Tereza Cristina Malcher Campitelli

Momentos Literários

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

15/04/2024

O espelho é uma lâmina que reflete imagens iluminadas que são colocadas à sua frente. É uma tecnologia que vem da antiguidade, especialmente do Egito e da Grécia, sendo aperfeiçoado em meados do século XVII pelo químico alemão, Justus Von Liebig, e pelos artesãos de Veneza. Hoje, tem utilidade funcional no dia a dia, além de decorativo e ter se tornado objeto imprescindível nos ambientes. Todos têm, no mínimo, um espelho em casa ou no lugar onde trabalham e frequentam.

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08/04/2024

O modo como construímos a vida é decorrente das decisões que tomamos. Decidimos desde o momento em que acordamos e colocamos os pés no chão, se o direito ou o esquerdo, até deitarmos a cabeça no travesseiro à noite. Não damos um passo sem decidir, dado que somos seres de juízo com autoridade sobre nós mesmos. Essa é uma consciência que vamos construindo ao longo da vida, desde quando aprendemos a expressar o sim e o não. Simples assim?

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01/04/2024

Ontem, domingo de Páscoa, foi um dia em que boas lembranças me rondaram, como se fizessem uma ciranda de situações. O tempo passa rápido, mas, por sorte, nos deixa recordações. Ontem não quis me tocar com tristezas porque sempre existem, posto que em todos os momentos há hiatos, ausências e discrepâncias. Todavia, no domingo de Páscoa, fiz questão de me apegar ao aconchego da felicidade. E, por que não?!

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25/03/2024

Os livros nos fazem ter contato com as ideias, inclusive com as mais corriqueiras, que nas mãos de mestres tornam-se textos de qualidade literária, que nos incitam a pensar sobre situações pelas quais passamos e nem notamos. Em cada situação, por mais banal, há um universo de circunstâncias que não deve ficar invisíveis, entretanto fica escamoteado nos meandros das situações. Os escritores experientes sabem pinçar as menores espigas de milho, porém de delicioso sabor.  

O leitor comumente se depara com a pergunta: o que ler agora? 

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18/03/2024

Nunca havia percebido que sou a parte mais íntima e ínfima do meu quarto. É interessante a pessoa se ver assim, posto que é empurrada do altar soberano, em que é o ponto de partida de tudo. Marcel Proust, em “Em busca do tempo perdido” me dá as mãos e me conduz à minha cama para que eu possa me ver desta maneira, misturada.

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11/03/2024

Ao ler as primeiras páginas de “Em busca do tempo perdido”, de Marcel Proust, ele descreve o beijar-se. Aí, penso em nós, as mulheres. Vez em quando, em estado de solitude, um pequeno tempo em que possamos nos abraçar e beijar as nossas mãos com ternura e simplicidade, com a consciência da plenitude que temos em cada parte dos nossos corpos, almas, ideias e afetos. E escutar uma poesia para nos inspirarmos a ser uma melhor mulher para nós. 

“Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher

Sou minha mãe e minha filha, minha irmã e minha menina

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04/03/2024

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro (Decradi) indiciou, no dia 29 de fevereiro, a presidente da Academia Friburguense de Letras, Maria Janaína Botelho Corrêa, pela prática de crime de intolerância religiosa e preconceito contra judeus. 

Neste momento, faz-se importante ressaltar que a Academia Friburguense de Letras não compactua com as postagens feitas pela acadêmica Maria Janaína Botelho Corrêa, redigidas por motivos exclusivamente pessoais e não institucionais. 

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26/02/2024

A literatura salva quando o leitor absorve a leitura e, tempos afora, dias e anos, fica ruminando e fazendo colares de pensamentos. É um processo que decorre da identidade que ele tem com o texto, que vai sendo construída durante a leitura. É uma relação íntima, quase secreta, entre autor e leitor. Segredos e sussurros? Sim. A leitura é um ato solitário e exclusivo. Aquele que tem o livro nas mãos sente as palavras, sempre silenciosas e audaciosas, penetrarem em seu âmago, interpreta-as e, assim, seu olhar capta novas imagens e nuances do acontecer. 

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19/02/2024

Certa vez, numa conversa informal, falávamos de pessoas importantes que eram divulgadas nas mídias, expostas em fotos e reverenciadas. Repentinamente, perguntaram por que as pessoas do povo — aquelas que pertenciam à vida da comunidade e que passavam sem serem notadas — não mereceriam o mesmo tratamento. Não houve resposta significativa. Possivelmente todos, como eu, ficamos com a questão entalada nos pensamentos e sem uma conclusão. Volta e meia, tempos depois e até hoje, a pergunta me rodeia, beija e belisca.

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12/02/2024

Eita!, estamos em pleno carnaval. Dias de festas e folias. Alegria, música e agitação dos pés à cabeça. Antes de escrever a coluna resolvi passear pelas músicas carnavalescas que brindam os blocos de ruas, os bailes nos clubes e casas que comemoram esse importante festejo popular. 

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