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Uma grande revolução, e não nos demos conta

quinta-feira, 07 de julho de 2022

É bem provável que lá no ano de 1976, a maior parte das pessoas não tenha dado importância alguma ao lançamento do primeiro computador pessoal, lançado pela Apple. O aparelho era menor, já que os mais “antigos” pesavam toneladas, mais “tecnológico”, “portátil”, e que foi o primeiro que você poderia comprar e levar para casa. À época, parecia estranho, diferente e, sem dúvida, era... muitas pessoas nem sabiam o que era um computador. 

É bem provável que lá no ano de 1976, a maior parte das pessoas não tenha dado importância alguma ao lançamento do primeiro computador pessoal, lançado pela Apple. O aparelho era menor, já que os mais “antigos” pesavam toneladas, mais “tecnológico”, “portátil”, e que foi o primeiro que você poderia comprar e levar para casa. À época, parecia estranho, diferente e, sem dúvida, era... muitas pessoas nem sabiam o que era um computador. 

Mas você já parou para pensar como isso mudou o curso da humanidade? E com o advento da internet? Do celular, então, nem se fala, em menos de 10 anos olha quanta coisa mudou. Hoje, até mesmo a gestão de uma cidade depende de computadores e internet. Experimente ir à qualquer órgão público com o “sistema fora do ar” e veja se consegue resolver algo. Impossível!

Hoje, temos a facilidade até de tirar documentos, abrir conta em banco sem precisar ir à uma agência, montar negócios, fazer uma faculdade, conversar com um parente distante, ver filmes sem ir à locadora ou ao cinema, tudo de forma online. E tudo isso, porque em 1976, o computador foi comercializado e por mais que parecesse  apenas mais mudança para a humanidade, pontual, revolucionou o nosso modo de viver e nos permitiram evoluir a passos larguíssimos nos últimos anos.

Fato é: “O dia de hoje já é o amanhã!”. Bom, talvez você, leitor, se pergunte aonde eu quero chegar com essa frase. Mesmo que não pareça, estamos presenciando uma grande revolução tecnológica sem nos darmos conta disso.

Um marco para o país

Apesar da demora, a internet 5G finalmente foi lançada no Brasil, na última quarta-feira, 6, um dos momentos mais esperados desse ano. Brasília é a primeira cidade do país com a tecnologia que começou a funcionar em cerca de 80% da capital federal.

Para quem ainda não entendeu o que é o 5G, trata-se de uma nova tecnologia de internet para dispositivos móveis. Ah, uma nova rede de internet para celulares? Não somente. Sucessora do 3G e do 4G, o seu grande diferencial é sua alta velocidade, performance e estabilidade.

O 5G possui maior capacidade para atender mais celulares e muito mais dispositivos, sem perder a qualidade. Isso significa que eu vou conseguir vídeos mais rápidos? Também, mas não somente isso. A velocidade dessa tecnologia vai mudar o nosso modo de enxergar o mundo, assim como o computador pessoal, mudou ao longo dos 46 anos.

Revoluções que já começaram 

Já pensou um médico, no Japão, fazendo uma cirurgia de coração em você, internado num hospital do Brasil? Pois bem, essa é uma possibilidade real num futuro próximo. Com o avanço das cirurgias com nano robôs, uma cirurgia à distância e por meio de dispositivos móveis pode ser uma possibilidade próxima e mais efetiva. 

Nos dias atuais, a Tesla, empresa norte-americana do ramo automobilístico, já possui carros que andam sozinhos, sem precisar necessariamente que um condutor esteja no controle direto do carro. Essa tecnologia já é empregada, contudo ainda apresenta algumas falhas, até porque está em fase inicial do seu desenvolvimento. 

Ocorre que com a evolução da tecnologia do 5G, esses modelos de carro inteligente tendem a acompanhar esse desenvolvimento. Os carros inteligentes da Tesla, atualmente, possuem tecnologias que evitam acidentes, seja na desviada automática de uma fechada ou de uma freada automática por conta de um acidente à frente. Contudo, com o aumento desses tempos de resposta por conta da internet móvel mais rápida, é quase que imprevisível como os carros inteligentes estarão nos próximos 10 ou 20 anos.

    Há o planejamento até de entregas de encomendas por drone. Já imaginou fazer um pedido via app de celular e ele chegar na sua casa sozinho por meio de um drone? Os testes já estão sendo feitos há mais de dois anos, contudo, em curtas distâncias, por conta dos problemas de sinal e conexão. Talvez, no dia de amanhã, venhamos a mudar nossa realidade de entregas.

E engana-se quem pensa que somente nos grandes centros urbanos essas mudanças serão percebidas. Nos ambientes rurais o avanço na tecnologia será muito presente. Por exemplo, ao invés de decolar um avião para o despejo de fertilizantes ou agrotóxicos, tudo isso poderá ser feito por meio de MUITOS drones, controlados ao mesmo tempo por um agrônomo que talvez esteja há muitos quilômetros de distância. Não somente isso, mas toda vigilância contra pragas, controles de temperatura, umidade, tudo feito por computador, em tempo real.

    Na realidade, toda a tecnologia, apesar de trazer muitos benefícios à sociedade, terá como consequência também muito desemprego, o que será inevitável. Como as novas tecnologias surgirão? Só o tempo dirá, assim como o advento do computador, agora, se elas ocorrerão em momento próximo, só o futuro dirá. Fato é que estamos mais “perto” do que “longe” dessa grande revolução acontecer.

 

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terça-feira, 05 de julho de 2022

Começamos o mês de julho e o frio está aí firme e forte. Por mais que os dias estejam de azul intenso e o Sol extremamente adorável, quando a noite vem caindo mais cedo, escurecendo as tardes curtas de inverno, o momento é ideal para uma taça de vinho. Já está comprovado que o Brasil se tornou um dos países das Américas com maior crescimento no consumo de vinho. A quarentena tem parte nesta história, porque, com as pessoas mais em casa, a criatividade para vencer os desafios fez com que o cotidiano fosse também uma boa ocasião para uma taça de vinho.

