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AVS é a chama acesa da credibilidade!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Com a chama do conhecimento acesa, o Caderno Z do último fim de semana nos chamou ao maravilhoso mundo do aparecimento das velas. Alguém já teria pensado em como as velas surgiram? Alguém, enquanto acendia uma vela, rendeu louvores às civilizações que deram luz para seus ambientes e ritualísticas? Pois vamos fazer isso? – Uma vela para os povos do Egito e da Grécia Antiga, em 3.000 a.C., que deram para as velas o seu primeiro formato, em bastões. O material usado era o sebo, uma gordura animal que cheirava mal nos ambientes.

Com a chama do conhecimento acesa, o Caderno Z do último fim de semana nos chamou ao maravilhoso mundo do aparecimento das velas. Alguém já teria pensado em como as velas surgiram? Alguém, enquanto acendia uma vela, rendeu louvores às civilizações que deram luz para seus ambientes e ritualísticas? Pois vamos fazer isso? – Uma vela para os povos do Egito e da Grécia Antiga, em 3.000 a.C., que deram para as velas o seu primeiro formato, em bastões. O material usado era o sebo, uma gordura animal que cheirava mal nos ambientes. Depois, vieram a cera de abelha, a estearina até chegar-se ao uso definitivo da parafina sintética. Usadas em ritos sagrados, costumes pessoais ou para efeitos decorativos, dá gosto apreciar seus formatos em lojas especializadas.

Vale registrar que na tragédia climática de janeiro de 2011, em Nova Friburgo, da noite para o dia, uma caixa de velas custou o preço de uma joia, esgotando até os estoques. Além de informativo, o “Z” ficou lindo com as dicas de decoração para o Natal. As velas estão em todas, em todos os momentos. Aprender sobre o simbolismo da “Coroa e as quatro velas do Advento” fortalece ainda mais o nosso espírito fraternal. Eu já vou montar a minha, na mesa e no coração. Adoro! Nesta terça, 13, é o Dia de Santa Luzia, “portadora da luz ou aquela que leva a luz”. Sua fé religiosa e fidelidade aos seus preceitos levaram-na ao triste fim de sua existência terrena.

Em ‘Sou como a vela”, Wanderson Nogueira, o nosso filósofo contemporâneo, se define abertamente: “Acendo vela para meu anjo da guarda. Peço que me proteja, inclusive de mim mesmo. Que a luz, mais do que ilumine meu caminho, seja guia para esse encontro não só quando preciso...”.  (Que lindo!) “Acendo vela para relembrar os que amei e sigo a amar, mesmo não estando eles mais aqui nesse espaço-tempo...”.

Deixamos o Caderno Z na certeza de que a união de nossas luzes pode prover boas energias para semear esperanças viçosas em nossos caminhos. Na busca por um mundo melhor, mais esclarecido, as secretarias estaduais de Educação e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos lançaram a cartilha contra a intolerância religiosa. A iniciativa faz parte do projeto de levar o tema para o currículo escolar em 2023. Em destaque, “o respeito à religião do outro, ampliar a consciência do Estado laico e a liberdade de crença e de culto previstos na Constituição”. 

A civilização, como eu costumo dizer, requer a criação de meios para que se faça cumprir comportamentos que deveriam ser normais entre os humanos. A prova disso é a necessidade de se editar uma cartilha conforme citado acima. É louvável que se tenha pensado no assunto, mas, é um sinal de que há comportamentos regredindo e agredindo a própria Constituição. Outra prova de agressão é estarmos expostos aos perigos de golpes por grupos de fraudadores. A exemplo, o INSS “alerta para golpes relativos à revisão da vida toda”. O órgão destaca que não entra em contato por telefone, e-mail, redes sociais ou outros canais e ainda ressalta que os segurados não passem seus dados como endereço, CPF, número do benefício e jamais compartilhem a senha de acesso ao portal www.gov.br, do Governo Federal. Ninguém se deixe enganar!

A charge de Silvério festejou o Dia do Palhaço, 10 de dezembro. Como descreveu Ana Borges, “os especialistas em arrancar risos de todos nós”, pois, “em tempos de grandes tensões como os atuais, nada melhor do que dar uma boa gargalhada”. O palhaço, como conhecemos hoje, surgiu no século 18. Contudo, “fazer palhaçada exige técnica” e tem lá os seus segredos para se fazer engraçado o tempo inteiro, mesmo que por dentro ele esteja triste. Geralmente, a graça já começa pelo nome como Arrelia, Piolin, Abelhito, Carequinha, Pipoca, Picolé e Paçoca. Parabéns a esses donos do riso! Se rir é o melhor remédio, tem gente que ficou doente com a derrota do Brasil perante a seleção da Croácia. Quem poderia supor tamanho “xeque-mate” na seleção canarinho?  “São 20 anos sem ganhar a Copa”. O sonho do hexa ficou para 2026. Que pena!

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Sol não será mais grátis!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Depois da nota desta coluna publicada no último dia 29 de novembro com algo um tanto quanto surpreendente sobre a "fumaça em pó" que pode ser comprada em vários estabelecimentos da cidade para utilização em preparos de pratos deliciosos com gostinho de defumados, mais um assunto tão diferente quando verdadeiro se apresenta.

O governo que não consegue ficar fora de nada com seu ávido interesse por impostos, e já tem pronta para vigorar a partir do mês que vem, a lei 14.300 sobre energia solar e que já vem sendo conhecida já conhecida como "taxação do sol".

