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Um encontro com Alegria

sábado, 08 de fevereiro de 2020

Acolhei os refugiados

Perguntei à Alegria: você sabe cantar? Ela respondeu que não. Perguntei então se sabia sorrir. Apesar de mostrar os dentes, branquíssimos como o leite, também disse não. Alegria não sabia sorrir. O que mais me encanta é que mesmo sem saber sorrir e cantar, ainda assim Alegria sorri e canta. Apesar de todas as adversidades, as crianças, mesmo sem saber, sorriem e cantam.

Acolhei os refugiados

Perguntei à Alegria: você sabe cantar? Ela respondeu que não. Perguntei então se sabia sorrir. Apesar de mostrar os dentes, branquíssimos como o leite, também disse não. Alegria não sabia sorrir. O que mais me encanta é que mesmo sem saber sorrir e cantar, ainda assim Alegria sorri e canta. Apesar de todas as adversidades, as crianças, mesmo sem saber, sorriem e cantam.

Alegria aqui não é o estado de espírito. É o nome de uma linda menina, negra, aproximadamente 5 anos e que não nasceu no Brasil. Ela está bem longe de casa - o Congo. Sua trajetória, apesar de pequena, ficou na sua terra, junto com a história de seus ancestrais. Separadas pelo imenso Oceano Atlântico, a mais de sete mil quilômetros de distância. Seu lar há de ser aqui, sem que ela se sinta ainda no seu lugar.

Alegria não queria deixar sua terra. Fugiu da guerra de lá e foi acolhida na batalha de cá. É uma entre os mais de 20 mil refugiados que moram no Brasil. Esse país de imensas desigualdades e de braços nem sempre tão abertos. Mas se olharmos para trás, não tão para trás assim... 

Não somos muito diferentes dos refugiados de hoje. Não precisa ser antropólogo para saber que os invasores, em sua maioria, eram pessoas muito pobres de Portugal que queriam vir para cá atrás de terras e oportunidades. Os invasores de outras nacionalidades, idem. Os convidados, também. 

Não pensem que nossos suíços do Morro Queimado eram donos de chocolaterias ou de fábricas de relógio e canivetes. Eram refugiados do clima, como admitido recentemente pelo governo suíço, considerando aqueles suíços de 1820, como os primeiros refugiados tal qual conhecemos hoje. 

Os únicos que não eram refugiados eram os escravos, justamente o povo que ainda hoje tem na pele as marcas do atraso da burguesia brasileira e que - até a maioria que nunca foi e jamais será burguês - pega emprestado, prosperando o preconceito que nenhuma prosperidade traz. 

No entanto, nessa análise histórica, dou apenas pincelada afim de evitar erros e confio o tema à credibilidade do professor Rodrigo Marreto.

Assim, o tempo e Alegria nos ensinam que devemos acolher os refugiados. Não importa se não são brasileiros. Tampouco importa se são congaleses, angolanos, sírios ou haitianos. São todos seres humanos. Com o mesmo sangue avermelhado. Independente de nacionalidades, somos irmãos! As fronteiras devem ser apenas linhas imaginárias para o estudo da geografia. 

Confesso a dificuldade de compreender o preconceito. Já acreditei ser fruto da burrice, mas suas raízes estão muito mais nos intelectuais que inventam teorias de superioridade e encontram na estupidez o propagar de suas arrogâncias. Nada muito diferente do que Jesus Cristo passou. Afinal, o homem santo nunca teve muitos problemas com os pseudos pecadores, mas sim com os religiosos de seu tempo.

Talvez, eu nunca mais encontre a pequena Alegria. Espero que ela possa encontrar alegria ao ter lar nesse lugar ou que um dia possa voltar ao seu país e viver com os seus em paz. Que cada mulher e homem, velho ou criança, forçado a deixar o seu país, possa ser acolhido e reconstruir sua vida como os venezuelanos de Nova Friburgo e encontrar alguma alegria aqui. 

 

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Traffic calming

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“Velho é quem perde a pureza, e também é quem deixa de aprender!”
Chaves

Para refletir:
“Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos.”
John Locke

Traffic calming

Dando continuidade aos assuntos acumulados em meio à primeira sessão ordinária de 2020, outro campeão de audiência foi o polêmico traffic calming da Avenida Euterpe.

Para pensar:
“Velho é quem perde a pureza, e também é quem deixa de aprender!”
Chaves

Para refletir:
“Nossas ações são as melhores interpretações de nossos pensamentos.”
John Locke

Traffic calming

Dando continuidade aos assuntos acumulados em meio à primeira sessão ordinária de 2020, outro campeão de audiência foi o polêmico traffic calming da Avenida Euterpe.

O vereador Luiz Carlos Neves, por exemplo, questionou a necessidade do aparato, sobretudo diante da existência dos sinais e da retirada de uma faixa de pedestres já existente.

Críticas

O vereador Johnny Maycon, por sua vez, lembrou que visitou o local e registrou em vídeo as medições realizadas que comprovaram o acentuado desrespeito às especificações determinadas pelo Código de Trânsito Brasileiro.

As palavras mais duras, todavia, foram ditas pelo vereador Dr. Luis Fernando, que manifestou seu espanto pelo fato de tal obra ter sido realizada dentro de um governo chefiado por um engenheiro, e chegou a falar em improbidade, dados os custos para refazer o aparato.

Novo equilíbrio

De fato, o tom da manifestação de Luis Fernando não deixa dúvidas quanto a seu posicionamento atual em relação ao Palácio Barão de Nova Friburgo.

O plenário ainda não foi devidamente testado em seu estado atual, mas já dá para dizer que a composição está mais próxima de um equilíbrio de forças.

Talvez ainda não em termos numéricos, mas certamente em termos de inclinações pessoais.

Impopularidade

A rigor, como a coluna havia antecipado, o tabuleiro político está sendo desenhado, e impopularidade é o tipo de doença contagiosa que ninguém quer contrair por contato ou proximidade numa altura dessas.

O grande problema é que um de seus sintomas é a negação, e o indivíduo contaminado muitas vezes demora a perceber os sinais que todos à volta notam à distância.

Em casos mais sérios, acredite, tem pessoa que chega a ameaçar com a demissão quem não lhe dá apoio, acredita?

