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R$1.045,00 – O que representa o salário mínimo?

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Muito! De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), é valor de referência para 49 milhões de pessoas. No Brasil (num estudo divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD - em outubro de 2019), 60% dos trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo em 2018. Na época, o mínimo estava em R$ 954, mas 54 milhões de brasileiros viviam com renda mensal de R$ 928 – vale a observação; no mesmo ano, o governo anunciava o menor reajuste desde 1995 e a inflação real superava o aumento salarial.

Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão que realiza a PNAD, divulgou mais um estudo; dessa vez, acerca do trabalho informal. Chegando ao patamar recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, a população trabalhadora informal alcançou 41,3% - atingindo 38,68 milhões de brasileiros.

Ou ainda, um relatório da Organização Internacional do Trabalho apontou 12,1% como taxa de desemprego no Brasil. O cenário futuro não é animador: a previsão para 2023 e 2024 é e uma taxa de 11,5%. Resumindo em poucas palavras: o desemprego abre portas para o trabalho informal, que, por sua vez, impacta na remuneração dos trabalhadores; e se o aumento salarial não tem superado a inflação, um emprego não regulamentado acaba sendo afetado.

É melhor que desemprego? Concordo! Mas não é solução. A economia do país passa por momentos delicados, os últimos anos não têm sido fáceis. A população sem poder de consumo tem influência direta na economia e a recíproca é verdadeira. O ano de 2019 registrou a marca de 4,31% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial de inflação, e mais uma vez chegou a vencer – momentaneamente – o reajuste salarial.

Uma Medida Provisória foi necessária para definir um salário mínimo em 2020 que superasse a inflação do ano anterior, alcançando um reajuste real de, aproximadamente, 0,4%. Contudo, para os cofres públicos, cada R$ 1 de aumento “extra” custará R$ 355 milhões; totalizando uma despesa adicional de R$ 2,13 bilhões.

Mas o que deve ser feito para que o investimento seja convertido em poder de consumo e reflita positivamente na economia? Aqui vem a importância da educação financeira. O primeiro passo é refletir e estudar sobre suas finanças. Está endividado? Comece a analisar possíveis formas de quitar ou amortizar suas parcelas. Analise as maiores taxas de juros – principalmente o Custo Efetivo Total (CET) – e comece pelas mais caras.

Um perfil comum de consumidor também é o “falso equilíbrio”; gastar o que ganha é arriscado e pode acarretar em dívidas graves sem o planejamento recomendado. Use o reajuste salarial para começar a construir sua reserva de emergências. Há recomendações de capital referente a seis meses de consumo; tempo que vai variar de acordo com suas singularidades, como a segurança do emprego, por exemplo.

Por fim, saiba como rentabilizar seu patrimônio; assunto do nosso encontro de semana que vem.

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Começou

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Começou

E eis que a Polícia Federal subiu a serra.

Na manhã desta quarta-feira, 22, agentes da PF deflagraram a Operação “Carona de Duque”, ação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de “desbaratar um grupo criminoso envolvido em fraudes na compra de medicamentos da Prefeitura de Nova Friburgo”.

O leitor prestou atenção às palavras entre aspas, retiradas do comunicado da PF?

Parecem palavras de quem tem alguma dúvida a respeito do que se passou?

Começou

E eis que a Polícia Federal subiu a serra.

Na manhã desta quarta-feira, 22, agentes da PF deflagraram a Operação “Carona de Duque”, ação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público Federal (MPF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), com o objetivo de “desbaratar um grupo criminoso envolvido em fraudes na compra de medicamentos da Prefeitura de Nova Friburgo”.

O leitor prestou atenção às palavras entre aspas, retiradas do comunicado da PF?

Parecem palavras de quem tem alguma dúvida a respeito do que se passou?

Dia cheio

Ao longo do dia foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, São Gonçalo, Niterói e Nova Friburgo, com a participação de vários policiais federais e servidores da Controladoria Geral da União.

Paralelamente, sete pessoas foram intimadas a prestarem informações “sobre o esquema que causou prejuízo de mais de R$ 600 mil”, segundo a PF.

Inclusive, de acordo com o Ministério Público Federal, o valor já foi bloqueado das contas dos investigados.

Alcance

O caso teve enorme repercussão na mídia nacional.

Estadão, G1, O Globo, GloboNews, Band, BandNews, CBN, UOL, Istoé, Valor Econômico, Correio Braziliense, EBC, além das páginas da Polícia Federal, da CGU e uma miríade de jornais de alcance estadual espalhados pelo Brasil.
Todo mundo repetindo o que o leitor da coluna ficou sabendo em primeira mão, com uma semana de antecedência.

Créditos (1)

O próprio nome da operação, por exemplo, faz evidente referência à adesão à ata de registro de preços de Duque de Caxias, narrada aqui há poucos dias.

Com a mesma justiça, a coluna enfatiza o trabalho de apuração legislativa que começou lá atrás, no infame episódio da “doação” de medicamentos realizada pela UPA de Conselheiro no dia 16 de maio de 2018, e redundou na Operação Legislativa “Mãos de Sangue”, assinada em conjunto pelos vereadores Professor Pierre, Zezinho do Caminhão, Johnny Maycon, Wellington Moreira e Marcinho Alves, e encaminhada ao MPF em outubro de 2017.

Créditos (2)

Tal trabalho teve importante desdobramento no segundo semestre de 2019, quando os indícios inicialmente apurados ganharam contornos mais nítidos através do minucioso trabalho de comparação de valores entre o processo da adesão da ata; dados do Banco de Preços em Saúde, do Ministério da Saúde; e também com os processos licitatórios municipais 1077/16, 9993/17 e 2220/18, na forma da Operação Legislativa “Juízo Final”, elaborada exclusivamente por Pierre.

Os valores obtidos nesta peça, por sinal, apontam que a estimativa de superfaturamento declarada pelo Ministério Público é (compreensivelmente) conservadora.

Créditos (3)

Impossível, por fim, não lembrar do importante papel desempenhado pelo ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Ângelo Jaquel, não apenas no episódio da “doação” dos medicamentos, mas sobretudo na forma como remou contra pesadas marés para recuperar parte do processo licitatório 1077/16, reduzindo o prejuízo imposto ao erário.

