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Rotary Olaria: memorável noite

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Rotary Olaria: memorável noite

Ontem, 17, no restaurante Chakai, o Rotary Clube Nova Friburgo Olaria, em reunião conjunta com os demais clubes co-irmãos do Rotary de nossa cidade promoveu uma noite havaiana que encantou a todos.

Rotary Olaria: memorável noite

Ontem, 17, no restaurante Chakai, o Rotary Clube Nova Friburgo Olaria, em reunião conjunta com os demais clubes co-irmãos do Rotary de nossa cidade promoveu uma noite havaiana que encantou a todos.

 O acontecimento serviu para celebrar o sucesso dos projetos empreendidos, agradecer e homenagear aos amigos e parceiros que ajudaram nestes últimos tempos o Rotary Olaria a cumprir sua missão. Na programação da noite, expô de fotos, exibição de um vídeo e uma breve palestra sobre o uso de energia fotovoltaica, para redução de energia elétrica nas cidades.

Parabéns ao dinâmico presidente do Rotary Olaria, Roberto Gouvêa Vianna, na foto junto a um dos homenageados, o casal Diva e Ademar Ribeiro Mendonça.

FM a caminho

 Quando julho ou mais tardar agosto chegar, Nova Friburgo passará a ter mais uma emissora de rádio FM.

 Não que uma nova surgirá, mas sim por que a tradicional Nova Friburgo AM, passará finalmente, a se enquadrar na modernidade da Frequência Modulada.

Vivas para a Joana

 Na tarde do último sábado, 15, as alegrias rolaram a valer no salão de festas de elegante prédio do centro da cidade, por conta das comemorações, com o tema Patrulha Canina, do 2° aniversário da bonequinha Joana Pontes Moreirão. Aí na foto a aniversariante aparece junto a mamãe, a médica dermatologista Carolina e o pai, o ortopedista Marcos Moreirão.

Para a gatinha Joana, assim como para seus pais e familiares, nossas congratulações e desejos de muitas felicidades.

Maçonaria na praça

Encabeçada pela Loja Maçônica Indústria e Caridade, as demais de nossa cidade, Jacques de Molay, Independências e Professor Oscar Argollo também já estão se mobilizando para realização, em agosto, de uma grandiosa atividade e ação social na Praça Getúlio Vargas.

Com vasta programação incluindo atividades diversas, serviços sociais, sorteio de um presente e muito mais, o acontecimento será em comemoração ao Dia do Maçom, que anualmente no Brasil é celebrado no dia 20 de agosto.

Parabéns ao Mateus

Mantendo a agradável tradição de todos os anos registrarmos nesta coluna o aniversário do garotão Mateus Demani (foto), apresentamos as nossas felicitações pelo seu 9º ano de vida completado no último dia 9. A ocasião foi motivo de alegria para o pai, o vereador Isaque Demani, a mãe Fabiana, o irmão Luiz Miguel e a irmãzinha Ana Luíza. Felicidades!

Aniversariante do domingo

Como nunca é demais felicitar pessoas que realmente merecem tudo de bom, desde já nossos cumprimentos ao admirado empresário do setor farmacêutico de nossa cidade Haroldo César de Andrade Pereira, que marcou época também como superintendente de trânsito de Nova Friburgo na administração municipal anterior.

Nossas antecipadas felicitações ao admirado botafoguense Haroldo, que no próximo domingo, 23, vai celebrar mais um outono.

“Juzinha” com nova idade

Com pequeno atraso, mas com imenso carinho, parabenizamos a bonequinha da foto, Julianna Oliveira Castro, que para felicidade de seus pais, Jacqueline Santos e Alex Castro, completou seu 3° aninho de vida no último dia 13. Parabéns!

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A literatura e o cinema

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Na semana passada, a 29ª. cerimônia de entrega dos Academy Awards, o Oscar, produzida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, teve o esplendor de sempre. A noite de premiação dos melhores atores, técnicos e filmes de 2019 foi iluminada pelo desfile dos astros do cinema sobre o Tapete Vermelho, pelos shows e pela premiação das 24 categorias dos elementos que compuseram a produção dos filmes. O Oscar é um evento televisionado, que invade a madrugada, emocionante e único. 

Na semana passada, a 29ª. cerimônia de entrega dos Academy Awards, o Oscar, produzida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, teve o esplendor de sempre. A noite de premiação dos melhores atores, técnicos e filmes de 2019 foi iluminada pelo desfile dos astros do cinema sobre o Tapete Vermelho, pelos shows e pela premiação das 24 categorias dos elementos que compuseram a produção dos filmes. O Oscar é um evento televisionado, que invade a madrugada, emocionante e único. 

Ao assisti-la fui tomada pela ideia de que a literatura é o ponto de partida de todo o processo de produção cinematográfica, que exige um trabalho de equipe competente, criativo e articulado. A imaginação do escritor tem o poder, quase mágico, do toque inicial. A vontade, decorrente do seu incômodo ou do seu encantamento, até mesmo da sensação de que a vida não lhe basta, o impele a transcrever suas emoções para textos em estilos literários diferentes. Os filmes baseados em fatos ou ficção, inclusive os documentários, estão fundamentados em roteiros (estilo literário próprio do cinema) originais ou adaptados. Os adaptados, por sua vez, são provenientes de obras, como dos contos, romances, ensaios, dentre outros.

O filme Coringa, cujo ator, Joaquim Phoenix, merecidamente premiado, conta a história de um dos maiores vilões fictícios, o Coringa. Este gênio do crime foi criado na década de quarenta por Jerry Robinson, Bill Finger e Bob Cane e compôs enredos de filmes, histórias em quadrinhos e livros. Ah, sem vilões não há tramas empolgantes!; eles tecem as mais incríveis armadilhas aos heróis, que, desafiados, reagem com bravura, oferecendo ao espectador um suspense espetacular. Joaquim Phoenix é o personagem de uma história de ficção pertencente a outras. 