Hábito?

Com efeito, é notório esse processo meio curioso que se passa com personagens que se cercam de bajuladores por muito tempo.

Gradualmente eles começam a se afastar da realidade, a perder a conexão com as ruas e com o que acontece fora da bolha que os envolve.

E aí chegam ao ponto de fazer indicações políticas para cargos que, por acordo feito em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), deveriam ser preenchidos a partir de critérios técnicos.

Talvez seja a força do hábito.

Anacronismo

Situações como essa, nascidas na própria cadeira número 1, acabam gerando desgastes constantes e evitáveis ao governo, reforçando a sensação de isolamento entre a população e a gestão que o elegeu.

Ao que tudo indica, no entanto, o exemplo mais recente desse tipo de anacronismo não vai prosperar.

Serviu apenas para causar constrangimentos e indignação mesmo.

Alô, imprensa!

Como seria de se esperar, as vagas para participar do evento “Impulsione seu E-commerce”, fruto de uma parceria entre o Facebook Brasil e a empresa friburguense Wx3, se esgotaram rapidamente.

Todavia, há ainda espaço para o comparecimento da imprensa, e a organização entrou em contato com a coluna justamente para passar esse recado.

Basta que o profissional leve, no dia, alguma comprovação de vínculo com o veículo para o qual trabalha.

Onde e quando

O evento acontecerá na próxima quinta-feira, 13, às 14h, no Senai Espaço da Moda.

Valor atualizado

A partir de dados reunidos e publicados no ano passado, a coluna havia registrado que o valor real de nossa tarifa de transporte coletivo (equivalente ao valor pago a cada viagem + o valor subsidiado) era de R$ 4,47.

Pois bem, com o aumento, em 2020, do valor subsidiado para R$ 400 mil ao mês, o valor proporcional chega a R$ 4,56, tomando por base o universo aproximado de 1,1 milhão de viagens pagas/mês.

Fala, leitora!

“Se você acha que vereador é pago para colocar asfalto, vai permanecer sendo enganado!”

Assina a mensagem a leitora Angela Assunção.

Mato alto

Leitores entraram em contato com a coluna nos últimos dias se queixando sobre a necessidade urgente de capina nos jardins e praças de nossa cidade.

Claro que a culpa é da chuva que não tem dado trégua neste verão e funciona com um verdadeiro fermento para a vegetação, acelerando seu crescimento.

Os leitores questionam o motivo da Secretaria de Serviços Públicos não montar uma operação especial para desbastar as montanhas de mato nos bairros e também no centro da cidade onde até os jardins da praça Getúlio Vargens e as margens do Rio Bengalas estão sendo encobertas pelo mato.

Respostas

Os leitores não quiseram começar o ano ficando de castigo, e trataram de reconhecer direitinho a icônica paisagem no lago superior do Nova Friburgo Country Clube.

Pontos para Stênio de Oliveira Soares, Raquel Souza, José Nilson, Marcelo Machado, Maria de Lourdes Madeira, Girlan Guilland, Antônio Lopes, Rosemarie Künzel, Gilberto Éboli, Manoel Pinto Faria, Gerson do Táxi e Gilberto da banca da Rua General Osório.

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TV Zoom

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

TV Zoom

A TV Zoom já iniciou os preparativos para celebrar seus 20 anos. Nascida em maio de 2000, por iniciativa de Salvador Canto e Luciana Ferraz, a emissora 100% friburguense é a mais longeva entre os canais a cabo locais. Desde o boom dessas emissoras, exatamente no início dos anos 2000, até os dias atuais de migração para plataformas online.

20 anos

TV Zoom

A TV Zoom já iniciou os preparativos para celebrar seus 20 anos. Nascida em maio de 2000, por iniciativa de Salvador Canto e Luciana Ferraz, a emissora 100% friburguense é a mais longeva entre os canais a cabo locais. Desde o boom dessas emissoras, exatamente no início dos anos 2000, até os dias atuais de migração para plataformas online.

20 anos

Vários canais ficaram pelo caminho, outros surgiram, mudaram de donos. O fato é que Nova Friburgo foi uma cidade privilegiada com tanto conteúdo local para além das TVs abertas. A TV Zoom sempre teve programação de qualidade com um time de apresentadores que se mantém no ar ao longo dessas duas décadas. Entre os quais este colunista.

Grandes nomes

Não dá para deixar de registrar os que marcaram época desde a estreia, como a própria Luciana Ferraz e Salvador Canto, assim como dr. Noberto Rocha e Landri Schettini. Até hoje no ar, Zury Maurer e Modesto Arouca. Destaque ainda para Anelise Ruiz que foi fundamental na história do canal. A TV Zoom também sempre contou com jovens em suas equipes, especialmente no Zoom TV Jornal, sendo o primeiro trabalho de muitos profissionais, como Leandro Oliveira, atualmente no SBT Recife.

Nostalgia

A emissora está resgatando fotos, vídeos e notícias de outros veículos para relembrar esses 20 anos. A emissora tem praticamente todo o conteúdo exibido em sua programação devidamente arquivado em seu acervo. Mesmo com as chuvas de 2011 que atingiram em cheio a emissora, muito conseguiu se preservar dessa memória.

Resgate

Não parece muito tempo, quando falamos de maio de 2000. Mas lá se vão 20 anos. A moda mudou, as pessoas mudaram, os formatos se modernizaram e a própria TV a cabo viu seu tempo de ouro passar.

Pioneirismo

Pode parecer estranho hoje, mas para a época representou muito. A TV Zoom, por exemplo, foi o primeiro canal HD do interior do Estado do Rio de Janeiro. É também um dos primeiros a antever a mudança para o streaming, tendo seu aplicativo com toda a sua programação na palma da mão em qualquer lugar do planeta. Antes, há de se lembrar das transmissões ao vivo do carnaval, da passagem da seleção brasileira de vôlei por aqui e a cobertura de eleições.  

100% friburguense

Se tanta coisa mudou nesses 20 anos, o que não se alterou foi a essência da proposta que levou a criação do canal. Conteúdo totalmente friburguense. Essa aposta vai de encontro ao conceito do local para o global e a manutenção da emissora que, mais do que ninguém, exaltou Nova Friburgo como na campanha “Um só coração” ou “Lágrimas da Tempestade” no pós-tragédia de 2011.     

