Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Lições do passado
Para pensar:
“Quanto mais cedo nos distanciarmos, mais cedo nos abraçaremos.”(Autor desconhecido)
Para refletir:
“Só o cuidado coletivo pode salvar vidas. Desigualdade mata.” (Rafael Duarte D’Oliveira)
Lições do passado (1)
Como já dissemos ontem, sob vários aspectos estamos de volta a 2011 aqui em Nova Friburgo.
Pessoas revelando suas índoles diante da exposição ao medo, pessoas acreditando em notícias falsas em meio a um mar de perspectivas sombrias, comunicadores jogando gasolina na fogueira pensando apenas em acumular cliques, e também muita gente disposta a ajudar, a agir da melhor forma, a preservar a economia, convidando ao esclarecimento e à responsabilidade.
Lições do passado (2)
De fato, não restam dúvidas de que, no que diz respeito a lidar com a anormalidade, estamos mais preparados que outras partes do país, e talvez seja válido olhar para este nosso passado a fim de recuperar algumas lições que aprendemos a alto custo.
Ninguém deve se esquecer, por exemplo, que algumas mentes irrecuperáveis viram na desgraça climática uma oportunidade de enriquecimento ilícito, com consequências bem conhecidas.
Atenção necessária
Num momento em que o noticiário e as atenções estão focados no risco à saúde, e diversos procedimentos são realizados de maneira emergencial, toda atenção por parte das forças fiscalizadoras se faz necessária.
Tanto mais quando se considera que os municípios estão em último ano de mandato, e que a realidade local jamais fez por merecer a confiança que, num contexto como o atual, tanta falta nos faz.
De olho
Uma situação muito importante, por exemplo, diz respeito à licitação para a fundamental digitalização de nossa rede pública municipal de Saúde, prevista para acontecer no próximo dia 31.
Não restam dúvidas de que se já tivéssemos esse sistema em funcionamento não apenas o faturamento dos serviços realizados seria muito mais eficiente, mas também a administração dos recursos disponíveis neste tempo de crise.
Pauta crucial
A coluna entende que esse processo licitatório precisa ser acompanhado com muita proximidade, não apenas por ser tão estratégico, mas também porque algumas sinalizações têm sido um tanto alarmantes.
Pode ter sido apenas impressão, mas o colunista sente que a população precisa tomar pelas mãos esta pauta, e cobrar que seja cumprida da melhor maneira possível.
Ganhando força
No Congresso Nacional também começa a ganhar força o projeto conjunto para que os recursos reservados ao fundo eleitoral sejam direcionados para a Saúde.
Considerando o histórico da utilização destes valores em pleitos anteriores a medida parece bastante apropriada, desde, é claro, que a fiscalização sobre o fluxo de recursos paralelos para financiamento de campanhas seja rastreado com máxima atenção, e que o uso de notícias falsas seja combatido e responsabilizado.
Preocupante
Quanto à pandemia em si, a coluna continua recebendo muitos relatos a respeito da numerosa presença de idosos em nossas ruas, praças e em mercados, e também manifestações de pessoas preocupadas com o grande número de pessoas nos ônibus que seguem circulando em Nova Friburgo.
Duas questões que precisam ser discutidas e aliviadas de alguma forma.
Aliás, se este espaço puder ser útil para divulgar qualquer ideia que possa nos ajudar a atravessar esse período com mais segurança e humanidade, estamos à disposição.
Longe demais
Talvez fosse inevitável, diante do tipo de confiança que se acumulou a partir de seguidas demonstrações de apoio popular em meio a atitudes para lá de polêmicas, mas o fato é que a postura do presidente Jair Bolsonaro diante do coronavírus - em especial na marcha do dia 15 - vem causando efeito bastante negativo sobre a ala mais moderada de sua base de apoio, tanto nas ruas quanto no Congresso.
E o próprio Palácio do Planalto já se deu conta disso, como foi possível notar nas entrelinhas da coletiva de imprensa realizada na tarde desta quarta-feira, 18.
Por aqui
O deputado federal Luiz Lima (PSL/RJ), o mais votado em Nova Friburgo no pleito de 2018, com um posicionamento bastante alinhado ao de Bolsonaro, enviou terça-feira, 17, um áudio a parlamentares que integram a base do governo na Câmara pedindo que ele seja “acalmado”, “fale menos”, e que “refaça o discurso sobre o coronavírus”.
O parlamentar também pediu que os deputados federais mais próximos ao presidente que “parem de colocar gasolina na fogueira”.
Aspas
“É preciso urgentemente que o Bolsonaro seja melhor orientado, acalmado. Seria muito importante ele vir a público e refazer o discurso dele em relação ao coronavírus. Eu estou recebendo milhares de áudios do sistema de saúde. A progressão [da contaminação] está sendo enorme. (...) Muita calma, tem que ter muita frieza e tem que falar menos. As pessoas gostam de ser cuidadas. É melhor você pecar pelo excesso do cuidado do que pela falta de cuidado”, declarou Luiz Lima.
Bom senso
As notícias a respeito de adiamentos e alterações de cronograma ou da natureza de eventos públicos agendados anteriormente têm se multiplicado num ritmo impossível de ser acompanhado por aqui.
A coluna, no entanto, não pode deixar de registrar o adiamento para 2021 do censo demográfico que deveria ocorrer neste ano.
A notícia tem grande envergadura, inclusive em razão do grande número de vagas temporárias que estavam sendo oferecidas pelo IBGE para a realização deste trabalho.
Uma medida drástica, mas infelizmente necessária.
Sorteio
A coluna agradece aos leitores que manifestaram interesse em participar do sorteio do livro “Memórias Eleitorais: Nova Friburgo 1982 - 2016”, do professor João Raimundo de Araújo.
Infelizmente o colunista dispunha de apenas um exemplar, e a sorte quis que ele fosse doado à leitora Selma Gonçalves de Souza.
A partir desta quinta-feira, 19, ele estará disponível para retirada na sede de A VOZ DA SERRA.
Desafio
Neste mês especialmente dedicado às mulheres, a coluna publica esta magnífica foto do amigo Henrique Pinheiro não apenas para que os leitores digam onde ela foi feita, mas também para que a serenidade desta mulher magnífica possa tranquilizar nossos espíritos nestes tempos de provação.
Um abraço fraterno (e virtual, evidentemente) a todos os amigos deste espaço.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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