Todos nós fomos criados rodeados por este estilo de literatura que nos permitiu assimilar as características dos seus heróis. Quem não se identificou com as atitudes de Batmam ou da Mulher Gato? Quem não passou uma tarde se divertindo como estes heróis incitados pelo Coringa? Qual a criança que não gosta de se fantasiar com suas roupas e máscaras? 

Hoje a literatura não é mais fechada em si mesmo, na medida em que suas fronteiras interagem com outras linguagens artísticas. Podemos apontar como causas relevantes o avanço da tecnologia que possibilita a visualização da escrita literária, bem como o mal-estar com as circunstâncias da vida. Ao mesmo tempo em que se precisa criar modos de sentir prazer, há a necessidade de avaliar os momentos históricos. Na medida em que a literatura faz críticas e cria utopias, o cinema corrobora dando imagem e movimento às obras literárias; ambas as linguagens acabam por se confundir através das artes cinematográficas, como nos figurinos, nos cenários, na sonoplastia, nos efeitos especiais. O cinema é a síntese das artes ao promover várias formas de visualização da criação humana.

A literatura dá asas ao cinema que, por sua vez, estabelece a conversa entre expressões artísticas diversas que vão se enriquecendo na medida em que se agregam e complementam-se.  

 

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Representatividade

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Para pensar:

“Os credores têm melhor memória do que os devedores.”

Benjamin Franklin

Para refletir:

“Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.”

Jean de la Bruyere

Representatividade

A semana acabou sendo marcada por questões relacionadas à representatividade friburguense, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.

Para pensar:

“Os credores têm melhor memória do que os devedores.”

Benjamin Franklin

Para refletir:

“Não há no mundo exagero mais belo que a gratidão.”

Jean de la Bruyere

Representatividade

A semana acabou sendo marcada por questões relacionadas à representatividade friburguense, tanto no Rio de Janeiro quanto em Brasília.

Começando pelo Rio, em reviravolta um tanto surpreendente, ainda que não de todo inesperada, os deputados estaduais Chiquinho da Mangueira e Marcos Abraão, que haviam sido afastados da Alerj após terem sido presos durante a operação Furna da Onça, obtiveram liminar no Tribunal de Justiça determinando que reassumam os mandatos.

A decisão foi do desembargador Rogério de Oliveira Souza, da 22ª Câmara Cível.

Limbo

Os deputados André Corrêa, Luiz Martins, Marcos Abraão, Chiquinho da Mangueira e Marcos Vinícius Neskau haviam sido soltos por decisão da Alerj, com base em deliberação da ministra Carmém Lúcia, do STF.

Ainda assim, por conta decisão da Mesa Diretora a partir de liminar da Justiça Estadual que anulou a posse dos parlamentares ocorrida no interior do presídio e não nas dependências da Alerj, ferindo o regimento interno da Casa, os mandatos não haviam sido recuperados.

Ecos locais

A alteração obviamente ecoa em Nova Friburgo, uma vez que o suplente de Chiquinho da Mangueira é Sérgio Louback, que dessa forma deve retornar ao plenário da Câmara Municipal, na cadeira que atualmente vem sendo ocupada por Dr. Luis Fernando.

Além disso, a notícia também afeta diretamente a vida de grande quantidade de assessores parlamentares que, nessas condições, perderão as respectivas nomeações.

Instabilidade

Muita gente, no entanto, acredita que a mudança pode ser apenas temporária.

Afinal, trata-se de uma liminar, e o colegiado de desembargadores sempre pode fazer leitura diferente a respeito da situação.

A coluna entende, portanto, se tratar de uma decisão que pode ser revogada, mas que de qualquer forma agrega insegurança e instabilidade ao nosso cenário político, com inevitáveis repercussões sobre a representação friburguense imediata, a vida profissional de muitas pessoas, e também sobre a corrida eleitoral.

Por falar nisso...

E já que falamos sobre o panorama eleitoral, a coluna pode confirmar que o senador Romário bateu o martelo de forma favorável à pré-candidatura do Podemos em Nova Friburgo, que deve indicar o ex-vereador Adriano Pequeno.

A decisão também foi chancelada por Álvaro Dias, Bebeto e Renata Abreu.

Tendências

Com mais essa notícia o cenário eleitoral reforça a sensação de certo inchaço, levando a acreditar que algumas fusões de grupos podem vir a acontecer nos próximos dias.

De qualquer modo, perspectivas iniciais sinalizam a possibilidade de uma eleição decidida com ainda menos votos do que a de 2016, na qual muita gente já deixou claro que vai se esforçar por transferir votos ou rejeições a partir de esferas superiores.

E o eleitor deve ter muito cuidado com isso, para não perder de vista a composição local, que é a que verdadeiramente conta.

Estranhamento

Após dois anos marcados por uma rotina estranha, para não usar adjetivo pior, a licitação para realização de nosso carnaval naturalmente atraiu muitas atenções, nesta sexta-feira, 14.

Ainda assim, alguns colegas da imprensa relataram dificuldades de acompanhamento do pregão, e mais que isso, os vereadores Johnny Maycon e Professor Pierre manifestaram grande estranhamento quando, logo após a vitória de uma empresa friburguense, um representante do governo exigiu a realização de visita técnica imediata.

Sem margem

O preço caiu bastante, tudo correu direitinho, até o fechamento desta edição não havia nenhuma confirmação sobre qualquer problema digno de nota. Mas a coluna registra o ocorrido mesmo assim porque notou algumas posturas estranhas ao longo do dia, alguns comportamentos esquisitos, e entende ser oportuno reafirmar que não há mais margem para surpresas nesse tipo de processo não.

A cota já foi estourada há muito, muito tempo.

Retificando

Na coluna de sexta-feira o Massimo se referiu de forma errada ao arquiteto da Firjan que tem atuado na questão das calçadas acessíveis.

