Blogs

O brasileiro envelhece com dificuldades

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Todos nós já ouvimos falar que possuímos um roteiro pré-estabelecido em nossa vida na Terra: nascemos, crescemos, nos reproduzimos, envelhecemos e morremos. Talvez esse seja o ciclo natural para qualquer outro vivente do planeta, mas para nós, humanos, essa trajetória é diferente, levando uma pitadinha de sal a mais nessa receita.

Todos nós já ouvimos falar que possuímos um roteiro pré-estabelecido em nossa vida na Terra: nascemos, crescemos, nos reproduzimos, envelhecemos e morremos. Talvez esse seja o ciclo natural para qualquer outro vivente do planeta, mas para nós, humanos, essa trajetória é diferente, levando uma pitadinha de sal a mais nessa receita.

A verdade é que nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, compramos coisas e pagamos impostos. Nos reproduzimos, trabalhamos mais e pagamos contas intermináveis... e quando finalmente chegamos a nossa velhice, tudo que construímos durante anos, ainda sim não é o suficiente por tudo o que fizemos e contribuímos.

A realidade é que a população brasileira está envelhecendo cada dia mais. Para termos uma noção, a expectativa é que a partir de 2039, o Brasil possua mais pessoas idosas do que crianças em toda a sua configuração populacional. Mas será que nós, como país, estamos nos preparando adequadamente para esse cenário? A resposta é obvia: não!

Dificuldades financeiras e nome “sujo”

Já é uma realidade cotidiana que as pessoas tenham um segundo emprego ou mesmo façam ‘bicos’ para poder não contar apenas moedas no fim do mês. Ainda sim, muitas famílias não conseguem se organizar financeiramente, e um dos motivos é a inflação galopante que vivemos. A nossa vida está extremamente cara, é fato inegável!

Bom, e se está cara para quem está no mercado de trabalho, imagine para quem recebe apenas uma aposentadoria, que por sinal foi milimetricamente reajustada nos últimos anos. A equação não bate e o cenário, não poderia ser diferente: os idosos cada dia mais enfrentam dificuldades financeiras.

De acordo com um levantamento realizado pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), mais da metade dos idosos do país se endividaram com alguma despesa nos últimos seis meses e estão com seu nome “sujo”. As contas de luz, cartão de crédito, água e IPTU lideram as despesas não pagas por essa população.

 Dentro desse triste cenário, a diminuição do poder de compra, a falta de organização financeira e o encarecimento dos planos de saúde - visto por muitos, como indispensáveis – são um dos motivos. O padrão de vida tem caído bruscamente para a terceira idade que busca no mercado de trabalho, um desafogo.

Mercado de trabalho: uma necessidade

Pensar nos idosos voltando ao mercado de trabalho pode parecer algo inusitado. Afinal, não é esse o sentido da aposentadoria? Os dias atuais reforçam que não mais. Quem não tenha construído uma boa condição financeira ao longo da vida ou tenha um familiar que ajude nos gastos essenciais, o cenário é de dificuldades.

Para muitos, trabalhar é para distrair e não deixar a cabeça ociosa e depressiva. Para outros é necessidade. Fato é que cada dia mais, os idosos adiam sua saída do mercado de trabalho. Quase 25% da população já aposentada, ainda continua em atividades profissionais.

E ainda há aqueles que se aposentaram e diante das necessidades financeiras, tentam se reinventar e ensaiar um retorno ao mercado de trabalho, dominado pelos jovens da geração Z. O caminho é difícil devido ao cansaço, à saúde e pelo preconceito contra os mais velhos, que impossibilita esse retorno financeiramente necessário para muitos.

Sistema de saúde falha com os idosos

A nutricionista com especialidade em nutrição funcional, Aimée Madureira Campos, explica que com o aumento da longevidade da população, as políticas públicas devem ser diferenciadas e prezar para uma construção no presente, de um futuro não tão distante. Segundo ela, necessitamos olhar com mais cuidado para a melhor idade.

“As políticas públicas focam sempre no combate de doenças por meio de remédios e tratamentos, mas não olham para a causa desses problemas. Sabe aquele ditado de que é melhor prevenir do que remediar? Sem investimento em profissionais habilitados a prevenir doenças e sem boas condições para uma boa alimentação, a população cada vez envelhecerá mais doente.”

Diante de todo esse cenário de envelhecimento da população, percebemos o Brasil não está se preparando para enfrentar as consequências desse fenômeno natural nas próximas décadas. As políticas públicas já não se mostram tão eficientes para sanar muitas dificuldades atuais e quem dirá aos que aparecerão ao longo dos anos.

Muitas vezes, é necessário empatia, para que olhemos para uma parte da população que apesar de ser vista, passa despercebida pela nossa ignorância. Todos nós um dia envelheceremos, mas só nos damos conta das necessidades, quando chegamos lá.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

O mundo quer a justiça?

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Não é incrível como que nossos problemas principais na vida têm que ver com pessoas? O que aconteceu com os seres humanos que produziram problemas para os seres humanos? Por que perdemos o respeito uns pelos outros? Por que agredimos nossos semelhantes seja numa guerra, corrupção, assassinato, violência? Por que temos que colocar trancas nas portas de nossa casa? Não é por causa de bichos selvagens. É por causa de pessoas.