Não admira que a mesma pessoa que repreendeu Ângelo por ter feito a coisa certa tenha sido uma das que prestou depoimento à PF nesta quarta-feira, 22.

Adiantou?

Diante de tudo isso, o colunista também não pode deixar de lembrar das críticas que recebeu por ter denunciado o sobrepreço dos medicamentos, notadamente aquelas que diziam que “más notícias espantam turistas”.
Ora, a coluna vem fazendo sua parte há muito tempo para que a situação não chegasse ao ponto que chegou.

Agora cabe perguntar: tapar os olhos e os ouvidos, varrer para debaixo do tapete, e esperar tudo explodir em mídia nacional foi positivo para a cidade?

Adiantou? Valeu a pena?

Legislativo

Em meio à crise, o presidente da Câmara Municipal de Nova Friburgo, vereador Alexandre Cruz, convidou a imprensa para uma entrevista coletiva na sala da Presidência do Poder Legislativo.

Durante o encontro, o presidente anunciou também o agendamento de uma reunião extraordinária para as 9h de hoje, 23, que desde já está cercada de expectativas.

Afinal, vai ser muito interessante observar daqui para a frente o posicionamento daquele enorme contingente de vereadores que jamais - repito, jamais - se interessaram pelo teor das denúncias feitas por seus pares, alheios ao que sabiam existir, comprometidos que estavam com as amarras do assistencialismo, do aparelhamento.

Pior cego

A esse respeito, o colunista deixa registrada aqui sua mais profunda vergonha diante da postura destes parlamentares, que foram eleitos com a função de fiscalizar e em vez disso escolheram a via fácil - e extremamente prejudicial - do clientelismo.
Indicação de cargos, capinas, asfaltamento, aceitar secretarias, levantar factoides...

Diz o ditado que o pior cego é aquele que não quer ver.

Omissão

Que ninguém duvide: a responsabilidade sobre os ombros de tais parlamentares é enorme, e agora é tarde demais para fugir disso.
Que respondam à população pela omissão consciente e deliberada.

Vergonha. Vergonha. Vergonha.

Típico

E já que falamos em vergonha, a coluna resistirá à tentação de adjetivar a resposta dada pela prefeitura a respeito de todo este episódio.

Basta dizer que ela não negou o sobrepreço de um único medicamento denunciado; ignorou por completo a réplica do ex-secretário de Saúde, Rafael Tavares, aos argumentos apresentados pelo coordenador da transição; e desconsiderou que o processo 1077/16 já estava liberado para execução quando a adesão à ata foi concretizada.

Ao fim de uma semana de esforços, isso foi o melhor que deu para fazer?

Falsas?

Ainda assim, a prefeitura vem tratando as informações - de forma genérica - como “falsas”, e reduzindo tudo a “bravata com intuito politiqueiro de induzir a população ao erro”.

Bom, a coluna tem as notas fiscais, tem os processos de compra, e uma infinidade de dados complementares.

Se estas são informações falsas, então muitas explicações precisam ser dadas, não?

Ponta do iceberg

Negar o inegável é perder de vista a dimensão do que está acontecendo.

A coluna apurou, por exemplo, que a investigação do Ministério Público não se ateve ao sobrepreço na compra de medicamentos, mas também abraçou a crise da esterilização de 2017, que não apenas serviu para justificar um contrato emergencial de valor muito superior ao investimento à época necessário para a recuperação da CME, mas sobretudo envolveu a orientação para que médicos continuassem a realizar cirurgias quando o problema já havia sido comunicado ao prefeito, inclusive por este colunista.

Juntos

Há muito ainda a ser dito, mas o mais importante, por ora, é observar que vários municípios e várias instituições federais foram mobilizadas a partir do combate a práticas prejudiciais ao erário através de investigações nascidas e desenvolvidas aqui, em Nova Friburgo.

E a comunidade representada por este nosso espaço teve papel muito importante para que tudo finalmente seja devidamente investigado por quem é de direito

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Geração bendita. É isso aí bicho! - Última parte

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Filme e trilha Cult

A comunidade de hippies Quiabo’s ficou aproximadamente três anos em Nova Friburgo. Drogas como LSD e maconha eram utilizadas pelos hippies, em geral, para ampliar o nível de consciência e proporcionar uma experiência mística. Carlos Doady nos informa que alguém lhe perguntou sobre a utilização de drogas na comunidade Quiabo’s. Ele teria respondido “Raramente!”. “Raramente usavam?”, indagou a pessoa. “Raramente faltava!”, ele respondeu.

Filme e trilha Cult

A comunidade de hippies Quiabo’s ficou aproximadamente três anos em Nova Friburgo. Drogas como LSD e maconha eram utilizadas pelos hippies, em geral, para ampliar o nível de consciência e proporcionar uma experiência mística. Carlos Doady nos informa que alguém lhe perguntou sobre a utilização de drogas na comunidade Quiabo’s. Ele teria respondido “Raramente!”. “Raramente usavam?”, indagou a pessoa. “Raramente faltava!”, ele respondeu.

Poucos meses após a prisão dos hippies, o delegado Rechaid foi transferido da cidade em consequência da repercussão negativa que teve o episódio. Na ocasião, a mídia friburguense se calou conforme nos informa as pesquisadoras Débora Breder e Thamyres Saldanha Martins no artigo “É isso aí, bicho, narrativas sobre o filme Geração Bendita no jornal A Voz da Serra durante a ditadura militar”. O jornalista Pedro Paulo Cúrio, em um artigo intitulado “Na tonga da mironga do cabuletê!” criticou os hippies chamando-os de gang do tóxico, salafrários e apoiava a atuação do delegado Amil Rechaid ao prendê-los e expulsá-los da cidade.