Talento local

Por falar em 100% friburguense, quem aposta no talento local no carnaval deste ano é o Blocão do Rastafare. A agremiação que inaugurou a época dos blocos com abadá em Nova Friburgo, vai entregar todas as atrações na sexta-feira de carnaval (próximo dia 21) a artistas locais. Estão confirmados Vitor Ferraz, Letícia Andrade, João Noronha, Kokada, Fukuoka, Alan Corrêa, Lorran Ribeiro e Caldeira. A concentração será às 18h, em frente à prefeitura, com desfile às 23h.

Tudo na mesma

Foi encerrado o turno exatamente como começou. Todos os quatro times postulantes à vaga na Seletiva 2021 em condições iguais, com quatro pontos. O que confirma o que já se sabia: o equilíbrio entre as equipes. Diferença que poderá ser definida no saldo de gols e no fator casa.

Desempenho ruim em casa

Se o Friburguense fez dois jogos em casa, no returno fará apenas um. O que pode parecer desvantajoso se não fosse o baixo aproveitamento no estádio Eduardo Guinle. Neste Estadual, foram cinco jogos em casa e apenas uma vitória. Totalmente diferente do ano passado, quando o Friburguense terminou invicto em Nova Friburgo.

Esperança

Se a campanha é desastrosa em seus domínios, fica a esperança de que possa ser melhor longe de casa. Para se ter uma ideia, na rodada anterior, um mísero empate daria a liderança da competição ao Tricolor da Serra. Apesar de ter jogado bem, as falhas bobas que já estamos nos acostumando a ver, se repetiram diante do Americano, tirando pontos preciosos.

Outro time

As lembranças contra o América, adversário deste sábado, 8, são boas. No ano passado, o título da segundona foi conquistado com vitória, fora de casa, após empate no Eduardo Guinle. Que a história recente se repita, ainda que saibamos que o Friburguense não é aquele mesmo time. Mesmo com a base mantida, o sentimento da arquibancada é que esse elenco não deu liga.

Escapar agora

Fato é que diante de tamanho equilíbrio, cair no triangular da morte é muito perigoso. Ainda que dois dos três se livrem do rebaixamento, o ideal é aproveitar o equilíbrio com menos nervosismo de agora do que ir para um tudo ou nada. 

Palavreando

“Às vezes sinto uma saudade danada, dessas boas, mas doída. Saudades de gente que aqui está (atarefada demais ou ausente mesmo) e de quem nunca mais poderei ter um dedo de prosa ou um olhar”.

Foto da galeria
Marina Colasanti escolheu Nova Friburgo para fazer o lançamento de seus mais dois novos livros: “Classificados Nem Tanto” e “A Cidade dos Cinco Ciprestes”. A autora, candidata ao mais importante prêmio da literatura infanto-juvenil no mundo, o Hans Christian Andersen, estará no Solar da Arte, no Cônego, no próximo dia 29, às 18h30, onde dramatizará alguns de seus contos
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Sobre ser uma pessoa entregue

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Pois é. Comprometimento é virtude em falta, como se diz. Nem todas as pessoas conseguem, querem, gostam ou necessitam se entregar ao que se propõem a fazer. É bastante comum a meia entrega, aquela barrada pelo clássico “pé atrás” para tudo, por vezes somado àquela preguiça, prima daquela falta de motivação que mais funciona como travas do que qualquer outra coisa.

Pois é. Comprometimento é virtude em falta, como se diz. Nem todas as pessoas conseguem, querem, gostam ou necessitam se entregar ao que se propõem a fazer. É bastante comum a meia entrega, aquela barrada pelo clássico “pé atrás” para tudo, por vezes somado àquela preguiça, prima daquela falta de motivação que mais funciona como travas do que qualquer outra coisa.

Muito se exige de todos nós. As cobranças são reais e comumente têm repercussões para além de seus contextos. Há pessoas que sentem o peso de tudo nas costas e mal conseguem deixar de curvarem seus corpos, tamanha sobrecarga que parecem suportar. Consequências físicas são sentidas. De fato, vivemos em uma sociedade bastante exigente sobre mil aspectos. Alguns insistem em abraçar todas as causas, tentar segurar o mundo na palma das próprias mãos e entregar-se completamente. Resta saber se as contrapartidas para tamanho esforço compensam incondicional empenho.

Somos como efeito dominó, em que a entrega de um pode refletir na entrega do outro, da mesma forma que a cobrança de quem está ao nosso lado, impacta em nossa vida gregária muito diretamente e assim vai. E quando o “gato sobe no telhado”? Já ouviram essa frase antes? É popular, mas o significado não é de conhecimento de todos. Parece significar o presságio de que algo vai dar errado. E muitas vezes, inegavelmente, a falta de comprometimento é justamente a mola que impulsiona o “gato” lá para cima.

A bem da verdade, a falta de entrega parece ser um traço existente em muitas das relações, sejam afetivas, laborais ou das mais diversas ordens. O efeito cascata parece também fazer morada nesse descompromisso que beira à aflição social.

Seja como for, entregar-se a um propósito, às missões assumidas, à vida do outro e ao bem social demandam um empenho que beira à resistência.

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Ibovespa, ações, fundos: conheça a renda variável

sexta-feira, 07 de fevereiro de 2020

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano.

Vamos voltar a falar sobre multiplicar seu patrimônio? Chegou a hora de abordarmos a parte mais temida em uma carteira de investimentos: a renda variável. Na última quarta-feira, 5, enquanto escrevo este texto, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um corte na taxa básica de juros na economia brasileira: a Selic, tema da minha primeira coluna neste jornal, em novembro do ano passado. A Selic estava passando pelo terceiro anúncio de corte no ano, chegava a 5,0% e  ainda viria a passar pelo último corte de 2019 para alcançar o recorde mínimo histórico de 4,5% ao ano. Ainda era pouco... mas, vamos voltar para hoje.

