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Finda a fase de grupos e começa o mata-mata da Copa

terça-feira, 06 de dezembro de 2022

Já recuperado da gripe chinesa e tendo voltado às atividades normais, continuei a acompanhar os jogos da Copa do Mundo, pois com a chuva que cai em Friburgo e no Brasil inteiro nesses últimos dez dias, além de um bom livro, o futebol é um ótimo passatempo. Vi grandes jogos e tive grandes surpresas ou zebras, como se diz no jargão do velho esporte bretão, como a constatação de que a França (atual campeã do mundo), a Inglaterra secundadas pela Argentina e a Holanda estão entre as favoritas para se sagrarem campeãs do mundo, neste 2022.

Já recuperado da gripe chinesa e tendo voltado às atividades normais, continuei a acompanhar os jogos da Copa do Mundo, pois com a chuva que cai em Friburgo e no Brasil inteiro nesses últimos dez dias, além de um bom livro, o futebol é um ótimo passatempo. Vi grandes jogos e tive grandes surpresas ou zebras, como se diz no jargão do velho esporte bretão, como a constatação de que a França (atual campeã do mundo), a Inglaterra secundadas pela Argentina e a Holanda estão entre as favoritas para se sagrarem campeãs do mundo, neste 2022.

Gratas surpresas foram as seleções asiáticas Japão e Coréia do Sul que conseguiram chegar às oitavas de final e as equipes da Arábia Saudita e de Gana, da África também nessa fase. Aliás, essa competição do Qatar é a primeira em que todos os continentes se fizeram representar, pois não podemos deixar de assinalar, também, a Austrália, representante da Oceania, na chamada fase do mata-mata. Na realidade o que se constata é que essas seleções progrediram muito no aspecto tático e físico, mas como ainda carecem de mais experiência internacional, não conseguem chegar mais longe. Isso aconteceu com o Brasil, em 1930, quando disputou a primeira Copa do Mundo, em Montevidéu, no Uruguai, em 1934 na Itália e em 1938, na França.

Com o início da segunda guerra mundial, houve uma interrupção da competição até 1950, aquela que foi disputada no Brasil, e que produziu o famoso maracanaço, quando a equipe canarinho precisando de apenas um empate para sagrar-se campeã do mundo, foi derrotada pelo Uruguai pelo placar de 2 a 1. Foi uma tragédia nacional, pois a seleção brasileira era excelente com jogadores que até hoje se inscrevem na galeria de craques, como Zizinho e Ademir secundados por Barbosa, Juvenal e Friaça.

Apesar de ficar marcado pelo famoso gol de Ghiggia, o segundo do Uruguai e do bicampeonato, era um grande goleiro. Mas, a seleção canarinho já atingira tarimba internacional tanto que oito anos mais tarde conquistaria seu primeiro título, na Suécia. Isso não impediu a segunda vergonha nacional, quando foi goleada por 7 a 1, em pleno Mineirão, pela seleção da Alemanha, que tornou-se a campeã da competição máxima do futebol mundial, em 2018, no Brasil.

Quanto ao jogo da nossa seleção contra a Coreia do Sul pelas oitavas de final na última segunda-feira, 5, tivemos um primeiro tempo para não botar defeito quando, em pouco mais de 30 minutos, liquidamos a fatura fazendo 4 a 0. No segundo tempo, os coreanos fizeram o gol de honra fechando o placar em 4 a 1. A seleção brasileira é também uma favorita para o título e a exibição desta segunda, assim como o desempenho obtido na partida contra a Sérvia, na fase de grupos, a coloca como candidatíssima ao hexacampeonato. Apesar da derrota para Camarões, quando jogou com o time reserva, só sofreu dois gols o que mostra a solidez de nossa defesa.

Diga-se de passagem, que nossos reservas jogam em times de ponta na Europa, onde são titulares absolutos, mas não tem o entrosamento da equipe titular e em futebol, um esporte coletivo, isso conta muito. Naquele jogo tivemos muitas chances de gol, que foram desperdiçadas ou pelas ótimas intervenções do goleiro de Camarões ou pela ânsia de marcar o gol na conclusão final.

Eu, se fosse o Tite, até pouparia alguns titulares já que a Copa é uma competição curta e com pequeno intervalo de tempo entre um jogo e outro, mas jamais o time inteiro. A própria França fez a mesma coisa e se deu mal, na derrota para a Tunísia por 1 a 0.

Se passarmos pela Croácia nesta sexta-feira, 9, ao meio-dia, vamos enfrentar o vencedor da Argentina contra a Holanda, outro jogo das quartas de final. Quem quer ser campeão não escolhe adversários tem mais é que vencê-los para chegar à finalíssima que, para mim, será uma repetição da Copa de 1998. Para mim a França e o Brasil são os dois grandes favoritos para levantar a taça Jules Rimet e que no Qatar sejamos nós.