O nome correto é Luiz Gustavo Guimarães, e não Luiz Carlos, como foi publicado na versão online da coluna.

A coluna pede desculpas pelo equívoco.

Trânsito

A coluna andou recebendo diversas mensagens relacionadas a situações de nosso trânsito que merecem atenção por parte das autoridades responsáveis.

Algumas dessas situações o colunista também já teve oportunidade de testemunhar.

Com a palavra, os leitores.

Rua Sete de Setembro (1)

“Na sexta-feira passada, dia 7, a coluna falou sobre as preocupações no trânsito em relação à Augusto Spinelli, muitas mudanças aconteceram, né?! Uma delas foi a instalação do semáforo na Rua Sete de Setembro, mas que não tem a princípio sinalização para o pedestre. Motoristas continuam parando para a travessia e os pedestres não se deram conta que agora temos uma sinalização ali. Confuso.”

Assina a mensagem a colega Tatiane Tavares.

Rua Sete de Setembro (2)

“Gostaria de chamar atenção para as recentes instalações de semáforos, uma na polêmica ‘faixa elevada da Avenida Euterpe Friburguense’ e outra na Rua Sete de Setembro, próximo à Estação Livre.

Em ambas as instalações o equipamento apresenta sinalização apenas para os veículos, a indicação para os pedestres não está presente.

Não sei se é por falta do equipamento, ou se a chuva está ‘atrapalhando’ a conclusão do serviço (agora tudo é culpa da chuva), mas o fato é que o perigo continua.

Seria interessante buscar junto à Secretaria de Mobilidade Urbana uma resposta.”

Assina a mensagem o leitor Marcelo Warol.

Perigo real

“Na semana passada estava vindo de Mury para o Centro, e havia uma grande fila de carros parados próximo ao hotel Bucsky, esperando pela abertura do sinal recentemente instalado. Fui obrigado, portanto, a parar meu carro próximo a uma curva de baixa visibilidade, e de imediato senti que estava numa posição perigosa. Enquanto torcia para que não viesse ninguém atrás de mim, observei o surgimento de um caminhão em alta velocidade, que evidentemente não conseguiu parar. Tive vários machucados, meu carro deu perda total, e ainda atingiu outro que estava parado à minha frente. Se em vez de caminhão de alimentos fosse um de cimento, eu certamente teria morrido. Algo precisa ser feito ali com urgência no sentido de reduzir, muitos metros antes do sinal de trânsito, a velocidade de quem trafega, ou ocorrências vão continuar acontecendo.” A identidade deste leitor será preservada pela coluna.

Férias

A coluna terá um curto período de férias e tem a sorte de encerrar essa fase dos trabalhos com duas notícias leves, de natureza cultural.

Euterpe

Às vésperas de completar 157 anos, no próximo dia 26, a Real Banda Euterpe Friburguense programou suas comemorações para março.

No dia 5, Dia Nacional da Música Clássica (em homenagem ao aniversário de Heitor Villa-Lobos), haverá a posse da diretoria, e os festejos serão encerrados com o concerto especial comemorativo no domingo, 29 de março, às 11h, no Teatro Municipal Laercio Ventura.

A diretoria eleita para o biênio 2020-2021 tem como presidente José Nilson da Silva, reeleito no dia 28 de novembro passado.

Eles merecem (1)

Ao fim de uma longa tramitação que teve início em 2016, finalmente na sessão ordinária da última quinta-feira, 13, a Câmara Municipal de Nova Friburgo aprovou a iniciativa do vereador Joelson do Pote de atribuir ao Centro de Artes o nome do saudoso e inesquecível Júlio Cezar Seabra Cavalcanti, nosso querido Jaburu.

Fazendo saber que agora a responsabilidade aumenta para que o espaço seja logo reaberto, e nas melhores condições possíveis.

Eles merecem (2)

Também do gabinete do vereador Joelson nasceu a iniciativa para atribuir o nome do saudoso radialista Edmo Zarife (do inimitável brado Brasiiiiiiiiillll, que há anos faz fundo para nossas principais conquistas esportivas) ao Centro de Turismo.

A proposta está em tramitação, e a coluna torce para que este processo seja bem menos demorado que o do Centro de Artes.

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Rua Sete de Setembro
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Meu carnaval do ano inteiro

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Eu esperava até que a espera se desfez em pleno carnaval. E o carnaval daquele fevereiro durou o ano inteiro e mais outro e mais outro. Mas todo carnaval tem seu fim, como diz a música. Carnavalesco, mesmo dos melhores, tem seu tempo, sua fase de criatividade cessada, para quem sabe recuperá-la novamente com novos estilos e inovação. Não é o mundo contemporâneo que cobra inovação o tempo todo. O mundo sempre espera por inovação, mesmo antes de ter inventado o pão. Talvez seja mais algo humano do que divino. Reinvenção se confunde com aperfeiçoamento e nem sempre significa evolução.

Eu esperava até que a espera se desfez em pleno carnaval. E o carnaval daquele fevereiro durou o ano inteiro e mais outro e mais outro. Mas todo carnaval tem seu fim, como diz a música. Carnavalesco, mesmo dos melhores, tem seu tempo, sua fase de criatividade cessada, para quem sabe recuperá-la novamente com novos estilos e inovação. Não é o mundo contemporâneo que cobra inovação o tempo todo. O mundo sempre espera por inovação, mesmo antes de ter inventado o pão. Talvez seja mais algo humano do que divino. Reinvenção se confunde com aperfeiçoamento e nem sempre significa evolução.

Talvez seja bom ficar na paradinha da bateria. Em silêncio. Para compreender tanto quanto sentir falta desse agito que o Bumbum Paticumbum Prugurundum faz dentro da gente. A bateria do coração com passistas fazendo festa em cada válvula desse órgão que, na minha imaginação poética, mora a alma.       