 A cada 45 dias, o Copom realiza uma reunião com seus membros para decidir o futuro da taxa de juros do Brasil. A primeira reunião de 2020 foi esta semana, na última quarta-feira, 5, quando a taxa Selic passou a ser de 4,25%. Agora pense comigo, vale a pena ter um investimento que lhe renda, anualmente, 70% da Selic? Isso representa uma rentabilidade abaixo de 3% ao ano: essa é a base de cálculo para a poupança (70% da Selic + Taxa Referencial [nula]). Partindo do princípio de que a inflação real do país, o IPCA, ultrapassou 4% em 2019, se você ainda aplica na poupança está deixando seu dinheiro ser corroído pela inflação.

Contudo, há outras diversas formas de proteger seu dinheiro da inflação e, ainda melhor, investi-lo para que se multiplique. Um exemplo disse são as carteiras de investimentos em mercado financeiro. Na coluna da semana passada, o assunto foi renda fixa, uma das duas grandes áreas de distinção entre investimentos do mercado financeiro; a outra, tema de hoje, é a renda variável.

Ao pensar em montar uma carteira de investimentos, é fundamental buscar por diversificação, e isso inclui a escolha de diversos produtos entre as rendas variáveis e fixas: quanto mais conservador, maior a porcentagem alocada em renda fixa; quanto mais arrojados os investimentos, maior a porcentagem alocada em renda variável. O problema, é que ao buscar rentabilidade com a Selic baixa, até o investidor mais conservador precisa se arriscar mais na renda variável. Há riscos, mas podem ser controlados de acordo com a estratégia correta.

Ações, contratos futuros, opções, Fundos Imobiliários, ETFs, commodities e câmbio são exemplos de alguns dos produtos oferecidos na renda variável. Uma carteira diversificada não precisa, necessariamente, ter todos esses ativos mas é ideal saber como podem potencializar suas rentabilidades e proteger os riscos; uma assessoria especializada em investimentos pode ajudar nisso.

Entretanto, uma forma simples de iniciar os investimentos em renda variável é buscar fundos de ações ou imobiliários que se alinham ao seu perfil. Eles trazem a segurança de boas gestões (cabe a você escolher uma boa gestão) e operam suas próprias estratégias de segurança. O ponto negativo é que, apesar das possíveis boas rentabilidades, as taxas a serem pagas serão maiores.

 Agora, se você já faz parte da pequena parcela da população que está na renda variável, busque diversificar, além de papéis, os setores de sua carteira. Varie! Invista em saúde, infraestrutura, energia, enfim, no que se sentir mais à vontade. Como proteção de carteira, operar o hedge em contratos futuros ou opções de compra e venda podem ser uma boa estratégia.

Mas lembre-se dos riscos. Invista no que você conhece e com quem confia. A propósito, dos riscos, o que considero mais expressivo é a falta de planejamento; decorrente de outro grande risco, a falta de conhecimento.

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Assuntos acumulados

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“Toda opacidade que não pode ser ignorada interrompe o fluxo da luz, da verdade!”
Danielisson Oliveira Costa

Para refletir:
“A única coisa que importa é colocar em prática, com sinceridade e seriedade, aquilo em que se acredita.”
Dalai Lama

Assuntos acumulados

Para pensar:
“Toda opacidade que não pode ser ignorada interrompe o fluxo da luz, da verdade!”
Danielisson Oliveira Costa

Para refletir:
“A única coisa que importa é colocar em prática, com sinceridade e seriedade, aquilo em que se acredita.”
Dalai Lama

Assuntos acumulados

A primeira sessão ordinária de 2020, como era de se esperar, chegou com muita demanda reprimida e cheia de assuntos a serem tratados, tanto através de manifestações do parlamento - que geralmente indicam muitas tendências pelo que trazem nas entrelinhas -, quanto através de deliberações relacionadas à ordem do dia.

Considerando que a sessão de hoje, 6, terá pauta exclusiva para a composição das comissões permanentes, a coluna se permite detalhar alguns pontos, deixando outros para encontros futuros.

Gratuidade restrita

Uma das situações que causaram certo alvoroço durante o recesso legislativo foi o envio, por parte da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Nova Friburgo, de ofício direcionado aos vereadores no qual solicita que sejam realizados debates no sentido de elaborar projeto de lei que regulamente a gratuidade de acessos ao transporte coletivo de passageiros com idades entre 60 e 64 anos, ante evidências de fraudes trazidas em documentação apresentada pela concessionária.

“Razoabilidade”

A despeito de solicitar que o assunto seja debatido em plenário, a própria promotoria já se posiciona logo a seguir ao argumentar que para o fim a que se destina, a limitação de quatro acessos diários se apresenta “totalmente provida de razoabilidade”, e serviria para coibir futuras alegações de desequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão.

Por fim, alega-se ser importante que “a aludida prestação seja inerente ao custo estimado do serviço”, quando finalmente o processo de licitação vier a ser concluído.

Contraproposta

Bom, o assunto evidentemente dividiu o plenário, em times previsíveis.

Por um lado o vereador Zezinho do Caminhão informou que sua assessoria jurídica está preparando uma contraproposta, e manifestou seu entendimento de que a correção do quadro atual do transporte coletivo em Nova Friburgo não poderia começar “de trás para a frente”, tendo como medida inicial a restrição de um direito adquirido.

Corregedoria

Na mesma linha, o vereador Marcinho Alves lembrou o duro comunicado emitido pela mesma procuradoria em relação ao entendimento de improbidade administrativa atrelado à continuidade do pagamento do subsídio ao valor da tarifa, à época fixado em R$ 300 mil mensais, e agora já na faixa de R4 400 mil, divididos entre recursos da Smomu (fonte 013) e recursos próprios da prefeitura (fonte 01), e a forma como a continuidade do pagamento não gerou qualquer desdobramento até o momento.

O vereador afirmou que o caso será encaminhado à Corregedoria do MPRJ.

Ou isso ou nada?

O vereador Nami Nassif, por outro lado, enfatizou a seriedade do MPRJ e se mostrou favorável à medida proposta.

Mas foi o vereador Christiano Huguenin, no entanto, quem deu novas cores ao debate durante seu pronunciamento como líder do MDB ao sugerir, de forma bem clara e em duas oportunidades, que é preferível a Câmara acatar tal proposta do que ver a população nesta faixa etária específica perder a gratuidade por completo.

Tais falas podem ser vistas a 1h37 e 1h39h no vídeo da sessão no YouTube.

Martelo batido?