Começamos o mês de julho e o frio está aí firme e forte. Por mais que os dias estejam de azul intenso e o Sol extremamente adorável, quando a noite vem caindo mais cedo, escurecendo as tardes curtas de inverno, o momento é ideal para uma taça de vinho. Já está comprovado que o Brasil se tornou um dos países das Américas com maior crescimento no consumo de vinho. A quarentena tem parte nesta história, porque, com as pessoas mais em casa, a criatividade para vencer os desafios fez com que o cotidiano fosse também uma boa ocasião para uma taça de vinho.

O Caderno Z abre um leque de ideias com dicas de quem entende do assunto, descontruindo “estereótipos” que roubam o prazer de certas combinações. Quem disse que vinho não vai bem com hambúrguer? Há quem sugira até um lanche da tarde de pão francês com mortadela e vinho para acompanhar a simplicidade. O casal Fátima Erthal e Antonio Faria, que fundou a loja Drink Cia, destaca: “Nova Friburgo é um convite ao romance, o turista adora o nosso friozinho. Nas rodas de conversas, em frente a uma lareira ou em volta de uma fogueira, taças nas mãos, o tema enofilia é inevitável, rende muita troca de informações e opiniões...”. O vinho agrega amizades!

Claudio Pinto, sócio proprietário do Empório di Bacco, orienta: “Quer aprender a tomar vinho? Procure sempre fazê-lo acompanhado de boa mesa e boas companhias. Saúde!”. O conselho é um convite ao iniciando e um estímulo aos apreciadores. O “Z” ainda nos trouxe dicas sobre como escolher o nosso vinho: doce, bordô, tinto, seco, frisante ou do Porto. E seja qual for a escolha, a vida merece uma taça de vinho. Afinal, como diz Wanderson Nogueira: “Viver é mais do que andar com passos firmes. Viver é, às vezes, se ver caminhar vacilante. Se a vida pede coragem, é porque admitimos ter medo. E teríamos medo se tivéssemos consciência do que é romper o ventre...”. Lindo! 

Nogueira, nosso filósofo moderno, nos coloca para pensar, pois, o primeiro ato de coragem humano é “romper o ventre” materno para o nascimento. Se alguém dissesse ao embrião que seria muito arriscado, muitos deles desistiriam no meio da gestação. Mas a coragem nos faz seguir, porque viver é uma grande aventura. Por isso mesmo, tomamos vacinas e são quase 450 mil doses aplicadas em Nova Friburgo.

É a coragem de realizar o belo que mobiliza o Sesc a promover seu Encontro de Dança, festejando 30 anos de existência. A partir desta quarta-feira, 6, até domingo, 21 companhias de várias cidades fluminenses se apresentarão no evento. E ainda teremos no dia 15, a abertura da 20ª edição do Festival de Inverno do Sesc com atrações imperdíveis até o dia 30, com literatura, cinema, música, teatro, dança, circo e artes visuais.

Foi também a coragem, a força propulsora que, em 1972, levou o empresário Dalton Carestiato a alavancar a Tipografia Carestiato com a “revolução gráfica”, a partir da aquisição de um “complexo da arte de impressão dos mais perfeitos e tecnicamente mais avançados”. Era a chegada de uma original Heilderberg Kord, que efetuava seis mil impressões horárias. Isso aconteceu “Há 50 Anos”, que beleza! E falando em Dalton Carestiato, eis que ele está na foto, em Brasília, no Encontro Nacional da Indústria. A bonita comitiva fluminense da Firjan teve o objetivo de levar propostas de desenvolvimento a três pré-candidatos à presidência da República.

Em “Sociais”, dois queridos em destaque. Aniversariando em 2 de julho, a querida Adinéia Carvalho Cordeiro, que festeja seus 70 anos de idade em pleno vigor físico, ao lado de seu esposo Roosevelt Carvalho, dos filhos e netos. Parabéns! Valcir Ferreira também é todo sorriso. Subiu ao palco do Teatro Copacabana, com “A Força da Paixão”. E o Cão Sentado, na charge de Silvério, se vestiu de  amor para marcar, no calendário, o Dia do Bombeiro Brasileiro, 2 de julho. Que data preciosa para reverenciarmos a magnífica corporação que tem coragem, resistência e suplanta qualquer fadiga; não tem medo e a cada urgência nos estende a mão amiga! Gratidão!

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Bodas com um a mais!

terça-feira, 05 de julho de 2022

Nesta época, no ano passado, sem poder comemorar festivamente suas bodas como gostaria, em função da pandemia, o querido casal de Nova Friburgo, Ângela Maria Lage Vieira Oliveira & Edemorino Raimundo Oliveira (foto), recebe convidados nesta sexta seus para celebrar a ocasião em uma casa de eventos da cidade, as suas Bodas de Ouro, no caso agora com a lambuja de um ano a mais, ou seja, 51 ao invés dos 50 anos.

Nesta época, no ano passado, sem poder comemorar festivamente suas bodas como gostaria, em função da pandemia, o querido casal de Nova Friburgo, Ângela Maria Lage Vieira Oliveira & Edemorino Raimundo Oliveira (foto), recebe convidados nesta sexta seus para celebrar a ocasião em uma casa de eventos da cidade, as suas Bodas de Ouro, no caso agora com a lambuja de um ano a mais, ou seja, 51 ao invés dos 50 anos.

Então, além dos agradecimentos ao estimado casal amigo Ed & Ângela pelo convite, antecipamos os cumprimentos pela merecida comemoração que ultrapassa meio de séculos de felicidades conjugais.