No carnaval do cotidiano a fantasia dá lugar ao jeans e à camisa de botão. Prefiro a camisa simples de malha com pouca estampa. A fantasia descolore, tanto quanto as alegorias são renegadas às fotos que se tornam nostalgias para carnavais futuros que sempre pedem mais e mais intermináveis efeitos e coreografias.

O carnaval de fevereiro é exceção no ano. Uma bem vinda exceção. Exceção que a gente pede para se estender pelo ano inteiro. Mas esse tal de dia a dia é de altos e baixos. Perdemos décimos em harmonia. Outros quesitos também se tornam vulneráveis à medida que o desfile se estende. O erro só se esgota quando o portão se fecha e o desfile acaba. Há de se ter notas máximas? Quem não desfila, não erra. Bom passista, nunca quer que o desfile se encerre, por mais que a euforia esconda o cansaço.

Renovar a mesmice requer mais entrega do que talento, mais vontade do que disposição. Porque é o motivo que nos move e a paixão é o combustível para que mergulhemos nesse colorido que encanta a arquibancada. Mas na vida há de se ter desprendimento para fazer um desfile feliz, mais do que apenas técnico. Posto que o que marca quem desfila é cantar e compartilhar-se com quem canta ao lado, mais do que apenas agradar público e jurados.

A escola é a vida e seu pavilhão é como o sentido de existir. Mas a existência só é leve quando temos a experiência de cuidar do que se cativa e elevar o sentimento ao amor. Só o amor é capaz de fazer o carnaval durar o ano inteiro. Não esse carnaval que termina nos blocos de horas e horas ou nos beijos que se distribuem a quem sequer sabe o nome. 

O carnaval que se faz sob o teto de casa, do céu de cada uma das quatro estações. O carnaval que cria intimidade e descobre tempo depois que cumplicidade e companheirismo são mais importantes que a própria intimidade que pode apenas constituir-se em carência.

Que comece novo carnaval... O novo é entusiasmante. Mas lealdade à quarta-feira de cinzas, pois luto fantasiado falseia a verdadeira vontade de começar novo desfile... De começar de novo. Para viver novo enredo, desde a sua concepção, à escolha de seus sons, fantasias, alegorias e adereços. Suas verdades.

 

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Fome de quê?

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Para pensar:

“Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade.”

Victor Hugo

Para refletir:

“Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje.”

Abraham Lincoln

Fome de quê?

O episódio da troca de empresa responsável pela alimentação hospitalar no Raul Sertã expôs diversos aspectos importantes e geralmente pouco visíveis de nossa cidade no contexto atual.

Para pensar:

“Tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade.”

Victor Hugo

Para refletir:

“Você não consegue escapar da responsabilidade de amanhã esquivando-se dela hoje.”

Abraham Lincoln

Fome de quê?

O episódio da troca de empresa responsável pela alimentação hospitalar no Raul Sertã expôs diversos aspectos importantes e geralmente pouco visíveis de nossa cidade no contexto atual.

Não apenas ao sublinhar as características lamentáveis que tornam uma empresa atraente aos olhos de determinado tipo de gestor público, como já enfatizamos ontem, mas também no que diz respeito aos limites de confiabilidade de nossa comunicação social.

Nonsense

Ao fim do dia em que A VOZ DA SERRA alcançava a marca histórica de dez mil edições, as redes sociais friburguenses eram inundadas com informações inverídicas e sensacionalistas a respeito das supostas causas e consequências da troca de empresas na cozinha de nosso principal hospital.

E claro, tudo sempre publicado com muita caixa alta, sem abrir mão da expressão que se tornou corriqueira e é a própria síntese do nonsense na comunicação: “segundo informações”.

Quer dizer, a informação agora fala por si mesma?

Alhos e bugalhos

Falou-se, por exemplo, em falta de pagamento por parte da prefeitura, mas não se explicou que se tratam de glosas, de questões que estão sendo questionadas com relação ao serviço que foi efetivamente prestado.

A coluna entende que o mesmo está se passando em relação à UPA de Conselheiro Paulino, a partir do controle da frequência de profissionais, e o respectivo questionamento em torno do pagamento por horas que não chegaram a ser trabalhadas.

Isso, definitivamente, não tem nada a ver com dar calote.

Não resistiu

E no momento em que tinha razão a prefeitura também deu sua escorregada ao divulgar nota na qual diz que “frustrando a expectativa de alguns vereadores, a transição foi tranquila, dentro de todos os parâmetros legais e o principal, sem alterar em nada nas refeições dos pacientes, familiares ou funcionários”.

Gente, não vamos negar que até o início da tarde de quarta-feira, 12, a apreensão era grande sim, inclusive dentro do próprio governo, quanto à continuidade imediata do serviço.

E com razão.

Não confundir

Que bom que tudo deu certo, parabéns aos responsáveis, mas sejamos maduros o suficiente para entender que fiscalizar não é torcer contra...

Aliás, muito pelo contrário, e neste caso específico, era muito importante sim que tudo fosse observado com muita atenção, pelo maior número possível de agentes de fiscalização.

A coluna não precisa nem gastar tempo explicando o porquê.

Bom exemplo

Em resumo: fosse pela forte chuva que caiu sobre a cidade, fosse pela transição na cozinha do HMRS, o dia em que este jornal alcançou um marco tão significativo acabou sendo coincidentemente exemplar no sentido de enfatizar os desafios envolvidos no trato com informações, e o quanto esse ofício demanda cuidado e responsabilidade.

Parece simples fazer jornalismo de qualidade, mas não é não.

Apoio total (1)

A prefeitura fará hoje, 14, a apresentação de um projeto que conta com apoio irrestrito por parte deste colunista: o manual “Calçada Legal”, coordenado pelo competente André Luiz Gomes, do Escritório de Gerenciamento de Convênios e Projetos, e promovido pelo Programa Calçada Acessível.