Após esse incidente, as filmagens de “Geração Bendita” foram retomadas em Santo Antônio de Pádua e Itaocara, mas tiveram igualmente problemas com a polícia. Em outubro de 1971, quando o filme foi apresentado a Divisão de Censura de Diversões Públicas, mais de 40 minutos foram censurados, havendo necessidade de rodar outras cenas para substituir os cortes, mas gerou problema de continuidade. Analisando o filme hoje na íntegra, possivelmente foram cortadas as cenas de nudez e de consumo de drogas.

Como novos cortes foram realizados os produtores alteraram o nome do filme de “Geração Bendita” para “É isso aí, bicho!” com o intuito de burlar a censura. Apenas em janeiro de 1973, o filme foi finalmente liberado para exibição nos cinemas. Lembrando que estávamos em plena ditadura militar. Porém, poucos meses depois de exibido o filme foi novamente censurado e as cópias recolhidas de todos os cinemas pela  Divisão de Censura e Diversões Públicas da Polícia Federal.

Karl Kohler e Carlos Doady foram presos e obrigados a assinar um Termo de Confissão no DPOS, a polícia política da época. Expulsos de Nova Friburgo, um grupo da comunidade Quiabo´s foi para Barra do Sana, na serra de Macaé e outro para Visconde de Mauá. Anos depois, o filme foi restaurado por iniciativa de Carlos Doady contando com a colaboração de Osvandil Silveira Quimas e Bruno de Oliveira, com a conversão da película para o formato digital, telecinagem, retoques de coloração, melhoria do áudio e remasterização. Foram resgatadas todas as cenas que haviam sido cortadas, reintegrando-as ao filme.

Uma grande preciosidade de “Geração Bendita” é a trilha sonora da banda Spectrum, composta por integrantes da própria comunidade Quiabo´s e por friburguenses. Segundo Bini, as músicas eram compostas durante as gravações, atendendo às necessidades das cenas e dos personagens. O disco foi lançado no mesmo ano que o filme.

O rock psicodélico do grupo é o estilo musical característico do movimento hippie. Atualmente, o long play em vinil da banda é disputado por colecionadores do mundo inteiro, chegando a valores astronômicos, e ocupa os primeiros lugares nas want lists de raridades psicodélicas. “Geração Bendita” não foi o primeiro filme a abordar a temática da contracultura. “Meteorango Kid, o herói intergaláctico”, lançado em 1969, já havia abordado a temática de uma comunidade hippie.

O filme tem imenso valor por ter documentado o cotidiano de mais uma comunidade hippie no país. E como dito antes, uma trilha sonora de inestimável valor. Um bom trabalho sobre o tema pode ser encontrado na dissertação de mestrado de Igor Fernandes Pinheiro, “Não fale com paredes, contracultura e psicodelia no Brasil”. “Geração Bendita” entrou na lista dos filmes cult, fazendo parte da historiografia do cinema nacional, estando disponível no youtube.

VEJA AQUI A PRIMEIRA PARTE: https://avozdaserra.com.br/colunas/historia-e-memoria/geracao-bendita-e-isso-ai-bicho-parte-1

  • Foto da galeria

    Carlos Bini na direção do filme

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    Uma preciosidade é a trilha sonora da banda Spectrum

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    Cartaz do filme Geração Bendita

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Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): o que é e o que fazer com ele?

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

O nome já diz: obsessão e compulsão. Uma pessoa com este sofrimento mental tem pensamentos intrusivos, que ela não quer ter, que ficam perturbando a consciência. Exemplos podem ser pensamentos tipo: “Será que tranquei a porta de casa?”, ou “Acho que me contaminei com germes ao tocar naquele objeto.” Com pensamentos assim que não param, a pessoa sente a compulsão para fazer o que eles dizem. No primeiro caso, ela vai verificar várias vezes se realmente trancou a porta. E no segundo caso ela vai lavar as mãos repetidas vezes.

O nome já diz: obsessão e compulsão. Uma pessoa com este sofrimento mental tem pensamentos intrusivos, que ela não quer ter, que ficam perturbando a consciência. Exemplos podem ser pensamentos tipo: “Será que tranquei a porta de casa?”, ou “Acho que me contaminei com germes ao tocar naquele objeto.” Com pensamentos assim que não param, a pessoa sente a compulsão para fazer o que eles dizem. No primeiro caso, ela vai verificar várias vezes se realmente trancou a porta. E no segundo caso ela vai lavar as mãos repetidas vezes. Os pensamentos obsessivos ficam “mandando” a pessoa com TOC praticar os atos compulsivos, porque se não fizer, a ansiedade perturbará muito.

Existem vários tipos de pensamentos obsessivos, como o de que a pessoa cometeu um pecado imperdoável, ou que ela tem que arrumar seu armário de maneira perfeita, ou que tem que ajeitar um quadro na parede que está um pouquinho torto, ou que tem que dar três toques na parede sempre que pensar numa palavra etc. Milhares de pessoas sofrem de TOC. No Brasil varia de 0,7 a 2,5% da população. Portanto, não é algo raro.

As pessoas normais podem ter pensamentos que se repetem na mente, mas é algo temporário. Nos indivíduos com TOC eles se tornam recorrentes ou obsessivos que perduram e se tornam um padrão de pensamento. Isto provoca muita ansiedade, e muita ansiedade provoca isto. E uma tentativa de aliviar a ansiedade produzida pelos pensamentos obsessivos é praticar os atos compulsivos. Por exemplo, se na mente da pessoa com TOC o pensamento obsessivo é sobre contaminação, ela poderá tentar amenizar isto através do ritual de lavar as mãos exageradamente dezenas de vezes ao dia. Se o pensamento obsessivo é sobre trancar alguma porta, ela pode conferir se realmente fechou uma série de vezes.

Alguns cientistas acreditam que o TOC tem que ver com alterações cerebrais e que é necessário usar medicamentos para tratá-lo. Mas não é “só” isso. Há outras complicações emocionais que geram muita ansiedade e a mente usa os pensamentos obsessivos e atos compulsivos como defesa da dor emocional profunda. Então, na causa do TOC há fatores físicos, emocionais e espirituais.