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Ineficiência do Detran

terça-feira, 06 de dezembro de 2022

“Se não bastasse a via crúcis que o motorista de Nova Friburgo vem enfrentando nas últimas semanas para dar andamento aos procedimentos necessários para a renovação da carteira de habilitação, depois de inúmeras tentativas, enfim, consegui agendar, pelo site do Detran, o atendimento para ontem, 6. Mas, saí da unidade, na Avenida dos Ferroviários, sem resolver nada, pois o sistema de informática estava fora do ar. E isso, pelo que soube lá, vem acontecendo rotineiramente.

“Se não bastasse a via crúcis que o motorista de Nova Friburgo vem enfrentando nas últimas semanas para dar andamento aos procedimentos necessários para a renovação da carteira de habilitação, depois de inúmeras tentativas, enfim, consegui agendar, pelo site do Detran, o atendimento para ontem, 6. Mas, saí da unidade, na Avenida dos Ferroviários, sem resolver nada, pois o sistema de informática estava fora do ar. E isso, pelo que soube lá, vem acontecendo rotineiramente. O Detran costuma conceder cinco dias úteis para o motorista voltar à unidde sem agendamento para fazer o procedimento da renovação da CNH, mas sem a garantia que o sistema estará operante. Ou seja, é um descaso. Pois para voltar lá mais vezes, há despesa com transporte e transtornos para quem trabalha. E o pior é que pagamos por isso. Só o Duda de renovação custa R$ 173,03.”

Antônio Pereira    

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AVS é uma seleção de craques da informação!

segunda-feira, 05 de dezembro de 2022

Para uma caçadora de cometas, o Caderno Z do último fim de semana trouxe um prato cheio de estrelas, onde me atrevo a degustar o banquete astronômico para festejarmos o Dia Nacional da Astronomia. A data escolhida, 2 de dezembro, celebra o aniversário de D. Pedro II que, entre tantos predicados, era astrônomo amador. Em 1858, nosso imperador contemplou os céus de Recife-PE e, certamente, se encantou com as imagens da cúpula móvel da Torre Malakoff.

Para uma caçadora de cometas, o Caderno Z do último fim de semana trouxe um prato cheio de estrelas, onde me atrevo a degustar o banquete astronômico para festejarmos o Dia Nacional da Astronomia. A data escolhida, 2 de dezembro, celebra o aniversário de D. Pedro II que, entre tantos predicados, era astrônomo amador. Em 1858, nosso imperador contemplou os céus de Recife-PE e, certamente, se encantou com as imagens da cúpula móvel da Torre Malakoff. Com muito menos aparatos, em meados de 1982, eu me encantei com o céu, quando mamãe, com seu modesto telescópio, nos mostrou Saturno, com visão até dos seus anéis. Admirada, perguntei: - Mãe, como você conseguiu, no meio de tantos astros, descobrir essa joia? – E ela, na intimidade do seu saber, explicou: “Minha filha, são estudos, livros, mapas, noites e noites de vigília, de expectativas até de bom tempo!...”.

O céu de Nova Friburgo oferece espetáculos incríveis, como tem sido no Reserva Chalé, em Três Picos. Solange Fragoso e João Pedro Caminha são hóspedes assíduos no espaço, de propriedade de Simoni e de seu marido Márcio Lucena. Quem também “vasculha o exuberante céu noturno”, no Reserva, é a médica Solange Lopes, que tem como hobby, fotografar, registrando “para sempre, em imagens, frações do tempo”.

O professor Reinaldo Ivaniscka, diretor do Planetário de Nova Friburgo, lamentou a falta de apoio dos governos municipal e estadual, que “pouco fazem para manter o funcionamento do local, que precisa de obras de recuperação e manutenção. Mesmo assim, afirma o professor: “Mas o Planetário de Nova Friburgo não parou e não irá parar por causa disso...”. Com o retorno das atividades presenciais, só neste ano, o espaço recebeu 775 alunos de mais de 20 escolas friburguenses e de cidades vizinhas.

Turisticamente, é uma via pouco transitável em Nova Friburgo, pois valoriza-se mais os astros da mídia. Contudo, vamos acreditar nas estrelas cadentes? Wanderson Nogueira nos convida a imitar os ingênuos, porque somente eles “sonham sorrindo – farão pedidos ...”.  Os esperançosos... foram “eles que nos trouxeram até aqui. Serão os esperançosos que nos farão caminhar e resistir ao sempre presente mal...”.

A melhor forma de combater o mal é, justamente, multiplicar o bem. E ficamos mais esperançosos ainda, quando um “grupo clandestino” atua em função do bem. Estamos falando do “Clandestinos em Ação” liderado pela união de ciclistas da cidade, que arrecadou uma tonelada de alimentos para instituições de caridade. Outra ação solidária é promovida pela Diocese de Nova Friburgo por intermédio do “S.O.S. Norte Fluminense”, que recolhe donativos para ajudar moradores desabrigados pelos temporais em Macaé, Carapebus e Conceição de Macabu. Parabéns a todos pelas ações do bem!