A iniciativa contou com o apoio técnico da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), através de Luiz Guimarães, e pretende criar regras para que futuras obras sejam feitas com pensamento na acessibilidade e mobilidade urbana das pessoas.

Apoio total (2)

A Firjan, inclusive, tem se relacionado com os governos municipais a fim de conscientizar as entidades públicas e população sobre a padronização e promoção da acessibilidade nas calçadas, já que em muitos casos, andar pelas calçadas das cidades – também as de Nova Friburgo - é um verdadeiro desafio, uma prova de obstáculos.

Apoio total (3)

O evento é aberto à sociedade, e acontece no Espaço de Convivência da Pessoa Idosa - Zelma Mussi Gervásio, anexo ao Clube de Xadrez, a partir das 11h.

A coluna entende que durante a apresentação o prefeito Renato Bravo deve assinar o decreto que instituirá o manual, que por sua vez passará a ser regra para as novas obras públicas e privadas que envolvam calçadas exclusivas de pedestres.

O tipo de coordenação, enfim, que tem feito muita falta para que possamos tornar nossa cidade mais bonita e acessível sem qualquer custo extra.

Parabéns aos envolvidos, e contem com o apoio deste espaço.

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    (Foto: Henrique Pinheiro)

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Chuvas que preocupam

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Chuvas que preocupam
Nova Friburgo tem suportado bem as intensas chuvas desta semana. Não dá para imaginar o estrago que seria causado em Conselheiro Paulino com a antiga calha do Rio Bengalas. Mesmo assim, o rio transbordou em alguns pontos. Felizmente, as quedas de barreiras não atingiram casas, ainda que transtornos tenham sido causados ao trânsito.

Chuvas que preocupam
Nova Friburgo tem suportado bem as intensas chuvas desta semana. Não dá para imaginar o estrago que seria causado em Conselheiro Paulino com a antiga calha do Rio Bengalas. Mesmo assim, o rio transbordou em alguns pontos. Felizmente, as quedas de barreiras não atingiram casas, ainda que transtornos tenham sido causados ao trânsito.

Mudanças climáticas
Fato é que está fazendo frio no verão, com chuvas intermitentes. Esses fenômenos são sinais claros das mudanças climáticas. Negá-las é ignorância ou maldade mesmo para evitar mudanças urgentes de hábitos. Os gases poluentes, o desmatamento, o descarte incorreto de lixo são fatores que afetam a todos. O friburguense pode não se importar com o desmatamento desenfreado da Amazônia, mas é afetado por ele, aqui.

Patrimônio natural
Nossa responsabilidade é grande com a maior faixa de mata atlântica preservada do Brasil. Medidas precisam ser desencadeadas para preservação e ampliação. Passou da hora do município rever a sua política de lixo, adicionando práticas de novas energias. O mesmo vale para o esgoto. O que dizer do transporte público. A sua não utilização por eficácia do serviço ou não, é determinante para a quantidade excessiva de carros nas ruas.

Potencial
Nova Friburgo pode e deve ser referência mundial no que tange ao meio ambiente. Essa meta, inclusive, com bons projetos, pode encontrar recursos em fundos internacionais. É uma cidade privilegiada que precisa, urgentemente, voltar a sonhar e aproveitar suas potencialidades.

Economia x meio ambiente
E, para quem acha que ecologia atrapalha a economia, é a preservação ambiental que pode alavancar Nova Friburgo a outro patamar em termos de destino turístico. Pois, equipamento se constroem, natureza se tem. Sim! Nós temos natureza exuberante!              

Plano de drenagem
O Plano de Micro e Macro Drenagem de Nova Friburgo está na gaveta. Fato é que o estudo realizado pela USP precisa de atualização urgente, afinal ele é de 2007/2008, portanto, antes do evento climático de 2011. Também é fato que não dá para descarta-lo por completo, pois problemas como da Rua Farinha Filho antecedem a tragédia daquele dia 12 de janeiro.  

Que seja o último jogo
 O Friburguense pode fazer a sua última partida em casa nesse semestre, amanhã, 15, diante do Nova Iguaçu. Não que não gostemos de ver jogos do time profissional no Eduardo Guinle, mas a torcida é para que seja mesmo a última partida do semestre. Isso só acontecerá se o Frisão for o vencedor do Grupo X, o que lhe garantiria vaga na seletiva do ano que vem.

Seletiva
Mais do que a garantia da seletiva, está a chance de se livrar do rebaixamento. Se o vencedor do grupo que tem quatro times, garante vaga e cotas de TV para 2021, os três restantes vão para o grupo que definirá o rebaixado para a segundona. 

Chegar bem na última rodada
O Friburguense precisa vencer e pode até assumir a liderança. Para tanto, tem que torcer para que Americano e América empatem. Também pode torcer pela vitória do América. Nesse caso, teria que tirar a diferença de saldo de gols, fazendo pelo menos quatro de diferença. Caso o Americano vença, o time campista seguirá na liderança.

Vencer ou vencer
A vitória do Americano é o pior cenário. Além de vencer o Nova Iguaçu, o Friburguense teria a obrigação de vencer o Americano, em Campos, na próxima quarta-feira, 19. América e Nova Iguaçu já não teriam mais chances e apenas cumpririam tabela. Então, é isso: vencer o Nova Iguaçu e torcer pelo empate entre Americano e América.

Matemática da classificação
Nesse cenário, na última rodada, o Friburguense poderia até jogar pelo empate com o Americano, desde que o América não vença o Nova Iguaçu. Mas convenhamos: uma coisa de cada vez. Porque nessas contas entrará também o saldo de gols. Por isso, vencer o Nova Iguaçu é importante, mas tão importante quanto é fazer saldo de gols. Mas do outro lado, terá um adversário que se perder, estará eliminado. 