Ajuda a lutar contra o TOC dizer para si mesmo que os pensamentos obsessivos não tem valor moral, mas são resultado de alterações neuroquímicas talvez devido ao excesso de ansiedade. Por isso, a pessoa com TOC precisa desvalorizar os pensamentos obsessivos o mais que puder e dizer para si mesma que ela não tem que fazer o que eles mandam.

Também é importante lutar para pensar em outra coisa para substituir o pensamento obsessivo. Isto é difícil no começo, mas com o tempo a pessoa pode conseguir evitar ficar concentrado nos pensamentos obsessivos, escolhendo pensar em outras coisas. A dificuldade surge porque existe uma ansiedade forte que leva a pessoa a ter estes pensamentos e eles, por sua vez, conduzem aos atos compulsivos, repetitivos.

Isto significa que, quando a pessoa luta para impedir que os pensamentos obsessivos continuem em sua mente perturbando, ela pode sentir mais ansiedade. Mas com o tempo esta ansiedade poderá começar a diminuir sem que a pessoa necessite praticar a compulsão para obter alívio daqueles pensamentos.

Um exercício que pode ajudar é: ao vierem os pensamentos obsessivos, ao invés de logo praticar o ato compulsivo, diga para si: “Vou esperar uns 20 minutos sem me deixar levar pela necessidade de agir compulsivamente.” Depois de alguns dias ou semanas, aumente este tempo de “espera”. Ou você pode diminuir, por exemplo, no caso de uma compulsão para lavar as mãos por vários minutos. Lute para decidir lavá-las usando menos tempo.

Não tenha vergonha de falar disso para alguém. Se você não conseguir interromper gradativamente os atos compulsivos, procure uma ajuda profissional com psiquiatra e psicólogo. Quando o TOC se torna grave a ponto de perturbar a vida social e de trabalho da pessoa, uma medicação temporária prescrita por médico psiquiatra poderá ser necessária além da psicoterapia.

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Ares artísticos

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Para pensar:

“Os soldados mais fortes não são descobertos em tempos de paz e sim resistindo em meio a suas guerras...”

Júlio César

Para refletir:

“Temos a arte para não morrer da verdade.”

Friedrich Nietzsche

Ares artísticos

Na próxima sexta-feira, 24, a livraria Sabor de Leitura vai exibir o documentário “La Manuela”, que conta a história da franco-brasileira Manuela Picq, expulsa do Equador em 2015 após participar de manifestações pelos direitos indígenas.

Para pensar:

“Os soldados mais fortes não são descobertos em tempos de paz e sim resistindo em meio a suas guerras...”

Júlio César

Para refletir:

“Temos a arte para não morrer da verdade.”

Friedrich Nietzsche

Ares artísticos

Na próxima sexta-feira, 24, a livraria Sabor de Leitura vai exibir o documentário “La Manuela”, que conta a história da franco-brasileira Manuela Picq, expulsa do Equador em 2015 após participar de manifestações pelos direitos indígenas.

A exibição está prevista para começar às 19h, e em seguida haverá um bate-papo com a diretora Clara Linhart, que também co-dirigiu o filme “Domingo”, em cartaz ano passado em todo o país.

Ares artísticos (2)

Clara, por sinal, também integra, como 1ª assistente de direção, a equipe que está gravando em Nova Friburgo o filme “Tia Virgínia”, dirigido por Fábio Meira e estrelado por medalhões como Vera Holtz, Louise Cardoso, Arlete Sales, Antônio Pitanga, Vera Valdez e Amanda Lyra.

Não por acaso, desde a semana passada começaram a pipocar imagens das atrizes em estabelecimentos da cidade, como esta que registra a visita de Vera Holtz e Louise Cardoso ao “Bode Expiatório”, comandado pela chef - e leitora da coluna - Márcia Leal Matos.

Ares artísticos (3)

Está achando pouco?

Pois saiba que na tarde desta segunda-feira, 20, muitos friburguenses também identificaram Martinho da Vila, passeando tranquilo, quase incógnito, em meio às belezas de nossa Praça Getúlio Vargas.

A estes profissionais, que através da arte fizeram parte de vários momentos de nossas vidas, a coluna deseja que curtam a estadia, e voltem sempre.

A casa é de vocês.

Ponto sensível

O grande retorno dos leitores à coluna de terça-feira, 21, deixa claro que os problemas no serviço prestado pelos Correios afetam grande parte da população friburguense, e se agrava em distritos mais afastados do Centro.

Ao mesmo tempo, dá para ver que os leitores compartilham do entendimento do colunista de que as reclamações devem ser direcionadas aos responsáveis pela deterioração, no topo da hierarquia gerencial, e não aos profissionais que estão se desdobrando para que os efeitos não sejam ainda maiores e mais pesados.

Iminente

Moradores de Serra Nevada, localidade próxima a Theodoro de Oliveira, procuraram a coluna em busca de ajuda.

Estão apreensivos em relação a um trecho específico da Estrada do Imperador onde a água está infiltrando por baixo do asfalto, causando uma erosão que já pode ser observada através de um buraco na pista.

Ainda de acordo com moradores, este é o mesmo local onde existe uma manilha que desabou, e que foi visitado recentemente por uma equipe da prefeitura com o intuito de desobstruir o fluxo d’água.

Isolamento

A comunidade indica que a principal manilha não foi desobstruída, e acredita que o asfalto pode ceder a qualquer momento, representando riscos para quem trafega e também a perspectiva de isolamento da localidade.

A coluna agradece desde já pela atenção das secretarias de Obras e Serviços Públicos, e deixa o espaço aberto para divulgar qualquer boa novidade a esse respeito.

Não dá

A VOZ DA SERRA já deu visibilidade ao fato em matéria específica, mas a coluna não pode deixar de registrar o contato que teve com várias pessoas que nos últimos dias passaram muitas horas na fila da vacinação no posto de Saúde Sílvio Henrique Braune.

Os relatos são extremamente penosos, sobretudo para os bebês e as crianças, e representam o tipo de situação que não pode se repetir.

O espaço fica aberto para explicações ou atualizações, de qualquer parte envolvida.

Diferenciação

O ex-vereador Gustavo Barroso enviou mensagem direcionada aos responsáveis por nosso trânsito.