Posso traduzir como “emocionante – estimulante”, a matéria de Christiane Coelho sobre a nossa artista mirim, Maya Veronese. A menina, aos 9 anos de idade, foi convidada a expor seus quadros no Louvre, o museu mais importante de Paris. O evento será em outubro de 2023, mas sua mãe, Camila Veronese, incentivadora da filha, já promove os recursos para a apoteótica viagem de Maya. Vamos acompanhar e ajudar!

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, 3 de dezembro, celebrado na charge de Silvério, nos alerta sobre o quanto a cidade pode ainda melhorar em termos de acessibilidade. Basta um olhar atento e as dificuldades saltam aos olhos. Nosso desejo é que o “Encanto de Natal” seja o encanto permanente, com a cidade linda, facilitando a vida de todos. O verdadeiro Natal requer atenções diárias, no espírito fraternal e nas ações solidárias! Contudo, a cidade está linda... luzes, encanto e magia!

O Brasil perdeu para Camarões, mas nós ganhamos a eficiência, de última hora, de Liliana Sarquis. O jogo acabou nos minutos finais de o jornal sair para impressão. Porém, há que se elogiar a rapidez com que a notícia se inseriu na edição. Isso, sim, é marcar um golaço na informação! E Gustavo Valladares: Copa do Mundo é assim. Tipo jogo de xadrez. Só que, claro, muito, muito, muito mais emocionante!”. Haja coração!

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"De Passagem" no cinema

segunda-feira, 05 de dezembro de 2022

Os mais de 300 convidados que superlotaram o ginásio do GPH recentemente para assistir e se encantar com o sensacional espetáculo teatral lítero-musical "De Passagem" dirigido por Jane Ayrão e principalmente os que não puderam presenciar aquela incrível encenação e ouviram falar do seu sucesso, terão uma especialíssima oportunidade no próximo fim de semana.

Os mais de 300 convidados que superlotaram o ginásio do GPH recentemente para assistir e se encantar com o sensacional espetáculo teatral lítero-musical "De Passagem" dirigido por Jane Ayrão e principalmente os que não puderam presenciar aquela incrível encenação e ouviram falar do seu sucesso, terão uma especialíssima oportunidade no próximo fim de semana.

É que no próximo domingo, 11 a partir das 10h será exibido em uma das salas de cinema do Cadima Shopping, o filme da peça "De Passagem". Aí na foto vemos alguns dos personagens do elenco. A entrada será graciosa, porém para amigos que obtiverem seus convites antecipadamente, já que de acordo com a capacidade do cinema, a quantidade é limitada.

Vivas para a Dorita

Na próxima quinta-feira, 8, a conhecida Dorita Fernandes dos Santos, que inclusive já ocupou diversas funções em governos municipais do passado, como numa das gestões do saudoso prefeito Heródoto Bento de Mello, estará completando mais um ano de vida.

Por isso, antecipamos os cumprimentos à aniversariante por sua mudança de idade.

Pendurando a toga

O juiz da 2ª Vara da Justiça do Trabalho, dr. Derly Mauro Cavalcante da Silva (foto), que há alguns anos atua em Nova Friburgo já adiantou  a amigos, entre os quais a este colunista, para minha honra, que está concluindo uma importante fase de sua vida profissional, ao completar 25 anos de magistratura, após também 17 anos dedicado a advocacia.

Após vários anos de dedicação e bons serviços prestados no serviço público, dr. Derly anuncia a sua aposentadoria a partir do mês que vem.

Medalha para Chianca na Alerj

Confirmada para o próximo dia 16 na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), a entrega da Medalha Tiradentes, a maior honraria do Estado do Rio, para o admirado empresário de Nova Friburgo, André Chianca, conforme informou de primeira na última edição, esta coluna.

O que, no entanto, foi involuntariamente omitida, é que a concessão desta importante homenagem ao grande André Chianca, se dá por iniciativa do deputado estadual Sérgio Louback que recebeu aprovação unânime por parte de todos os demais parlamentares.

Diversos friburguenses e convidados dos queridos André Chianca e Sérgio Louback deverão marcar presenças na Alerj.

Presidência a ser renovada

O Grêmio Português de Nova Friburgo, uma das mais queridas e admiradas instituições de Nova Friburgo, realiza importante assembleia na tarde do próximo sábado, 10, em sua sede na Avenida Euterpe Friburguense.

Na importante pauta, eleição e posse de sua nova diretoria e Conselho Fiscal para o biênio 2023/2024, que deverá confirmar para o próximo mandato, a presidência da conhecida Vera Cintra, que antes como vice, assumiu de seis meses cá em substituição a Marcos Kramer que por motivo alheio a sua vontade, teve que se afastar.