Caminho para o Paraíso

O centro de Nova Friburgo poderá ganhar futuramente, uma nova rua ou estrada de ligação ao populoso bairro Paraíso, que até tempos atrás era também chamado de Chácara do Paraíso.

Semana retrasada, o secretário municipal sobrevoou o local e constatou que existem plenas possibilidades, inclusive por conta da extensão pequena, para que o centro de Nova Friburgo, através da localidade de Tingly, em caminho já existente junto ao Seminário Diocesano da Imaculada Conceição, até as proximidades de uma grande fazenda no bairro Paraíso. A conferir!

Casados há 25 anos

Ainda em tempo de satisfação compartilhado por amigos e familiares, entre os quais o querido tio Alaelson Corrêa, nossos parabéns ao simpático casal da foto, Roberto & Dilmara que completou 25 anos de casamento no último dia 26, com sua história de amor que começou com o enlace em Manilha, no município de Itaboraí. Felicidades!

Desculpa, presidenta!

Apresentamos as desculpas desta coluna e jornal à nova presidente do Rotary Clube Nova Friburgo Imperador, Isméri Ouverney, empossada nesta sexta-feira em substituição a Elizabeth Ruiz de Castro, para o biênio 2022/2023.

Isso porque na nova que aqui registramos sobre as posses conjuntas dos cinco clubes Rotarys, que ocorreria, como aconteceu festivamente na noite de sexta-feira, dia 1º, a editoria deste jornal, como revisão final acabou, involuntariamente, alterando o nome dela de ISMÉRI, como é o correto, para Ismério.

Posse no Lions Clube

Na noite da quarta-feira da semana passada e ainda de forma virtual, o Lions Clube Nova Friburgo realizou a posse de mais membro para seu quadro.

Assim e tendo como autoridade investidora o Cl (Companheiro Leão) Edemorino Raimundo de Oliveira, foi empossado Seledon Jaccoud, junto aos companheiros leões e domadoras para fortalecer ainda mais aquele clube de serviços para aplaudidas realizações em nosso município.

Dia da Moda Íntima

Embora não seja do conhecimento de todos, nesta quinta-feira, 7 de julho, o calendário assinala uma comemoração especial e que significativamente tem a ver com nosso município.

Sete de julho é o "Dia Municipal da Moda Íntima de Nova Friburgo", instituído pela Lei Municipal n° 3.771 de setembro de 2009.

Super Festa da Cerejeira

Imperdível no próximo sábado, 9, das 11 às 22h, e domingo, 10, das 11 às 17h, a Festa da Cerejeira de Nova Friburgo Hanami 2022, na Estrada Teresópolis, depois do EBMA e antes do Campo do Coelho.

Além de apresentação de Bom Odori, o evento contará com muitas atrações, como Taiko, gastronomia, arte, cosplay, música e muito mais para todos que comparecerem, com ingressos custando R$ 10.

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As roupas fazem as pessoas

terça-feira, 05 de julho de 2022

Existe um conto antigo que narra a história de um alfaiate desempregado e faminto que vagava sem destino e cuja única posse eram suas roupas, distintas e elegantes, feitas por ele mesmo. Por usar roupas bem-acabadas e por ser um jovem esguio e belo, é confundido com um conde, se hospeda na cidade, onde inadvertidamente caiu nas graças de seus habitantes e acabou se casando com uma bela donzela.

Existe um conto antigo que narra a história de um alfaiate desempregado e faminto que vagava sem destino e cuja única posse eram suas roupas, distintas e elegantes, feitas por ele mesmo. Por usar roupas bem-acabadas e por ser um jovem esguio e belo, é confundido com um conde, se hospeda na cidade, onde inadvertidamente caiu nas graças de seus habitantes e acabou se casando com uma bela donzela.

A história, apesar de se passar na sociedade europeia do século XIX, ainda pode ser encarada como uma crítica direta ao modo que estamos conduzindo nossas relações interpessoais e, assim, construindo uma realidade enganadora.

O filósofo britânico-americano Alan Watts afirma que a humanidade está caminhando em vias de uma sociedade de aparências:

Compramos produtos projetados para apresentar uma fachada em detrimento de seu conteúdo: frutas enormes e sem gosto, pão que é pouco mais que uma espuma leve, vinho adulterado com produtos químicos e vegetais cujo sabor é devido às misturas secas dos tubos de ensaio que eles os dotam de uma celulose muito mais impressionante”.

Infelizmente, esta estrutura de pensamento pode ser identificada há muito tempo. Desde a época de Jesus percebe-se que a aparência usurpa o lugar da essência. Ao confrontar a sociedade de seu tempo, Cristo denuncia:

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também o que está fora fique limpo. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos olhos dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt 23, 25-28).

Estes esquemas mundanos que fazem apodrecer o coração da humanidade tornam-se como pequenos ídolos. Prestamos culto e idolatramos o poder, a aparência e a superioridade, escravizando e nos deixando escravizar por eles. O Papa Francisco em sua conta do Twitter adverte:

A cultura da aparência, que nos leva a viver para as coisas que passam, é um grande engano. Porque é como uma chama: uma vez terminada, restam apenas as cinzas” (26 mar. 2019).

É preciso romper com este modo doentio de encarar a vida. Muitas pessoas estão adoecidas na busca desenfreada pela aparência. Algumas são capazes de mutilar seu próprio corpo, outras criam um mundo paralelo virtual minando sua própria essência e felicidade.

Assim, cultivemos a sinceridade em nossas relações, em nossos projetos de futuro. No exercício de nos colocar diariamente sob o olhar de Deus vamos enxergar quem somos, sem adereços, sem predicados. A felicidade está no encontro real com nós mesmos, sem maquiagem, sem disfarce. Aceitando nossas limitações e defeitos, buscando a superação não para agradar, mas para ser para si, diante de Deus, uma pessoa melhor.