Não é incrível como que nossos problemas principais na vida têm que ver com pessoas? O que aconteceu com os seres humanos que produziram problemas para os seres humanos? Por que perdemos o respeito uns pelos outros? Por que agredimos nossos semelhantes seja numa guerra, corrupção, assassinato, violência? Por que temos que colocar trancas nas portas de nossa casa? Não é por causa de bichos selvagens. É por causa de pessoas.

Estamos na época da Copa do Mundo de Futebol. Pensemos por um momento sobre o futebol e a justiça. Um jogador chuta a bola e ela bate inevitavelmente na mão ou no braço do adversário e, segundo a regra, isto é uma falta. Uma coisa é um jogador, sem ser o goleiro, colocar a mão na bola propositadamente, e outra é alguém chutar a bola em cima dele atingindo sua mão ou seu braço. No primeiro caso, tendo a intenção de colocar a mão na bola para impedir uma jogada, é justo marcar a falta. Mas quando a bola atinge a mão ou o braço do jogador sem nenhuma intenção dele de interferir na jogada usando este membro do corpo, onde está a justiça ao juiz aplicar a falta?

Ainda sobre o futebol, uma forma de fazer justiça quanto ao tempo do jogo, seria cronometrar a partida. Talvez pudesse ter 30 minutos de bola corrida. Isto impediria outro tipo de injustiça que acontece quando um time faz muita “catimba” ou “cera”, ou quando há muitas interrupções porque jogadores foram machucados ou fingem que se machucaram, e ao final o juiz (ou sei lá quem) dá um acréscimo de tempo inferior ao que seria justo devido às interrupções.

Mais um tipo de regra no futebol, o impedimento, favorece a injustiça. Qual o problema de um time ter um jogador lá na frente do ataque, tendo somente o goleiro do time adversário à sua frente? O outro time poderia fazer o mesmo, mantendo um atacante lá na frente. Quantos impedimentos são marcados por juízes quando não aconteceram!

Outro ponto: quando um jogador se machuca e cai em campo, seria fazer justiça ele ser imediatamente tirado do campo, para ser atendido pelo médico do lado de fora, e a partida prosseguir. Mas quem quer a aplicação destas justiças no futebol? Quem disse que cronometrando uma partida de futebol poderia tirar a vibração do jogo? Veja o basquete, que é cronometrado. Quantas partidas de basquete são empolgantes mesmo sendo cronometradas!

O mundo quer a justiça? Quem quer a justiça mas não só da boca para fora? Assisti hoje um vídeo de uma entrevista com um juiz da Suprema Corte do Brasil falando sobre os roubos que a operação Lava à Jato descobriu. Ele afirmou que foi roubo mesmo o que descobriram contra várias empresas do governo, e hoje, poucos anos depois, este magistrado fala diferente, em função de ter conflitos de interesses. Estou falando de um juiz da Suprema Corte, o qual, supostamente, deveria promover justiça de verdade.

O mundo quer a justiça? É triste, mas parece que não. Comentei com um vereador que se tornou deputado estadual sobre estes assuntos ligados ao futebol, explicando o que está acima. Ele sorriu e disse que é melhor continuar assim. E fiquei pensando: se um líder do governo num nível estadual me afirma que as injustiças nas regras do futebol não têm problema, como será que ele vê e toma atitudes em seu papel como parlamentar quanto a outros assuntos realmente muito mais importantes para a sociedade?

O mundo quer a justiça? Acho que posso mudar a pergunta e colocar assim: você quer a justiça em sua vida pessoal, particular? O que tem feito para ela existir do que depende de sua pessoa? A justiça social e a corrupção começam na decisão pessoal, especialmente naquelas coisas que só você sabe porque estão em seus pensamentos. O estado de corrupção, violência, queda vertiginosa dos bons padrões éticos e de boa moral denunciam que a maioria não quer a justiça. E isto tem um preço, aliás, muito caro para o bem estar da humanidade.

_______

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Filme repetido

terça-feira, 29 de novembro de 2022
Foto de capa

“Recentemente a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) criou uma série de vagas especiais de estacionamento no centro de Nova Friburgo reservadas a paradas rápidas de veículos de transporte por aplicativo, motocicletas, e de curta duração, que permitem o estacionamento por até 20 ou 30 minutos com o pisca-alerta ligado. Tudo com o intuito de tentar melhorar a imensa dificuldade que os friburguenses têm para encontrar uma vaga de estacionamento nas principais vias do Centro, Mas, infelizmente, o que se vê é que o desrespeito continua.

“Recentemente a Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana (Smomu) criou uma série de vagas especiais de estacionamento no centro de Nova Friburgo reservadas a paradas rápidas de veículos de transporte por aplicativo, motocicletas, e de curta duração, que permitem o estacionamento por até 20 ou 30 minutos com o pisca-alerta ligado. Tudo com o intuito de tentar melhorar a imensa dificuldade que os friburguenses têm para encontrar uma vaga de estacionamento nas principais vias do Centro, Mas, infelizmente, o que se vê é que o desrespeito continua. Muitos motoristas ignoram solenemente a criação dessas novas vagas e estacionam normalmente nos espaços exclusivos, como vimos aí neste flagrante: a vaga destinada à parada de veículos de transporte por aplicativo ocupada por motocicletas obrigando o motorista a parar em fila dupla para desembarcar uma passageira. O pior é que esse tipo de irregularidade não é novidade. Quando o agente de trânsito aparece e, por sorte, flagra o infrator, já sabe qual resposta ouvirá: É rapidinho. Isso sem contar os veículos que ficam parados por horas a fio nas vagas destinadas a estacionamento por 20 minutos. A impunidade reina. E não é de hoje. Até quando?”

