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A inflação do lobo-guará

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Os mês de julho marca o aniversário da nossa moeda, o Real; em julho de 1994 a nossa atual moeda começou a circular no país. No entanto, neste 2020 – pra variar – teremos mais mudanças: a partir do mês de agosto passam a circular no país as cédulas de R$ 200. Mas quais são os motivos que motivaram essa atitude do Banco Central do Brasil em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN)? Há muita coisa envolvida.

Os mês de julho marca o aniversário da nossa moeda, o Real; em julho de 1994 a nossa atual moeda começou a circular no país. No entanto, neste 2020 – pra variar – teremos mais mudanças: a partir do mês de agosto passam a circular no país as cédulas de R$ 200. Mas quais são os motivos que motivaram essa atitude do Banco Central do Brasil em conjunto com o Conselho Monetário Nacional (CMN)? Há muita coisa envolvida.

Em entrevista, Carolina Bastos – diretora do CMN – afirmou que a medida não tem cunho inflacionário. Segundo ela, "temos um sistema de metas. No momento, a inflação é baixa, estável, e controlada". Será?

No Brasil, passamos por grandes projetos econômicos a fim de superar a realidade hiperiflacionária da época; muitos falharam, mas um foi eficaz: o Plano Real. A partir de sua criação, em 1994, o nosso sistema monetário contava com notas de R$ 1, R$ 5, R$ 10, R$ 50 e R$ 100; mas em 2001 e 2002 foram adicionadas, respectivamente, ao sistema, as cédulas de R$ 2 e R$ 20 com o intuito de diminuir a circulação de cédulas e economizar com novas impressões. A lógica era simples: com duas notas de R$ 20 é possível possuir a mesma quantia de quatro notas de R$ 10.

Mas qual o intuito de criar uma nova cédula após 18 anos de um sistema inalterado? O Banco Central insiste em dizer que a mudança é uma estratégia adotada em meio as necessidades da crise da Covid-19 e, por isso, serão impressos R$100 bilhões em dinheiro de papel. Mais uma vez, serão esses os únicos motivos?

Veja, não há problema nenhum em termos cédulas expressivas circulando; a União Europeia, por exemplo, possui notas de € 500 (quinhentos euros). Isso representa, numa única cédula, mais de R$ 3mil e agora você vai começar a entender a origem do verdadeiro problema. Numa outra analogia cambial, a nossa maior cédula atual (R$ 100) vale menos de 20 dólares; surge aqui o problema.

Apesar das declarações do BC e do CMN, verdade seja dita: acumulamos inflação nas últimas décadas. Em 1995, o salário mínimo chegou a R$ 100; hoje, R$ 1.045. Percebe como o Real perdeu seu poder de compra? Isso acontece devido a inflação, que provoca o aumento dos preços de produtos e serviços. Segundo estudos, passados 26 anos desde o Plano Real, nossa moeda já perdeu mais de 80% do seu valor de compra.

De fato, a inflação medida pelo IPCA está cada vez mais equilibrada, voltando a patamares já observados entre 2005 e 2010. O problema é que em momento algum ela foi plenamente controlada a ponto de fortificar nosso poder de compra; por isso a necessidade de implementar novas estratégias para cumprir o objetivo de reduzir a circulação de grande volume de cédulas.

Cabe a nós compreender a boa relação com o dinheiro; não há política econômica para substituir a importância da educação financeira e é este o meu objetivo aqui: tornar-lhe crítico acerca dos assuntos financeiros. Afinal, percebe a diferença entre esta coluna e todos os outros artigos econômicos? Busco sempre visões – possivelmente – disruptivas.

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Viva a tecnologia

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Inevitáveis têm sido os estranhamentos, as surpresas e as reflexões sobre esse mundo novo, que ao mesmo tempo em que parece não ter engatinhado, já aprendeu a voar: o mundo virtual, a conectividade constante e a partilha de afetos e de vidas pelas redes sociais. Sinto que as vidas, os desejos, os passos, os afazeres, as perdas, os anseios, os familiares das pessoas nunca antes haviam sido tão expostos como nos últimos tempos.

Inevitáveis têm sido os estranhamentos, as surpresas e as reflexões sobre esse mundo novo, que ao mesmo tempo em que parece não ter engatinhado, já aprendeu a voar: o mundo virtual, a conectividade constante e a partilha de afetos e de vidas pelas redes sociais. Sinto que as vidas, os desejos, os passos, os afazeres, as perdas, os anseios, os familiares das pessoas nunca antes haviam sido tão expostos como nos últimos tempos.

Há filhos de estranhos cujo crescimento podemos acompanhar com sensação de proximidade ainda maior do que os próprios parentes que se encontram em almoços de domingo. Sem nunca sequer temos os conhecido. Porque seus rostos nos são apresentados às vezes por foto de exame de ultrassonografia. Porque não há mais necessidade de irmos à maternidade para sanar a ansiedade e a curiosidade de conhecer “ a carinha bebê”. Basta esperar algumas horas (às vezes, minutos) e alguém se encarregará de apresenta-lo ao mundo virtual, aos amigos reais, aos amigos de amigos, conhecidos e estranhos que estranhamente (e aqui cabe o plenonasmo) estão aguardando para conhecer a face da nova vida que chegou ao mundo. Muitas vezes, sequer os pais são conhecidos. Nunca os abraçamos. Não trocamos palavras, não compartilhamos momentos.

Venho percebendo que prestar satisfação sobre tudo tem sido uma conta cobrada e cara para algumas pessoas. Nos avisam se está tudo bem, se não está, se alguém nasceu, partiu... se o emprego vai bem, se a dieta está em dia, o que se faz na companhia de amigos. Por vezes, é até cansativo acompanhar em tempo real as vidas das pessoas que circulam por nossas telas. Tenho às vezes a sensação de que muitas pessoas fazem coisas apenas para dizer que fizeram. Para que terceiros saibam que foram feitas. Vivem no piloto automático, na ânsia de cumprir o roteiro e mostrar para os demais que o cronograma está sendo cumprido. Não sei se vivem tão bem cada momento, quando cada imagem por vezes denota personagens afoitos por provarem que fazem cada vez mais coisas legais.

 Às vezes, mesmo que o seu acesso às redes sociais seja muito limitado, se participar de alguma rede social, provavelmente tem conhecimento sobre o paradeiro de muitos conhecidos, de pessoas com as quais pouco trocou palavras na vida. Sabe o que comeram no almoço, a marca do vinho que bebem, as roupas preferidas, os lugares por onde passaram, as principais paisagens avistadas. Se bobear, aproximando alguma imagem, se informa até sobre número de voo e as poltronas em que sentaram-se no avião. Tudo isso, sem esforço algum. Hoje em dia, sabemos de pessoas sem precisarmos conquistar sua confiança, sem conversas longas por telefone para que saibamos o que têm feito e quando percebemos que elas sumiram - das redes – supomos porque será.