Padre Aurecir Martins de Melo Junior
Assessor Diocesano da Pastoral da Comunicação

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A literatura e seus elos de afeto

segunda-feira, 04 de julho de 2022

Sim, a literatura une as pessoas.
Hoje vou relembrar as experiências afetivas que a literatura me
proporcionou. Quando resolvi me tornar escritora, conclui que precisava de um
aprendizado sistemático e procurei oficinas de literatura.
A primeira foi numa padaria, da qual esqueci o nome, um lugar de dois
andares, que tinha um salão para eventos. Soube que havia ali um encontro
semanal de pessoas que queriam escrever, organizado pela escritora Virgínia
Cavalcanti. Ali me encantei com a proposta e com as pessoas. Logo depois, a

Sim, a literatura une as pessoas.
Hoje vou relembrar as experiências afetivas que a literatura me
proporcionou. Quando resolvi me tornar escritora, conclui que precisava de um
aprendizado sistemático e procurei oficinas de literatura.
A primeira foi numa padaria, da qual esqueci o nome, um lugar de dois
andares, que tinha um salão para eventos. Soube que havia ali um encontro
semanal de pessoas que queriam escrever, organizado pela escritora Virgínia
Cavalcanti. Ali me encantei com a proposta e com as pessoas. Logo depois, a
maioria delas foi abandonando os encontros, e, os poucos que permaneceram,
eu inclusive, fizeram um grupo de escrita, que foi produtivo por muitos anos. De
encontro a encontro, o amor que sentimos pela literatura foi sendo transmitido
para nós e construímos afinidades especiais.
Naquele grupo concluí que gostava de escrever para crianças, que tinha
criatividade para inventar histórias infantis e personagens. E não é que lá
surgiu o Labareda? Ele, meu primeiro personagem, um cachorro que pensa, foi
adotado pelas minhas companheiras de oficina. O Laba, para os íntimos, teve o
privilégio de chegar ao mundo da ficção cercado dos cuidados de pessoas
reais. E, assim, de conquista em conquista, foi intitulado “Um Cão Cheio de
Ideias”, lançado pela Paulinas editora.
Por causa do Labareda fui em busca de uma oficina para crianças e
jovens. Na Estação das Letras fiz outro grupo de amigas, do qual fiz parte por
mais de dez anos. A nossa professora, Anna Cláudia Ramos, escritora de livros
infantojuvenis, além de nos apresentar a literatura infantojuvenil e ensinar a
escrever, corroborou para que fizéssemos bonitos elos de amizade. Inclusive
lá, além do meu Labareda ter ganho uma madrinha, a Dani, nasceu com força
e personalidade.
Mesmo depois da oficina ter finalizado, demos continuidade ao trabalho
da Anna e continuamos a nos encontrar até hoje. Inclusive, estamos para
marcar um encontro no mês que vem.

Como escrevia para crianças e jovens, considerei que deveria escrever
com humor, apesar de não conseguir fazer ninguém rir. O humor tem leveza, é
uma escrita sutil e explora pormenores. Fizemos um grupo na casa da Tetê por
quase vinte anos. Tornamo-nos uma família. Tínhamos um pai, o “Professor
Pardal”, o escritor Márcio Paschoal, que cuidava da nossa escrita e de nós sem
parcimônias. E a gente escrevia, escrevia sem parar. E a gente se divertia. E a
gente se gostava como irmãos. Eu não faltava aos encontros semanais,
sempre às quartas-feiras. Até hoje nosso “Professor Pardal” continua a nos
abrigar, a nos corrigir no processo criativo de escrita e a nos unir. Nossa oficina
está viva, ainda às quartas-feiras, faça chuva, faça sol, porém de modo virtual.
Confesso que é um grupo que marca a minha vida de modo profundo, apesar
de hoje a maioria ter seguido caminhos diferentes. Nosso gosto pela literatura e
por nós foi tanto que fizemos um jornal, “A Marmota”, e escrevemos três
coletâneas. Até com o professor escrevi o “O Livro Maluco e a Caneta sem
Tinta”, um livro passeador e que está a caminho da segunda edição.
Em Nova Friburgo, a cidade literária em plena mata Atlântica, como fiz
amizades! Amizades eternas que nasceram na Academia Friburguense de
Letras, da qual sou acadêmica com grande orgulho, nos Clubes de Leituras e
no grupo de escritoras Juntas @ Diversas. Na semana passada lançamos o
quinto livro da coletânea. Pelo livro, por nós, e pela amizade que nos une,
tivemos um momento cheio de simplicidade e calor humano.
Como foi importante receber o respaldo de amigos com os quais tenho
interagido continuamente. Nós nos ajudamos a crescer como escritores e a
amadurecer como pessoas. O mais importante é a admiração mútua e o
respeito pelas diferenças individuais que nos une e alimenta. São amizades
que velam a palavra, enquanto expressão do viver, e que tendem a se manter
pelo simples gostar.
Eu me tornei outra pessoa depois que comecei a escrever, não somente
pela literatura, mas pelos amigos que iluminaram os bosques que adentrei.