Depois da nota desta coluna publicada no último dia 29 de novembro com algo um tanto quanto surpreendente sobre a "fumaça em pó" que pode ser comprada em vários estabelecimentos da cidade para utilização em preparos de pratos deliciosos com gostinho de defumados, mais um assunto tão diferente quando verdadeiro se apresenta.

O governo que não consegue ficar fora de nada com seu ávido interesse por impostos, e já tem pronta para vigorar a partir do mês que vem, a lei 14.300 sobre energia solar e que já vem sendo conhecida já conhecida como "taxação do sol".

Quem, portanto, não implantou em suas residências ou empresas, com o objetivo de reduzir consideravelmente suas contas de energia elétrica, aquele sistema com placas fotovoltaicas, pode ir se preparando para um custo a mais.

Oitenta com sete, festa em dupla

No último fim de semana junto a seus queridos familiares, o boa praça João Enes de Faria, admirado aperibeense que chegou novinho aqui em Nova Friburgo para batalhar, brilhar e principalmente vencer na vida, completou ontem, 12, seus 80 anos de idade. E as comemorações foram em dose dupla, por que João "oitentou" e o Vicente, um de seus queridos netos, festejou seus 7 anos que serão somados na quinta-feira, 15.

Sendo assim, em dose dupla de satisfação, parabéns ao vovô João e seu neto Vicente na foto, com votos de felicidades extensivos também a toda sua linda família.

Grêmio Português com nova diretoria

Conforme esta coluna adiantou na semana passada, foi eleita na tarde do último sábado, 10, a nova diretoria do Grêmio Português de Nova Friburgo para o biênio 2023-2024.

A conhecida Vera Cintra foi eleita como presidente, tendo como vice Andréia Matias; tesoureiros, Gustavo Silva e Laurinda Moreira; secretárias, Flávia Silva e Ana Paula Serafhin; procurador, dr. José Veronese Serrão e conselheiros fiscais, Maria Helena Gambini, Giovanni Cariello e Amilton Wermelinger Araújo.

Lilita de volta com todo vapor!

Quem já apreciou ou ainda poderá prestigiar os desfiles de Natal pela Avenida Alberto Braune este ano, observou a participação do tradicional trenzinho do amigo Trombada, com tudo bem decorado, belo e digno de aplausos.

Depois de seis anos praticamente sem atividades na cidade, devido também a falta de apoio da municipalidade, os proprietários do Trenzinho Lilita, Trombada e Jean Dutra (foto) estão preparados para a partir deste início de janeiro de 2023, estarem novamente em atividades pela cidade para alegrias das crianças e adultos.

Alexandre eleito SEF

Parabéns ao admirado Alexandre Corrêa da Silva, o Arlei, eleito semana passada como novo presidente da SEF - Sociedade Esportiva Friburguense - para o biênio 2023-2024, que assim sucede Joao Schlupp que registrou dois grandes mandatos a frente daquele grande clube.

Já foi tarde!

A era do técnico da seleção brasileira, Tite, foi marcada por fracassos e não vai deixar saudades.

Convocou mal, tanto que teve que improvisar e levar jogadores que até poderão ser craques de seleção mais a frente, mas que por hora parece que foram convocados por conveniências de empresários.

Tite escalou mal, fez substituições erradas e para fechar o pior do pior, mostrou seu lado covarde saindo pela porta dos fundos, deixando os jogadores em campo cabisbaixos, chorando e abandonados, após a desclassificação frente a Croácia.

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Dia Diocesano da Reconciliação

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Hoje trazemos em nossa coluna a Carta de Proclamação do Dia Diocesano da Reconciliação, cuja data é 16 de dezembro de 2022, de autoria do bispo diocesano de Nova Friburgo, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci.

Hoje trazemos em nossa coluna a Carta de Proclamação do Dia Diocesano da Reconciliação, cuja data é 16 de dezembro de 2022, de autoria do bispo diocesano de Nova Friburgo, Dom Luiz Antonio Lopes Ricci.

“Inspirado por Deus, durante a Eucaristia que presidi na sexta-feira, 25 de novembro, consciente de minha missão de pastor para exercer o Ministério da Reconciliação (cf. 2 Cor 5, 18), pacificação, unidade e misericórdia, referendado por unanimidade na reunião do Conselho de Pastoral Diocesano, realizada em 26 de novembro, convoco a todos e todas para um Dia Diocesano da  Reconciliação, neste tempo favorável do Advento, a realizar-se em 16 de dezembro, que precede o Domingo da Alegria e o início da preparação próxima para o Natal do Senhor.

Convoco a se unirem, sobretudo neste dia, em oração, jejum e realização                     de um gesto concreto de caridade e reconciliação. Que neste dia, seja celebrada em todas as paróquias, no mesmo horário, às 19h, a Santa Missa  pela Reconciliação.

Vamos rezar pela reconciliação e paz nas famílias, entre amigos, colegas de trabalho, de  escola, comunidades, Igreja, sociedade, grupos de redes sociais, pelo Brasil e pelo mundo. Sabemos que há muitas famílias divididas e pessoas distanciadas, principalmente por questões  políticas, partidárias e ideológicas.

Urge reconciliar e cicatrizar as feridas, somos todos irmãos e precisamos reaprender a conviver pacificamente com opiniões divergentes. O que deve prevalecer é o Amor, a Unidade e a Misericórdia. Portanto, trata-se de uma iniciativa evangelizadora, que visa restaurar, em Cristo, as relações feridas, e indicar uma urgente necessidade de retorno ao Primeiro Amor (cf. Ap 2,4), colocando Jesus no centro de nossa vida, escolhas e atitudes, como opção fundamental, capaz de “fazer novas todas as coisas” (Ap 21,5).