“Em minha opinião o “traffic calming” (faixa de pedestres elevada) deveria ser na cor vermelha com faixas brancas, como em todo lugar do mundo. Hoje os motoristas veem o traffic calming como um quebra-molas, e acabam não parando para a travessia dos pedestres. Não podemos nos esquecer que eles são faixas de pedestres, e em Nova Friburgo não têm as faixas brancas.”

Por falar nisso…

E já que falamos em trânsito, a leitora Raquel Souza também opinou sobre as mudanças mais recentes.

“A mudança de mão na antiga Rua São João mais uma vez ficou ótima, e as demais alterações também. Só falta acabar com a fila dupla na Rua Monte Líbano. Na segunda-feira, 20, após 18h, havia pelo menos cinco veículos enfileirados, atrapalhando a todos, folgadamente estacionados e sem se importarem com o movimento. Tem como colocar câmeras nessa rua? Porque quando a patrulha passa, eles saem, dão a volta e param no mesmo lugar, quem fica no ponto de ônibus cansa de ver isso.”

Gratidão

O colunista gostaria de agradecer aos leitores pelo apoio que andaram manifestando ao trabalho da coluna.

Um abraço especial para Ângela Assunção, Rosemarie Künzel, Antônio Lopes, Seneca Espinosa e Elisabeth Souza Cruz.

Em tempos nos quais resta a sensação de que não há ninguém a quem recorrer em busca de Justiça, o apoio de vocês é decisivo para preservar a motivação e seguir adiante.

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Quando a rede ajuda

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Quando a rede ajuda
Uma hasgtag de uma estudante de Nova Friburgo Rebecca Campos atingiu o 3º lugar de assunto mais comentado no Twitter nas últimas horas da última segunda-feira, 20, e nas primeiras horas de ontem, 21. E a concorrência no “trending topic” não foi das mais fáceis, afinal, uma campanha articulada por apoiadores do ex-juiz e agora ministro Sérgio Moro ocupou as duas primeiras posições. Moro deu entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. 

Quando a rede ajuda
Uma hasgtag de uma estudante de Nova Friburgo Rebecca Campos atingiu o 3º lugar de assunto mais comentado no Twitter nas últimas horas da última segunda-feira, 20, e nas primeiras horas de ontem, 21. E a concorrência no “trending topic” não foi das mais fáceis, afinal, uma campanha articulada por apoiadores do ex-juiz e agora ministro Sérgio Moro ocupou as duas primeiras posições. Moro deu entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura. 

Solidariedade virtual
A mobilização através da #inepdevolveanotadarebecca ganhou o país para chamar a atenção do Inep e do MEC (organizadores do Enem) acerca de uma grave injustiça cometida com a estudante Rebecca Campos Ferreira. Até famosos como a apresentadora Maísa, do SBT, compraram a briga, que de fato chamou a atenção dos organizadores que já estão às avessas com todos os problemas dos resultados da prova que define a vida de milhares de jovens após três anos no ensino médio de muito estudo.

Um Enem pra ser esquecido
O caso ocorrido no dia 10 de novembro, na sala 11 da UFF Nova Friburgo, teve o fato de que uma estudante de nome Rebeca foi eliminada, após seu celular tocar durante a prova. Como prevê o regulamento, a estudante foi eliminada. Mas na hora da divulgação do resultado, a estudante Rebecca Campos, que não tinha nada a ver com a história é quem foi considerada eliminada.

Justiça
Segundo a estudante em suas redes sociais, ao saber da eliminação por ato que outra estudante de nome semelhante cometeu, foram enviados mais de 100 e-mails para que a organização corrigisse o equívoco, mas de nada adiantou. Sem escolhas, levantou a hasgtag que em poucas horas ganhou o país e finalmente fez com que a organização desse a devida atenção ao seu caso.

Gosto amargo
O empate diante do América já é passado no Eduardo Guinle, mas seus ensinamentos não. Após abrir 2 a 0 numa partida que foi claramente superior ao adversário, falhas de displicência e falta de concentração tiraram dois pontos ganhos da equipe. O problema é que erros do tipo ocorreram em jogos anteriores.

Não foi o recomeço dos sonhos
Começar empatando em casa não foi um resultado trágico, mas longe de ser bom. Agora, é preciso recuperar os pontos perdidos nos jogos fora de casa. A matemática é simples. Com dez pontos, um time deve alcançar o 1º lugar que classifica para a seletiva do ano que vem e tira da briga contra o rebaixamento.

Hora de crescer
Diante do Nova Iguaçu a primeira oportunidade de se recuperar. Na fase seletiva, o Friburguense perdeu por 2 a 0. O time da Baixada vem de bons resultados. A goleada sobre o América (4 a 0) e o empate de 0 a 0 contra o Americano, fora de casa. Sabedor das falhas que não podem se repetir numa competição tão equilibrada, que o time de Cadão possa crescer como sempre cresceu nos momentos decisivos.         

Palavreando
“A gente nunca percebe bem enquanto se é feliz e só sente falta da felicidade quando não está sendo visitado por ela. A felicidade é tão simples que se percebêssemos a abraçaríamos como somos abraçados quando estamos chegando, voltando para casa.”.

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    Se a Unidos da Saudade não era aposta para brigar pelo título do carnaval, a apresentação de suas fantasias mudou muitas opiniões. Com fantasias bem trabalhadas e ricas em detalhes, a escola mostra mais uma vez que sabe trabalhar muito bem com enredos africanos. O samba que arrebatou a quadra, não deve ser diferente na avenida. Com emoção incomum, demonstração clara de que o mau resultado do ano passado mexeu com o brio dos componentes que estão com raça elevada para este carnaval.

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    Com uma festa de gala, digna de Oscar, a Vilage apresentou, ao som de trilhas marcantes do cinema, as suas fantasias para este carnaval. Relembrando gêneros de filmes e personagens marcantes, a leitura da apresentação foi fácil e promete um grande desfile. A atual campeã conta com a organização de sua diretoria para fazer mais do que um desfile técnico, mas que encante o público com muitos efeitos especiais. Com a quadra lotada, a letra fácil do samba permite cada um fazer sua própria viagem pelo mundo do cinema.