Dia do Colunista Social

Embora eu próprio me defina muito mais como colunista de variedades e não propriamente social, inclusive como mostra o próprio titulo desta coluna que há mais de 35 anos é publicada ininterruptamente toda semana aqui em AVOZ DA SERRA, vale frisar a existência de uma data especial.

Na próxima quinta-feira, 8, celebra-se o "Dia do Colunista Social" e por isso, todos que atuam mais especificamente nesta área da nossa comunicação.

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Um Messias diferente

segunda-feira, 05 de dezembro de 2022

A vivência do Tempo do Advento nos conduz a momentos de reflexão e oração voltados para a conversão do coração e a fé no Reino que vai chegar. Os textos bíblicos que nos acompanham neste itinerário fazem lembrar a promessa messiânica do antigo Israel. Os textos do profeta Isaías aprofundam nossa reflexão sobre o Messias esperado. “Nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor. (...) Ele trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos” (Is 11,4).

A vivência do Tempo do Advento nos conduz a momentos de reflexão e oração voltados para a conversão do coração e a fé no Reino que vai chegar. Os textos bíblicos que nos acompanham neste itinerário fazem lembrar a promessa messiânica do antigo Israel. Os textos do profeta Isaías aprofundam nossa reflexão sobre o Messias esperado. “Nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor; sobre ele repousará o espírito do Senhor. (...) Ele trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos” (Is 11,4).

A expectativa da chegada do Messias traz consigo a esperança de um mundo justo onde a concórdia alimente a paz e a prosperidade. A certeza que perpassa esta esperança é que o Justo Juiz vem para quem tem o coração pobre, para os que têm a consciência de que sozinhos não conseguirão levar o peso dos sofrimentos da vida. A justiça tão esperada por Israel não está somente na devolução da Terra Prometida, mas no consolo da alma abatida, na recuperação da força física, psíquica, econômica e existencial.

A paz prometida ultrapassa nossa humilde compreensão: “O lobo e o cordeiro pastarão juntos, o leão, como um boi, se alimentará de palha, e a serpente comerá terra. Nenhum mal nem desordem alguma será cometida, em todo o meu monte santo” (Is 65,25). A promessa indica a reconciliação de toda a criação.

A fé cristã aponta para Jesus Cristo como o cumpridor dessas promessas, apesar de a esperança messiânica parecer ser frustrada por motivo do sofrimento assumido por Jesus. O sentimento de fracasso encheu o coração dos discípulos depois da morte cruenta do Messias. Eles haviam depositado todas as suas esperanças e desejos no Mestre. Contudo, depois da escandalosa morte na cruz, voltaram abatidos à vida anterior. As esperanças em que acreditavam desfizeram-se em pedaços, os sonhos que queriam realizar cedem o lugar à desilusão e à amargura.

O Papa Francisco nos faz recordar que a mensagem evangélica abre as perspectivas da humanidade para além das situações de decepção e tristeza. “Ainda hoje, quando experimentamos a violência do mal e a vergonha da culpa, quando o rio da nossa vida seca no pecado e no fracasso, quando, despojados de tudo, nos parece não ter mais nada, precisamente então é que o Senhor vem ao nosso encontro e caminha conosco” (Papa Francisco, homilia, 28 jul. 2022).

Assim, apesar de parecer que Jesus não satisfaz as expectativas do antigo Israel, podemos perceber que seu poder vai além das esferas deste tempo. E mais, a missão salvífica do Messias que é partilhada com cada cristão não se realiza num passo de mágica. Ela se faz num processo de conversão pessoal que atinge a totalidade do mundo.

A eficácia da ação messiânica está na proximidade e unidade com o Senhor que está presente no nosso caminho, que nos acompanha e nos fala. Para isso é preciso ter o cuidado de não nos deixarmos distrair, como tantas vezes somos levados, pelas futilidades e paixões deste mundo.

Construamos, pois, o reino de paz nos deixando “chacoalhar pelo torpor e despertando do sono” que paralisa (Papa Francisco, Angelus, 27 de novembro de 2022).

Padre Aurecir Martins de Melo Junior é pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Assunção no bairro Bela Vista

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A literatura científica

segunda-feira, 05 de dezembro de 2022

Ao elaborar minha dissertação de Mestrado na PUC-RJ, “A 4ª. e a 5ª. séries do primeiro grau: uma passagem refletida pelos diretores de escolas”, minha orientadora, Menga Ludke, me devolvia o que escrevia com correções incontáveis, que me sugeriam reescrever o texto com mais clareza, objetividade e veracidade. Foram muitas revisões. A cada argumentação que eu apresentava tinha de fundamentá-la com estudos já realizados por autores considerados no meio acadêmico.