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Revolução gráfica: chega a Friburgo a Offset Heilderberg Kord

sábado, 02 de julho de 2022

Edição de 01 e 02 de julho de 1972

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes

Edição de 01 e 02 de julho de 1972

Pesquisado por Thiago Lima

Manchetes

  • Uma verdadeira revolução em matéria de gráfica: Offset Heilderberg Kord - Friburgo pode-se orgulhar de possuir um dos melhores parques gráficos do Estado, principalmente agora que a Tipografia Carestiato acaba de importar um complexo da arte de impressão dos mais perfeitos e tecnicamente mais avançados. Além de quatro implementos complementares - célula - foto - eletrônica, estufa automática - foto - reprodutora, prensa - cortadeira - dimensional, a impressora original Heiderberg Offset Oder Letterset, constitui uma verdadeira revolução nas artes gráficas, possibilitando a impressão de cartazes e outros trabalhos de múltiplas cores, em serviços da maior perfeição, inclusive soberba apresentação. Em companhia do proprietário da mencionada gráfica, o conhecido Dalton Carestiato, vimos funcionar todo equipamento importado que somado a quatro outras Heilderberg e 11 outras maquinárias formam um conjunto realmente importante, imponente e sobretudo atestador do arejamento comercial - industrial do jovem empresário. A máquina efetua seis mil impressões horárias. Examinamos uma infinidade de impressos saídos da Heilderberg Offset, modelo Kord e podemos garantir: nada em tipografia, litografia ou outro qualquer sistema até então adotado, supera, ou se compara com o que a Tipografia Carestiato está apresentando. Parabéns Dalton Carestiato e votos de sucesso para a sua importantíssima indústria gráfica.
  • Médici diz que conta com o Exército, povo e Arena - O presidente da República Emílio Garrastazu Médici manifestou perante os dirigentes da Arena de todo o país que considera indispensável três fatores à manutenção de um governo: o apoio das Forças Armadas, sustentáculo imprescindível à segurança do país, o apoio popular e um partido coeso…. 
  • A “VIII Festa do Colonizador” - Terá lugar neste 15 de julho de 1972, com a participação especial de dois excelentes conjuntos musicais: “Big Sound 70” (Salão Amarelo) e “The Simples” (Parque Aquático), a já tradicional iniciativa do Nova Friburgo Country Clube: a Festa do Colonizador. Em sua oitava edição, o tradicional evento apresentará um sem número de atrações, esperando-se êxito jamais alcançado em promoções do fidalgo clube do Parque São Clemente. 
  • Associação do Ministério Público Fluminense - Dos dias 4 a 7 deste mês será realizado em nossa cidade, o IV Congresso Fluminense do Ministério Público, em o qual importantíssimas teses serão discutidas e levadas ao votos dos convencionais. Na sessão de encerramento com palestras do professor Hely Lopes Meirelles, sob o tema “Correição Judicial dos Atos Administrativos”, é esperada a presença do governador do Estado do Rio de Janeiro, Raymundo Padilha, que deu todo apoio à iniciativa. 

Pílulas

  • Vamos prognosticar: formará a dobradinha com Ariosto Bento de Mello, o conhecido e querido mestre da medicina, dr. Chamberlain Noé. Realmente uma dupla que infunde o máximo de respeitabilidade e segurança de uma administração eficiente, honesta e que muito engrandecerá Nova Friburgo. 
  • Os votos contra a medida salvadora proposta pelo Executivo Municipal servirão para definição de atitudes, apenas para isso e consequentemente registro da história, já que constituem eles uma tradição, uma constante, uma regra, uma qualquer coisa que não vale a pena definir…  
  • Como decidido pelo Tribunal Eleitoral, ninguém devidamente inscrito por um partido, poderá concorrer em eleições por outro partido, sem a decorrência do prazo de dois anos. Assim, as anunciadas candidaturas de elementos que têm suas assinaturas no livro do MDB pela legenda da Arena, ou vice-versa caíram por terra, tendo ficado apenas o simples consta, a mera conjetura. 

E mais…

  • Absurdo qualquer aumento nos ônibus da cidade…
  • Carlos Geraldo Langoni: Novos sucessos… 
  • Dr. José Helayel Barucke assumiu o cargo de juiz de Direito de Bom Jardim… 
  • Nelson Augusto Spinelli: Novo Presidente do Rotary Clube… 
  • A água é nossa… 

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Iêda Kin (1º); Antonio Folly (2); Heleno Nunes (3); Justino Flávio Folly e Francisco Nunes Pinto (4); Aluisio de Moura, José Vieira e Rubem Máximo (6); Néa Schuabb, Danilo José Bizzoto e Noberto Rocha (7); Elizabeth Veronezze (8).
Foto da galeria
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Viciado em viver

sábado, 02 de julho de 2022
Foto de capa
(Foto: Freepik)

Eu sou vulnerabilidade e a admissibilidade de ser vulnerável. Sou a esquina, a paixão intrometida, o beijo de carnaval na dança da festa junina. Eu sou o vinho que não vinagra. Sou os verões que passam e as primaveras que fincam, raízes no varal dos dias de chuva, raízes no quintal das noites de sol. 

Eu sou vulnerabilidade e a admissibilidade de ser vulnerável. Sou a esquina, a paixão intrometida, o beijo de carnaval na dança da festa junina. Eu sou o vinho que não vinagra. Sou os verões que passam e as primaveras que fincam, raízes no varal dos dias de chuva, raízes no quintal das noites de sol. 

Eu sou tudo que quero ser e também tudo que não posso. Pois ao não ser, também sou. Eu sou essa ânsia em viver querendo adiar ao máximo a morte. Não que eu seja inimigo do fim. Mas não gosto de ir embora, pelo menos enquanto admiro ficar. Sem ser avesso às mudanças, gosto de fazer morada na felicidade. 

Foi em uma roda de samba de segunda-feira que me disseram: “você é viciado em viver”. Nada talvez me defina melhor. Que meu vício não me abandone. Que eu siga a determinar a forma que meu vício me define. 

Viciado em viver, à minha maneira, e, totalmente aberto a descobrir novas formas de chorar e sorrir. A vida é meu ópio, é o que me mantém sóbrio sem ter pés no chão. 

Viver é mais do que respirar ou contar tempo a partir da certidão de nascimento. Viver é mais do que andar com passos firmes. Viver é, às vezes, se ver caminhar vacilante. Se a vida pede coragem, é porque admitimos ter medo. E teríamos medo se tivéssemos consciência do que é romper o ventre. Temos medo pela consciência do quanto é irrefreável a loucura que é se entregar as paixões que nos mobilizam. Se os afetos nos guiam, a arte dos nossos encontros — percebidos e não percebidos — afeta o mundo. 