Ora, tal colocação parece muito séria, e talvez não tenha tido a atenção que merece.

Pois, a partir dela, é possível deduzir que o martelo já foi batido, os debates serão pro forma, e trabalhar no sentido de restringir um direito adquirido passa a ganhar ares de luta para preservar parte deste mesmo direito.

O bom e velho medo de algo pior, sempre promovendo a gratidão diante de um mal menor.

Razoável?

Ora, a coluna sempre foi bastante ponderada a este respeito, e desde o governo Rogério Cabral sempre defendeu que o equilíbrio econômico fosse preservado.

Mas a forma como o processo está se dando, com todo o respeito, não tem nada de razoável, para usarmos a palavra empregada pela promotoria.

Remédio errado

De imediato, se a medida se baseia na enormidade de fraudes efetivamente praticadas - e já identificadas -, não parece justo que a solução proposta afete os usuários que têm o direito verdadeiramente assegurado, mas sim que se busquem meios de coibir e zerar tais fraudes.

Aliás, só se considera “razoável” restringir o número de acessos justamente porque o quantitativo de passageiros entre 60 e 64 anos que fazem mais do que quatro viagens diárias é obviamente restrito, com impacto proporcional sobre a planilha de custos.

Desproporcional

O problema, portanto, não são os casos justos que saem deste patamar, mas quem se apropria de um direito que não é seu.

O que está sendo proposto parece sim ser uma reação desproporcional e sem a devida precisão, um processo rápido mas sem a triagem necessária.

A coluna evidentemente condena toda e qualquer tentativa de fraude, bem como os grandes prejuízos causados pelo vandalismo ou pelas péssimas condições de nossas vias.

Mas a solução apresentada em tom de ameaça não parece suficientemente satisfatória.

Bem claro

É evidente, por fim, que a coluna será sempre favorável à realização de debates - e em última análise é sobre isso que estamos falando aqui.

Cabe ressaltar, no entanto, que à sociedade não foi dada qualquer satisfação a respeito da aparente mudança de entendimento por parte do MPRJ quanto ao pagamento do subsídio na forma como continuou se dando, ou em qual medida a restrição da gratuidade afetaria este pagamento.

Opacidade

Se existem informações relevantes a esse respeito elas não foram compartilhadas com a sociedade, e esta definitivamente não é uma base coerente para se propor a realização de debates.

A coluna não se posiciona de antemão contra qualquer medida que eventualmente venha a ser adotada, desde que com o devido embasamento numérico e a participação social.

Mas discorda frontalmente da forma opaca e isolada como a questão vem sendo conduzida.

Desafio

A coluna prometeu publicar hoje as respostas ao desafio fotográfico desta semana, mas por questões logísticas adiará esta publicação por um dia, desde já pedindo desculpas aos amigos leitores.

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A prostituta e a estação do trem

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020

O título da matéria pode parecer estranho aos amantes da memória do trem no Brasil, mas logo explico. Certa ocasião, dirigindo um documentário na Estação de Trem Visconde de Itaboraí, conhecida como Visconde, uma prostituta que residia no outrora escritório da estação se aproximou de mim. Ela estava intrigada e queria saber por que eu estava fazendo imagens de um lugar tão sujo e insalubre como a estação de Visconde. Para quem não conhece a antiga estação ela está totalmente abandonada, os ambientes internos repletos de fezes de pombos e de animais mortos.

O título da matéria pode parecer estranho aos amantes da memória do trem no Brasil, mas logo explico. Certa ocasião, dirigindo um documentário na Estação de Trem Visconde de Itaboraí, conhecida como Visconde, uma prostituta que residia no outrora escritório da estação se aproximou de mim. Ela estava intrigada e queria saber por que eu estava fazendo imagens de um lugar tão sujo e insalubre como a estação de Visconde. Para quem não conhece a antiga estação ela está totalmente abandonada, os ambientes internos repletos de fezes de pombos e de animais mortos. O ambiente é tão insalubre que sequer havia sido ocupado por indigentes como normalmente acontece em locais abandonados. Feita a indagação respondi à espirituosa prostituta que era de meu interesse fazer imagens daquela estação ainda que estivesse em péssimo estado de conservação. Foi então que ela me disse algo que jamais esqueci. Naquele momento da vida, ela se sentia como aquela estação, abandonada. Ela escrevera um texto que me deu em que dialogava com a estação. Reproduzo aqui um pequeno extrato. “Ela(refere-se a estação) me disse sorrindo, entristecida, um dia eu já tive vida, muitos passaram aqui alegremente, foram felizes” ao que a prostituta responde “eu também já fui nova e feliz e hoje sou abandonada e sofrida.” Ela estabeleceu uma comparação interessante. No passado aquele local era cheio de gente bonita e alegre e hoje se encontra totalmente sujo e largado. Ela também já fora um dia linda e desejada e agora se encontra fisicamente acabada. O diálogo é bem simples, mas o que me marcou foi a comparação da situação física daquele local com a sua decrepitude. O objetivo dessa matéria é trazer informação sobre as outrora estações de trem de Nova Friburgo e o destino de cada uma delas. Iniciemos pela Estação Nova Friburgo no centro da vila, na Rua General Argolo, atual Alberto Braune. O trecho da linha férrea subindo a serra foi inaugurado em 18 de dezembro de 1873, com a presença do Imperador D. Pedro II. Bernardo Clemente Pinto na ocasião foi agraciado com o título de 2° Barão de Nova Friburgo pelo desafio de ter trazido a linha férrea até a região serrana. O transporte ferroviário chega à Nova Friburgo em função das fazendas de café em Cantagalo pertencente à família Clemente Pinto. Já não era mais plausível que um produto de exportação com expressivo volume fosse transportado por tropas de mulas. Até então se misturavam passageiros e cargas no centro da vila, na Estação Nova Friburgo, o que já estava se tornando cada vez mais inconveniente. Em razão disso, em 15 de junho de 1933, foi inaugurada uma estação somente de carga na Chácara do Gambá, denominada de Estação Friburgo-Cargas e que hoje abriga o 11° Batalhão da Polícia Militar. Dois anos depois o prédio da Estação Nova Friburgo foi demolido dando lugar a uma estação mais elegante, em estilo colonial e inaugurado em junho de 1935. Infelizmente sua fachada foi modificada com a supressão de seus alinhados arcos e hoje abriga a Prefeitura Municipal de Nova Friburgo. Outra estação de trem era a Estação do Rio Grande, atual Riograndina, inaugurada em primeiro de maio de 1876. As terras férteis banhados pelo Rio Grande fizeram da região um importante produtor de milho, feijão, mandioca, entre outros produtos. Dessa estação seguia-se para os municípios da região serrana como Bom Jardim, Macuco, Cordeiro, Cantagalo, etc. A Estação do Rio Grande abriga atualmente um Ponto de Cultura e está muito bem conservada, com destaque para a ponte de ferro. O distrito de Conselheiro Paulino era outrora um latifúndio denominado de Fazenda da Ponte de Tábua. O desmembramento da Fazenda da Ponte de Tábua deu origem a pequenas propriedades rurais que se dedicavam a lavoura branca. Para o escoamento dessa produção agrícola a região foi contemplada com uma estação de trem que leva o nome de um importante político saquarema, Conselheiro Paulino. A estação ferroviária foi inaugurada em 1889, cujo trecho seguia para Sumidouro até alcançar o município de Além Paraíba. Era a nossa ligação pela via férrea com o Estado de Minas Gerais. Era situada em frente ao campo de futebol do pastão, mas a estação não existe mais. Havia também uma pequena parada no alto da serra denominada de Estação de Mury e que servia para escoar os produtos da lavoura dos agricultores de Lumiar e São Pedro da Serra. As estações eram também um espaço de sociabilidade para assistir às chegadas e partidas dos trens. Era um programa da família inteira principalmente nos dias do trem de passeio. Tombadas como patrimônio histórico, as estações de trem são lugares de memória da velha maria fumaça. 