Ao elaborar minha dissertação de Mestrado na PUC-RJ, “A 4ª. e a 5ª. séries do primeiro grau: uma passagem refletida pelos diretores de escolas”, minha orientadora, Menga Ludke, me devolvia o que escrevia com correções incontáveis, que me sugeriam reescrever o texto com mais clareza, objetividade e veracidade. Foram muitas revisões. A cada argumentação que eu apresentava tinha de fundamentá-la com estudos já realizados por autores considerados no meio acadêmico. Pesquisei sobre as relações de poder na escola junto aos diretores de escolas públicas e particulares através de entrevistas, utilizando o Survey, técnica de coleta de dados. Busquei leituras em textos atuais e passados, estudei a formação do povo brasileiro e a história da educação desde o período jesuítico. Dentre outras fontes teóricas, pesquisei a Constituição atual e as passadas. Escrevi minha dissertação na biblioteca, mergulhada em livros e cercada de correções durante dois anos de trabalho exaustivo, depois de cumprir vinte e quatro créditos em aulas teóricas, não podendo tirar nota abaixo de oito, pois tinha bolsa de estudos. Enfim, apresentei a dissertação em 1989 para uma banca formada pela minha orientadora e dois professores. Fui aprovada por unanimidade. Mas ainda tive que fazer melhorias no texto para que fosse publicada. 

Foi naquele período que comecei a aprender a escrever. As correções da minha orientadora, apesar de me incomodarem e causarem desânimo, me fizeram entender que escrever não é uma tarefa fácil. É desafiadora porque ao mesmo tempo em que se quer dizer algo, é preciso escrever para que outra pessoa possa entender o conteúdo, sentir respeito pelo trabalho e vontade de continuar lendo. Aprendi que não se produz um texto para si. Escreve-se para sensibilizar pessoas que não se conhece e colaborar para a melhoria da vida.

Nesta dissertação tive a primeira experiência com o fazer literário, cuidando da elaboração da narrativa e do emprego das palavras, e aprendendo a realizar pesquisas em fontes fidedignas para não apresentar falsas afirmações. E, acima de tudo, busquei a delicada arte de transpor minhas ideias para o papel.

A literatura científica é composta por textos que têm a finalidade de apresentar informações objetivas sobre pesquisas em várias áreas da produção do conhecimento. É uma literatura que é necessariamente publicada em livros e revistas especializadas, sendo disponibilizada aos professores, alunos e profissionais que buscam informações formais baseadas na pesquisa científica.  É uma produção textual que avança sobre a literatura já existente na medida em que acrescenta conhecimentos aos estudos já realizados, permitindo a evolução do saber nas áreas humanas, ecológicas, geográficas, tecnológicas, exatas, astronômicas, médicas, dentre outras.

São textos fundamentados em bases na experiência, através da coleta de dados criteriosa e fontes bibliográficas produzidas em diferentes lugares e épocas do planeta. Atualmente os sites da internet oferecem aos pesquisadores mananciais de informações, porém nem todos merecem confiabilidade; é preciso investigar a veracidade dos conteúdos.

Quando se fala em literatura, pensa-se em poesias, contos, romances, crônicas, até em narrativas jornalísticas. Mas, confesso, que nunca ouvi referências a respeito do valor da literatura científica no meio literário em que frequento. É uma literatura que sustenta o avanço das ciências, o trabalho minucioso dos cientistas, produtores do saber consistente, objetivo e fundamentado.  

E, por que fica tão esquecida nos meios literários?

Será que o conhecimento empírico se sobrepõe ao científico?

Até que ponto os sentimento, as divagações, os sonhos se tornam mais relevantes do que o saber construído em bases formais?

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Polpuda mensalidade para o presidente da Câmara

sábado, 03 de dezembro de 2022

Edição de 2 e 3 de dezembro de 1972 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes 

Ninguém pode acreditar… - Não é possível que a futura Câmara Municipal de Friburgo que contará com expressiva maioria emedebista, tendo a compô-la cinco vereadores que violentamente combateram a medida, por ordem da cúpula partidária, aceite e participe da vantagem de uma legislação ilegal - por nós e por eles assim classificada - concessiva de polpuda mensalidade ao presidente do Legislativo.

Edição de 2 e 3 de dezembro de 1972 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes 

Ninguém pode acreditar… - Não é possível que a futura Câmara Municipal de Friburgo que contará com expressiva maioria emedebista, tendo a compô-la cinco vereadores que violentamente combateram a medida, por ordem da cúpula partidária, aceite e participe da vantagem de uma legislação ilegal - por nós e por eles assim classificada - concessiva de polpuda mensalidade ao presidente do Legislativo.