Carlos Moreira 

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Advento

terça-feira, 29 de novembro de 2022

No Evangelho ouvimos uma bonita promessa que nos introduz no Tempo de Advento: “Virá o vosso Senhor” (Mt 24,42). Este é o fundamento da nossa esperança, é o que nos sustenta até nos momentos mais difíceis e dolorosos da nossa vida: Deus vem, Deus está próximo e vem. Nunca nos esqueçamos disto! O Senhor vem sempre, o Senhor visita-nos, o Senhor está próximo e voltará no final dos tempos para nos acolher no seu abraço.

No Evangelho ouvimos uma bonita promessa que nos introduz no Tempo de Advento: “Virá o vosso Senhor” (Mt 24,42). Este é o fundamento da nossa esperança, é o que nos sustenta até nos momentos mais difíceis e dolorosos da nossa vida: Deus vem, Deus está próximo e vem. Nunca nos esqueçamos disto! O Senhor vem sempre, o Senhor visita-nos, o Senhor está próximo e voltará no final dos tempos para nos acolher no seu abraço.

Diante desta palavra, perguntamo-nos: como vem o Senhor? E como o reconhecemos e acolhemos? Reflitamos brevemente sobre estas duas perguntas: A primeira pergunta: como vem o Senhor? Tantas vezes ouvimos dizer que o Senhor está presente no nosso caminho, que Ele nos acompanha e nos fala. Mas talvez, distraídos como estamos por tantas coisas, esta verdade permanece para nós apenas teórica; sim, sabemos que o Senhor vem, mas não vivemos esta verdade ou imaginamos que o Senhor vem de uma forma sensacional, talvez através de algum sinal prodigioso. Ao contrário, Jesus diz que isso acontecerá “como nos dias de Noé” (cf. v. 37). E o que faziam nos dias de Noé?  Simplesmente as coisas normais e cotidianas da vida, como sempre: «comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento» (v. 38).

Tenhamos isto em mente: Deus está escondido na nossa vida, Ele está sempre ali, Ele está escondido nas situações mais comuns e ordinárias da nossa vida. Ele não vem em eventos extraordinários, mas nas coisas do dia a dia, Ele manifesta-se nas coisas de todos os dias. Ele está ali, no nosso trabalho diário, num encontro casual, no rosto de uma pessoa em necessidade, inclusive quando enfrentamos dias que parecem cinzentos e monótonos, precisamente ali está o Senhor, que nos chama, fala-nos e inspira as nossas ações.

No entanto, há uma segunda pergunta: como reconhecer e acolher o Senhor? Devemos permanecer acordados, alerta, vigilantes. Jesus avisa-nos: há o perigo de não perceber a sua vinda e de não estar preparado para a sua visita. Recordei noutras ocasiões o que Santo Agostinho disse: “Temo o Senhor que passa” (Serm. 88.14.13), ou seja, temo que Ele passe e eu não O reconheça!

De fato, Jesus diz das pessoas do tempo de Noé que comiam e bebiam “e não deram por nada até chegar o dilúvio” (v. 39). Prestemos atenção a isto: eles não repararam em nada! Estavam preocupados com as próprias coisas e não se aperceberam que o dilúvio estava a chegar. De fato, Jesus diz que quando Ele vier, «estarão dois homens no campo: um será levado e o outro será deixado» (v. 40). Em que sentido? Qual é a diferença? Simplesmente que um foi vigilante, esperava, capaz de discernir a presença de Deus na vida diária; o outro, ao contrário, estava distraído, “ia vivendo”, e não se deu conta de nada.

Irmãos e irmãs, neste tempo de Advento, deixemo-nos despertar do torpor e acordemos do sono! Perguntemo-nos: estou consciente do que vivo, estou alerta, estou desperto? Procuremos perguntar-nos: estou ciente daquilo que vivo, estou atento, estou acordado? Procuro reconhecer a presença de Deus nas situações quotidianas, ou estou distraído e um pouco sobrecarregado com as coisas? Se hoje não estivermos conscientes da sua vinda, também não estaremos preparados quando Ele chegar no final dos tempos.

Portanto, irmãos e irmãs, mantenhamo-nos vigilantes! À espera que o Senhor venha, à espera que o Senhor se aproxime de nós, pois Ele está presente, mas esperemos vigilantes. Que a Virgem Santa, Mulher da espera, que soube captar a passagem de Deus na vida humilde e escondida de Nazaré e o acolheu no seu ventre, nos ajude neste caminho a estar atentos para esperar o Senhor que está entre nós e passa.