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    Década de 1920 ao fundo a estação de trem do seculo 19 (Acervo Fundação D João V)

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    Estação de trem de Conselheiro Paulino, inaugurada em 1889

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    Estação de trem em Riograndina. (Acervo Riograndinaemfoco)

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O amor reina

quinta-feira, 06 de fevereiro de 2020

O amor reina. Ele é sereno. É manso. Não é ciumento, nem dominador. Ele oferece liberdade. Respeita. Ilumina. Mantém a calma. Não precisa se mostrar, se exibir. Vem para unir sem ditadura. É sublime e não carnalizado.

O amor não é o sentimento, mas produz sentimentos. O amor não é o sexo, mas pode conduzir para ele numa relação válida. Sexo sem amor é só carne, superficial, efêmero, e é a parte mais fácil de qualquer relacionamento. O amor permanece, e não depende de excitação física erótica.

O amor reina. Ele é sereno. É manso. Não é ciumento, nem dominador. Ele oferece liberdade. Respeita. Ilumina. Mantém a calma. Não precisa se mostrar, se exibir. Vem para unir sem ditadura. É sublime e não carnalizado.

O amor não é o sentimento, mas produz sentimentos. O amor não é o sexo, mas pode conduzir para ele numa relação válida. Sexo sem amor é só carne, superficial, efêmero, e é a parte mais fácil de qualquer relacionamento. O amor permanece, e não depende de excitação física erótica.

Sim, o amor pode morrer. O que morre é o amor humano. Com ou sem sexo. Mas você pode amar maduramente sem ter vida sexualmente ativa. Muitas pessoas brilhantes não têm vida sexual, genital. É uma mentira, e não é científico, dizer que as pessoas podem ficar neuróticas se não tiverem vida sexual ativa. Pode até ocorrer o contrário, pessoas fissuradas em sexo demonstrarem com isso, com esta obsessão, terem problemas psicológicos. Vício em sexo, em pornografia, é doença.

O amor domina no sentido de ser superior a tudo o mais. Fé, esperança, amor. O maior destes três é o amor. Não na vulgaridade difundida pela má mídia e em muitas redes sociais. O que segura um relacionamento homem-mulher é o amor. Não é o sexo, não são filhos, não é a religião necessariamente, e nem o dinheiro. É o afeto maduro, sem erotismo. Amor puro.

Sem amor você pode ganhar muito dinheiro, é verdade. Mas será que na busca frenética pelo dinheiro não pode estar um pedido de amor? Sim, pode estar, mesmo que o rico não queira distribuir sua riqueza com os pobres. Ganhar dinheiro para ter amor pode não funcionar porque as pessoas por perto talvez vão querer o dinheiro e não a pessoa.

O amor reina. Olhamos o mundo ao redor e parece mentira dizer isso. Sim, parece mentira mesmo. O que vemos? Ganância, materialismo, corrupção, obsessão pelo poder, conflitos de interesses, mentiras empresariais, guerras, epidemias, violência, enchentes, terremotos, furacões, tornados, competição desonesta e desumana, ciúmes violentos.

O amor reina. O final, e estamos bem perto dele, mostrará que o amor reina. E vence. Sim, o amor-justiça, o amor-serenidade, o amor-lealdade, o amor-verdade, o amor-misericórdia, o amor-ética. Só dá para ter saúde mental recebendo este amor, um dia de cada vez, um momento de cada vez.

O que cura é o amor e a verdade. Numa psicoterapia, que é um tratamento psicológico para sofrimentos mentais de níveis diferentes, o que se busca é o amor e a verdade. Amor no sentido do paciente perdoar as pessoas do seu passado e/ou presente que contribuíram para sua dor emocional. Amor no sentido da pessoa passar a aprender a amar a si mesma de modo equilibrado. Amor no sentido começar a respeitar a si e com isso parar de ficar esperando afeto das pessoas, seja se submetendo à elas de forma errada, seja querendo dominar os outros.

No atendimento psicológico ou psicoterapia também buscamos a verdade. Sem verdade não tem cura, não tem recuperação. O Brasil, o Estado, o Município, a família, o individuo só irá para a frente, só crescerá se aplicarem a verdade. A mentira atrofia, destrói. Nosso cérebro “sabe” disso. Quando você quer enganar seu corpo, sua biologia, com mentiras, as células se reúnem e dizem: “Vamos ter que desligar. Esse cara não quer a verdade, e sem verdade não há vida.” Daí pode começar o que se chama de “suicídio celular inteligente”. Ele serve para impedir a perpetuação da malignidade, da destruição. Encurta a vida para diminuir o tempo de sofrimento.