A vida multitarefas demanda de você o pensamento acelerado e distribuído nas muitas distrações mentais que demandam nosso pensar contínuo. Hoje em dia, depois que a pandemia deu as caras e chacoalhou as nossas vidas, é ainda mais intensa a interação virtual. E ainda mais cansativa. Mesmo assim, frente à necessidade de afastamento social, não posso imaginar como seria se não pudéssemos ver e saber das pessoas por algum outro canal que não fossem as visitas, os abraços e as conversas.

Aflijo-me em imaginar em como as famílias se conectavam antigamente em meio a pandemias e guerras. Como faziam as pessoas sem que pudessem ver os semblantes dos entes amados frente a uma imposição de isolamento. Como trocavam notícias, informações e cuidados à distância se não tinham a tecnologia como aliados. Basta imaginarmos vivermos esses últimos meses sem proximidade com as pessoas sem o milagre da comunicação. Inimaginável.

Graças à tecnologia, conseguimos proximidade com as pessoas, abraços ainda que virtuais no dia do aniversário. Podemos compartilhar o dia, o que fazemos com aqueles que nos importam. Podemos por vezes trabalhar sem sair de casa, aliviar as saudades em um clique, rever nossos familiares e amigos que estão por aí, no mundo. Nesses meses de confinamento, percebi que temos em mãos ferramentas poderosas sem as quais seria difícil vivermos. São as dores e as delícias desse mundo novo. E viva a tecnologia!

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Novo capítulo

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Para pensar:

"Escute 100 vezes, pondere mil e fale apenas uma vez.”

Provérbio turco

Para refletir:

“Ofende os bons, quem poupa os maus.”

Provérbio romano

Novo capítulo

O procurador-geral do Município, Ulisses da Gama, divulgou mais um vídeo nesta quarta-feira, 29, em resposta às críticas que vem recebendo na Câmara Municipal, sobretudo por parte dos vereadores Professor Pierre e Zezinho do Caminhão, os quais citou nominalmente.

Para pensar:

"Escute 100 vezes, pondere mil e fale apenas uma vez.”

Provérbio turco

Para refletir:

“Ofende os bons, quem poupa os maus.”

Provérbio romano

Novo capítulo

O procurador-geral do Município, Ulisses da Gama, divulgou mais um vídeo nesta quarta-feira, 29, em resposta às críticas que vem recebendo na Câmara Municipal, sobretudo por parte dos vereadores Professor Pierre e Zezinho do Caminhão, os quais citou nominalmente.

Entre uma ou outra analogia bastante característica de determinado tipo de orador, o PGM afirmou ter acionado a Comissão de Prerrogativas dos Advogados junto à 9ª Subseção da OAB, e que, “com base nela, e com o respaldo dos meus pares, tomarei as providências devidas”.

Segue

O procurador afirmou ainda que poucos dias atrás “saiu mais uma sentença referente ao tema de incorporação de gratificações”, e que o texto em questão “se baseia no parecer que foi exarado pelo procurador-geral do município”.

Ao se referir a um vídeo gravado pelo vereador Zezinho do Caminhão, Ulisses, declarou que tomará “as medidas legais cabíveis no momento oportuno”.

Em relação a ambos os parlamentares, Ulisses levantou a possibilidade de que suas posturas sejam de palanque, possivelmente motivadas por interesses eleitorais.

Anacrônico

Este colunista não é nem nunca foi candidato, e ainda assim se reserva o direito de considerar absurdo que um servidor se dê ao trabalho de sair em busca de possibilidades burocráticas que eventualmente sirvam para amparar uma recusa a prestar esclarecimentos à população a respeito de uma questão sensível, ignorando por completo tudo o que se espera de um agente público no século 21.

Como já dissemos anteriormente, é antes uma questão de decência do que de Direito.

Básico

De fato, num ambiente democrático mais amadurecido tal postura deveria bastar para que a população se mobilizasse e exigisse a exoneração imediata do servidor, por evidente desrespeito ao que de mais básico se espera da função que exerce.

Ou talvez isso nem fosse mesmo necessário, posto que um prefeito devidamente comprometido com a transparência certamente já teria se antecipado a tal mobilização.

Mas, claro, cada governo tem a PGM que merece.

Alinhados

Outra demonstração deste alinhamento foi dada na tarde desta quarta-feira, 29, quando o prefeito Renato Bravo se recusou a receber o ofício 038/2020, emitido pela Comissão de Finanças, Orçamento, Tributação e Planejamento (CFOTP) e relacionado ao processo de julgamento das contas de 2018.

A dois vereadores e uma servidora efetiva da Câmara a recusa foi justificada sob a alegação de que o processo está judicializado, o que em si chega a ser engraçado, uma vez que a intimação se deu justamente em cumprimento a decisão judicial.

Como resultado a Câmara está tendo de publicar edital para dar ciência ao prefeito de um ato que diz respeito à sua própria defesa...

Patético

Na prática é tudo muito simples: ou a pessoa se envaidece da própria competência e retidão e não se furta a debates e esclarecimentos, ou reconhece a inconsistência de seu posicionamento e busca meios de evitar a transparência e o contraditório.

Qualquer coisa diferente disso cai no patético, e se assemelha muito ao que o próprio procurador disse: “Quem não tem argumentação se utiliza da coisa vil, da coisa pueril, da coisa rasteira, da incongruência, da falta de raciocínio”.

Ora, se os argumentos são tão sólidos, por que nos privar deles?

Desnecessário

Curioso notar, por fim, que ao longo dos seis minutos da gravação não foi rebatido um único argumento da nota divulgada pela Câmara em relação à legitimidade de seu pleno funcionamento ao longo do mês de julho.

Resta evidente, a essa altura, que o Legislativo irá responder de forma muito contundente a qualquer desrespeito à convocação na próxima segunda-feira, 3 de agosto, sob pena de ter a própria imagem arranhada.

E pensar que tudo isso poderia estar sendo evitado...

Alerta

No último dia 13 de julho, Roberto Gil Mazzala Mello, que era pré-candidato a vereador em Nova Friburgo e infelizmente foi vencido pela Covid-19 nesta semana, deixou um depoimento marcante em suas redes sociais a respeito da doença e os efeitos de seus sintomas mais severos.

Como a mensagem se tornou pública, e ele próprio manifestou o desejo de conscientizar a população, a coluna entende que a repercussão de suas palavras neste espaço o deixaria feliz.

Uma pena, apenas, que a coluna não tenha visto este depoimento com maior antecedência.

Aspas

“Segundo dia de internação. É solidão, saudade, falta de ar, oxigênio, saturação baixa, remédio na veia o tempo todo, febre de quatro em quatro horas. E o fantasma da UTI te rondando o tempo todo.