Viver pede propósito, mas é muito mais achar o que não se procura. Enxergar o imprevisível, o invisível, o difícil de se notar. As surpresas que nos visitam — agradáveis e desagradáveis — é que causam os tais impactos que não permitem que sejamos roteiro pronto. 

Eu sou filme inacabado. Talvez eu, como você e todos, possamos ser medidos pela régua da vaidade. E o tamanho da vaidade é determinante para o nosso lugar na ínfima linha entre a arrogância e a submissão. Ambas são perigosas e é danoso não estar atento. 

Eu sou a vigilância desapegada de julgamento. Eu sou a fibra que vibra ondas entre as cordas do violão. Eu sou a voz que tenta aprender a também falar os dialetos do silêncio. Eu sou a vida que escapole, porque não me economizo. Viciado em viver — vivo — em exagero, em emoções que me movem. Se me acusam de não levantar bandeiras, respondo: eu sou a bandeira. 

Eu sou vendaval em tempos nublados. Eu sou tempestade nas fortalezas dos corações vazios pesados. Eu sou múltiplas extensões que iluminam o horizonte e sou também a utopia em alcançá-lo. No infinito de mim mesmo, eu sou quase imperecível, mas não invencível. E contemplo esse sentimento de não ser imbatível. Por proteção, talvez, eu sou mortal mesmo nas promessas de eternidade. Ainda que exagerado, a imortalidade seria uma maldade dos deuses com a humanidade.

Eu sou humano, mesmo quando acredito ser astral. Eu sou diverso querendo ser diversão. Eu vivo mais do que escrevo, eu vivo mais do que canto, ao ponto que ao ler e ouvir também vivo. Eu coleciono olhares para o álbum da vida, eu admiro rostos que não conheço, ainda que adoraria me aprofundar em suas histórias. 

Eu me entrego, sem me render. Eu vivo para não morrer. E não admito morrer em vida. Viciado em viver, eu sou a minha própria aventura e fiel à natureza considero ser parte de algo que não compreendo, mas que deposito fé. Estou em transformação constante. 

Viciado em viver, assino meu testamento com assinatura legível: eu sou quem eu sou e tudo além.

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O pior da região e um dos piores do Estado

sexta-feira, 01 de julho de 2022

O alerta está ligado. Nova Friburgo tem a pior variação percentual na geração de empregos com carteira assinada da Região Centro-Norte dos últimos 12 meses. É também um dos piores índices do Estado do Rio de Janeiro, ocupando no mesmo período (junho de 2021 a maio de 2022), a 73ª posição entre os 92 municípios fluminenses.

Abaixo da média

O alerta está ligado. Nova Friburgo tem a pior variação percentual na geração de empregos com carteira assinada da Região Centro-Norte dos últimos 12 meses. É também um dos piores índices do Estado do Rio de Janeiro, ocupando no mesmo período (junho de 2021 a maio de 2022), a 73ª posição entre os 92 municípios fluminenses.

Abaixo da média

A variação de Nova Friburgo foi de apenas 3,5%. Araruama teve a melhor variação percentual (37,7%), seguida de Arraial do Cabo (34,8%). A média estadual está em 6,8%, quase o dobro do número obtido por Nova Friburgo. A situação municipal se agrava quando se compara ao Brasil e à Região Sudeste. O Brasil está com variação de empregos em 6,8%, enquanto o Sudeste em 6,5%, ou seja, tanto as médias estadual, nacional e do Sudeste estão bem acima da local.

Puxando a região para baixo

A capital fluminense acompanha a tendência geral e está em 6,4%. Já contando apenas os municípios da Região Serrana, Nova Friburgo também está abaixo da média (4,7%). Explica-se que por sua importância para a região, Nova Friburgo acaba sendo o vilão por puxar a média para baixo. A melhor variação de empregos nos últimos 12 meses é de Santa Maria Madalena (20,9%), seguida de Bom Jardim (13%). Os piores índices do Estado estão em São Francisco de Itabapoana, Rio das Flores e São José do Vale do Rio Preto.

17º em números gerais

Quanto ao saldo de emprego, ou seja, o número de empregos gerados subtraindo os de desligamentos, Nova Friburgo ocupa a 17ª colocação estadual, com 1.762 empregos, nos últimos 12 meses. O Rio de Janeiro é quem tem o melhor saldo, seguido de Macaé e Niterói. O estudo é do professor Mauro Osório, com base nos dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Previdência. O professor, um dos maiores estudiosos do Estado do Rio de Janeiro, alerta para o baixo dinamismo friburguense na geração de empregos. Os números são claros de que o momento é dos piores.      

Logística reversa

O Rio de Janeiro passou a ter um Programa Estadual de Logística Reversa. Trata-se do Retorna RJ. Fundamentado na Política Nacional de Resíduos Sólidos, o programa tem como objetivo fomentar políticas públicas sobre o conceito de logística reversa no Rio de Janeiro a partir de três eixos principais: implementação, legislação e fiscalização dessa atividade no Estado.

O que é?

O conceito de logística reversa diz respeito a um conjunto de ações que visam o descarte correto dos resíduos sólidos ou o reaproveitamento desses materiais por parte das empresas, fazendo com que estes retornem à cadeia produtiva.

Início

O primeiro passo do Retorna RJ será capacitar os municípios fluminenses para a plena implementação da logística reversa, emitir certificados e selos para empresas que cumprirem com as normas, desenvolver um decreto regulamentador com diretrizes gerais sobre o tema e fiscalizar, por meio do Inea, o Instituto Estadual do Ambiente, a aplicação do conceito em todo o Estado.