Celcio, Bento, Alencar, Lehrer ou Menezes? - Um desse cinco vereadores deverá ser o presidente da Câmara friburguense, na próxima legislatura. Já está estabelecida a disputa em torno do cargo, sendo certo que, na medida em que o tempo passar, cada vez mais será apertado o cerco em favor de cada um dos postulantes à função. O principal atrativo do posto é que o mesmo, por um dispositivo considerado ilegal pela atual bancada emedebista e violentamente combatida então, por ordem da cupula dirigente do mencionado Partido - essa função é muito bem remunerada, pois rende CR$ 1.100 por mês e para o próximo orçamento passará a render CR$ 1.700. Mas acontece, que a coisa não vai ser tão fácil como estão pensando… Uma ação popular virá  

Ariosto ganha Medalha do Mérito Industrial - O Serviço Social da Indústria agraciou com a honraria o dr. Ariosto Bento de Mello, que recebeu a comenda em solenidade, na sede da Casa da Indústria, em Niterói. Também receberam a mesma distinção, o governador do Estado do Rio, Raymundo Padilha e o comandante da 2ª Brigada do Exército em Niterói. 

Pílulas 

→ Um dos primeiros atos do Legislativo comandado pelo MDB local deveria ser a pura e simples derrogação da lei que institui uma verba mensal para a presidência da Câmara. 

→ Se alguém tiver dúvida a respeito do que estamos afirmando poderemos publicar os pareceres emitidos, as declarações que constam das atas, bem como justificação de votos, tudo, tudinho acontecido nas comissões e no plenário da Câmara friburguense.

 → Dos vereadores do MDB um apenas, Bento Ferreira Neto, não aceitando a orientação do líder partidário, da cúpula, e, das ordens do diretório do sobrado da Praça Presidente Vargas, mandou tudo às urtigas e votou favoravelmente a aprovação do cargo-marajá. Até que achamos muito bacana a posição impressa ao mandato pelo dito vereador. A “montoeira” de votos, somados em seu favor, oferecem e justificam posição invejável para a sua carreira política futura. 

→ Na história dos CR$ 1.100 que soubemos já passou ou vai passar para CR$ 1.700 mensais destinados ao presidente da Câmara Municipal uma coisa é certa, certíssima. Quem for eleito, não pense que vai abocanhá los. Irá surgir, ainda que seja promovida por este jornal, a ação popular, que o MDB ameaçou e não levou a efeito. Quem viver, talvez veja, como “fim da picada”, o futuro presidente da Câmara Municipal de Friburgo, que votará contra a medida quando foi para beneficiar um elemento de outro partido, passar a defender a legislação e até com dinheiro do povo contratar advogados e autorizar despesas de custas judiciais, para defender o que já então será para si próprio… 

→ Vamos ter coisitas engraçadíssimas por aí… Muitas coisas certas vão virar erradas, da mesma forma que muitos erros serão defendidos de unhas e dentes… É a roda da vida no seu giro… 

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Elizabeth Jovita, Manoel Nunes e Jacqueline de Freitas (2); Benício Valladares, Dirceu Badini Martins e Therezinha Nicolau Salvador (3); Humberto Villa (4); Nisia Araújo de Souza, Denyse Caputo Cariello e Wilson Jardim (5); Hernani de Carvalho e Anna Longo Meceni (6); Overlandi Lourenço da Silva, Ernesto Bizzotto Filho e Olga Bonan Orlando (&); Walter Santos e Natalina Meyer Krâmer (8).

 

Foto da galeria
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Estrelas cadentes

sábado, 03 de dezembro de 2022

Estrelas cadentes são meteoritos que entram na atmosfera terrestre e com a pressão do ar queimam na escuridão da imensidão — dizem os homens da ciência. Os seres da poesia dirão que são estrelas — como as que apreciamos no grande teto sobre nós — que findam e explodem como fogos de artifício.

De forma bela, encerram sua viagem pelo espaço e desabrocham em luz antes de se chocarem com o fim. Ao invés de despencarem até arrebentarem em solo, se desfazem luminosas, riscando o firmamento de claridade. 

Estrelas cadentes são meteoritos que entram na atmosfera terrestre e com a pressão do ar queimam na escuridão da imensidão — dizem os homens da ciência. Os seres da poesia dirão que são estrelas — como as que apreciamos no grande teto sobre nós — que findam e explodem como fogos de artifício.

De forma bela, encerram sua viagem pelo espaço e desabrocham em luz antes de se chocarem com o fim. Ao invés de despencarem até arrebentarem em solo, se desfazem luminosas, riscando o firmamento de claridade. 

Os ingênuos — somente os ingênuos sonham sorrindo — farão pedidos, e, de uma maneira ou de outra serão atendidos. É assim há muitos anos. Vêm da nossa ancestralidade de esperançosos. Foram os esperançosos que nos trouxeram até aqui. Serão os esperançosos que nos farão caminhar e resistir ao sempre presente mal.

Somos como estrelas cadentes. Nossa viagem é ligeira. Passamos por planetas, astros maiores e menores, nebulosas, circundamos buracos negros. Por alguns satélites, até nos orientamos e nos encantamos por determinados cometas. Fazemos rastro de luz enquanto somos procura que se guia pela luz do Sol. 