Meus amigos, cuidem-se!! Máscara sempre que for à rua!!! Desde ontem passo a maior parte do dia de bruços, para respirar melhor.

Tem dias que desejamos tantas coisas! Hoje, meu desejo é só voltar a respirar bem!!!”

Fala, leitora!

“Causa-me surpresa que ninguém fique indignado e a mídia não mostre como o friburguense não está respeitando nada. Há muito tempo que tem comércio aberto, que não se usa máscara e que a prefeitura não tem fiscalizado nada. (...) Vi estupefata a dona de um hotel falar em ‘alta temporada’ e que deveriam abrir. Em um mundo totalmente fora da ordem normal, que alta temporada é essa? (...) Lojas em frente à prefeitura funcionavam à meia porta. Em várias reportagens ao vivo se via lojas semiabertas e muita, muita gente sem máscara. Cartas para esse jornal relatam que no ônibus tem gente que não usa e acha que está certa. Hoje [ontem] faleceu uma vizinha, teve problemas cardíacos e teve que ser internada no Raul Sertã. Contraiu a Covid. O que esta cidade está esperando para entender a gravidade da doença?”

Continuando

“Fui ao Centro no final de domingo… Pista de skate com gente sem máscara, gente no autoatendimento com máscara na orelha, gente nos bancos da Rodoviária Sul conversando sem máscara e muitos outros cenários fáceis de serem identificados. E nenhuma fiscalização. Em frente a uma agência bancária tinha uma idosa sentada no banco sem máscara e olhando um papel. Numa padaria havia funcionários com a máscara no queixo.

Eu pergunto: o que Nova Friburgo está pretendendo? E que administração pública é essa? Os canais de denúncia não funcionam.”

Assina a mensagem a leitora Ludmila Pereira.

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Broa de milho com legumes crus: um patrimônio imaterial friburguense

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Existe um tipo de guloseima feita pela comunidade rural de Nova Friburgo desde o século 19, a broa de milho com legumes crus. No distrito do Campo do Coelho, essa guloseima é conhecida como broa de planta feita pela Dona Dodoca, sitiante naquela região. Igualmente localizei no Alto do Schuenck, no distrito de Amparo e em Galdinópolis, no distrito de Lumiar, famílias descendentes de colonos suíços e alemães que mantém a tradição de fazer esse tipo de broa.

Existe um tipo de guloseima feita pela comunidade rural de Nova Friburgo desde o século 19, a broa de milho com legumes crus. No distrito do Campo do Coelho, essa guloseima é conhecida como broa de planta feita pela Dona Dodoca, sitiante naquela região. Igualmente localizei no Alto do Schuenck, no distrito de Amparo e em Galdinópolis, no distrito de Lumiar, famílias descendentes de colonos suíços e alemães que mantém a tradição de fazer esse tipo de broa.

No entanto, quem fez da preparação da broa de milho uma festa foram os Mozer. Em Lumiar, 17 membros dessa família residem em um condomínio que denominam de Vila Mozer. Na propriedade passa um generoso riacho que além de ser um local de lazer fornece energia ao moinho de fubá e ao monjolo que a família faz uso mantendo a tradição de seus ancestrais.

Fui conhecer o processo de elaboração dessa tradicional broa. Quem comanda todo o grupo familiar é Maria Bercília Mozer de Moraes. Geralmente são feitas para venda entre três a quatro fornadas de 56 broas na Vila Mozer sempre no último sábado do mês de julho. O objetivo do evento é arrecadar dinheiro para a confecção das fantasias do bloco de carnaval da família, Flor do Luar, que desfila nos dias de folia.

Essa tradição foi iniciada pelo pai de Bercília, o senhor Astrogildo Mozer, nascido em 1919. Era produtor rural, tropeiro e casado com Dorcelina Schuab Mozer. Falecido em 1994, foi fundador da Vila Mozer criada para abrigar os seus 11 filhos. A primeira festa da broa de milho realizada de forma a criar um evento turístico em Lumiar foi em 27 de julho de 1991, quando Astrogildo ainda era vivo.

Os suíços chegaram em Nova Friburgo no século 19, para trabalhar em glebas de terra se dedicando ao cultivo de alimentos. Os Mozer estavam entre esses colonos. De acordo com o historiador Henrique Bon, os Mozer são originários de Vaud, na Suíça. A família era composta pelo patriarca Joseph Moser, que faleceu durante a viagem de navio, a esposa Marianne e quatro filhos, nos quais dois igualmente faleceram na travessia do Atlântico. Os dois filhos menores Henri e Marie-Jeanne chegaram à Nova Friburgo com a mãe, que por uma tragédia morreu em abril de 1820, poucos meses depois de sua chegada.

Henri casou-se com a colona Henriette Julliard e adquiriram terras nas cabeceiras do Rio Macaé, no rio da Boa Esperança, deixando imensa descendência. Marie-Jeanne, irmã de Henri, casou-se com o brasileiro João de Oliveira Ramos, deixando menor prole. Mas havia também outro Joseph Moser, marceneiro, patriarca de numerosa família. Segundo Bon é difícil estabelecer quais dos dois Josephs os atuais Moser têm a sua descendência.

Vamos à receita dessa broa: legumes como batata doce, chuchu, inhame, cabeça de inhame, cará, abóbora e mandioca são ralados crus. O ingrediente básico é a farinha de milho, o fubá, que pode ser branco ou amarelo, ou mesmo ambos. Entra igualmente na composição da broa, açúcar e um pouco de cada um desses ingredientes como banha de porco, óleo, margarina, farinha de trigo, leite, ovos e fermento. Tudo é misturado e batido na batedeira.

A massa da broa de milho pode ser envolvida em folhas de bananeira ou de caeté e assada necessariamente em um forno de barro que fica fora da casa, no quintal. Tudo indica que os legumes crus adicionados era uma maneira de dar mais rendimento a massa da broa, dar sustança, empanturra, faz bucha. A broa de milho com legumes crus é uma tradição passada de geração em geração pela comunidade rural de Nova Friburgo, um precioso saber local.

Além da particularidade de seus ingredientes e modo de fazer, a exemplo da massa ser envolvida em folhas de bananeira e assada em forno de barro, a sociabilidade no momento de sua elaboração é outra importante característica. A lei municipal de 2009 criou instrumentos de proteção do patrimônio cultural do município, com o tombamento dos bens históricos.

Além dos bens materiais, prevê o tombamento do patrimônio imaterial. A lei dispõe que o poder público reconhece e protege como patrimônio cultural bens de natureza imaterial a fim de garantir a continuidade de expressões culturais referentes à memória, à identidade e à formação da sociedade do município, para o conhecimento das gerações presentes e futuras.

No caso da broa de milho feita com legumes crus, caso seja reconhecida pelo poder público como patrimônio cultural, ganha um registro no Livro dos Saberes, em razão do conhecimento e modo de fazer enraizados no cotidiano das comunidades rurais de Nova Friburgo. 