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Escolas cívico-militares

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Antes de tudo é importante diferenciar o que seja uma escola militar (colégio militar), das escolas militarizadas, tão em voga e tão combatidas ultimamente. Assim, podemos conceituar as primeiras como instituições geridas por militares seja na direção, como na formação do corpo docente onde há uma mescla entre professores saídos dos quadros da caserna e de civis sem formação militar, mas enquadrados nos princípios que gerem a formação de um militar.

Além disso, a maioria dos alunos é constituída por filhos de militares e um dos objetivos, mas não obrigatório, é tornar a carreira militar mais atraente e de atender as especificidades e exigências dessa formação para a vida militar. Portanto, os alunos desses estabelecimentos são obrigados a respeitar regras que são a base da formação de um soldado. Têm de usar fardas, corte de cabelos padronizados, as meninas não podem pintar suas unhas nem seus cabelos. Existe respeito às normas básicas de educação, quando os professores são chamados de senhores ou professor fulano de tal, sendo que esses também têm a obrigação de se dirigirem respeitosamente aos alunos e se vestirem de maneira adequada.

Ao chegarem ao colégio, os alunos entram em fila, cantam o hino nacional, assistem ao hasteamento da bandeira brasileira e se dirigem às salas de aula de modo disciplinar. Não é preciso dizer que esse culto à disciplina e à educação como preceito fundamental da vida em sociedade, se reflete no alto nível de aproveitamento dos alunos seja ao ingressarem nas academias militares, seja nas faculdades ou escolas técnicas de gabarito.

Nos últimos anos, talvez desde os anos 80 do século passado, assistimos a uma degradação do ensino público que começou na falta de investimento governamental na educação, no despreparo e, porque não, numa banalização na formação dos professores, além do mais mal remunerados e sem estímulos na carreira e, o que é pior, numa falta de educação e respeito por parte dos alunos. Isso talvez seja reflexo de uma descaracterização do conceito básico do que seja família, na dificuldade enfrentada por pais e mães em educarem os filhos, pelas exigências da vida profissional de ambos, pelo desserviço muitas vezes prestado pela mídia e pelas más companhias que influenciam, negativamente, jovens de boa índole, levando-os para uma vida desregrada onde impera o uso de drogas, os roubos, as agressões, o desrespeito para com o próximo, principalmente os mais velhos.

Foi assim que surgiu a ideia das escolas militarizadas, que seria um retorno aos bons costumes que grassaram, na sociedade, até o final da década de 80. Ao contrário das escolas militares, as militarizadas que inicialmente eram geridas pelas secretarias de Educação, passaram para a gestão da Polícia Militar, tornando-se cívico-militares. No Brasil, já existem estabelecimentos desse tipo, financiadas por secretarias estaduais de Segurança Pública e de Educação.

No início deste mês, o governo Bolsonaro anunciou o Plano Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), que pretende implementar o modelo em 216 escolas até 2023, começando em 2020. O Governo Federal investirá cerca de R$ 1 milhão por escola para o pagamento dos militares e professores, na melhoria da infraestrutura das unidades e materiais escolares, incluindo computadores, quadras poli esportivas e o que mais for necessário na formação dos alunos.

Nestas escolas, policiais militares e civis partilham a administração e, de acordo com o novo modelo proposto por Bolsonaro, os militares atuarão como monitores para auxiliar na gestão educacional e administrativa. Os professores serão civis, responsáveis pela gestão da organização didático-pedagógica, bem como da financeira.

 E qual os benefícios desse tipo de administração? A volta da velha disciplina e dos bons costumes, onde meninos e meninas não poderão usar cabelos pintados, nem com cortes aberrantes, onde o uso dos celulares será restrito, os agarramentos, beijos e demais abusos tão corriqueiros nos dias de hoje serão coibidos durante o recreio e salas de aulas. A volta do uniforme ou farda será obrigatório, para que a decência no se vestir seja restabelecida, além de formarem fila e cantarem o hino nacional, antes de se dirigirem às salas de aula.

É uma volta ao passado, talvez, mas uma tentativa de recriar o senso cívico e o respeito pelos símbolos nacionais e pelos mais velhos. Diga-se de passagem, que nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Brasil, esse modelo já existe e o aproveitamento dos alunos, nos exames do Enem é muito superior ao das escolas públicas que seguem o modelo antigo.

Claro está que os partidos de esquerda, os pseudos comunistas tupiniquins e esquerdistas em geral são contra, pois tudo aquilo que restabeleça a ordem, a disciplina e a educação, aqui como ganho de cultura, contrariam seus objetivos de lavagem cerebral de nossos jovens. Pessoas cultas e educadas não se deixam influenciar por falsas promessas. Por isso, os próprios professores dessas escolas terão de se enquadrar no velho conceito, que era mostrar as diversas formas de governo existentes, seus prós e contras, deixando aos alunos a opção de escolha. Deveriam também admitir a existência dos transexuais, incutindo o respeito à orientação sexual de cada um sem, no entanto, influenciá-los nessa opção ou tentar convencê-los de que isso é normal.

Temos de ter sempre em mente que países em que a educação dos jovens é levada a sério são aqueles que mais progridem e que garantem uma melhor qualidade de vida a seus cidadãos.

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Varonilmente

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 16:13.)

 Vigiai na luta comum.

Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.

Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.

Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.

Reveste-se o conselho de Paulo aos Coríntios, ainda hoje, de surpreendente oportunidade.

Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.

“Vigiai, estai firmes na fé, portai-vos varonilmente, sede fortes.” – Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 16:13.)

 Vigiai na luta comum.

Permanecei firmes na fé, ante a tempestade.

Portai-vos varonilmente em todos os lances difíceis.

Sede fortes na dor, para guardar-lhe a lição de luz.

Reveste-se o conselho de Paulo aos Coríntios, ainda hoje, de surpreendente oportunidade.

Para conquistarmos os valores substanciais da redenção, é imprescindível conservar a fortaleza de ânimo de quem confia no Senhor e em si mesmo.

Não vale a chuva de lágrimas despropositadas, ante a falta cometida.