Feliz por ser da gente
Não posso deixar de comemorar nessa edição 10.001 da versão impressa a importante marca de dez mil edições de A VOZ DA SERRA. Mais do que um resistente, um veículo fundamental na biografia de Nova Friburgo. Por mais que novas tecnologias e outros veículos surjam, A VOZ DA SERRA segue pautando os demais. Posso falar isso com tranquilidade, mesmo trabalhando ou já tendo trabalhado em rádios e TVs locais.

Obrigado
É com alegria que parabenizo todos que fizeram e fazem esse jornal. Em tom também de agradecimento por fazer parte dessa história, ainda que de maneira, mais ou menos, recente. Palavreando (coluna literária dos fins de semana) marcou minha estreia, em 2006. Em novembro, este Observatório completa 12 anos.

Ao mestre, com carinho
Encerro lembrando duas passagens mágicas com meu saudoso mestre Laercio Ventura: “Não acredito que seja você mesmo que escreva aqueles textos de sábado”. Isso, depois de umas cinco edições publicadas. Posteriormente, me lança o desafio: “Quero uma coluna diária. Se vira. Inventa. Não admito você na TV, no rádio, todos os dias e não estar aqui, igualmente”. Saudades imensas de Laercio! A ele e sua família, toda minha gratidão.      

Palavreando
“Nascem flores na serra. Uma ave voa livre pelo céu que dá no mar. Conto o tempo para a vinda do tempo em que não haverá mais possibilidade de contar. Parte para o infinito de quem finito se deixa levar”.

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Olhando assim, é mesmo a Suíça Brasileira
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Não faça aos outros...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

... Aquilo que não gostaria que fizessem com você. É tão simples assim como parece? Deveria ser. Comumente vivemos situações embaraçosas, desconfortáveis, angustiantes e sentimo-nos tristes e sobrecarregados. Situações essas que não raras vezes poderiam ter sido evitadas se nossos interlocutores da vida pensassem em evitar fazer às pessoas aquilo que abominariam que impusessem a elas. Seria bem mais fácil.

... Aquilo que não gostaria que fizessem com você. É tão simples assim como parece? Deveria ser. Comumente vivemos situações embaraçosas, desconfortáveis, angustiantes e sentimo-nos tristes e sobrecarregados. Situações essas que não raras vezes poderiam ter sido evitadas se nossos interlocutores da vida pensassem em evitar fazer às pessoas aquilo que abominariam que impusessem a elas. Seria bem mais fácil.

Mas, se coabitamos o mesmo planeta, talvez todos já tenhamos entendido ou estejamos próximos de compreender, que essa interação de mentes, de gente, de egos e valores, não é tão simples assim. Não é premissa básica uníssona que evitar impor aos outros coisas que detestaríamos que nos impusessem pode minimizar o sofrimento e o estresse do próximo. É importante até mesmo considerar que múltiplos que somos, não necessariamente partilhamos de dores semelhantes, de modo que às vezes o agir inconsciente atropela qualquer raciocínio sobre o estado de espírito dos receptores de nossas condutas por eles recepcionadas como negativas.  E por aí vai.

Carecemos de uma percepção mais inteligente. Emocionalmente mais inteligente, que considere também os outros, a sociedade como um todo e mesmo o planeta. Talvez devêssemos perceber que há questões que de maneira geral ferem, causam transtorno, prejudicam e geram sofrimento. Não é tão difícil supor que determinadas ações magoam, desestabilizam, deixam as pessoas em apuros de várias ordens.

Gostaria muito que fosse tão simples quanto parece. Que escolher ser pessoa leve fosse tudo de que precisássemos para efetivamente estarmos envoltos pela leveza todo o tempo. Às vezes, o é. Mas como não vivemos em uma bolha e nossas energias se entrelaçam com as dos outros o tempo todo, passa a ser uma arte e uma habilidade diferenciada sabermos nos defender da negatividade, da injustiça, da grosseria, da sobrecarga que nos impõem e ainda assim, seguirmos gratos e sem disseminar o mesmo nível de pensamentos, sentimentos e condutas por aí.

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Atenção!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Sabe aquele “investimento” – entre muitas aspas – de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Sabe aquele “investimento” – entre muitas aspas – de curto prazo, com altíssima rentabilidade e seguro que algum conhecido te indicou? Não existe! E afirmo com total convicção.

São três os parâmetros básicos ao analisar um produto de investimento: liquidez (o período de tempo entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não), rentabilidade e risco. Quase via de regra, rentabilidade costuma ser diretamente proporcional ao risco do investimento; e conforme menor a liquidez, maior é o risco para compensar a alta rentabilidade.

Vê como essas promessas absurdas são inviáveis? Pois infelizmente, algumas pessoas – por falta de educação financeira e um pouco de ganância – acabam caindo em golpes de investimentos fraudulentos.

É o que aponta uma pesquisa divulgada em dezembro do ano passado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). De acordo com o estudo, 11% dos brasileiros já perderam dinheiro em algum esquema fraudulento de investimentos; destes, 62% não conseguiram recuperar o valor perdido.

Já ouviu falar em esquemas de pirâmide financeira? Este é definido como crime contra a economia popular e é o caso mais comum entre os golpes de investimentos fraudulentos; dentre os 11% dos brasileiros lesados por esquemas fraudulentos, 55% já se envolveram em esquemas de pirâmides. A maioria dos casos acontece devido as promessas de alta rentabilidade, seguidos pela garantia da não necessidade de conhecimento acerca de investimentos e de baixo risco.

Isso também é educação financeira: conhecer os produtos financeiros, seus parâmetros e limitações. Um investimento (não considere os produtos fraudulentos) de curto prazo e alta rentabilidade envolve riscos que devem ser considerados. Dependendo do seu conhecimento acerca do investimento em questão, é possível, sim, alocar parte do seu capital. Porém, deve ser uma alocação devidamente calculada; afinal, não é inteligente arriscar todo o seu capital de investimento em algo que pode condená-lo.