Sem o perdão não há festa! O Natal é por tradição uma festa familiar. Como celebrar o

 Natal, com tantas divisões e rivalidades na família de sangue, na família de amigos e colegas de trabalho, na família Igreja e na grande família, a sociedade brasileira? O Advento é o tempo  favorável para a reconciliação. Como bispo diocesano, a serviço da pacificação, unidade e diálogo, solicito, humildemente, a acolhida desta minha intuição, com docilidade, cuja fundamentação é unicamente espiritual, evangélica e eclesial, não sendo permitida nenhuma conotação ideológica ou política para este Dia Diocesano da Reconciliação.

“Somos, pois, embaixadores de Cristo; é como se Deus mesmo fizesse seu apelo através de nós. Em nome de Cristo, vos suplicamos: reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5, 20) e, consequentemente, com os irmãos e irmãs, vivendo fraternalmente, sem brigas e rivalidades, deixando-nos guiar pela Luz do Senhor.

Rezemos e trabalhemos pela paz, não apenas no proposto Dia da Reconciliação, mas durante todos os dias de nossa vida. A paz verdadeira é filha da justiça e do perdão. Portanto, com humildade, procure pedir o perdão, dar o perdão e perdoar a si mesmo. Somos todos irmãos! É hora de “ouvir cantos de festa e de alegria” (Sl 50,10), que vem da festa oferecida pelo Pai Misericordioso a nós, Diocese da Alegria, da Unidade, da Gratidão e da Misericórdia (os quatro pilares norteadores que apresentei no dia de minha posse na diocese, em 4 de julho de 2020).

Desejo-lhes um frutuoso tempo do Advento, um Feliz Novo Ano Litúrgico e uma  autêntica e corajosa preparação para o Natal do Senhor, que passa pelo perdão, reconciliação e fraternidade. Rezemos: Vem Senhor Jesus para nos reconciliar com o Pai, conosco mesmos  e com os irmãos e irmãs. Que Nossa Senhora das Graças, nos conceda a graça da reconciliação e da vivência autêntica de nossa fé em Cristo.

Gratidão! Com minha benção, unidos nesta mesma intenção, verdadeiramente cristã, necessária e natalina.  

Dom Luiz Antônio Lopes Ricci, bispo da Diocese de Nova Friburgo  

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Histórias de família

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Basta-me um pequeno gesto

Feito de longe e de leve,

Para que venhas comigo

E eu para sempre te leve.

                                                                           Cecília Meireles

Basta-me um pequeno gesto

Feito de longe e de leve,

Para que venhas comigo

E eu para sempre te leve.

                                                                           Cecília Meireles

Fiz questão de colocar um vestido bonito para me reunir com minha família. Foi um almoço cheio de lembranças e conversas. Estávamos minha mãe, minha irmã, minha prima e uma amiga, filha de amigos dos meus avós e tios. Elos afetivos nos faziam pinçar pedaços de afetos que ficaram no tempo, nunca esquecidos. Aquele momento poderia ser uma inspiração a um romance que seria iniciado no final do século XIX com a chegada de Augusto Pinto Reis no Brasil. 

Tantas histórias atravessam séculos, como o romance “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo. Aliás, as trajetórias familiares são essencialmente históricas, cujos personagens, digamos assim, protagonizaram transformações na vida coletiva, a partir dos seus sonhos, necessidades e realizações. As famílias habitam nas dimensões temporal e geográfica, que vão sendo transformadas pelo homem com o passar dos anos. 

Não é de hoje que os refugiados deixam marcas na história das civilizações. Acredito que a maioria das pessoas da minha geração é descendente dos milhares que saíram dos seus países de origem e veio para o Brasil por temor, perseguição ou vontade de buscar um lugar melhor para construir a vida. Graciliano Ramos retratou esse fato com veracidade e contundência em “Vidas Secas”. 

Minha família materna começou com a fuga do meu bisavô, ainda menino, de Braga, norte de Portugal. Ele se fez nas terras brasileiras com suor e disposição, começando como varredor de ruas, lojas e casas. Com trabalho, persistência e esperança construiu um curtume, casou-se, fez família, teve filhos, netos e bisnetos. Teve uma casa fértil e movimentada. Sou da terceira geração e participo da transformação do mundo escrevendo. Minha avó Carmem era professora de canto e ensinou vários artistas, como Bibi Ferreira. Minha madrinha, Mandinha, irmã da vovó, cuidou da família com esmero e casou-se com um construtor que colaborou com a transformação da cidade do Rio de Janeiro. Meu tio-avô Sílvio, também engenheiro, foi um calculista respeitado da época. Minha mãe, Lia, foi bibliotecária e arquivista e esteve à frente da construção do Arquivo Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, além de ter trabalhado anos e anos como bibliotecária. Minha irmã, Lygia, é uma advogada atuante. Minha prima, Beth, e a amiga, Tota, também advogadas, porém não advogam mais. Cada um de nós se entrelaçou com a vida de um modo e deu continuidade ao que Augusto Pinto Reis iniciou.

Sou entre flor e nuvem,

estrela e mar. Por que

havemos de ser unicamente humanos, limitados em chorar?

Não encontro caminhos fáceis

de andar. Meu rosto vário

desorienta as firmes pedras

que não sabem de água e de ar.

                                                   Cecília Meireles

Durante o almoço, as histórias da família iam e voltavam, passeavam entre as conversas que visitaram os momentos, as pessoas e as casas que abrigaram a família, onde, todas nós, de alguma forma moramos ou frequentamos. Nossa família foi e é afetuosa e entre seus braços fomos e somos acolhidos. Passamos por momentos difíceis e perdas, houve desacordos e desentendimentos, mas nos foi ensinado a não perder o brilho nos olhos.