Mas já temos uma boa notícia. O vereador Joelson José de Almeida Martins, conhecido como Joelson do Pote encaminhou o projeto de Lei Municipal para declarar a broa de milho de fabricação artesanal pela comunidade rural de Nova Friburgo Patrimônio Cultural Imaterial do povo friburguense.

  • Foto da galeria

    As broas de milho são assadas em folhas de bananeira (Acervo pessoal)

  • Foto da galeria

    Maria Bercília Mozer de Moraes retira as brasas do forno (Acervo pessoal)

  • Foto da galeria

    O monjolo utilizado na Vila Mozer (Acervo pessoal)

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Ajudando crianças e adolescentes na pandemia

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Crianças têm sentimentos de angústia, medo e tristeza. Elas não são indiferentes ao impacto da pandemia que vivemos. Elas sentem medo, incertezas, têm mudanças em suas rotinas, precisam também de isolamento social e conviver com o estresse dos pais. Os pais, e outros parentes que convivem de perto com as crianças e os adolescentes em casa, precisam entender as emoções deles para saberem como ajudar os filhos durante esta pandemia maluca, a qual parece ser fruto de inapropriada alimentação de animais proibidos por Deus para consumo como relatado em Levítico capítulo 11, na Bíblia.

Crianças têm sentimentos de angústia, medo e tristeza. Elas não são indiferentes ao impacto da pandemia que vivemos. Elas sentem medo, incertezas, têm mudanças em suas rotinas, precisam também de isolamento social e conviver com o estresse dos pais. Os pais, e outros parentes que convivem de perto com as crianças e os adolescentes em casa, precisam entender as emoções deles para saberem como ajudar os filhos durante esta pandemia maluca, a qual parece ser fruto de inapropriada alimentação de animais proibidos por Deus para consumo como relatado em Levítico capítulo 11, na Bíblia.

Este artigo é um resumo de um trabalho científico com o título “Considerações sobre saúde mental para crianças e adolescentes na pandemia da Covid-19”, publicado em maio de 2020 na Revista Paquistanesa de Ciências Médicas, tendo com autores uma equipe de cientistas da Universidade Médica King Edward de Lahore, do Paquistão, e da Faculdade de Medicina Rutgers New Jersey, em Newark, nos Estados Unidos.

As crianças são vulneráveis mentalmente à situações ruins como uma pandemia porque elas não possuem estratégias psicológicas de enfrentamento dos fatores estressores como este surto virótico, e elas podem não ter habilidades de comunicar seus sentimentos como nós adultos. O fato delas de repente não mais irem à escola e precisar se isolar de amigos, causa estresse e ansiedade nelas. E se elas são expostas à noticiários que enfocam tragédias devido ao vírus corona, isto piora seu estresse mental.

Os sintomas principais que surgem em crianças diante de um fator estressante como desta pandemia podem ser ansiedade, depressão, alterações no sono e apetite, prejuízos sociais, sentimentos de incerteza e agitação. Algumas podem regredir querendo de novo a chupeta ou não mais se vestindo sozinhas como fazia antes. Um estudo na China observou crianças e adolescentes quanto ao estresse da pandemia e foi verificado que muitos apresentavam distração, irritabilidade, medo de que familiares pudessem pegar a doença e morrerem e apego excessivo aos familiares.

As crianças e adolescentes são também expostos às notícias da pandemia, algumas das quais cheias de sensacionalismo e com possíveis mentiras, gerando estresse. Além dos efeitos dolorosos da pandemia para a sociedade, ainda vemos notícias de governantes e empresários fraudando o povo com compras superfaturadas dos equipamentos para o combate da doença. São pessoas doentes da malignidade, ganância e insensibilidade.

As crianças sofrem emocionalmente nesta tragédia porque o medo dos adultos as contagia já que elas são bem sensíveis ao estado emocional dos adultos em volta delas, que são sua fonte de segurança e bem estar emocional. Nos Estados Unidos cerca de 40% das pessoas com filhos abaixo dos 12 anos de idade entraram num alto nível de estresse devido às responsabilidades de trabalho afetado pela pandemia. Mais do que 50% dos pais relataram que o isolamento social está afetando suas funções parentais.

Infelizmente em alguns lares complicados, o isolamento social pode causar um aumento de atitudes abusivas com os cuidadores atuando com negligência e exploração dos filhos. Num distrito da China a polícia relatou que a violência doméstica aumentou quase três vezes mais em fevereiro de 2020, passando de 47 ocorrências nos últimos anos para 162 só neste ano, ocorrendo também no estado do Texas nos Estados Unidos, incluindo gritar, dar tapas nas crianças, explorar serviços delas. Uma covardia, não é?

Os adolescentes têm sofrimentos pela pandemia por estarem longe de amigos, da escola, de festas de aniversário, prática de esportes com amigos, além de ficar longe de avós, tios, primos. Os sintomas neles podem ser nervosismo, chateação, tristeza, ansiedade e medo.

O que os pais podem fazer para ajudar seus filhos pequenos e jovens durante a pandemia? Nas crianças pequenas use mais tempo com elas durante o dia, parando o trabalho em casa por uns 15 minutos pelo menos para se concentrarem no cuidado daquela criança, brincando com ela. Abrace mais seus filhos, dê um colinho para eles com mais frequência, transmitindo serenidade e carinho.

Não deixe a TV ou rádio ligado com notícias ruins da pandemia, e não fiquem conversando sobre isto quando as crianças estiverem perto. Anime seus filhos a terem contato com os avós e outros parentes que eles gostam usando o celular, ou por vídeo chamadas. Acompanhe seus filhos nas aulas on-line.

Evite que as crianças fiquem muito tempo na TV, intercalando as atividades delas com contar histórias em livros, atividades de artes, brincar de esconde-esconde, montar blocos de brinquedo, caminhar e brincar ao ar livre em locais permitidos. Não deixe que elas fiquem com equipamentos eletrônicos na parte da noite porque a luz brilhante da TV, dos celulares, tablets, prejudica o hormônio que facilita o sono.

Se a criança terá que perder a festa de aniversário ou um outro evento social que ela gosta muito, deixe ela falar da frustração dela, da tristeza, e apenas ouça o desabafo dela procurando ser compreensivo e pense em possíveis soluções para esta perda.

Usem palavras simples ao explicar para as crianças as mudanças necessárias durante o isolamento social. Por exemplo, diga que por causa do vírus é preciso usar máscaras ao estar num local com outras pessoas, que não é possível no momento brincar com outras crianças para poder ficarem saudáveis, que precisamos limpar objetos para que eles não fiquem sujos, que muitos de nós ficamos doentes vez ou outra e se isso ocorrer papai e mamãe irão cuidar da pessoa até ela ficar boa.