Deciframos o desconhecido, mesmo sem ter exatidão do que se descobre ao descobrir, quando se descobre. Montamos em espaçonaves que nos levam de acordo com o combustível que a abastecemos. Pode ser de carência. Pode ser de euforia. Pode ser de otimismo ou de agudo pessimismo. Pode ser de paixão. Pode ser de fantasia. Pudera ser a sorte o único combustível possível. A determinação nem sempre determina glória. 

Mas essas aeronaves que pilotamos se alimentam de tudo e nos concedem certa liberdade em darmos a elas o que fabricamos. Aterrissamos em terrenos nem sempre planos. Às vezes, até mergulhamos em águas profundas sob-risco de se afogar. 

Mas, conscientes, navegamos na fina camada que nos garante ficar entre céu e mar. É suspeita quase certeira: há água em outros planetas para além da Terra. A ciência dirá que, com o tempo, nos desintegraremos como as estrelas cadentes. 

Os astrônomos têm razão. Mas os poetas acrescentarão que até lá haverá muita dor, alegria, encontros, ardores, expectativas e até desejos de eternidade. Entre dramas insanos e outros travestidos de sanidade, nossas histórias se desenharão sem rota totalmente planejada, sem garantias de que os destinos aplicados no GPS dos dias serão cumpridos, de que as viagens desempenharão com exatidão os minutos mostrados em tela.

Já sabemos e até nomeamos a distante HD1, a suposta galáxia mais distante de nós, a 13,5 bilhões de anos-luz. Conhecemos tão pouco sobre ela, tanto quanto conhecemos tão pouco sobre Earendel, a chamada “estrela da manhã” que demorou 12,9 bilhões de anos-luz para chegar ao nosso planeta. O que sabemos de Farfarout, Plutão, Saturno, Mercúrio ou da nossa Lua? E todos esses estão na mesma galáxia que nós! O que conhecemos da nossa própria morada?

Certeza é que há um ciclo: nascer, crescer, envelhecer, morrer. Ainda que para uns se envelheça menos por morrer cedo demais. Estrelas cadentes talvez tenham sede de vida. Uma sede repleta de agonia. Não porque sabem que vão morrer em explosão. Mas pela urgência de que estão próximas do fim quando cruzam a atmosfera terrestre.

O fim sempre está mais próximo a partir do nascimento. Essa sede pode ser menos angustiante se viver for viajar em plenitude mais do que explodir em luz.

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Repensar o comum é fundamental

quinta-feira, 01 de dezembro de 2022

É muito comum se deparar, em qualquer conversa que chegue ao assunto de finanças, com a necessidade de alternativas mais rentáveis à caderneta de poupança. O difícil é concluir, nesta mesma conversa, as possíveis alocações capazes de substituir o produto e manter suas características fundamentais. É ainda uma realidade dura, mas o nível de conhecimento e domínio da Educação Financeira no Brasil está defasado e um diálogo entre duas – ou mais, é claro – pessoas não qualificadas pode acabar em decisões ruins para as finanças pessoais dos envolvidos.

É muito comum se deparar, em qualquer conversa que chegue ao assunto de finanças, com a necessidade de alternativas mais rentáveis à caderneta de poupança. O difícil é concluir, nesta mesma conversa, as possíveis alocações capazes de substituir o produto e manter suas características fundamentais. É ainda uma realidade dura, mas o nível de conhecimento e domínio da Educação Financeira no Brasil está defasado e um diálogo entre duas – ou mais, é claro – pessoas não qualificadas pode acabar em decisões ruins para as finanças pessoais dos envolvidos. Afinal, o mercado financeiro não é nenhum “bicho de sete cabeças”, mas é importante conhecê-lo minimamente para usá-lo a seu favor.

Ações, fundos imobiliários, previdência privada, Day Trade... nada disso deve substituir a caderneta de poupança. Ou, pelo menos, não se o dinheiro que estiver aqui for parte de reservas financeiras. É importante esclarecer um ponto fundamental para que não haja nenhum desencontro de ideias no decorrer deste texto: vamos abordar, hoje, estratégias de alocação de capital referente a reservas. Ou seja, dinheiro refém de características únicas e indispensáveis, como alta liquidez, segurança, garantias e rentabilidade.

Caso considere deixar a caderneta apenas como parte do passado e explorar novas atividades para investimentos (e não como alocação de reservas), este texto não vai abordar o que precisa saber. Contudo, é claro, o primeiro passo precisa ser dado e tudo começa com a simplicidade das alocações da sua reserva.

A caderneta de poupança em bancos tradicionais tem características vantajosas, como a de sacar seu dinheiro a qualquer momento num caixa eletrônico na esquina. Mas você sabia que isso pode ser um ponto muito negativo? Todos sabemos, a rentabilidade da caderneta já ficou para trás. Não sendo suficientes as baixas taxas, este produto só entrega resultado ao cliente a cada aniversário de 30 dias da aplicação. Na ponta do lápis, então, o que podia parecer um ponto positivo, faz com que o título seja ainda pior: a falsa liquidez promove perdas financeiras quando a inflação entra na análise.