A nossa família não se difere, acredito, de milhares de outras. São essas histórias que construíram o Brasil, as Américas e o mundo. Tenho orgulho dos meus antepassados, não somente pelo que fizeram, mas pelo amor e determinação que nos mostraram o valor de dar prosseguimento à vida. 

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.

                                                              Cecília Meireles

 

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Governador recebe prefeitos do Estado do Rio

sábado, 10 de dezembro de 2022

Edição de 9 e 10 de dezembro de 1972 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Governador Padilha recebe em audiência prefeitos do Estado do Rio - Os prefeitos fluminenses foram levar ao chefe do Executivo fluminense as despedidas, ocasião em que o prefeito de Friburgo, dr. Feliciano Costa informou ter cumprido todas as metas de seu governo, destacando as referentes ao ensino e ao abastecimento. 

Edição de 9 e 10 de dezembro de 1972 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Governador Padilha recebe em audiência prefeitos do Estado do Rio - Os prefeitos fluminenses foram levar ao chefe do Executivo fluminense as despedidas, ocasião em que o prefeito de Friburgo, dr. Feliciano Costa informou ter cumprido todas as metas de seu governo, destacando as referentes ao ensino e ao abastecimento. 

Arena ganha onde MDB era governo e vitória é atribuída a Padilha - Os prefeitos eleitos Wilson Pedro Francisco, de Itaguaí, e Hélio Ferreira, de Paracambi, foram recebidos ontem pelo governador Raymundo Padilha, no Palácio Nilo Peçanha, a quem agradeceram a ajuda que possibilitou à Arena sair vitoriosa em seus municípios, tradicionais redutor do MDB. Em Itaguaí, para 2.900 votos dos três candidatos do MDB, Wilson Pedro Francisco recebeu 5.320 votos, com a Arena conquistando um total de 12.500 legendas, enquanto 12 vereadores passaram a integrar a bancada do governo na Câmara, contra apenas três da Oposição. Em Paracambi, Hélio Ferreira teve 2.500 votos - o dobro do adversário - e a Arena fez sete vereadores, contra quatro emedebistas.

Friburguense é expert em turismo - O nosso conterrâneo João Saldanha  concluiu o curso de Gerência Executiva de Turismo na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Estado da Guanabara, tendo recebido o seu diploma na mundialmente conhecida escola de nível superior. Trata-se do primeiro friburguense a possuir tal título. Como se trata de ciência nova e da mais elevada importância para os que desejam fazer turismo de verdade, procuramos o ilustre e dele ficamos sabendo das finalidades desse curso. Do currículo podemos resumir: incentivos fiscais ao Turismo; estudos da conjuntura política e econômica; “marketing” no Turismo; sub-sistemas de Turismo; transporte aéreo; dinâmica de grupo; hotelaria e atividades correlatas. João Saldanha que já percorreu por mais de uma vez grande parte da Europa e da América do Sul, visitou também os estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia, mantendo, em Salvador, contatos com secretários de Turismo de vários estados do nordeste, onde o turismo vem tomando sério impulso. Em 1973, ele participará de encontros regionais e internacionais sobre turismo, onde pretende adquirir mais conhecimentos que poderão ser de grande valia para o nosso Estado. 

Pílulas 

→ Segundo “experts” na matéria, fidelidade partidária somente se aplica em manequim possuidor de mandato. Como mandato, compreende-se, também, o exercício de cargo em diretório do partido. Acontece, que a possibilidade de punição é bem remota, já que, a “história” depende de uma série de condições, de fatos, de comprovação e de enfim, um rosário de situações adredemente preparadas para que não haja predominância de mandos ocasionais, de caciquismo muito comum no interior, e, na política estupidamente grosseira de alguns “cabras” quase sempre treinados por mandatários russofilos ou cubanofilos que já deviam estar agarrados pela gola, mas que, por expedientos sorrateiros ainda não deixaram o rastro suficiente para um processo que quem sabe, pode vir a qualquer instante…

 → A grande farsa, desta vez, vai dar muito trabalho… Não pense a moçada que irá “janjar” a vontade, “ dar as cartas e jogar de mão”... Está na hora das posições definidas, da clareza, de ninguém, poder ficar escondido deixando só um pouquinho do rabo do lado de fora… 

→ Os mesquinhos, os covardes, os biltres, os grandes salafrários que só pensam em vinganças, em perseguições a humildes servidores, podem ficar certos, certíssimos que o castigo já não mais andar a cavalo pois estamos na fase do motor a jato, no tempo da bomba de hidrogênio e da chegada do homem aos domínios da lua… 

→ Soubemos pelo próprio vereador Newton D'Angelo - incontavelmente um representante do povo que sempre primou pela lisura no proceder e dedicação ao mandato - que o mesmo entrará imediatamente com um projeto, tornando sem efeito, na futura legislatura, a concessão de gratificação mensal ao presidente da Câmara local. Ainda bem. Vamos ver como se portarão os vereadores que tanto condenaram a resolução concessiva do “panamá” que sempre combatemos. Nós e a cúpula do MDB.