 

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Dados comparados

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Para pensar:
"O pássaro que voa sempre encontra algo; o que fica no ninho, nada.”
Ditado sueco

Para refletir:
“O medo atribui grandes sombras a pequenas coisas.”
Ditado sueco

Dados comparados

A fim de que tenhamos referência a respeito de nossa situação dentro dos esforços de combate à pandemia de Covid-19, a coluna deu uma pesquisada nos cenários encontrados em Teresópolis e Petrópolis, e encontrou algumas diferenças bastante significativas.

Casos e óbitos

Para pensar:
"O pássaro que voa sempre encontra algo; o que fica no ninho, nada.”
Ditado sueco

Para refletir:
“O medo atribui grandes sombras a pequenas coisas.”
Ditado sueco

Dados comparados

A fim de que tenhamos referência a respeito de nossa situação dentro dos esforços de combate à pandemia de Covid-19, a coluna deu uma pesquisada nos cenários encontrados em Teresópolis e Petrópolis, e encontrou algumas diferenças bastante significativas.

Casos e óbitos

No que se refere aos números de casos confirmados e de óbitos, por exemplo, Teresópolis está em situação muito pior que a de Nova Friburgo, apesar de ter população ligeiramente menor (estimativa de 180.886 habitantes, ante 190.631 em nossa cidade).

Na tarde desta terça-feira, 28, nossos vizinhos registravam 2.418 casos confirmados, com 81 óbitos.

No mesmo horário nossos registros indicavam 1.033 casos confirmados, e 62 óbitos.

Subnotificação?

Não foi possível comparar o número de testes realizados, mas a análise desses dados - em especial a proximidade maior em relação aos óbitos do que nos casos confirmados - sugere que ainda estamos testando pouco, e provavelmente nosso quadro de subnotificação é mais acentuado.

Petrópolis, por sua vez, registra 2.286 casos confirmados e 140 óbitos, numa população estimada em 306.191 pessoas.

Na Cidade Imperial, assim como na Real, a leitura aponta para um quadro de subnotificação, ainda que nos últimos dias a testagem em massa tenha sido adotada por lá.

Informações

Em termos de acesso a informação, tanto Petrópolis quanto Teresópolis oferecem páginas de acompanhamento sensivelmente mais completas que a nossa, com quadros evolutivos de inúmeros parâmetros e outras informações importantes como, por exemplo, a evolução diária no número de testes realizados, bem como suas diferentes especificações.

Se nosso boletim diário já melhorou muito desde que começou a ser divulgado, e hoje fornece as principais informações para que seja possível avaliar as possibilidades de flexibilização da quarentena, a página de acompanhamento ainda pode ser melhorada.

Leitos

Se em número de casos e óbitos nossos vizinhos se encontram em situação desfavorável, em relação ao número de leitos ofertados à população o quadro se inverte.

Teresópolis, por exemplo, disponibiliza 28 leitos de tratamento intensivo exclusivos para Covid pelo SUS, ante 88 de Petrópolis.

Por aqui são dez leitos, além de outros oito semi-intensivos.

Número que pode e deve aumentar em breve, com a promessa de que o governo estadual irá fornecer recursos humanos para o funcionamento de mais dez leitos.

Será?

Quando olhamos para os chamados leitos pactuados, que pertencem à rede privada mas podem ser utilizados pelo SUS em caso de necessidade, a diferença também é grande.

Em Petrópolis, por exemplo, o somatório de todos os leitos chega a 122.

Por aqui a rede particular está disponibilizando 18 leitos, com capacidade de ampliação, sobretudo no Hospital Serrano.

Nos bastidores da política, contudo, não são poucas as pessoas apostando que, tão logo os novos leitos SUS entrem em operação, a rede particular tende a reduzir sua oferta.

Será?

Delicado

Evidentemente, se tal situação vier a se observar, estará na contramão não apenas dos interesses dos clientes, mas da sociedade como um todo, que conta com a oferta de leitos para que possa retomar, em alguma medida, suas atividades econômicas.

Por mais que seja compreensível que os hospitais precisem retomar os demais atendimentos em níveis mais próximos da normalidade, a questão é certamente delicada e precisa ser avaliada com cuidado e foco no interesse coletivo.

Aprovou

Confirmando expectativas, o plenário da Câmara Municipal aprovou nesta terça-feira, 28, por unanimidade e em discussão única, o projeto de lei apresentado pelo vereador Johnny Maycon que estabelece a obrigatoriedade da divulgação dos salários e gratificações dos servidores municipais comissionados e efetivos, no Diário Oficial eletrônico e no Portal da Transparência.

O prefeito Renato Bravo tem agora até 15 dias para sancionar ou vetar a lei, mas o histórico da atual legislatura sugere que um veto como este dificilmente não seria derrubado.

Na prática, a chance de que a lei entre em vigor muito em breve é muito grande.

Sugestão

De acordo com o vereador, a atual gestão gasta cerca de R$ 270 mil mensais com gratificações, contra aproximadamente R$ 190 mil no governo anterior.

A esse respeito, a coluna reafirma sua sugestão de que as gratificações sejam cortadas pelo próximo prefeito, ao menos temporariamente, a fim de que esse montante seja dividido e acrescentado aos salários mais baixos do funcionalismo.

Tem muito servidor passando sérias dificuldades, enquanto alguns apadrinhados levam uma vida muito confortável.

Isso precisa mudar urgentemente.

Fenf

O friburguense Lincoln Vargas, artista de inúmeros talentos e promotor do Festival de Esquetes de Nova Friburgo (Fenf) confirmou que o evento vai ter sim sua edição anual em 2020, apesar da pandemia de Covid-19.

Diferentemente de outros anos, contudo, o Fenf 2020 será on-line.

A coluna celebra a boa notícia, e promete trazer em breve mais detalhes sobre o festival, que deve distribuir R$ 1.500 em prêmios e para o qual as inscrições estarão abertas até o dia 30 de agosto.

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Olívia de Havilland morre aos 104 anos

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Morreu no último domingo, 26, aos 104 anos, em Paris, a última estrela da época de ouro de Hollywood, atriz do famoso e épico filme “E o vento levou”, de 1939, no papel de Melanie Hamilton e ganhadora de dois Oscar, prêmio máximo do cinema americano. Suas duas estatuetas são uma de 1946 com o filme “Só resta uma lágrima” e outra de 1949, “Tarde demais”. Curioso que sua atuação num dos filmes campeões de bilheteria e mais assistidos no mundo, da qual foi uma atriz coadjuvante de grande importância, não lhe rendeu nenhum prêmio, apesar da indicação.