Papa Francisco. Angelus, 27 nov. 2022 (Fonte: vatican.va)

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A pura verdade

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Precisam se concentrar longamente para afinal concluir que dois e dois são cinco

Precisam se concentrar longamente para afinal concluir que dois e dois são cinco

Atualmente, se não tomarmos cuidado, facilmente nos transformamos numa ilha de desinformação e ignorância, cercada de mentiras por todos os lados. Nas redes sociais, então, só com muita paciência se pode lançar as redes e pescar uma verdade, no vasto mar de boatos, distorções e puro e simples mau-caratismo que aparecem na tela. Os absurdos mais escabrosos são apresentados como se fossem revelações divinas, finalmente colocadas ao alcance da humanidade, bastando para isso que os homens simplesmente acreditem. Não percam tempo pensando, apenas creiam.

E já que é assim, já que se pode contar qualquer lorota, já que o besteirol goza de tão amplo prestígio, já que Bertrand Russel estava certo ao dizer que “Tolos e fanáticos estão sempre cheios de convicção, enquanto os sábios estão sempre cheios de dúvidas”, também eu resolvi fazer algumas revelações, sabendo que não faltará quem nelas acredite. De antemão vou avisando que, como diria o poeta Manoel de Barros, só dez por cento é mentira, o resto é invenção. Acredite quem quiser e não me venham depois cobrar explicações. Pois bem, é fato comprovado que:

Finalmente chega ao mercado a vacina contra a burrice, criada nos renomados laboratórios ingleses Feiquenils. Com uma só dose, mesmo quem acha que raiz quadrada é um tubérculo comestível e prova dos nove é time de futebol com dois jogadores expulsos, sairá da farmácia explicando matemática quântica como quem ensina o bê-á-bá. Com uma dose de reforço, suas teorias farão Einstein parecer um menino de quinta série, e daqueles que precisam se concentrar longamente para afinal concluir que dois e dois são cinco.

Todos os supermercados da cidade doarão todo seu estoque aos pobres. A partir de amanhã e pelo prazo de um ano, tudo será de graça para quem comprovar que vive (ou morre) com até dois salários-mínimos. É só chegar e encher o carrinho, melhor ainda: os carrinhos. De uísque a água sanitária, de foie gras a molho de tomate, de computadores a banana d’agua, é só pegar e levar. Não importa se o seu sonho de consumo é uma peça de filé mignon, uma caixa de vinhos franceses ou um pacote de biscoitos Aimoré: é tudo grátis. Para evitar filas e demoras, o atendimento será por ordem alfabética dos sobrenomes: uma letra por dia. Não se preocupe se seu nome é Antônio Zwygness: seu dia vai chegar.

Indivíduos em atitude suspeita” não mais serão abordados pela polícia, e sim por equipes multidisciplinares, que contarão com psicólogos, médicos e nutricionistas. Todos dedicados a entender o que vem a ser essa tal “atitude suspeita”. Enfim, o diálogo substituirá pancada, a mão estendida substituirá o cacetete. Joelho no pescoço, never more! E, no caso de o “indivíduo” vir a ser preso, cumprirá integralmente a pena recebida, mas somente após julgamento rápido e com a devida assistência jurídica. E mais: em presídios modernos, que substituirão as atuais masmorras. O lema desses novos tempos deverá ser escolhido entre “Pobre também é gente” e “Ninguém é culpado até ter culpa provada”. Os mais internacionalizados preferem “Black lives matter”.

William Bonner se confessa comunista. Num inesperado ataque de sinceridade, Bonner declarou sua verdadeira inclinação política.  Em pleno Jornal Nacional, o apresentador garantiu que desde criancinha reza pela cartilha vermelha e que, aliás, foi alfabetizado lendo O Capital e que seus ídolos sempre foram Marx, Mao Tse Tung, Castro e, no Brasil, Luís Carlos Prestes. Diante da cara de dúvida dos telespectadores (ele as vê, assim como é visto), disse que foi infiltrado na Rede Globo para desmascarar a emissora, mas, em vista do salário que vem recebendo dos Marinhos, ainda não teve coragem para cumprir a missão que lhe foi confiada pelo Partido.

Quer ter acesso a outras notícias tão verdadeiras quanto essas? É só entrar nas redes sociais, ler e ouvir. Mas nada de se meter a ficar questionando, hem!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

E a Covid me pegou

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Estava tudo pronto para viajar para Gramado-RS, para assistir o famoso Natal de Luz, uma programação natalina para turistas, muito concorrida de outubro a janeiro, naquela cidade gaúcha. Iríamos para o Rio no último dia 21, uma segunda-feira, e pegaríamos o voo da Azul às 9h15 com chegada prevista para Porto Alegre às 11h. Depois era só subir a serra para Gramado e começar nosso passeio turístico.

Estava tudo pronto para viajar para Gramado-RS, para assistir o famoso Natal de Luz, uma programação natalina para turistas, muito concorrida de outubro a janeiro, naquela cidade gaúcha. Iríamos para o Rio no último dia 21, uma segunda-feira, e pegaríamos o voo da Azul às 9h15 com chegada prevista para Porto Alegre às 11h. Depois era só subir a serra para Gramado e começar nosso passeio turístico.

Ledo engano, pois no sábado, 19, tive uma crise de constipação nasal como há muito não a tinha e sem descongestionantes em casa, passei uma noite de cão, sem conseguir respirar pelo nariz. No domingo, 20, com o uso de descongestionantes orais, me senti melhor, mas com uma sensação ocasional de fôlego curto, apesar de não ter falta de ar, tosse ou febre. Dormi bem à noite, às custas da medicação, mas algo me dizia que apesar de ser uma gripe mais forte, seria bom fazer o teste nasal para a Covid.