O amor reina. Ele é soberano. Ele vencerá de forma universal no final. Mas já vai vencendo gradativamente. Obrigado amor. O amor reina.

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Ganhando forma

quarta-feira, 05 de fevereiro de 2020

Para pensar:

“Apatia é sinal de desinteresse; indiferença é sinal de desprezo; autoritarismo é sinal de desrespeito; incoerência é sinal de falsidade.”

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira

Para refletir:

“Quando as reais intenções do manipulador são percebidas, sua imagem sofre um desgaste perante a vítima.”

Eliphas Levi

Ganhando forma

Para pensar:

“Apatia é sinal de desinteresse; indiferença é sinal de desprezo; autoritarismo é sinal de desrespeito; incoerência é sinal de falsidade.”

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira

Para refletir:

“Quando as reais intenções do manipulador são percebidas, sua imagem sofre um desgaste perante a vítima.”

Eliphas Levi

Ganhando forma

Confirmando as previsões feitas pela coluna, Wanderson Nogueira foi mesmo eleito presidente do diretório municipal do PDT, ao fim da convenção realizada na tarde desta segunda-feira, 3.

A notícia, claro, ganha relevância muito mais pelo simbolismo e pelas entrelinhas do que pelo fato em si.

Afinal, ela praticamente sacramenta a pré-candidatura do ex-deputado estadual à prefeitura, a ponto, inclusive, de um pré-projeto de governo já ter sido apresentado internamente.

Fim de ciclo

E não apenas isso, mas a mudança também põe fim a um longo período no qual o partido foi marcado por decisões autocráticas, grande concentração de poder e muita atuação de bastidores, que alguns se sentiriam confortáveis para tratar como coronelismo.

De fato, não era normal que alguém que não foi eleito ou nomeado negociasse dívidas milionárias em nome da prefeitura, nem tampouco que deputado autor de lei voltada a beneficiar setores muito específicos do empresariado (e que pouco depois seria preso) tivesse poder para indicar secretários municipais de ética absolutamente questionável.

Pacote completo

Se a nova composição escreverá uma história melhor ou diferente da que vinha sendo escrita nos últimos anos, é algo que só o tempo dirá.

Mas o encerramento de um ciclo que definitivamente não se revelou positivo para a política friburguense, por si só, já configura uma notícia importante e positiva.

Mais uma vez, o passado recente nos ensina que o eleitor não deve jamais se deixar levar apenas pelo rosto que encabeça uma chapa, mas dar a devida atenção ao grupo político que esta pessoa representa.

No fim, essa é a informação mais importante.

Composição

A executiva municipal da sigla passa a ter a seguinte composição: presidente: Wanderson Nogueira; vice-presidente: Nain Rocha; 2º vice-presidente: Joel Duarte; secretário: Bruno Calderaro; tesoureiro: Jorge Marques de Oliveira; vogal: João Hélio Vogas; vogal: Vera Maria Willemsens; líder da bancada: Joelson do Pote; presidente do conselho fiscal: Marcelo Cintra; presidente da comissão de ética: Izaura de Fátima Machado Gazen.

Fiel da balança?

E já que falamos sobre eleições, aqui vai mais uma.

Se a coluna não perdeu as contas, ao menos quatro grupos políticos disputam, nesse momento, o apoio do PSB para a próxima corrida eleitoral.

A costura não tem sido nada fácil, por motivos diversos.

Mas, num cenário em que muitos grupos parecem dispostos a disputar as mesmas fatias do eleitorado, a decisão da sigla pode se mostrar muito importante.

O tempo dirá.

Bem-vinda!

Há poucos dias Nova Friburgo ganhou sua terceira empresa júnior, alcançando um patamar bastante expressivo para uma cidade de nosso porte.

Agora, além da Geração Júnior, da Estácio; e da Serra Jr. Engenharia, da Uerj; a cidade passa a contar também com a Eficiência Júnior, do Cefet.

Aliás, em termos de formação de mão de obra qualificada e ferramentas de integração com o mercado, a cidade vive dias especiais e muito promissores.

Potencial desconhecido

O polo de tecnologia e inovação que se formou por aqui está em sintonia com a vanguarda nacional, e algumas indústrias já começam a tirar bom proveito destas ferramentas.

De fato, parece evidente que a cidade ainda não conhece todo o potencial que já tem à sua disposição para gerar e impulsionar negócios, e que a possibilidade de sucesso econômico diversificado já passa, em grande parte, por um esforço de apresentação, coordenação e encadeamento de todas estas possibilidades.

Temos tudo o que precisamos para que nossa economia voe alto nos próximos anos.

Horários de ônibus

Dona Uta Barbosa Cortez, leitora fiel e pessoa bastante conhecida e respeitada na cidade, enviou mensagem a respeito de um caso específico, em nosso transporte coletivo.

“Só estou passando aqui para expressar a minha indignação para com a empresa Faol. Sem aviso prévio mudaram os horários do ônibus das Braunes (e ouvi dizer de outras linhas também). Um desrespeito muito grande com as pessoas que dependem deste tipo de transporte e têm de cumprir horário. Fiquei muito tempo esperando debaixo de chuva no ponto final. Vou fazer 80 anos, e com prótese num quadril não é possível descer a pé. Por favor, façam uma reportagem sobre isso!”

Espaço aberto

Dona Uta enviou ainda uma tabela de horários, explicando que um funcionário informou que ela seria válida até o dia 4, e outro disse que seria até o dia 7.

Na certeza da atenção por parte da Faol, a coluna abre espaço para esclarecimentos e se coloca à disposição para fazer a ponte a fim de que o diálogo se estabeleça e o melhor compromisso possa ser encontrado.

Fala, leitor!

Em relação ao transtorno do trecho na serra de Cachoeiras que há meses opera em sistema de pare e siga, um leitor, cuja identidade a coluna irá preservar, trouxe questionamentos e sugestões.

Aspas

“O que é muito necessário com relação à Rota é fiscalização. Existe uma agência regularizadora, a Agetransp, e é importante levantar se ela está com representante para acompanhar a concessão. Acredito também que precisamos ter mais poder de pressão. Nossas entidades, unidas, deveriam também fazer muito mais pressão. Claro que deve ser levado em conta o período de chuvas, mas, mesmo assim, se não tiver cobrança, eles vão levar essa obra a passos de tartaruga.”