Morreu no último domingo, 26, aos 104 anos, em Paris, a última estrela da época de ouro de Hollywood, atriz do famoso e épico filme “E o vento levou”, de 1939, no papel de Melanie Hamilton e ganhadora de dois Oscar, prêmio máximo do cinema americano. Suas duas estatuetas são uma de 1946 com o filme “Só resta uma lágrima” e outra de 1949, “Tarde demais”. Curioso que sua atuação num dos filmes campeões de bilheteria e mais assistidos no mundo, da qual foi uma atriz coadjuvante de grande importância, não lhe rendeu nenhum prêmio, apesar da indicação.

Nascida em Tóquio, em 1916, inglesa por parte de mãe, americana por adoção e francesa de coração, pois morava em Paris desde 1953, foi na cidade luz que seus olhos se fecharam para sempre; longe de seus contemporâneos desde há muito já falecidos e numa solidão, talvez maior do que a própria morte. Aliás, poucos são aqueles que ultrapassam a marca dos 100 anos e, na realidade, talvez isso seja mais motivo de tristeza do que alegrias, mesmo que a capacidade mental e a saúde não estejam comprometidas em demasia.

Num mundo em que os valores estão em constante mutação, mesmo aqueles que são cinéfilos por natureza, terão que forçar a memória para se lembrarem dela num filme lançado em 1939. Aliás, a trajetória dele é curiosa, pois surgiu nas telas no início da segunda guerra mundial e teve sucesso imediato. Além de ter sido o primeiro filme mais longo da história do cinema, com mais de três horas de duração, foi também campeão de bilheteria e, talvez assim o permaneça, se corrigidos os valores dos ingressos ao longo desses 81 anos de existência. Sem falar na sua música tema, que durante muitos anos fez parte da lista das músicas mais tocadas nas paradas de sucesso, nas décadas de 50, 60 e 70.

Na vida tudo passa, principalmente, num mundo em constante evolução, ainda mais depois da banalização da internet, onde os valores se transformam e as novidades são efêmeras, sendo em pouco tempo substituídas por outras. Assim, aqueles com idade acima de 40 anos ainda se lembram de fatos passados, de “E o vento levou” e de Olívia de Havilland. Os mais novos, e aqui não incluo nenhuma crítica por isso, só o saberão se rendeu frutos de trabalhos escolares ou universitários, ou ainda, aqueles que amam a chamada sétima arte (1ª arte – arte sonora (som), 2ª arte – artes cênicas (dança), 3ª arte - pintura (cor), 4ª arte -escultura/arquitetura, 5ª arte - teatro, 6ª arte - literatura (palavra), 7ª arte – artes audiovisuais). Mas, mesmo estes deverão cavar fundo na memória, em função do grande número de títulos que se acumularam durante toda a cinematografia americana e mundial.

Lembro-me que há mais ou menos um mês, quando as notícias sobre a Covid-19 deixavam aparecer alguma outra informação, ter comentado com minha mulher uma matéria sobre Olívia de Havilland. Tal matéria dizia estar ela ainda viva, aos 104 anos de idade, e ser a última remanescente da época de ouro de Hollywood, pois Kirk Douglas, outro gigante dessa época, também nascido em 1916, falecera em 5 de fevereiro de 2020.

Olívia pode ter morrido envolta na solidão, mas permanecerá viva na história da cinematografia mundial e na memória daqueles que ainda se lembram de “E o vento levou”. Descanse em paz.

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A coroa e as asas

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Comentava-se, na reunião, as glórias do saber, quando o Cristo, para ilustrar a palestra, contou, despretensioso:

Comentava-se, na reunião, as glórias do saber, quando o Cristo, para ilustrar a palestra, contou, despretensioso:

— Um homem amante da verdade, informando-se de que o aprimoramento intelectual conduz à divina sabedoria, atirou-se à elevação da montanha da ciência, empenhando todas as forças que possuía no decisivo cometimento. A vereda era sombria qual obscuro labirinto; contudo, o esforçado lidador, olvidando dificuldades e perigos, avançava sempre, trocando de vestuário para melhor acomodar-se às exigências da marcha. De tempos a tempos, lançava à margem da estrada uma túnica que se fizera estreita ou uma alpercata que se lhe afigurava inservível, procurando indumentária nova, até que, um dia, depois de muitos anos, alcançou a desejada culminância, onde um representante de Deus lhe surgiu ao encontro.

O emissário cumprimentou-o, abraçou-o e revestiu-lhe a fronte com deslumbrante coroa de luz. Todavia, quando o vencedor do conhecimento quis prosseguir adiante, na direção do paraíso, recomendou-lhe o mensageiro que voltasse atrás dos próprios passos, a ver o trilho percorrido e que, de sua atitude na revisão do caminho, dependeria a concessão de asas com que lhe seria possível voar ao encontro do pai eterno.

O interessado regressou, mas, agora, auxiliado pela fulgurante auréola de que fora investido, podia contemplar todos os ângulos da senda, antes inextricável ao seu olhar.   Não conteve o riso, diante das estranhas roupagens de que os viajadores da retaguarda se vestiam.

Aqui, notava uma túnica rota; acolá, uma sandália extravagante. Peregrinos inúmeros se apoiavam em bordões quebradiços, enquanto outros se amparavam em capas misérrimas; entretanto, cada qual, com impertinência infantil, marchava senhor de si, como se envergasse a roupa mais valiosa do mundo.

O vencedor da ciência não suportou as impressões que o quadro lhe causava e abriu-se em frases de zombaria, reprovando acremente a ignorância de quantos seguiam em vestes ridículas ou inadequadas. Gritou, condenou e fez apodos contundentes. Dirigiu-se à comunidade dos viajantes com tamanha ironia que muitos renunciaram à subida, retornando à inércia da planície vasta.

Após amaldiçoar a todos, indistintamente, voltou o herói coroado ao cume do monte, na expectativa de partir sem detença ao encontro do pai, mas o anjo, muito triste, explicou-lhe que a roupagem dos outros, que lhe provocara tanto sarcasmo inútil, era aquela mesma de que ele se servira para elevar-se, ao tempo em que era frágil e semicego, e que as asas de luz, com que deveria erguer-se ao trono divino, somente lhe seriam dadas, quando edificasse o amor no imo do coração. Faltavam-lhe piedade e entendimento; que ele voltasse demoradamente ao caminho e auxiliasse os semelhantes, sem o que jamais conseguiria equilibrar-se no céu.

Alguns minutos de silêncio seguiram-se indevassáveis...

O mestre, todavia, imprimindo significativa ênfase às palavras, terminou:

— Há muitas almas, na Terra, ostentando a luminosa coroa da ciência, mas de coração adormecido na impiedade, salientando-se no sarcasmo pueril e na censura indébita. Envenenadas pela incompreensão, exigentes e cruéis, fulminam os companheiros mais fracos no entendimento ou na cultura, ao invés de estender-lhes as mãos fraternais, reconhecendo que também já foram assim, tateantes e imperfeitos... Enquanto, porém, não se decidirem a ajudar o irmão menos esclarecido e menos afortunado, acolhendo-o no próprio espírito, com sinceridade e devotamento, não receberão as asas com que lhes será lícito partir na direção do céu.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Inaceitável

terça-feira, 28 de julho de 2020

Para pensar:

"Ao homem perverso se conhece em apenas um dia; para conhecer o homem justo se necessita mais tempo.”