Também me deixava um pouco preocupado o fato de ter tomado a vacina contra a gripe e não ser usual, pelo menos em mim, essas manifestações fortes de gripe, pós vacina. Além do mais, iria pegar um avião onde o ambiente é fechado, o que poderia colocar em risco a saúde de outras pessoas. Sem falar que estaria fora da minha cidade, o que é sempre preocupante se advém uma intercorrência seja ela qual for, ainda mais uma que requer confinamento.

Segunda feira bem cedo, o laboratório Rodolpho Albino abre às sete da matina, peguei o carro e fui tirar a prova dos nove, pois caso fosse negativo, poderia manter a programação da viagem e me tranquilizar. Cheguei em casa, fechei as malas e fiquei aguardando uma comunicação do laboratório. Não demorou muito o telefone tocou e tive a desagradável notícia de que o exame estava positivo; eu era mais uma vítima da gripe chinesa, na sua variante menos agressiva.

O jeito foi desfazer as malas e começar o período de isolamento, que felizmente é mais leve. Isso porque a sintomatologia é mais amena, sem o incômodo da perda do paladar ou do olfato, sem tosse marcante, no meu caso com pouca expectoração, sem falta de ar, mas como já disse, com uma sensação ocasional de fôlego curto e uma comprovação de que algo está diferente. Foi aí que começou minha pós-graduação em Copa do Mundo.

Com jogos às 7h e 10h e mais um às 16h, todos os dias, além de uma programação extensa de comentários e informações sobre a competição, entremeado com a leitura de bons livros, a quarentena ficou mais leve e mais fácil de suportar. Mas, é o tipo de comprometimento que não se deseja para o nosso pior inimigo.

Apesar de estar sendo chamada de uma variante ambulatorial, pois a maioria das pessoas acometidas não precisam de internação hospitalar e muito menos de UTI, pelo passado recente dos acontecimentos dos últimos dois anos, é uma doença que sempre traz preocupação para quem testa positivo.

Munido de um atestado médico e da comprovação da positividade do exame, liguei para a agência de viagens comunicando a impossibilidade de viajar e solicitando uma remarcação da mesma. Depois de três dias recebi um comunicado de que tinham conseguido transferir para o período compreendido entre 6 e 13 de janeiro de 2023, ainda dentro da programação do Natal de Luz cujo término é no dia 15 de janeiro. Tive de pagar uma diferença, pois é alta temporada e as passagens de avião estão mais caras.

Apesar de ser após o período natalino, não creio que terá menos brilho, pois segundo várias pessoas com quem já conversei e que foram a esse evento, vale a pena porque ele é muito bonito. Sem falar que Gramado é uma cidade linda e que ainda teremos, incluído no programa, uma viagem de maria fumaça, visita a vinícolas e um almoço tipicamente italiano.

Na última segunda feira, 28, exatos sete dias após a positividade, o exame negativou e eu, pelo menos por enquanto, fiquei livre dessa praga.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A VOZ DA SERRA, se fosse música, seria “Emoções”!

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

“Vejam só que festa de arromba” o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe para prestarmos merecidas homenagens ao “Tremendão”, Erasmo Carlos, que nos deixou na semana passada, indo encantar as esferas celestiais. Eu gostaria de cantar: “Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor, porque veio a saudade visitar meu coração...”. Contudo, como sempre estivemos distantes fisicamente, assim continuaremos, embora tenhamos mil maneiras de mantê-lo presente com a riqueza de legado que ficou de sua existência terrena.

“Vejam só que festa de arromba” o Caderno Z do último fim de semana nos trouxe para prestarmos merecidas homenagens ao “Tremendão”, Erasmo Carlos, que nos deixou na semana passada, indo encantar as esferas celestiais. Eu gostaria de cantar: “Escrevo-te estas mal traçadas linhas, meu amor, porque veio a saudade visitar meu coração...”. Contudo, como sempre estivemos distantes fisicamente, assim continuaremos, embora tenhamos mil maneiras de mantê-lo presente com a riqueza de legado que ficou de sua existência terrena. E o “Z” rege o espetáculo e pergunta: “Por que a música está relacionada com as nossas emoções?”. Charles Darwin a classificou como “uma das mais misteriosas habilidades do ser humano”. Nietzsche pensou bem: “Sem música, a vida seria um erro”. E seria mesmo um erro se não tivesse surgido a Bossa Nova, a Jovem Guarda, o movimento tropicalista, citando apenas alguns que revolucionaram gerações.

Uma coisa é certa: a música não tem idade e muito menos quem a produz. E pensar que Vinicius de Moraes, nascido em 1913, é tão atual, quanto Tom Jobim, de 1927. A importância da idade é simplesmente pelo fator de resistência, de se manter atual, assim como seguem Caetano, Chico, Milton, Gil e o Rei, Roberto Carlos, que estão entre os maiores músicos brasileiros. As mulheres também se enquadram nas eternidades musicais como Elis, Elza Soares, Rita Lee, Bethânia, Cassia Eller e Gal.

