Vivenciamos na última semana o clima abençoado do X Encontro Mundial das Famílias, promovido pelo Papa Francisco, com o tema "Amor em família - vocação e caminho de santidade", incentivando-nos a celebrar todos juntos, nas dioceses do mundo inteiro, como uma grande festa, a graça da família cristã e alegria do amor. Celebrar a família é confirmar o projeto do Criador em nossa sociedade, resgatando a bênção original do Gênesis, numa só carne, na geração e educação dos filhos, na promoção e defesa da vida, no compromisso, diálogo e partilha amorosa.
Vivenciamos na última semana o clima abençoado do X Encontro Mundial das Famílias, promovido pelo Papa Francisco, com o tema "Amor em família - vocação e caminho de santidade", incentivando-nos a celebrar todos juntos, nas dioceses do mundo inteiro, como uma grande festa, a graça da família cristã e alegria do amor. Celebrar a família é confirmar o projeto do Criador em nossa sociedade, resgatando a bênção original do Gênesis, numa só carne, na geração e educação dos filhos, na promoção e defesa da vida, no compromisso, diálogo e partilha amorosa.
Quero expressar, neste momento de perseverança e superação de tantos sofrimentos e perdas nas famílias, a minha proximidade e gratidão a todos vocês que, no olhar da fé e em pé, atravessaram juntos conosco o deserto e as dificuldades da longa pandemia (que ainda enfrentamos) e que tanto abalou nossas estruturas de vida familiar, espiritual, física, emocional, financeira e mental.
Quero agradecer também a todos que continuaram a buscar na Palavra de Deus, na Eucaristia, nos demais sacramentos e oração, o alimento da Graça para o prosseguimento da missão familiar, levando aos filhos e a outros familiares o conforto do amor de Deus, continuando o serviço de evangelização e promoção da vida, com especial atenção aos mais necessitados. Sabemos que a pandemia afetou duramente as famílias, em vários aspectos. Não faltaram iniciativas de solidariedade e comprometimento com a vida. Gratidão a todos e todas que se colocaram a serviço da vida, não obstante às situações adversas. A Igreja defende e promove a vida da concepção até o seu declínio natural.
Assim se expressa o Papa Francisco: “A defesa do inocente nascituro, deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada. Mas igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravidão e em todas as formas de descarte. Não podemos propor um ideal de santidade que ignore a injustiça deste mundo” (Francisco, 2018, GE, n.101). Portanto, o Amor familiar, a defesa da vida e a caridade concreta são caminhos de santidade, de crescimento e de humanização. Quanto mais humano, mais santo e quanto mais santo, mais humano.
Gratidão pelo belo testemunho da família como Santuário da Vida e do Amor, como escola primeira das virtudes humanas e cristãs, como célula fundamental e alicerce da nossa Igreja e de toda a sociedade. Gratidão por servirem a Cristo no rosto e na vida de cada irmão necessitado, dos irmãos cada vez mais empobrecidos do pão material, do pão da acolhida e da dignidade, da escuta e proximidade.
Renovamos o compromisso de formar, defender, preservar e nutrir nossas famílias com os valores e a verdade do Evangelho e da Moral cristã. Ao mesmo tempo, com a força e a luz da Verdade que é Cristo, rejeitamos toda mentira e mensagens falsas de manipulação e destruição da vida, da ética e da dignidade humana, dizendo não a todo discurso de ódio, de divisão, de violência, de calúnia e difamação, de condenação, discriminação ou exclusão. Como famílias cristãs queremos semear o amor, a misericórdia do Senhor, o bem querer e o respeito a todos os irmãos e irmãs, para um mundo mais humano e fraterno, mais justo e solidário, conforme o exemplo do Coração de Cristo. Assumimos, com toda empatia, sensibilidade e corresponsabilidade, as realidades mais sofridas das famílias e do nosso mundo, como irmãos de todos, para a promoção da igualdade, da paz, na superação dos problemas, conflitos e carências sociais e humanas.
Como Bispo Pastor, me uno a vocês e ao Papa, fortalecendo a nossa comunhão como Igreja, família de famílias, numa participação plena, consciente, ativa e frutuosa. Recebam a minha bênção episcopal e meu sentimento de proximidade e apoio, pelas mãos de Maria Santíssima, por ocasião dos 60 anos de consagração da nossa diocese à Imaculada Conceição, e por intercessão também de nosso co-padroeiro São João Batista. Acendamos a fogueira do Amor na qual podemos queimar tudo o que não for expressão de amor e respeito. Onde reina o Amor, Deus aí está! Gratidão queridas famílias! Sejamos instrumentos de paz: onde houver ódio, que levemos o amor. Que tudo contribua para a nossa santificação e crescimento humano. Com minha cordial saudação e sincera gratidão por tudo, por tanto e por todos e todas. Unidos, caminhando juntos, na comunhão, participação e missão.
Dom Luiz Antonio Lopes Ricci, bispo diocesano de Nova Friburgo. Colaboração do Pe. Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça, assessor Diocesano da Pastoral Familiar.
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