Integração

Já a partir do próximo ano, o Retorna RJ contará com um sistema integrado, no qual irá reunir todos os dados relativos à comprovação da logística reversa no Rio de Janeiro. A ideia é facilitar a comunicação com os órgãos estaduais interessados, bem como promover o acesso à informação pela população.

Friburguense

O Friburguense precisa vencer o Macaé pela 3ª rodada do Estadual da Segundona. O confronto acontece neste domingo, 3, às 14h45, em Cardoso Moreira. Com desempenho melhor fora de casa do que como mandante, a esperança de vitória é maior. O Tricolor da Serra é atual o antepenúltimo colocado na classificação geral, a apenas um ponto da zona de rebaixamento.

Voltar a vencer

A vitória é importante para afastar o time da zona de degola. Já na briga do 2º turno, igualmente a vitória é essencial para manter vivas as chances de classificação para as semifinais. O jovem time tem mostrado evolução. Faltando somente quatro rodadas para o fim da competição, no entanto, os erros não podem seguir acontecendo.

Dificuldades

Aspecto fundamental a se observar é o peso que tem a questão financeira. Contando com raros apoios, destaque para o patrocínio master da Unimed Serrana, a diretoria de futebol do Friburguense tem sido criativa e vem contando com sua credibilidade no mercado para ter um time. Com a concorrência cada vez mais difícil, os salários pagos pelo clube estão se afastando da realidade, o que dificulta montar plantéis equilibrados. Ainda sim, o Friburguense tem time para estar em situação melhor do que a que se encontra na competição. 

Palavreando

“Eu sou vendaval em tempos nublados. Eu sou tempestade nas fortalezas dos corações vazios pesados. Eu sou múltiplas extensões que iluminam o horizonte e sou também a utopia em alcançá-lo. No infinito de mim mesmo, eu sou quase imperecível, mas não invencível. E contemplo esse sentimento de não ser imbatível”. Trecho da crônica que será publicada na íntegra na edição deste fim de semana do Caderno Z, o suplemento semanal de A VOZ DA SERRA.

Legenda foto

Pouca gente sabe, mas o famoso Palácio do Catete, local onde Getúlio Vargas cometeu suicídio e deixou sua icônica carta-testamento, também é chamado Palácio Nova Friburgo. Mas afinal, qual é o nome? Pode-se dizer que ambos, e, ainda Palácio das Águias. O nome Palácio do Catete se instituiu a partir da aquisição do Governo Federal para ser sua sede, em 1896. Construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Levou o nome da família que adotou Nova Friburgo como sobrenome para as gerações sucessoras. Na exposição permanente do museu, inclusive, há várias referências ao nome Palácio Nova Friburgo. Indo à capital, vale uma visita pela proximidade com a história local   

Até já!

Por conta da legislação eleitoral, a coluna terá uma pausa de aproximadamente três meses, retornando logo após as eleições gerais de outubro. O calendário eleitoral determina que pré-candidatos não podem comentar ou apresentar programas de rádio e televisão. Ainda que a medida não se aplique a jornais impressos, este colunista e a direção de A VOZ DA SERRA têm por praxe optar pelo afastamento, por uma questão de isonomia e ética. Como sou cotado para ser candidato a deputado estadual ou deputado federal, o que se estabelecerá até a convenção partidária, dou um até breve, tanto da coluna Observatório, como da coluna Palavreando, do Caderno Z, publicada nos fins de semana. Também estou me licenciando dos demais programas de rádio e TV que participo. Agradeço a compreensão de todos e expresso meu agradecimento ao grande carinho que os leitores têm comigo ao longo dessa trajetória iniciada em 2006.

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    Pouca gente sabe, mas o famoso Palácio do Catete, local onde Getúlio Vargas cometeu suicídio e deixou sua icônica carta-testamento, também é chamado Palácio Nova Friburgo. Mas afinal, qual é o nome? Pode-se dizer que ambos, e, ainda Palácio das Águias. O nome Palácio do Catete se instituiu a partir da aquisição do Governo Federal para ser sua sede, em 1896. Construído entre 1858 e 1867 pelo comerciante e fazendeiro de café Antônio Clemente Pinto, o Barão de Nova Friburgo, consagrou-se como um monumento de grande importância histórica, arquitetônica e artística. Levou o nome da família que adotou Nova Friburgo como sobrenome para as gerações sucessoras. Na exposição permanente do museu, inclusive, há várias referências ao nome Palácio Nova Friburgo. Indo à capital, vale uma visita pela proximidade com a história local

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ETFs: simplificando o que parece complexo

sexta-feira, 01 de julho de 2022

Dia desses, conversando com um grande amigo, perguntei sobre qual poderia ser o tema desta semana. Sobre o que escrever e qual assunto poderia ser trazido aqui hoje. Sua resposta? “Fale sobre inflação!”, respondeu. O problema é que já ninguém mais aqui aguenta falar mais sobre o assunto. Passamos algumas semanas seguidas falando sobre escassez de produção, oferta monetária e como isso impacta o bolso do consumidor. Hoje vou falar sobre um assunto diferente.

Dia desses, conversando com um grande amigo, perguntei sobre qual poderia ser o tema desta semana. Sobre o que escrever e qual assunto poderia ser trazido aqui hoje. Sua resposta? “Fale sobre inflação!”, respondeu. O problema é que já ninguém mais aqui aguenta falar mais sobre o assunto. Passamos algumas semanas seguidas falando sobre escassez de produção, oferta monetária e como isso impacta o bolso do consumidor. Hoje vou falar sobre um assunto diferente. Ironicamente, mais uma semana sem falar de inflação enquanto este é o grande problema econômico global, mas na próxima semana eu garanto: vem texto bom sobre algumas atualizações necessárias sobre os choques de oferta monetária, produtos e como isso reflete em aumento de preços. Por ora, vamos falar sobre algo bastante diferente (mas, é claro, como tudo no mundo das finanças, está correlacionado), o texto desta semana é sobre fundos de investimentos negociados em bolsa de valores, os ETFs.