No samba, os bambas estão bem representados: Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Paulinho da Viola, Jorge Aragão e os inesquecíveis, Cartola, Beth Carvalho, Noel Rosa e Pixinguinha. E surge Wanderson Nogueira, nosso filósofo, com as suas máximas: “Quem desenha música é um esperançoso tenaz. Um inventor de velhas coisas novas, ainda que sabedor de que quase tudo já foi criado, segue a criar inéditas canções. Lindo!

Deixamos o Caderno Z e seguimos levados pelo grito de protesto do Cão Sentado, na charge de Silvério, “Não à violência contra as mulheres”! Passa o tempo, avançam as legislações e os modos de evolução humana, mas, a violência contra as mulheres continua sendo pauta de noticiários. Muito se tem feito para conter todas as formas de agressões, como a criação da Lei Maria da Penha. No Estado do Rio são 14 delegacias de atendimento à mulher. Em Nova Friburgo, a delegada Mariana Thomé de Moraes, em entrevista para Christiane Coelho, esclareceu que a Deam, que funciona ao lado da 151ª DP, dispõe de Medidas Protetivas de Urgência e demais serviços para “acolhimento e segurança, inclusive no período após o registro da ocorrência”.

Proteger e cuidar também é a missão do Corpo de Bombeiros Militar que, para aumentar os recursos de atendimento, fez Curso de Busca, Resgate  e Salvamento com Cães, com o objetivo de agilizar, em caso de tragédia, o socorro às vítimas. O secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Leandro Monteiro, ressalta que a corporação investe em capacitação frequente e modernização de equipamentos, “visando salvar e proteger bens em qualquer época do ano”.         

De modo oposto ao bem, atua o vandalismo, ferindo o bem público. Desta vez, vandalizaram o prédio do antigo fórum, onde se localiza a Justiça Eleitoral. Não satisfeitos, estenderam a deplorável ação, ao prédio da OAB, com pichações de “Lixo” e “AI-5 Já”. O presidente da OAB local, Alexandre Valença, declarou, entre muitas considerações, que a entidade repudia as pichações, “mantendo-se firme na trincheira de defesa da soberania popular, sobretudo aquela que se manifesta através do voto.”

Em “Sociais”, um time de queridas em destaque. A formatura de ensino médio de Maria Rita, filha de Chris Coelho, jornalista, colaboradora de AVS e Patrick Faez. Nossa diretora Adriana Ventura, brilhante e competente, aniversariante do dia 27. Tia Carmelita Bispo festejando 94 anos de vida inspiradora, justo nesta terça, 29. Parabéns, queridas! A novidade é fazer aniversário em novembro, em plena Copa do Mundo. E tudo, enfim, reluz no clima natalino e a cidade é “Um Encanto de Natal: O Espetáculo”. 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Deliciosa fumaça em pó!

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Hoje em dia realmente existe tudo para se comprar e consumir, algumas das coisas ou produtos até mesmo surpreendentes.

Um deles, verificado casualmente por esta coluna e que se encontra a venda em lojas de temperos, grãos e também em alguns hortifrutis, é nada mais, nada menos, que fumaça em pó.

E segundo também constatamos, este diferente tipo de produto aromático é idêntico ao natural aroma de fumaça, utilizado para realçar carnes e outros produtos deixando no sabor aquele gostinho de defumados.

 

Luisa chegou chegando!

Hoje em dia realmente existe tudo para se comprar e consumir, algumas das coisas ou produtos até mesmo surpreendentes.

Um deles, verificado casualmente por esta coluna e que se encontra a venda em lojas de temperos, grãos e também em alguns hortifrutis, é nada mais, nada menos, que fumaça em pó.

E segundo também constatamos, este diferente tipo de produto aromático é idêntico ao natural aroma de fumaça, utilizado para realçar carnes e outros produtos deixando no sabor aquele gostinho de defumados.

 

Luisa chegou chegando!

O ex-vereador, professor universitário e figura bem conhecida de Nova Friburgo, Marcelo Verly, acaba de reviver a felicidade de ser pai novamente. É que para alegria toda especial dele e sua  esposa Júlia, nasceu na noite do último dia 21, a filhinha Luísa Menezes Pacheco Verly de Lemos, que aparece aí na foto com os pais corujas.

Parabéns ao querido casal com votos de um mundo de felicidades para a princesinha Luísa.

 

Dia bem impróprio

O próximo 18 dezembro, que será o último domingo antes do Natal, tornou-se um dia complicado para agendamentos e realizações das tradicionais confraternizações de amigos, clubes, empresas ou entidades por conta do final do ano.

É que para esta data, ao meio-dia, está marcada a decisão da Copa do Mundo e por isso, muitos churrasqueiros e buffets não assumiram nenhum compromisso funcional, inclusive porque seus funcionários também estarão ligados na telinha, com ou sem o Brasil em campo.

 

Lançamento em Niterói

Bastante concorrido e prestigiado por inúmeros convidados, na tarde do último sábado, 26, no Solar do Jambeiro, no bairro Ingá em Niterói, como aqui em Nova Friburgo já aconteceu meses atrás, o lançamento do livro da imigração suíça no Brasil “Esperança Suíça-Brasil 1818 - Romance Herdi Jevoux Lemgruber”, de autoria de Helena A. Figueira e revisão genealógica de Darli Bertazzoni Barbosa.