Então, para substituir a tão tradicional caderneta de poupança, precisamos encontrar títulos capazes de entregar o resgate a qualquer momento sem comprometer a rentabilidade do seu dinheiro. Uma reserva não pode ser dependente da carência de 30 dias para ter retorno atribuído ao capital.

Portanto, temos duas possibilidades com diferentes seguranças e garantias: títulos bancários e títulos públicos. Vou começar pelos títulos bancários. Afinal, aqui você tem exatamente (sim, exatamente) as mesmas garantias da caderneta de poupança, proporcionada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Contudo, para ter boa segurança, é importante escolher bancos consolidados bem classificados em rankings de risco. Uma alternativa de alocação para suas reservas, aqui, está nos CDBs de liquidez diária. Resgate imediato (D+0) e rentabilidade diária vão deixar seus recursos mais bem alocados.

A segunda alternativa, portanto, está nos títulos públicos. Importante se atentar, não são todos os títulos emitidos pelo governo que serão uma possibilidade neste momento. Aqui, você precisa limitar sua alocação apenas no Tesouro Selic. Resgate imediato (D+0), rentabilidade diária e a garantia soberana do Tesouro Nacional. Com suas reservas no Tesouro Selic, você tem características mais vantajosas e conta com ainda mais segurança sobre o seu patrimônio.

Quando o assunto na roda de conversa for sair ou não da poupança, você já sabe o que dizer. A propósito, experimente as dicas que eu acabei de explanar. Repensar o comum é fundamental.

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Fim de ciclo

quinta-feira, 01 de dezembro de 2022

Ei, o ano não acabou! Ainda há tempo de fazermos tantas coisas valiosas para fechar 2022 com chave de ouro. Estamos em pleno dia 2 de dezembro, uma sexta-feira. De fato, estamos muito próximos do fim do ano. Já se foram quase todos os dias desse ano um tanto abarrotado de informações, acontecimentos e mudanças. Enquanto sociedade, vimos de tudo, tememos muito, sentimos muito. Foram tantas notícias estranhas que a exaustão coletiva foi tomando seu espaço de forma surpreendente.

Ei, o ano não acabou! Ainda há tempo de fazermos tantas coisas valiosas para fechar 2022 com chave de ouro. Estamos em pleno dia 2 de dezembro, uma sexta-feira. De fato, estamos muito próximos do fim do ano. Já se foram quase todos os dias desse ano um tanto abarrotado de informações, acontecimentos e mudanças. Enquanto sociedade, vimos de tudo, tememos muito, sentimos muito. Foram tantas notícias estranhas que a exaustão coletiva foi tomando seu espaço de forma surpreendente. A torcida de muitos para que termine logo é tão grande que merece o questionamento sincero sobre o que vai mudar na noite de ano novo.

Por acaso, hoje temos jogo do Brasil na Copa do Mundo. Sim, em pleno dezembro. Temos vivido nostálgicas alegrias por meio da paixão ao futebol. Estamos no 12º mês do ano. Falta pouco, mas ainda há tempo. Tempo precioso que não volta mais. Nos restam exatos 29 dias para o “Feliz ano novo!”, para o sem fim de promessas, as renovações de sonhos, as prospecções dos projetos novos, a crença na virada milagrosa da meia noite, para tirarmos as superstições das gavetas e as praticarmos sem mesmo nela acreditarmos verdadeiramente.

Sob esse ponto de vista, estamos realmente muito próximos do fim deste intenso 2022. Contudo, devo dizer: ainda falta muito. Pergunte, caro leitor, se o tempo que nos resta deste ano é deveras curto demais para alguém que esteja enfermo em um quarto de hospital, para aquele que aguarda pelo resultado de uma prova importante, de um exame conclusivo, para o ansioso por uma viagem marcada há tempos, para quem busca um perdão para fazer as pazes com o ente amado, para quem está desempregado à procura de um ofício digno, para quem tem mais contas a pagar do que dias no mês. Creio que a resposta será não. Pois até esse tempo é relativo.

Então, vos aconselho humildemente: antecipe-se às situações difíceis, crie oportunidades de valorizar todos esses segundos vindouros de dezembro. Como sempre, é tempo de amar, de espalhar fraternidade, de expandir a espiritualidade, de fomentar a caridade, de olhar para o lado, estender uma mão, sufocar de amor toda a maldade.

Proponho um dezembro diferente, com menos efeito manada e mais união e verdade, em que nós possamos nos inspirar nos preceitos cristãos tão enfatizados por ocasião das celebrações de natal para sermos o amor pelo próximo e pela humanidade. Estamos bastante carentes desse amor ilimitado que transcende as quatro paredes das casas, as contas bancárias, as sacolas cheias de presentes e as confraternizações com mais bebidas nos copos que amor nos corações. Precisamos é de afeto, olho no olho, coração com coração. Perto ou longe, aonde for. Que seja amor.

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