 → O legislativo friburguense, obedecendo rigorosamente o mandamento da lei, fixou em Cr$ 5.040.000 o total do subsídio e da representação do prefeito, a partir da próxima legislatura. Fez tudo certinho. Muito bem… 

→ De acordo com o que informou a nossa reportagem, o vereador Renato Ferreira Netto é candidato ao cargo de presidente da Câmara Municipal, fazendo questão de ressaltar ter direitos incontestáveis ao que postula. O problemão para o Bento é que não é ele o candidato dos chefões…

(*) estagiária com supervisão de Henrique Amorim

 

Foto da galeria
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Sou como vela

sábado, 10 de dezembro de 2022
Foto de capa
(Foto: Pexels)

Acendo vela para meu anjo da guarda. Peço que me proteja, inclusive de mim mesmo. Que a luz, mais do que ilumine meu caminho, seja guia para esse encontro não só quando preciso. Peço diante da vela que eu possa ver o que não vejo, sentir o que preciso sentir, esteja atento aos pedidos do mundo e se for minha missão que eu possa cumpri-los. Rogo que a vaidade não me entorpeça e vigilante possa sequer flertar com a arrogância, sabedor de que a arrogância é o acúmulo da vaidade despercebida. 

Acendo vela para meu anjo da guarda. Peço que me proteja, inclusive de mim mesmo. Que a luz, mais do que ilumine meu caminho, seja guia para esse encontro não só quando preciso. Peço diante da vela que eu possa ver o que não vejo, sentir o que preciso sentir, esteja atento aos pedidos do mundo e se for minha missão que eu possa cumpri-los. Rogo que a vaidade não me entorpeça e vigilante possa sequer flertar com a arrogância, sabedor de que a arrogância é o acúmulo da vaidade despercebida. 

Acendo vela para relembrar os que amei e sigo a amar, mesmo não estando eles mais aqui nesse espaço-tempo. A luz da vela conecta com a espiritualidade de quem enquanto carne reconhece que tem alma. É a tal luz que relembra momentos que me fizeram ser quem eu sou e me trouxeram até aqui. Pudera ter as mãos que me carregaram até ontem, pudera ter essa presença física, não só... Ilumina o reencontro em outras esferas, ilumina as memórias que me fazem um ser repleto de saudades. Saudades boas mais do que doídas, ainda que vez em quando doam.     

Acendo vela na mesa de jantar para recobrar a gratidão em ter o alimento. Trazer para perto essa força celestial que me faz humano. Iluminar a graça de compartilhar com os que se sentam à mesma mesa e pedir que tantos outros possam ter tanto quanto tenho.  

Acendo vela para ilustrar o romance ou o desejo dele. Nem sempre será namoro, casamento, amor, mas a simples luz de vela mostra a intenção de querer mais do que apenas um encontro, a vontade de estender para muitas outras luzes de vela no mesmo rosto. Marcar a silhueta das faces encontrados e em sua sombra feita por luz ser cumplicidade, intimidade maior do que luz artificial de abajur. Beijar diante da música que não se quer findar, do silêncio que nem trovão pode quebrar.

Na fé de prosseguir para além de nós mesmos, na força da fé de encontrar o que deixamos, o que perdemos por ganhar, o que honramos e devemos honrar, o que precisamos para seguir pelos dias. Nos apelos ao sobrenatural e na compreensão da existência para além do que conhecemos, acendemos velas para ver além do que nossos olhos podem enxergar. Há tantos mistérios no viver que viver é transcender. 

E, nós, cada um de nós, somos como velas. Muitas vezes precisamos ser acesos para iluminar ou a alegria do que nos ilumina é tanta que acendemos por fluxo natural. Contagiados, acabamos por acender outro e mais outro e, de repente, se tem uma plateia inteira de velas acesas que brilham mais do que o sol. O sorriso é fósforo que causa fagulhas e o amor é a combustão mais do que perfeita para se manter aceso.

Mas como todas as velas também, por vezes, somos apagados com um simples tocar de dedos. São as circunstâncias impostas, os medos infligidos, a coragem sabotada, as rasteiras coletivas da histeria cotidiana do rancor e do ódio. A inveja que mina nossos talentos e a própria intenção de persistir. Gente que nos sopra sorrateiramente ou ventos imprevistos que tentam abalar a nossa fé no outro e no mundo. Há vezes que nos derretem ao ponto de sermos apenas parafina grudada à superfície e sem pavio não encontramos saídas para acender de novo.

Mas vela se refaz e mesmo derretida pode ser vela de novo. Talvez, seja parte do viver se refazer e ter constância nesses feitos e desfeitos. Mais do que insistir é compreender que nem sempre é necessário ser teimoso. É preciso se deixar queimar até perto do fim para se fazer vela em novo molde, para acender de novo e ascender na convicção de que a felicidade é o objetivo maior. 

Não importa se vela branca, amarela ou vermelha. Com cheiro de alecrim, rosas ou lavanda. Somos tantos que não cabe julgamento ou comparação. Somos tão únicos e renascemos de maneiras tão únicas que tantas vezes já somos outro, mas nunca igual a nada que já se viu.

Assim, acendo vela para meu anjo da guarda, para os amores que tive e terei, pela gratidão de poder existir. Acendo vela para o que sou, fui e quero ser ao ponto que sou como vela que se junta a outras velas para quem sabe, iluminar o mundo.

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O que a economia global tem a lhe dizer

quinta-feira, 08 de dezembro de 2022

Analisar a dinâmica e a correlação de economias globais é fundamental para compreender os movimentos e ciclos de mercado responsáveis por ditar o ritmo da criação de novos negócios e desenvolvimento de qualidade de vida, abrindo espaço para tirarmos os melhores proveitos do conhecimento financeiro. Mas entender todo o contexto de acontecimentos globais e domésticos não é uma tarefa simples. Contudo, ainda assim, é possível desmistificar o que parece indecifrável.