Sófocles

Para refletir:

Para pensar:

"Ao homem perverso se conhece em apenas um dia; para conhecer o homem justo se necessita mais tempo.”

Sófocles

Para refletir:

“Alguém que distraidamente observe o voar de um pássaro terá a impressão de que ele não tem nada com que se ocupar além do bater de suas asas. A bem da verdade, esta é apenas uma parte muito restrita de seu trabalho mental. Simplesmente mencionar todas as coisas que um pássaro precisa ter em mente constantemente para que seja capaz de voar com segurança pelos ares nos tomaria uma parte considerável da noite.”

Wilbur Write

Inaceitável

A notícia do fechamento do Hospital de Campanha é algo lamentável. Ainda que a história recente tenha nos ensinado que do Palácio Guanabara é possível esperar qualquer coisa, e mesmo levando em conta que todos os sinais há algumas semanas já apontavam para este desfecho, essa triste confirmação não deixa de representar (mais) um escândalo, um ato de profundo desrespeito para com a população local e o contribuinte estadual, e que - intencionalmente ou não - mais uma vez serviu a pesados interesses particulares, em detrimento da coletividade.

Melhor dos cenários

A melhor das interpretações nos apontaria a uma falha de planejamento, em parte compreensível.

Afinal, na fase inicial da pandemia as perspectivas futuras em relação ao número de internações eram piores do que acabariam se confirmando, e esperar por dados mais precisos poderia se revelar uma postura catastrófica, diante da possibilidade de saturação da rede existente.

Todos os fatores restantes, contudo, são agravantes em relação às responsabilidades estaduais.

Estratégico

De imediato, há que se observar que todos aprendemos muito desde o início da pandemia, e atualmente resta a compreensão de que a oferta de leitos, ainda que em desuso, é por si só estratégica para as possibilidades de flexibilização da quarentena, com benefícios econômicos que superam largamente os custos operacionais dos hospitais, tanto mais quando se considera que a estrutura já estava em grau avançado de instalação, e que profissionais chegaram a ser contratados para serviços que não chegaram a prestar.

Ter este hospital aberto, mesmo que vazio, mudaria por completo o cenário regional com relação às possibilidades de retomada econômica.

Com quem andas

Impossível não considerar, no entanto, que estamos falando do abandono intrauterino de ao menos três unidades somando centenas de leitos, e que as justificativas apresentadas para o desmonte das estruturas apontam para um distanciamento muito além do razoável entre as previsões que justificaram as obras e o cenário que meses depois se apresentou.

O tipo de história que demanda um saldo de credibilidade que nem o Palácio Guanabara nem os parceiros que adotou para a montagem e gestão dos hospitais dispõem.

Aliás, muito longe disso.

Tudo errado

Não custa lembrar que o Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (Iabas) já recebeu R$ 256 milhões, dos R$ 770 milhões previstos em contrato para as obras das unidades, e que, apesar disso, seguem sem receber vários profissionais contratados há vários meses para atuar nos hospitais que vão fechar sem nem ao menos terem sido abertos.

Em resumo, tudo nesta história está errado.

Com o que foi retirado dos cofres públicos nesse episódio daria para ter feito muita diferença na qualidade de vida da coletividade.

Até quando?

Diante da repetição de histórias como essa fica difícil afastar questionamentos a respeito das engrenagens viciadas que marcam nossos processos eleitorais, desde as triagens em torno de quem consegue, de fato, se candidatar (e por que) até os estelionatos cometidos em campanha e pré-campanha, e a forma como tantos de nós ainda estão dispostos a negociar o voto, aceitando o papel de quem agradece por migalhas daquilo que lhe é roubado.

Será que, em meio a tantas promessas, algum dia isso muda de verdade?

É hoje (1)

Destaque rápido para algumas das matérias que devem ser apreciadas pelo plenário da Câmara Municipal nesta terça-feira, 28.

Requerimento de Informações proposto pelo vereador Joelson do Pote, “acerca dos critérios adotados pela prefeitura para o cumprimento do decreto 605/2020, que autoriza a utilização de leitos de hospitais particulares para pacientes do SUS no enfrentamento à pandemia.

É hoje (2)

Requerimento de Informações proposto pelo vereador Cascão do Povo, “reiterando e requerendo informações relativas à Unidade de Saúde Ariosto Bento Melo (Posto do Cordoeira).

E se temos dois requerimentos de informação, temos também mais um pedido de dilação de prazo por parte do Executivo, para responder requerimento anterior.

Esta já se tornou uma marca da atual gestão municipal.

É hoje (3)

O plenário deve apreciar também Projeto de Lei Ordinária proposto pelo vereador Johnny Maycon que “dispõe sobre a obrigatoriedade de publicação no Diário Oficial e no Portal da Transparência da Prefeitura dos valores das remunerações e gratificações dos servidores públicos de Nova Friburgo”.

Seria legal se nos fosse dada satisfação também sobre quem indicou quem, e por quê. Não acham?

Resposta

A coluna de hoje se encerra com a divulgação de uma nota pública por parte da Câmara a respeito da continuidade de suas atividades ao longo deste mês, em resposta aos questionamentos manifestados pelo procurador-geral do Município na semana passada.

Aspas (1)

“A Câmara esclarece que tem respaldo legal para funcionar em todo o mês de julho, amparada pela Constituição Federal, pela Lei Orgânica Municipal e pelo Regimento Interno. Cabe por quem tem dúvida, uma leitura atenta das referidas normas tendo em vista a manifestação em que suscita dúvidas diante de tantas certezas jurídicas.

Por óbvio, toda a casa legislativa possui data definida para fins do recesso parlamentar. Porém, não tendo o Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, aprovado/votado a LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias, ficam impedidas de interromper a sessão legislativa. Ou seja, não havendo aprovação da LDO, não pode haver recesso. Assim está expressamente previsto na Constituição Federal.”

Aspas (2)

“Da mesma forma, a Constituição Estadual impede a Alerj de ter recesso, caso não aprove a LDO. Com base nesta regra, certo é que o Parlamento Estadual também não se encontra com suas atividades suspensas, assim como o Congresso Nacional está em pleno funcionamento votando matérias importantes neste período de pandemia.

E aqui, no âmbito municipal, não é diferente. Apesar do artigo 137 da Lei Orgânica Municipal prever o recesso parlamentar, nota-se que o artigo 138, veda o recesso do primeiro semestre, sem antes deliberar acerca do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Portanto, considerando que a Câmara não aprovou a LDO nesta sessão legislativa de 2020, certo é que o recesso está vedado por força de norma constitucional e com base na Lei Orgânica Municipal.”