Basicamente, esses ativos englobam determinadas empresas que se enquadram em características predefinidas e, assim, está pronta uma carteira de investimentos: diversificada entre si e com empresas enquadradas no que você acredita. Para exemplificar ainda mais, essas características podem ter a ver com governança, sustentabilidade, tamanho do patrimônio das empresas, distribuição de dividendos ou, até mesmo, empresas estrangeiras.

Abaixo, vou listar alguns ETFs (Exchange Traded Fund) e caracterizá-los para você entender ainda mais sobre o assunto e ganhar autonomia para seus novos estudos a partir daqui. Lembrando, é claro, que nenhum destes se enquadra como recomendação; aqui, meu único objetivo é mostrá-los para você, leitor, sem me preocupar em passá-los por um crivo de análise aprofundada e qualidade dos ativos.

  • BOVA11 - Busca refletir a performance, do Índice Bovespa (composto por cerca de 70 das maiores empresas do Brasil);
  • ECOO11 - Busca refletir a performance do Índice Carbono Eficiente (composto por empresas com maior responsabilidade ambiental);
  • GOVE11 - Busca refletir a performance do Índice Governança Corporativa Trade (composto por empresas com padrões de governança corporativa diferenciados);
  • SMAL11 - Busca refletir a performance do Índice Small Cap (composto por empresas com menor capitalização na B3);
  • IVVB11 - Busca refletir a performance do Índice S&P500 (composto pelas 500 maiores companhias de capital aberto dos EUA).
  • HASH11 - Busca refletir a performance do índice Nasdaq Crypto (reflete, globalmente, o movimento do mercado de criptoativos).

Investimentos em ETFs costumam ser mais simples e, apesar da volatilidade, tem liquidação em dois dias úteis e podem ser uma porta de entrada para novos investidores na Bolsa de Valores. Por se tratar de uma administração terceirizada, estes ativos também podem sofrer incidência de taxas, como administração e performance, por exemplo. Portanto, cabe ao investidor analisar seus objetivos e necessidades pessoais para contratar este investimento.

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Pirâmide de valores

sexta-feira, 01 de julho de 2022

A resposta ao título já antecipo: não tem preço. Pelo menos, não para mim (e para muitos). Pela definição do dicionário, confiança significa crédito, fé, boa fama, segurança e bom conceito que inspiram as pessoas de probidade, talento, discrição. Depositar confiança em alguém é crer na honradez, ter em bom conceito, em alta estima. A credibilidade é definida por atributo, qualidade, característica de quem ou do que é crível e confiável.

A resposta ao título já antecipo: não tem preço. Pelo menos, não para mim (e para muitos). Pela definição do dicionário, confiança significa crédito, fé, boa fama, segurança e bom conceito que inspiram as pessoas de probidade, talento, discrição. Depositar confiança em alguém é crer na honradez, ter em bom conceito, em alta estima. A credibilidade é definida por atributo, qualidade, característica de quem ou do que é crível e confiável.

A credibilidade pessoal não é criada do nada. Ela é fruto do acúmulo de  esforço e mérito protraídos no tempo. Tem a ver com moral, ética, honra, com valores tão abstratos quanto importantes, valores esses que tantas vezes vemos ao relento das relações sociais.

A confiança é um tesouro e ser confiável é realmente uma verdadeira e rara virtude. Não se pode brincar com isso. É coisa séria. Credibilidade não se compra, não se vende, não é transferível. Confiança é patrimônio personalíssimo, é crédito pessoal, sem valor material estimável. Por isso, um dos grandes trunfos que alguém pode ter é a construção de uma vida pautada na credibilidade, seja na esfera pessoal, seja no âmbito profissional.

Hoje em dia, com a informatização da vida e as redes sociais fazendo parte de nosso cotidiano em grandes proporções, nos deparamos todo o tempo com uma falta de coerência absurda, com pessoas que se esforçam para parecer ser o que não são, que dizem coisas que não praticam, que levantam bandeiras em que não acreditam, que são matéria e muitas vezes esquecem que têm alma.

Ultimamente, com as máscaras tecnológicas que nos escondem por trás dos computadores, tablets e celulares, as impressões que temos sobre os outros (e por vezes sobre nós) não necessariamente condizem com a realidade. Não que haja problema nisso. Contudo, naturalmente vamos aguçando nosso senso crítico sobre o que é real e o que é propaganda enganosa.

Como construir sinceros sentimentos de confiança com seres que são a personificação do marketing de suas vidas? Como aferir a credibilidade de alguém por meio tão-somente de uma bela apresentação pessoal? Tudo isso regado pela falta de tempo de conhecermos direito quem é quem, a coerência da vida e da postura das pessoas. Isso tem acontecido e é perigoso sob algum aspecto. Estranha essa realidade moderna.... mas precisamos saber lidar com os novos paradigmas, sem deixar que valores elementares sejam rebaixados nas novas escalas. Aprender com os mais antigos pode ser uma boa escola sobre construção da credibilidade: o bom nome, a palavra, as dívidas morais quitadas, o “olho no olho”, o comprometimento, a sinceridade, a coerência, a assiduidade, o altruísmo, a cortesia e o trabalho honesto são valiosas pistas que não caem em desuso.

Ainda tem valor ser o que parece ser, agir conforme o que pensa e fala. Acho que esse é um valor eterno e intransponível aos olhos daqueles que conseguem ver por trás dos muros da matéria, da estética, da forma, que tantas pessoas insistem em erguer sobre si mesmas.

Estamos diante da edificação de algumas pontes de isopor, sem base alguma que sustente uma sólida construção. Mais do que nunca é preciso valorizarmos a confiabilidade inspirada por alguém como um dos critérios que coloque essa pessoa no topo da pirâmide de valores.

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