Analisar a dinâmica e a correlação de economias globais é fundamental para compreender os movimentos e ciclos de mercado responsáveis por ditar o ritmo da criação de novos negócios e desenvolvimento de qualidade de vida, abrindo espaço para tirarmos os melhores proveitos do conhecimento financeiro. Mas entender todo o contexto de acontecimentos globais e domésticos não é uma tarefa simples. Contudo, ainda assim, é possível desmistificar o que parece indecifrável.

Portanto, para tornar o exercício mais tragável vamos aos assuntos da semana. Nada melhor do que exemplificar com acontecimentos reais – e atuais – para desenvolver conhecimento.

Iniciamos a última segunda-feira, 5, com notícias positivas para o payroll dos Estados Unidos. Com resultado acima do esperado, durante o mês de novembro foram criados 263 mil vagas de trabalho ao cidadão urbano (vagas de trabalho fora do setor agrícola). Por lá, política monetária também tem recebido bastante atenção e a inversão de juros (título de longo prazo pagando menor prêmio em comparação com títulos de curto prazo) provoca expectativas de juros elevados até 2023/24 para controlar a inflação desse período e, por fim, iniciar os cortes para estimular o crescimento econômico e superar o momento de recessão.

Na China, a reabertura econômica decorrente da maior flexibilização de suas políticas restritivas de Covid Zero incentivou investidores a buscarem alocações mais confiantes. Estamos falando do maior país exportador do mundo e sua relevância no comércio global é inquestionável.

Consequência?

O Brasil tem a China como principal parceiro comercial. Esta, por sua vez, é a grande “fábrica do mundo” e tem os Estados Unidos como principal importador (ou encomendador de produção, se preferir).

Considerando todo esse processo entre países responsáveis pela dinâmica de economia global, o mundo discute como a possível recessão afeta o relacionamento globalizado de produção e consumo. Em resumo, a preocupação está na instabilidade das relações comerciais entre grandes economias.

Partindo para acontecimentos domésticos, no Brasil a taxa Selic se mantém em 13,75% ao ano. Refletindo a conjuntura econômica global de contenção à inflação que sucede incertezas de crises e precede expansão econômica.

O payroll nos EUA mostra que a inflação por lá se mantém relevante: novos empregos, mais gente com renda e, logo, maior consumo. Dada as leis de oferta e demanda, quanto maior for a demanda, maior o preço de equilíbrio de determinado produto ou serviço (pronto, encontramos mais inflação).

Por outro lado, juros altos aumentam os riscos de investimentos em setores produtivos e não incentivam a expansão de oferta. Quando este cenário encontra incertezas políticas e restrições como a política chinesa de Covid Zero o momento torna-se ainda menos favorável.

Portanto, o momento é de dinheiro caro e podemos fazer uma leitura de estratégia individual para este cenário. Recorra a baixo consumo, pouco crédito, leve investimento em setores produtivos e maiores alocações indexadas a juros e inflação. Interpretar o contexto do que te cerca pode te fazer evitar riscos desnecessários e proporcionar melhores decisões para o seu dinheiro. Pode parecer pouco relevante, mas tomar decisões em conjunto com grandes participantes da economia global pode te botar numa posição vantajosa.

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Tempo pra nada

quinta-feira, 08 de dezembro de 2022

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

Muito pensamento desencontrado, influenciado, maculado, desnorteado, desencadeado, acumulado, precipitado, acelerado. Muita informação na mente. Muita inutilidade disputando espaço e atenção com o que verdadeiramente importa. Um cabo de guerra que está difícil de ser equilibrado pelo lado da essência da vida. Do que é útil. Do que acrescenta. Do que ensina. Do que compartilha coisas boas. Do amor.

A prática da meditação tem sido fortemente aconselhada entre pessoas que se querem bem e recomendada por profissionais das mais diversas áreas. E por leigos que tudo sabem. E por praticantes que sabem muito do assunto. E por quem não pratica mas simpatiza. E por quem não simpatiza nem pratica, mas acha legal. Que acha legal e não consegue praticar. Pelo que vive de aparência e finge que acha legal e que pratica. Pelo que tenta e não consegue. Pelo que gosta e pelo que não gosta. Por quem tem recomendação médica. Ou terapêutica. Ou religiosa. Ou nada disso, ou tudo isso.

Por que? As pessoas estão sem tempo de pensar em nada. De viver o tempo presente. De conseguir alguns instantes da vida, ou do dia, para centrarem-se em si mesmas. Para lembrarem-se que respiram. Entra ar. Sai ar. Quase ninguém nota. Até que chegue a próxima virose, a gripe, a bronquite, a asma, a falta de ar. É verdade, precisamos respirar. E respirar direito. Dar valor ao ar precioso que circula por nossos pulmões. Ar da vida.

E quem se lembra que tem olhos até que a vista embace de tanto fixar o olhar nas telas dos computadores e dos smartphones? Olhos que são o portal do corpo que habitamos para o mundo externo. Eles mesmos. Os que podem contemplar. Apreciar. Admirar. Ver a natureza. Ver as pessoas. Ver o tempo. Ver o belo. Ver a vida. Esses mesmos, que precisamos cuida com zelo e que deixamos embaçar com o excesso de tudo para o que não paramos de olhar. Sem piscar.

Boca e voz para falar coisas boas. Quem se lembra que tem voz que não seja apenas para protestar e discutir política?  E brigar? E gritar no trânsito? E esbravejar com o filho, com o colega de trabalho, com o marido, com um estranho na rua? E bater boca sem chegar a lugar nenhum? Que não se restrinja a falar da vida alheia, reclamar, reclamar, reclamar.