Houve também durante o lançamento, a realização de mesa redonda contando, além da autora Helena Figueira, com a genealogista pesquisadora especialista em imigração suíça, Solange Barbosa e a psicóloga especialista em constelação familiar Perla Filizzola. Muito bom, nota dez. Aí nas fotos, Solange e Perla com a escritora Helena Figueira.

 

Espaço HBM em Olaria

O vereador Isaque Demani teve aprovado por unanimidade semana passada, seu projeto de lei 108/2021 que dá denominação de Espaço Cidadania Prefeito Heródoto Bento de Mello à antiga Praça Ceu (Centro de Esportes Unificados), na Via Expressa, em Olaria.

 

Medalha Tiradentes para ele!

No próximo dia 16 o admirado empresário de Nova Friburgo André Chianca já tem agendado para às 10h, no Rio de Janeiro, um compromisso de muita satisfação.

Assim como já ocorreu com outros admirados friburguenses, ele vai receber na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes, por proposição aprovada por unanimidade e que vem a ser, a maior honraria do nosso Estado.

 

Aniversário de Bodas

Minhas congratulações ao atual secretário municipal de Finanças, Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Gestão de Nova Friburgo, Rodrigo França Silva e sua querida esposa Luana Lima de Souza França Silva, que completam 19 anos de feliz união matrimonial, nesta terça-feira, 29, portanto, "Bodas de Água Marinha". Parabéns!

 

Que sufoco, Brasil!

No jogo de ontem, 28, pela Copa, contra o país do chocolate, que sufoco a nossa seleção passou, mas valeu. Estamos mais perto das oitavas de final.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Até os dedos dos pés têm seus conflitos

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Ao avaliar os textos que Nívea Maria Dutra Pacheco enviou à Academia Friburguense de Letras no intuito de tornar-se acadêmica, eu me deparei com uma questão que faz parte do quotidiano, o conflito. Em seu artigo “Mediação de Conflitos, Um Novo Paradigma, in Direito”, publicado na coletânea, “Cidadania e Processo”, editado em 2015 pela Editar, comecei a refletir sobre o assunto, especialmente do modo como lidamos com ele na vida diária.

Ao avaliar os textos que Nívea Maria Dutra Pacheco enviou à Academia Friburguense de Letras no intuito de tornar-se acadêmica, eu me deparei com uma questão que faz parte do quotidiano, o conflito. Em seu artigo “Mediação de Conflitos, Um Novo Paradigma, in Direito”, publicado na coletânea, “Cidadania e Processo”, editado em 2015 pela Editar, comecei a refletir sobre o assunto, especialmente do modo como lidamos com ele na vida diária. Como sou formada em pedagogia e minha visão de mundo tende ao pensamento explicativo e conceitual da filosofia, vi nesse artigo uma praticidade com a qual não estou habituada a refletir. O conflito tem de ser resolvido!

Cá para nós, estamos cercados de visões diferentes, como a religiosa, a psicológica, a social, a geográfica. Cada campo aborda o conflito de um modo particular. Por sua vez, a literatura abraça todas. E, nós, meros viventes mortais, estamos enrolados com conflitos diversos. Inclusive, até os dedos dos pés, volta e meia, são prejudicados por estarem em desarmonia com sapatos, pisos e pés de móveis. Pobre mindinho!

Os conflitos podem ser compreendidos a partir de formas distintas de interpretar os interesses divergentes, a legitimidade dos modos de pensar e agir. As disputas de posse não tomam conta dos quartos em que duas crianças ou mais compartilham? Enfim. O conflito é necessário e faz parte da nossa vida. Emerge da adversidade e implica no prejuízo de uma ou mais partes envolvidas. Faz parte do processo dinâmico da interação humana, isto é, entre indivíduos, grupos, organizações e coletividade. 

O desenvolvimento, seja individual, coletivo, institucional ou familiar, está relacionado aos modos como as questões adversas são negociadas, e a ideia de cooperação ganha importância suprema. Até nos nossos conflitos pessoais podemos contribuir ou não para que sejam resolvidos. Ah, como tem gente que emperra e dificulta as situações! Nas circunstâncias mais simples, como situações relacionadas à vizinhança. Os conflitos exigem atenção e tratamento objetivo. A vida é rápida demais para que fiquemos tropeçando na mesma pedra.

Todas as pessoas envolvidas nos conflitos têm responsabilidade diante do problema. Ninguém é ingênuo e vítima, não há vencedores e perdedores. Todos coexistem na situação problemática que necessita de uma solução inteligente e eficiente entre as partes. O diálogo e o acordo são vantajosos para os implicados. 

O artigo da Nívea assinala que vivemos numa cultura que alimenta o litígio, que estende as situações pendentes e não resolvidas. E não é verdade que existe uma dificuldade imensa na praticidade das soluções? Entretanto, a ética, os princípios que orientam o comportamento humano e refletem as normas, os valores e os direitos do cidadão, não podem estar ausentes das formas como as soluções dos conflitos serão buscadas e definidas. 