Aspas (3)

“Assim sendo, a Câmara vem realizando em seu plenário, com os devidos protocolos sanitários, sessões ordinárias duas vezes por semana para votar diversos projetos de lei, inclusive de autoria do Poder Executivo. A pauta das sessões ordinárias, com as matérias a serem deliberadas, são divulgadas com antecedência e transparência em postura costumeira. Sendo assim, não há convocação de seguidas sessões extraordinárias. Os trabalhos legislativos, em âmbito municipal, estão seguindo o seu curso como em todo o país.

Lamentável que integrantes do Poder Executivo exijam que a Câmara Municipal entre em recesso tendo que votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias, alterada por ele mesmo somente no início da segunda quinzena de julho, o que nos faz notar completo desconhecimento.”

Aspas (4)

“Os atos legislativos praticados neste período estão revestidos de legalidade e eficácia, conforme amplamente demonstrado. É fato público e notório que tanto o Congresso Nacional, assim como a Alerj e diversas Câmaras Municipais, respaldados juridicamente, não estão tendo recesso parlamentar por não terem votado a LDO. Desta forma, cabe informar que o Poder Legislativo não está em recesso parlamentar, por força do artigo 138 da Lei Orgânica Municipal, em obediência ao comando constitucional previsto no artigo 57, § 2º, da Constituição Federal, estando, portanto, com suas atividades em pleno funcionamento.

Com a certeza de ter elucidado todas as dúvidas sobre a suspensão do recesso parlamentar pelos fundamentos jurídicos expostos, o comparecimento dos servidores públicos é obrigatório ao plenário da Câmara, às 14h do dia 3 de agosto, por ter sido aprovada a sua convocação em sessão ordinária plenamente válida, sob pena das consequências legais.”

 

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A VOZ DA SERRA é sempre um passeio pelo mundo!

terça-feira, 28 de julho de 2020

A pandemia do coronavírus mudou hábitos em toda parte. De alguma forma todos estão impactados, mesmo os que dizem o contrário. Como metade de 2020 já foi embora, são muitas as datas sem as tradicionais celebrações, como nas igrejas, teatros, estádios, festas de rua e tudo o mais que possa causar aglomerações. O Caderno Z é sensível e tem lançado temas que amenizam a crise do distanciamento social. Assim, festejamos, com muita emoção, no último domingo, 26, o Dia dos Avós, nas páginas do jornal.

A pandemia do coronavírus mudou hábitos em toda parte. De alguma forma todos estão impactados, mesmo os que dizem o contrário. Como metade de 2020 já foi embora, são muitas as datas sem as tradicionais celebrações, como nas igrejas, teatros, estádios, festas de rua e tudo o mais que possa causar aglomerações. O Caderno Z é sensível e tem lançado temas que amenizam a crise do distanciamento social. Assim, festejamos, com muita emoção, no último domingo, 26, o Dia dos Avós, nas páginas do jornal. É mesmo “um amor que não se mede” e não poderíamos supor que seríamos privados do convívio com os pequenos.

Cris Dias, avó de Davi, de 2 anos, mora com o neto e confessa: “A gente tem que se reinventar diariamente para ir convivendo com a pandemia” e ainda ressalta que o netinho só irá para a escola em 2021, depois que houver vacina para o combate ao coronavírus.

Fátima Wermelinger, avó de Hugo, 2 anos e 9 meses, destaca: “A presença dele nos distrai, e uma criança traz sempre alegria e descontração...”. Para Dalva Ventura, a saudade dos netos é imensa, pois é avó de Antonia, 3 anos, Nicolas, 2, e Alice, 18. Eu abro aspas para dizer -  “Alice já tem 18 anos?” Como passou rápido! Dalva fez uma declaração: “Julia e Helena que me perdoem, mas confesso que sinto mais saudade dos nossos netos do que delas. Fazer o quê? Não dizem que ser avó é ser mãe duas vezes?”.

Para quem não pode ter os netos por perto, a psicogeriatra Thatiana Erthal comenta sobre as tecnologias de aproximação e recomenda: “Na magia dos encontros virtuais, os sorrisos voltam aos lábios e os corações se tocam e se unem. A saudade dói menos e reaprendemos que o amor não está vinculado só ao contato físico, mas, sim, à entrega.”. Saímos do Z, enviando abraços para os avós de todo o mundo, até onde a nossa Voz alcançar.

Uma beleza de entrevista de Guilherme Alt com o comandante do 11° Batalhão de Polícia Militar. O tenente-coronel Alex Soliva, que assumiu o comando em janeiro deste ano, fez considerações muito positivas do balanço deste primeiro semestre: “Nossos policiais estão muito dedicados e comprometidos com a segurança da sociedade...”. É a mão amiga, presente e confiável, em defesa da cidade.

Em “Esportes”, as academias de Nova Friburgo “vão reabrir com nova rotina e restrições”. As regras para o retorno são bem criteriosas e para começar, o aluno “passará o tênis no tapete sanitizante, higienizará as mãos e medirá a temperatura”, entre outros cuidados, inclusive, com distanciamento e horários reduzidos. Uma verdadeira maratona!

Outros tantos cuidados estão nos critérios para definir a cor das bandeiras a serem adotadas semanalmente. Quando será que teremos a bandeira verde? Um sonho? A subsecretária municipal de Vigilância em Saúde, Fabiola Penna destaca: “É preciso que fique muito claro que Nova Friburgo e a Região Serrana ainda nem viveram o pico da doença. Então não podemos nem falar de segunda onda, quando ainda nem saímos da primeira”. Que horror, gente! Apesar de os dados apontarem 437 pessoas curadas da doença, as taxas de contaminação já somam mais de 900 casos e 60 mortes. E o Hospital de Campanha é o elefante branco muito bem traduzido na charge de Silvério.

O “Coronaman” que anda circulando pela cidade é originário da Acianf, que criou o personagem para ajudar na conscientização de que “o perigo é real”. Vamos ver se ele dá conta de conter a euforia das pessoas nas ruas. Em “Massimo”, a máxima de Claude Bernard é da hora: “É aquilo que pensamos conhecer que nos impede de aprender”. Parece faltar luz na ideia de muita gente, que insiste em resistir aos apelos das orientações das autoridades sanitárias. Falando em luz, as concessionárias de energia elétrica já podem cobrar pelas contas em atraso. A pandemia continua, mas, acabou a colher de chá!

Vamos caçar o cometa Neowise? É uma boa pedida até esta quarta-feira, 29, entre 18h e 19h, na direção noroeste, onde o sol se põe. Embora nossa cidade esteja muito acima do horizonte, onde o cometa tem dado seu “show”, vale tentar, pois a sensação de buscar um cometa é inigualável. A gente acaba descobrindo muitos segredos do céu!

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