Tanta gente perecendo sem se dar conta. Padecendo sem perceber. A vida nos foi dada, o momento presente é o maior presente, um corpo humano para nossa alma habitar está aqui e agora, clamando pela devida atenção aos seus verdadeiros propósitos de existir. Estamos empregando nossa energia vital naquilo que é substancial?

Parece estar tudo tão complexo. Tão desconexo. O estado natural das coisas talvez seja mais simples. Basta avaliarmos nossa existência pelo nosso próprio olhar, mas como se fôssemos uma terceira pessoa, que nos ama e é imparcial, avaliando o que temos feito de nossas vidas, do que temos recheado nossos pensamentos, do valor que damos ao ar que respiramos, de como utilizamos as palavras para impactar em alguma coisa útil no mundo, do que estamos fazendo com nosso tempo, de como estamos cuidando, sobretudo, dos nossos sentimentos.

Não fomos criados em uma realidade paralela. Não estamos no Planeta Terra sozinhos. Somos bilhões de seres vivos consumindo, interagindo, construindo, destruindo, plantando, colhendo, pensando, amando, odiando, movimentando energia. Saber viver de forma civilizada, no século 21, me parece uma realidade que já devia estar superada. Já era para termos aprendido a viver (e conviver) com respeito, civilidade, compaixão, cooperação e empatia. Mas não sabemos de nada, apesar de acharmos que sabemos de tudo. Vai ver está tudo na mais perfeita ordem. Ou não.

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Deveria parecer óbvio, mas não é!

quarta-feira, 07 de dezembro de 2022

Você se lembra do seu primeiro dia de aula na escola? Enquanto alguns eram mais soltinhos, eu era daqueles que se agarrava na barra da saia da mãe e implorava para que não fosse deixado no meio daquele monte de crianças que corriam e gritavam. Talvez eu só me recorde desse dia por esse pequeno “trauma” de infância, mas hoje, olho para trás e agradeço.

Você se lembra do seu primeiro dia de aula na escola? Enquanto alguns eram mais soltinhos, eu era daqueles que se agarrava na barra da saia da mãe e implorava para que não fosse deixado no meio daquele monte de crianças que corriam e gritavam. Talvez eu só me recorde desse dia por esse pequeno “trauma” de infância, mas hoje, olho para trás e agradeço.

Não se engane: a criança que chega à escola, mesmo que pequenininha constrói suas primeiras vivências e amizades. Mais tarde, o ensino fundamental e ao temido ensino médio, que nos prepara para os futuros desafios da vida adulta. E aos que continuam por essa jornada, encontram pelo caminho as faculdades, cursos técnicos e especializações que nos direcionam ainda mais para o mercado de trabalho.

Talvez, pela correria do dia-a-dia não paramos para refletir, o quanto de oportunidades foram proporcionadas e portas que foram abertas pela nossa vida acadêmica. E aos que, pelos motivos da vida, não tiveram ou aproveitaram essa oportunidade, o lamento uníssono de que tudo poderia ter sido diferente.

“A educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo” é o que diria Paulo Freire. Todos nós já mais que sabemos do seu valor, mas será que estamos nos dedicando às essas instituições tão importantes? Devêssemos, talvez, nos dedicar um pouco mais de nossos esforços, olhos, ouvidos e atenção ao que vem acontecendo com o setor.

MEC “respira” com ajuda de aparelhos

Doloridamente, há pouco menos de um mês para o encerramento do ano, o Ministério da Educação praticamente já encerrou suas atividades, trazendo ainda mais incerteza sobre os rumos da educação do país, em meio à rombos financeiros e insegurança sobre os dias que virão.

A pasta explicitou que não terá dinheiro para comprar os livros didáticos, o que irá atrapalhar o início das aulas do ano que vem. Esse prejuízo chegará à grande parte das repartições de ensino do país, sejam creches, escolas públicas a as universidades, que recebem verba da pasta para suas atividades.

Bom, e não falta dinheiro somente para a pasta. Há quem irá trabalhar e não terá a certeza de uma ceia de Natal tranquila. O órgão já alertou, em todas as letras, que não há orçamento suficiente para pagar todos os trabalhadores dedicados no mês de dezembro e que as consequências deverão se estender para os próximos meses.

Atualmente, cerca de 14 mil médicos residentes espalhados pelos hospitais de todo país, inclusive da nossa região, já foram notificados de que não receberão o seu salário do mês de dezembro. E não somente, mais de 100 mil bolsistas do Capes, dentre estudantes e pesquisadores, que também sofrerão com o calote às vésperas da ceia natalina.

É triste ver que enquanto o país celebrava com a Seleção Brasileira em jogo contra a Suíça pela Copa do Mundo, um novo corte de gastos na bagatela de R$ 1,68 bilhão foi anunciado. E se anteriormente, o funcionamento de universidades, pesquisas e assistências já caminhava com dificuldades, agora se torna inviável.

Não há dinheiro para pagar sequer os funcionários, sejam concursados ou terceirizados. Os prejuízos vão para além do ensino, atingindo hospitais universitários, clínicas de saúde social - como psicologia, psiquiatria e odontologia como é o caso da nossa cidade. Mesmo você, que já encerrou seus estudos, também pagará essa conta.

O único que parece não se mostrar tão preocupado até então, é próprio ministro da Educação, que nas vésperas de uma reunião com o Ministério da Fazenda para buscar de soluções para esse caos, desmarcou sua agenda, e foi à Paris participar do Comitê de Políticas Educacionais para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Ironia?