De fato, não é de hoje o desejo do ser humano pelo enriquecimento rápido; sem desmerecer as boas ideias de alto retorno. Isso pode se tornar um grande inimigo: a ganância. Diferente de ambição, a ganância é um sentimento excessivo de possuir, geralmente, bens materiais – provindos da riqueza obtida – e um atrativo para golpes.

Um bom investidor, por outro lado, tem um grande aliado: o tempo. Aproveite-o para aprender o que puder, o conhecimento será sua principal blindagem antifraude e o garantirá as melhores escolhas.

Você não precisa ser especialista em investimentos para desenvolver senso crítico.

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Arroz com feijão

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Para pensar:
“Uma conduta irrepreensível consiste em manter cada um com a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia.”
Voltaire

Para refletir:
“Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual.”
Pierre Nouy

Arroz com feijão

Existem coisas que só a experiência é capaz de ensinar.


Para pensar:
“Uma conduta irrepreensível consiste em manter cada um com a sua dignidade sem prejudicar a liberdade alheia.”
Voltaire

Para refletir:
“Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual.”
Pierre Nouy

Arroz com feijão

Existem coisas que só a experiência é capaz de ensinar.

Há alguns anos, por exemplo, quando começaram a surgir relatos de que a alimentação no Hospital Municipal Raul Sertã havia atingido o limite inferior daquilo que poderia ser classificado como uma refeição, a coluna deu visibilidade ao fato sem se dar conta de que estava sendo usada com vistas à concretização de um plano que, a exemplo da adesão à ata de registro de preços de Duque de Caxias, havia sido arquitetado ainda no período de transição.

Mais do que parece

Inclusive, sabe-se hoje em dia que foi justamente para não ter de assinar esses dois procedimentos que o primeiro secretário de Saúde da atual gestão municipal pediu exoneração.

Por isso, quando agora a situação voltou a se repetir, desta vez protagonizada pela mesma empresa que foi favorecida a partir da infame sequência de contratos emergenciais muito caros e evitáveis, a coluna esperou um pouquinho antes de abordar o assunto.

Porque esse é o tipo de fato que sempre tem mais camadas do que parece.

Caráter exposto (1)

Para início de conversa, quando a alimentação oferecida a pacientes, acompanhantes e funcionários começa a agredir a dignidade, isso diz muito a respeito do caráter de quem é diretamente responsável por isso - e essa responsabilidade nem sempre é automática, podendo mudar de caso para caso.

O que aconteceu em 2017, por exemplo, parece um caso que poderia facilmente ser classificado como uma asfixia econômica da antiga prestadora do serviço, levada adiante por parte de quem começou a atrasar pagamentos pelo serviço prestado.

Caráter exposto (2)

Já no momento atual, a situação parece uma indignidade por parte de uma empresa que recebeu muito dinheiro pelo serviço, mas optou por cortar os investimentos ao mínimo possível a partir do momento em que teve ciência de que seu vínculo seria encerrado.

Uma postura lamentável, que diz muito sobre as motivações e os valores que a tornaram tão atraente aos olhos de quem, lá atrás, arquitetou tudo o que mais tarde se tornaria alvo de CPI e de investigação por parte da Polícia Federal.

Apreensão

De fato, períodos de transição neste tipo de serviço são extremamente tensos, e ao longo desta quarta-feira, 12, era enorme a apreensão em torno da continuidade da oferta de alimentação, uma vez que a troca de empresa se deu justamente à 0h desta quinta-feira, 13.

O que a empresa que sai iria levar?

E a nova, teria condições de dar conta de toda a demanda já no primeiro dia de atuação?

Por conta própria

Estas são respostas que o leitor já deve ter, quando da leitura da coluna, mas que no momento em que estas linhas estavam sendo escritas ainda não estavam totalmente claras.

Para evitar esse tipo de problema, agregando segurança a um serviço tão essencial, a Secretaria de Saúde trabalha no sentido de incorporar a alimentação hospitalar à estrutura do Hospital Raul Sertã em prazo não muito distante.

Para tanto, um estudo de impacto econômico deve ser entregue ao prefeito já nos próximos dias.

Tem mais

Existem ainda outras situações importantes relacionadas à gestão da Saúde, mas a coluna não quer saturar o tema ou diluir atenções.

Nos próximos dias a gente dá continuidade à conversa.

Programão

Olha só que sugestão bacana: hoje, 13, a partir das 18h30, o Centro Cultural Italiano oferecerá uma aula aberta sobre Veneza, abordando especialmente aspectos culturais, históricos e arquitetônicos da icônica cidade das gôndolas, da Ponte dos Suspiros, e de personagens legendários como Marco Polo e Casanova.

O CCI funciona na Rua General Osório, 248.

Festa de todos

A manhã da sexta-feira de carnaval, próximo dia 21, promete ser animada no Lar Abrigo Amor a Jesus (Laje).

Das 9h30 às 11h, um bloco formado por cerca de 15 idosos se reunirá no salão, e depois sairá desfilando pelo pátio, arregimentando outros internos.

Que curtam muito

O "Unidos do Laje" faz parte do projeto "Memória Ativa", idealizado por Beatriz Rimes, pedagoga com especialização em gerontologia e vida saudável, e implantado por voluntários para trabalhar a estimulação cognitiva.

Os instrumentos e as fantasias, olha só que legal, estão sendo criados pelos próprios internos.

A coluna dá os parabéns a todos os envolvidos, desejando que possam aproveitar muito o momento. 

Dez mil

Em vias de completar 75 anos de história, A VOZ DA SERRA alcança hoje, 13, a emblemática marca de dez mil edições, cujo conjunto certamente representa o mais vasto registro da história friburguense.

