resolva o que precisa ao alcance das mãos, sem sair de casa”. Não foi sem razão que o Estado do Rio de Janeiro ganhou o prêmio de entidade tecnológica da informação e comunicação que mais avançou entre os demais.

Quero deixar um abraço especial para o nosso amigo Luiz Antonio Dias, aniversariante da próxima quinta-feira, 20. Muita saúde, paz e realizações. Parabéns também para os 133 anos de Lumiar. Falando em datas, que emocionante a história de Santa Edwiges, a padroeira dos endividados. E que linda a sua Igreja no Vale dos Pinheiros. Com certeza, Santa Edwiges tem muitos apelos dos endividados do Brasil.

“Sem palco, sem espetáculo, sem cultura” – Estamos impactados! Os artistas friburguenses estão desalojados e, a cultura, ao relento das imprevisões burocráticas humanas. “Centro de Artes: 11 anos com as cortinas fechadas; Teatro Municipal interditado; distrito de Riograndina sem o seu casarão”. E tudo isso sem nós, a plateia. Na charge de Silvério estamos sob o figurino da desolação e a cenografia despida de ação, luz e cores. Que peça é essa que a cidade encena sem ensaios e sem vida? 

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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