Enquanto escrevia essa coluna, me indaguei: “Será que já não é batido falar que educação é essencial? Afinal, todo mundo já está cansado de saber...”. E cada vez que me sento para ler sobre o assunto, vejo que para muita gente, por mais pareça óbvio, para muitos governantes, ensino de qualidade não é prioridade. 

Enquanto não pararmos para repensar o nosso sistema de aprendizado como uma grande construção, não teremos sucesso. Para levantarmos algo sólido e firme, como um prédio, precisamos preparar bem as estruturas para o que vem acima. É a parte mais importante da obra. Se ela falhar, tudo cai e desmorona.

No Brasil, educação tem que parar de ser enfrentada como gasto, e ser encarada como investimento ES-SEN-CI-AL. Enquanto continuarmos cavando masmorras à essas instituições, de nada adianta tentar subir vigas, colunas ou paredes que elevarão esse país à um lugar melhor.

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Quer ter mente forte?

quarta-feira, 07 de dezembro de 2022

É importante entender que força mental não é o mesmo que saúde mental. Existem pessoas bem sucedidas profissional e economicamente que lutam com depressão, transtornos de ansiedade e outros problemas de saúde mental. A força mental de uma pessoa tem muito que ver com escolhas feitas diariamente. Depende de bons hábitos como praticar gratidão e manter relacionamentos saudáveis. Pessoas mentalmente fortes em geral evitam hábitos que diminuem a força mental, como não sentirem pena de si mesmas, não fugir de mudanças, não desistirem quando surge um fracasso.

É importante entender que força mental não é o mesmo que saúde mental. Existem pessoas bem sucedidas profissional e economicamente que lutam com depressão, transtornos de ansiedade e outros problemas de saúde mental. A força mental de uma pessoa tem muito que ver com escolhas feitas diariamente. Depende de bons hábitos como praticar gratidão e manter relacionamentos saudáveis. Pessoas mentalmente fortes em geral evitam hábitos que diminuem a força mental, como não sentirem pena de si mesmas, não fugir de mudanças, não desistirem quando surge um fracasso. Certamente bons hábitos físicos promovem superioridade mental, mas parece que é preciso algo mais do que boa alimentação, prática de exercícios físicos, entre outros hábitos saudáveis para alguém se tornar forte emocionalmente.

Se você pesquisar a vida infantil de muitos homens e mulheres de sucesso, vai encontrar que eles tiveram privações, frustrações ou situações bem dolorosas lá no passado. E estas experiências de dor, angústia, tristeza gerou nelas uma ambição para vencer e venceram. Mas você pode perguntar: por que outras pessoas, nas mesmas situações, não conseguiram vencer, talvez tendo uma vida ordinária mas não extraordinária? Não sei responder a esta pergunta. E também não acho justo pessoas de sucesso profissional e financeiro dizerem que basta fazer força para vencer. Para elas parece que foi mais fácil. Elas tiveram o que eu chamo de “aquilo” que as fizeram obter sucesso, pelo menos no mundo material.

Por que algumas pessoas sentem pena de si mesmas ao enfrentarem dificuldades, enquanto outras até agradecem porque as dificuldades as levaram a se superar? Alguns psicólogos acreditam que a diferença está no que chamamos em psicologia de “crenças centrais”, não no sentido religioso, mas psicológico. Podemos desenvolver crenças psicológicas saudáveis ou doentias. Por exemplo, você pode ter crenças não saudáveis sobre si mesmo, pensando que é um perdedor ou que nunca será bom em alguma área da vida. Pode crer que o mundo está contra você ou que é impossível prosperar nessa vida.

As boas novas é que é possível mudar e adquirir alguma força mental maior em sua vida. Não é fácil eliminar crenças centrais negativas porque uma pessoa as cultiva por muitas décadas ou anos. Mas é possível lutar em sua mente para desistir de hábitos não saudáveis e começar a diminuir tais crenças. Por exemplo, você pode escolher parar de sentir pena de si. Ao fazer isso, com o tempo seu cérebro vai reconhecer você de forma melhor. Outro exemplo, se você tentar fazer algo sem desistir só porque não deu certo a primeira vez, seu cérebro vai criar conexões que fortalecerão sua mente a perseverar e conseguir o objetivo.

Então, comece a perceber quais são suas crenças centrais psicológicas. Você tem uma visão negativa de si? Vive se depreciando? Rejeita a si mesma? Então, comece a mudar este pensamento. Passe a respeitar a si mesmo. Se sempre vem à sua mente o pensamento “Nunca vou conseguir isso”, troque por “Se eu trabalhar firme é possível conseguir”. Pratique hábitos físicos saudáveis, como exercícios físicos e alimentação saudável.

Faça pelo menos uma coisa difícil ou que não dá prazer todos os dias. Por exemplo, vamos supor que você detesta arrumar seu guarda-roupas, que está uma bagunça e ele tem dez gavetas. Comece arrumando duas gavetas por dia, em vez de se cobrar que tem que arrumar tudo num mesmo dia. Vá arrumar mesmo sem vontade.

Quando sentir angústia ou tristeza, tolere isso um pouco. Tolerar emoções desconfortáveis ajuda a ganhar a confiança necessária para vencer e isso fortalece a mente. Procure equilibrar razão com emoção, lógica com prazer. Você não desenvolverá força mental da noite para o dia. Leva tempo para ficar mais forte e melhorar. Mas com exercícios consistentes, você pode construir a força mental de que precisa para alcançar seus objetivos e viver uma vida mais produtiva.

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