À disposição

A coluna, mais uma vez, abre espaço à concessionária Rota 116, caso deseje se manifestar a respeito do andamento e das previsões em relação a esta intervenção. Na tarde de ontem, 4, uma equipe de A VOZ DA SERRA passou pelo local e constatou que a obra de contenção da encosta no quilômetro 53 da Serra dos Três Picos continua paralisada, apenas com o sistema de siga e pare em operação.

Lentidão

A ordem do dia da primeira sessão ordinária de 2020 já trouxe mais um exemplo do que se tornou uma constante no atual mandato: os pedidos de dilação de prazo para que sejam respondidos os requerimentos de informação aprovados pelo plenário.

É evidente que um requerimento devidamente respondido, mesmo que com demora, é muito melhor do que o que vimos muitas vezes no governo anterior, quando chegou a haver a injustificável orientação à base governista para que requerimentos não fossem mais aprovados.

Mais respeito

Dito isso, nunca é excessivo enfatizar que requerimentos de informação são uma ferramenta extremamente necessária ao bom funcionamento do sistema democrático, e por isso deveriam ser tratados com o mais profundo respeito, tanto por quem os elabora quanto por quem deveria respondê-los.

Justamente por ser sinal de transparência e lisura, é tranquilizador à população e seus representantes quando o Executivo presta informações claras, precisas, e dentro do prazo.

Infelizmente, no entanto, as respostas enviadas raramente concentram todas estas virtudes.

Foto da galeria
(Foto: Arquivo AVS)
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Prêmio Brasil Musical

quarta-feira, 05 de fevereiro de 2020

Prêmio Brasil Musical
Tem friburguense, ou melhor friburguenses, indicados a um dos mais importantes prêmios de musicais do país. O musical friburguense Eros foi consagrado pela crítica nacional com duas indicações ao Prêmio Brasil Musical. A montagem toda autoral, dirigida por Bernardo Dugin e escrita por Rebecca Noguchi recebeu indicação na categoria Musical Original e Trilha Original.

Prêmio Brasil Musical
Tem friburguense, ou melhor friburguenses, indicados a um dos mais importantes prêmios de musicais do país. O musical friburguense Eros foi consagrado pela crítica nacional com duas indicações ao Prêmio Brasil Musical. A montagem toda autoral, dirigida por Bernardo Dugin e escrita por Rebecca Noguchi recebeu indicação na categoria Musical Original e Trilha Original.

“Eros, O amor em musical”
Na categoria Musical Original, a montagem friburguense concorre com Lembro Todo Dia de Você, Merlin e Arthur, Nelson Gonçalves e O Som e a Sílaba. Só para constar e perceber o grau que Eros está, O Som e a Sílaba é dirigido por Miguel Falabela, por exemplo.

Entre os grandes do Brasil
Já na categoria Trilha Original, Eros disputa o troféu com Reza, Aladdin, Aconteceu de Acontecer Assim e Lembro Todo Dia de Você. A trilha de Eros foi toda concebida pelos compositores Rebecca Noguchi, Tânia Noguchi e Bernardo Rangel. As músicas ainda não estão nas plataformas de streaming por questões burocráticas. Mas continuam prometidas para breve.  

Vontade friburguense
 A indicação já é um troféu e tanto para uma produção 100% friburguense que contou apenas com a força do público. Sem grandes patrocinadores, os artistas envolvidos fizeram esse trabalho na raça e na vontade. O Prêmio Brasil Musical é um dos poucos com abrangência nacional. A decisão do vencedor das duas categorias em que Eros foi indicado se dará por júri técnico. A data de premiação ainda não foi divulgada.   

Líder
Após dez dias de folga na tabela, o Friburguense volta a campo hoje, 5, às 15h, quando encara o Americano, pela última rodada do turno do chamado Grupo X que classificará uma entre quatro equipes para a Seletiva do Estadual de 2021. Líder, ao lado do América, pode-se esperar um jogo pegado. O Americano não engoliu a eliminação na seletiva desse ano, após ser derrotado pelo então eliminado Friburguense.

Rivalidade
Até a relação entre as diretorias, que era boa, azedou. Por óbvio, difícil entender a postura da diretoria campista. Esperavam que o Friburguense amolecesse e entregasse o jogo? O Friburguense cumpriu com seu papel, sem mala branca dos concorrentes, mantendo sua postura ética. Jogou como tinha que jogar e venceu.

Manter-se na luta
Com essa rivalidade revitalizada após anos de paz, o confronto promete, até porque uma derrota do Americano, praticamente coloca a equipe na luta contra o rebaixamento na última fase da competição que terá três clubes. Já a vitória do Friburguense mantém o time de Cadão vivo e dependendo apenas de suas próprias forças, independente do jogo do América contra o Nova Iguaçu. Isso porque, o América é o adversário da 1ª rodada do returno.

Vitória e torcida
Dependendo dos resultados da rodada de hoje, a partida contra o América pode ganhar contorno de final antecipada ou repetição da final da segundona do ano passado. Se ambos chegarem com sete pontos na próxima rodada, ou seja, se Friburguense e América saírem vencedores, estarão seis pontos à frente de Nova Iguaçu e Americano.

Faz as contas
Hipoteticamente, o vencedor de Friburguense e América chegaria a dez pontos, eliminando Nova Iguaçu e Americano já no fim de semana. Ficando apenas os dois na disputa, com vantagem enorme para quem arrancar os três pontos no confronto direto.  

Palavreando
“Coisas ruins também acontecem a pessoas boas. Lição cada vez mais frequente à medida que vivemos e vivenciamos a vida”.

Foto da galeria
Uma confeiteira de Nova Friburgo irá representar o Estado do Rio de Janeiro em campeonato nacional. Lorena Borges conquistou o título na etapa estadual (5ª seletiva) e agora disputará o Cake de Ouro Nacional previsto para setembro, em Fortaleza-CE. Foi também a primeira exposição dela no Congresso Rio Cake. Lorena já é reconhecida na cidade como uma artista do açúcar e agora está perto de um destaque para além das montanhas
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