Arrependermo-nos de qualquer gesto maligno é dever, mas pranteá-lo indefinidamente é roubar tempo ao serviço de retificação.

Certo, o mal deliberado é um crime, todavia, o erro impensado é ensinamento valioso, sempre que o homem se inclina aos desígnios do Senhor.

Sem resistência moral, no turbilhão de conflitos purificadores, o coração mais nobre se despedaça.

Não nos cabe, portanto, repousar no serviço de elevação.

É natural que venhamos a tropeçar muitas vezes.

É compreensível que nos firamos freqüentemente nos espinhos da senda.

Lastimável, contudo, será a nossa situação toda vez que exigirmos rede macia de consolações indébitas, interrompendo a marcha para o alto.

O cristão não é aprendiz de repouso falso. Discípulo de um mestre que serviu sem acepção de pessoas até à cruz, compete-lhe trabalhar na sementeira e na seara do Infinito Bem, vigiando, ajudando e agindo varonilmente.

Espírito Meimei; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Visite a Banca do Livro Espírita na Av. Alberto Braune.
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, às 9h.

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Correios

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Para pensar:

“A morte parece menos terrível quando se está cansado.”

Simone de Beauvoir

Para refletir:

“É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar.”

Samuel Johnson

Correios

Nos últimos dias a coluna acumulou diversos assuntos relacionados aos Correios. Como por exemplo, a reclamação da leitora Ludmila Pereira que entrou em contato para denunciar problemas com o serviço prestado pela empresa aqui.

Para pensar:

“A morte parece menos terrível quando se está cansado.”

Simone de Beauvoir

Para refletir:

“É melhor sofrer uma injustiça que praticá-la, assim como às vezes é melhor ser enganado do que não confiar.”

Samuel Johnson

Correios

Nos últimos dias a coluna acumulou diversos assuntos relacionados aos Correios. Como por exemplo, a reclamação da leitora Ludmila Pereira que entrou em contato para denunciar problemas com o serviço prestado pela empresa aqui.

“O que fazer com os Correios de Nova Friburgo? Semana passada recebi dois meses de correspondência totalmente atrasadas: Revista Veja de meados de outubro a início de dezembro, o que fazer com essa leitura "semanal"? Faturas com vencimentos em novembro e dezembro de 2019, uma inclusive da Unimed local, multa de trânsito com vencimento em novembro, e pasme, nada de 2020, que já está no meio de janeiro.”

Segue

“Fico pensando naquela pessoa mais simples que não pode ter débito automático. No caso da multa de trânsito eu perdi o desconto, e pergunto: para que ter a assinatura de qualquer revista? Reclamei no SAC dos Correios e tentaram pôr a culpa no emitente ou em mim, perguntando se eu tinha certeza que foi postado há tempos. Convenientemente a ligação caiu e, ao refazê-la, não fui acusada mas me foi dado um prazo para explicações que não foi cumprido. Na Editora Abril não há nada que se possa fazer: a assinatura já está paga até 2021. É kafkaniano, não posso suspender e não recebo. E fica por isso mesmo.”

Encerrando

“Não moro em área de risco (que virou desculpa). Moro na Ponte da Saudade e está acontecendo com todos. A vizinha teve que ir a Olaria emitir um boleto para pagar as prestações devidas. Outro amigo me contou que a esposa ficou três horas em uma agência e ainda foi dito que a encomenda tinha sido entregue, mas não mostraram a assinatura.

Como uma cidade pode conviver com um serviço péssimo como esse e nada acontecer? Estamos decaindo assim, vertiginosamente, rumo à inércia e sem se importar com nossos direitos?”

Baixas

A coluna já esperava por este tipo de manifestação desde que apurou, no fim do ano passado, que o quadro de funcionários dos Correios em Nova Friburgo havia sofrido pesadas baixas.

Até onde foi possível levantar, 11 servidores aderiram ao plano de demissão voluntária, e 13 terceirizados também foram dispensados.

Também foi reduzido o contingente de motoristas, mas a coluna não tem o número exato deste encolhimento.

Sem concurso

Não é fácil levantar informações a este respeito, porque ninguém quer assumir os riscos de falar abertamente.

Conversas em off, no entanto, enfatizam a carência de novos concursos e os problemas causados por indicações de natureza política para cargos de gestão, atualmente ocupados por quem não precisou enfrentar sol, chuva ou cachorros para entregar uma carta na vida.

Os carteiros que restam estão nitidamente sobrecarregados, e não parece justo que sejam responsabilizados pelos problemas na prestação do serviço.

Sobrecarga

A redução do efetivo contrasta com o aumento da demanda.

Além do contínuo crescimento do comércio eletrônico, que passa diretamente pelos Correios, existe também a recente multiplicação das multas de trânsito em nossa cidade, cuja entrega demanda documentos e procedimentos burocráticos demorados.

Atualmente, de acordo com várias fontes, metade das entregas que demandam assinatura já são multas de trânsito.

Temporários

O horário de trabalho também foi alterado, começando agora uma hora mais cedo.

Apesar desta sobrecarga, há aproximadamente dois meses não há atendimento ao público no centro de distribuição, por absoluta falta de pessoal.

Com o efetivo atual, argumenta-se que não é possível realizar a triagem.

A fim de amenizar o problema, uma força-tarefa de mais de dez pessoas deve permanecer por aproximadamente um mês na cidade.

Endereço certo

Os efeitos desta medida, todavia, serão apenas temporários e paliativos enquanto o efetivo não for aumentado de maneira consistente.

Em resumo, não há perspectivas de melhoras definitivas no horizonte.

Ainda assim, os carteiros - ao menos de modo geral - merecem mais apoio do que críticas nesse momento.

Cuidado redobrado

A nova mudança na mão de direção na Rua Monsenhor José Antônio Teixeira - que para muitos será eternamente a Rua São João - confundiu muitas pessoas nesta segunda-feira, 20.

Ao longo de todo o dia foi comum ver pessoas olhando para o lado errado no momento de atravessar, e também situações de risco na esquina com a Rua Augusto Spinelli, sobretudo para quem pretende seguir à esquerda e precisa cruzar o fluxo que segue rumo às Braunes.