  Para finalizar, deixo uma frase de Daisaku Ikeda, 1928, mestre budista: “Obviamente, desde que somos seres humanos, eternamente existirão algumas espécies de conflitos, rivalidades ou mesmo divergência de opiniões. Entretanto, terminantemente, jamais haverá necessidade de nutrirem-se de ódio ou mesmo matarem-se uns aos outros.”

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Arena elegeu 44 prefeitos no Estado do Rio e o MDB, 15

sábado, 26 de novembro de 2022

Edição de 25 e 26 de novembro de 1972 

(*) Pesquisado por Nathalia Rebello 

Manchetes 

Edição de 25 e 26 de novembro de 1972 

(*) Pesquisado por Nathalia Rebello 

Manchetes 

Arena elegeu 44 prefeitos no Estado do Rio e o MDB, 15 -  A Arena elegeu, numericamente, o triplo dos prefeitos no Estado do Rio. O partido do governo foi, portanto, o grande vencedor das eleições municipais, além de deter o poder nas cidades onde o Executivo é nomeado, como Niterói, Santo Antônio de Pádua, Duque de Caxias e Angra dos Reis. O presidente da Arena fluminense, e o governador Raymundo Padilha, consideraram muito importante as vitórias que a Aliança Renovadora Nacional obteve nos grandes centros urbanos do Estado, destacando a enorme perda peemedebista, ficando em significativa minoria na Câmara de Niterói, onde a oposição desde muito era tradicionalmente vencedora e, o triunfo de seus candidatos, por exemplo, em duas grandes cidades da Baixada como Nova Iguaçu e Nilópolis. Sustentam que os trabalhadores nos grandes centros urbanos consagraram a Arena por reconhecerem a grandeza da obra que os governos da Revolução realizam desde 1964. Para eles os triunfos obtidos pela Arena, além da Baixada, em Volta Redonda, Barra Mansa, São Gonçalo, Itaperuna e Resende que reúnem importantes núcleos industriais, coroam a obra do presidente Médici de aproximação definitiva entre a Revolução e os trabalhadores. Destacaram também que nas quatro cidades em que os prefeitos são nomeados, a Arena conseguiu bancadas majoritárias nas Câmaras de Vereadores, deixando, quando muito, para o partido adversário, um terço da representação proporcional. 

Prefeito Feliciano Costa finaliza as duas maiores obras do seu governo: Novo prédio da Faculdade de Odontologia e Mercado do Produtor - Obras de extrema relevância já em fase final. 

Pílulas 

→ Muitos perguntam a razão, a lógica, os grandes motivos, as determinantes da dilatação numérica que resultou na estrondosa e espetacular vitória emedebista ao Executivo friburguense, no pleito realizado no dia 15 passado. A história resumidíssima é simples: o eleitorado na sua soberania e independência absoluta, preferiu o dr. Amâncio Azevedo de maneira a não deixar dúvidas. O massacre de votos contrários ao candidato arenista, pode ser apreciado por muitos ângulos e servir para “embalar’ esperanças e amenizar um turbilhão de desilusões, mas a verdade é que fica gravada na história de nossa terra

→ O MDB festejou intensamente a sua bonita e incontestável vitória. Passeatas, desfiles de escolas de samba, discursos em profusão, foguetório, etc., numa euforia que atingiu o seu "clímax" na Olaria do Cônego. 

→ A nossa posição na eleição que se processou recentemente foi uma só, sem variações, e sem tergiversações, sem esperar as perspectivas e os prognósticos, sem esperar o resultado do jogo do bicho então para jogar. Ficamos, desde o início de sua campanha com a candidatura Ariosto a ela dando tudo o que possuímos em benefício de sua vitória. Tendo dado tudo graciosamente, delicadamente, às claras e como procedem os que têm uma só cara. Sempre tivemos uma posição definida. Nunca ficamos no muro. Jamais admitimos a salafrária posição dos urubus da ilha, que do ponto mais alto tudo se divide em seu derredor e assim podem escolher a melhor situação para abocanhar a caça… 

→ Na democracia o perde e o ganha são as constantes. No exercício dela - a democracia - ninguém se eterniza. O eufemismo da vitória tem sabor passageiro, mas no seu início faz com que os vitoriosos se esqueçam que as derrotas virão muito mais depressa do que imaginam.

→ Este jornal, é com orgulho que dizemos, Jamais se aluga ou se vende. Quando apoiamos ou criticamos alguém ou alguma coisa, em toda a história não existe dinheiro, vantagens, quaisquer interesses menos digno. Todas as nossas posições e campanhas na política foram total e absolutamente gratuitas, para os beneficiados por elas. Estamos desafiando contestações. Em política partidária sempre oferecemos, invariavelmente demos, sem nada querer ou receber. Neste 15 de novembro que passou, também aconteceu. Exata e rigorosamente assim. 

E mais… 

  • Dia Universal de Ação de Graças 
  • Abstenção em Friburgo 
  • Dados estatísticos do pleito em Friburgo 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Paulo Folly, Adriana Ventura e Esther Pecly (27); Mariana Hottz (28); Débora de Almeida, Mário Haiut, Carlos Augusto Badini e Margherita Torres (29); Vera Luterbach, Johann Evangelista e José Namen (30); Johannes Weidauer e José Maria Coutinho (1º de dezembro).

(*) estagiária sob a supervisão de Henrique Amorim 

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.