Ao colunista só resta agradecer aos leitores por esta longa parceria, e à direção do jornal, que garante a este espaço o tipo de liberdade editorial que poucos veículos no Brasil estão dispostos a preservar, remando contra fortes correntezas

Que venham outras dez mil edições!

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Conhecendo o Centro de Memória Martin Nicoulin na Fazenda Santan

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

O retorno do historiador suíço Martin Nicoulin a Nova Friburgo na semana passada foi por um motivo nobre. Ele veio para o lançamento do livro “Teia Serrana 2, novos temas, novas abordagens”. Martin Nicoulin é um historiador suíço que escreveu o antológico livro “A gênese de Nova Friburgo” que trata da imigração de colonos suíços para o Brasil, no século 19, cuja obra motivou a produção de outras publicações, algumas partindo de seu livro.

O retorno do historiador suíço Martin Nicoulin a Nova Friburgo na semana passada foi por um motivo nobre. Ele veio para o lançamento do livro “Teia Serrana 2, novos temas, novas abordagens”. Martin Nicoulin é um historiador suíço que escreveu o antológico livro “A gênese de Nova Friburgo” que trata da imigração de colonos suíços para o Brasil, no século 19, cuja obra motivou a produção de outras publicações, algumas partindo de seu livro.

Martin sempre foi um incentivador dos historiadores locais e ambos os volumes de Teia Serrana tiveram o seu apoio, assim como a busca de recursos para a sua publicação. No dia seguinte ao lançamento, o simpático e carismático historiador suíço foi até a Fazenda Santana, em Cantagalo, inaugurar um Centro de Memória em sua homenagem. A iniciativa partiu do atual proprietário da fazenda, o médico Renato Monnerat.

A Fazenda Santana era um latifúndio produtor de café com imensa importância no século 19, pertencente aos Sousa Brandão, os barões de Cantagalo. Médico e produtor rural Augusto de Souza Brandão, o segundo Barão de Cantagalo, plantava na Fazenda Santana café do tipo java, maragojipe, Libéria e marta. Sua propriedade tinha uma dimensão aproximada de 800 alqueires com 1,5 milhão de pés de café.

Durante uma visita de um grupo de suíços à Fazenda Santana, por ocasião do bicentenário de Nova Friburgo, presenciei uma situação interessante. Quando Renato Monnerat explicou que a dimensão dessa propriedade no passado era de 800 alqueires, o prefeito de um dos cantões se espantou e disse, “Era maior que o meu cantão”. Lembrando que cabem 142 Suíças em todo o território brasileiro. Todo o trabalho era realizado por 295 escravos. No entanto, com o fim do trabalho escravo o segundo Barão de Cantagalo se vê diante de uma crise financeira e bem endividado por falta de braços na lavoura.

José Heggendorn Monnerat, dono de diversas propriedades rurais arrematou a Fazenda Santana no ano de 1900, em leilão em praça pública. A família Monnerat era nessa ocasião uma das maiores fortunas da Região Serrana, provavelmente superando os Clemente Pinto, filhos do primeiro Barão de Nova Friburgo. Na sucessão hereditária a Fazenda Santana ficou pertencendo a Sebastião Monnerat Lutterbach que manteve a produção de café, mas diversificou sua atividade econômica com a lavoura branca e a criação de gado leiteiro da raça guzerá.

Introduziu ainda na fazenda uma fábrica de laticínios produzindo manteiga, queijo e requeijão com a marca Santana. O tetraneto de Sebastião Monnerat Lutterbach, o médico Renato Monnerat adquiriu essa fazenda dos herdeiros pois é um apaixonado pela história da diáspora de sua família para Cantagalo. Renato Monnerat descende de um único tronco familiar dos Monnerat.

O patriarca François Xavier Monnerat, sua esposa e sete filhos partiram da Suíça chegando ao Rio de Janeiro em fevereiro de 1820. Seguiram para a Vila de Nova Friburgo se estabelecendo no distrito colonial. Em 1837, somente 17 anos após a sua chegada, a família adquiriu a Fazenda Rancharia, hoje situada no município de Duas Barras e que na ocasião era Cantagalo.

Além de se dedicarem ao cultivo do café eram igualmente tropeiros. Atualmente a extensão da Fazenda Santana é bem menor do que fora no passado em razão de seu desmembramento. Martin Nicoulin ficou encantado com a propriedade. Estava surpreso com a trajetória dos Monnerat ao longo do século 19, e da aquisição pela família de tantas propriedades na região. Não faltou emoção tanto de Martin Nicoulin quanto de Renato Monnerat ao inaugurarem o Centro de Memória em que criador e criatura se confraternizaram. Martin o criador da história das famílias suíças e Renato a criatura, descendente do patriarca François Xavier.

O Centro de Memória da Fazenda Santana tem dois pavimentos. Em uma das instalações está exibido o antigo maquinário da fazenda como o engenho de fubá, o descaroçador de feijão, as imensas caixas de madeira em que era depositado o açúcar fabricado, os instrumentos de arado, entre outras preciosidades. Martin Nicoulin sempre espirituoso fez questão de tocar nos grãos de café expostos simbolicamente no Cento de Memória exaltando que foi esse o produto que fez a fortuna de alguns colonos suíços.

Uma das perguntas que fiz à ele nessa ocasião foi de como explicava quão os Monnerat haviam amealhado tamanha fortuna algumas décadas depois de sua chegada a Cantagalo. Ele deu uma explicação simples. Foram duas as condições favoráveis. As terras férteis da região e o cultivo do café, o ouro verde, o principal produto de exportação do Brasil Império. 

  • Foto da galeria

    A família Monnerat recebe Martin Nicoulin na Fazenda Santana

  • Foto da galeria

    Martin Nicoulin em momento de descontração na Fazenda-Santana

  • Foto da galeria

    O café proporcionou a riqueza dos Monnerat em Cantagalo

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