Período delicado

A mudança redobrou a responsabilidade sobre motoristas e motociclistas, que não raramente tiveram de parar e esperar até que fossem notados.

A presença de um agente de trânsito por ali certamente seria de grande utilidade, sobretudo até que a população se acostume às novidades.

Agora vai?

Aliás, para quem vive em Nova Friburgo há mais tempo, parece que jamais chegou-se a uma conclusão definitiva a respeito de qual o melhor sentido para a antiga São João, que já trocou de mão de direção ao menos uma dezena de vezes.

Resta esperar que agora, com as outras alterações realizadas no entorno, a melhor opção possa finalmente ser conhecida.

Abandonado?

A inversão do sentido também sublinhou o aparente abandono de um veículo, que está estacionado na via há pelo menos um mês, a ponto do mato já ter crescido no local.

Com todos os carros estacionados no novo sentido, o pobre veículo segue apontado na direção errada, chamando ainda mais atenção do que já chamava anteriormente.

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Das belezas da vida aos desafios

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

Há temas que me desafiam e eu fico olhando para o Caderno Z e sinto a pergunta me encarando: E agora, Elisabeth, vai enfrentar o assunto para o qual você está cheia de filosofias? É claro que eu vou embarcar com a folha A4 saltitante de ideias, descartando Vinicius de Moraes, pois, se “beleza é fundamental”, eu indago, qual beleza? E o “Z” puxa o debate para o “direito de se olhar sem cobranças” e, certamente, se cobra quem se deixa seduzir pelo chamado “padrão” ditado pela mídia.

Há temas que me desafiam e eu fico olhando para o Caderno Z e sinto a pergunta me encarando: E agora, Elisabeth, vai enfrentar o assunto para o qual você está cheia de filosofias? É claro que eu vou embarcar com a folha A4 saltitante de ideias, descartando Vinicius de Moraes, pois, se “beleza é fundamental”, eu indago, qual beleza? E o “Z” puxa o debate para o “direito de se olhar sem cobranças” e, certamente, se cobra quem se deixa seduzir pelo chamado “padrão” ditado pela mídia. Como diz Ninna Oli, “o corpo do outro não é de domínio público”.  Assim, se cada um cuidar do seu como a casa do seu eu, sem manobras, visando o bem estar, já estará de bom tamanho.

Cabelos brancos ou tingidos, gordura ou magreza são assuntos pessoais, intransferíveis. A gordura ganhou um peso no passar dos tempos, pois, na infância ouvia os adultos falando – encontrei fulana, está gorda, forte, bonita. Hoje, se alguém disser isso para uma mulher, pode ser que ela entre em depressão. Alguém diz que cabelo branco está na moda e a gente vê cabelo de várias cores, inclusive azul e verde.

A melhor moda é aquela que deixa a pessoa na moda que ela quiser, no seu estilo. Ninguém descarte uma roupa porque saiu de moda, pois a moda volta. A “ditadura da beleza” ainda vale para quem não se libertou e se tortura diante do modismo. “O belo é algo que nos atrai, inicialmente”... Contudo, além da atração primeira, a gente quer muito mais de alguém. “Beleza não põe mesa”, diziam os antigos. E eu volto a pergunta: qual beleza? Havendo tantas nuances de beleza, tudo pode ser belo, dependendo do nosso olhar.

Na atual era das facilidades tecnológicas, muita gente quer sair bem na foto e sai. Um cabelo desarrumado, uma careta, uma pose exótica, tudo é bacana “se alma não for pequena”. Entretanto, o bonito mesmo é sair bem no texto, com fotografia da alma, da personalidade, como bem fez Wanderson Nogueira para falar de “Clarice”, a irmã que não tem esse nome, mas que recebeu em “Palavreando” a mais linda biografia do mundo.

É difícil sair do tema beleza, pois Nova Friburgo é linda, embora haja muita coisa para se endireitar, como o prédio do antigo Fórum, que precisa de restauração. Uma cidade é como a casa da gente, sempre requer um reparo. Aliás, não é sem razão que o país tem “61 milhões de inadimplentes”. Falando em finanças, os vencimentos do  IPVA começam nesta terça-feira, 21. É preciso ter coragem para enfrentar os desafios para as realizações. Quem sabe muito fazer isso é o escritor Cassio Fernandes. Aos 29 anos de idade, dois livros lançados e dois ebooks. Sucesso para o escritor!

Muita alegria nos festejos dos 102 anos da inesquecível professora Brigitte Schlupp. Na foto, sorridente, ela é a expressão máxima da serenidade. Muito festiva também está a família Carestiato com os 61 anos de casamento dos queridos Dalton e Euza.  O lindo casal é um símbolo da união perfeita e merece a nossa admiração.

Em “Há 50 anos”, as notícias adentram o ano de 1970. O Country Clube esperava receber cinco mil foliões por dia de carnaval. A vinda de faculdades era o sonho da “mocidade friburguense”. Dona Maria Duque Estrada Laginestra, “a imagem viva de um farol democrático”, faleceu, e teve um cortejo fúnebre de mais de um quilômetro”. E a Rua Farinha Filho já sofria com inundações das águas vindas das Braunes. Que sufoco!

Quem anda espantado com a mão dupla na Rua Augusto Spinelli agora em toda extensão da via, pode se tranquilizar, pois a esquina da Rua Monsenhor Miranda ganhará um “traffic calming” que, traduzindo, significa “passarela de pedestres elevada”. Na General  Osório tem algumas e é bem legal. Em “Massimo”, uma bela explicação sobre o “efeito blasé”, ou seja, “a incapacidade de reagir a certos estímulos, quando passamos a aceitá-los ou até a ignorá-los como construções naturais, na comodidade do “sempre foi assim”. Mudar e reagir são enfrentamentos que o bom senso nos cobra. Afinal, nas palavras de Zilda Arns: “Não se enganem. Uma gotinha no oceano, faz, sim, muita diferença. Refletir sobre o nosso papel na sociedade é um bom alicerce para 2020.

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