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Controlar ou confiar?

quinta-feira, 23 de julho de 2020

“Controlar é uma resposta direta ao nosso medo, pânico e sensação de desajuda. [esta sensação] ocorre quando nós sentimos sobrecarregados ou quando falta confiança.É possível não confiar em nós mesmos e até em Deus no processo da vida. Ao invés de confiar podemos cair no controle. Podemos abordar esta necessidade de controle ao lidarmos com nosso medo. Lidamos com nosso medo ao confiar em nós mesmos, em Deus, no amor e apoio dos outros, e a este processo chamamos de vida e recuperação.

“Controlar é uma resposta direta ao nosso medo, pânico e sensação de desajuda. [esta sensação] ocorre quando nós sentimos sobrecarregados ou quando falta confiança.É possível não confiar em nós mesmos e até em Deus no processo da vida. Ao invés de confiar podemos cair no controle. Podemos abordar esta necessidade de controle ao lidarmos com nosso medo. Lidamos com nosso medo ao confiar em nós mesmos, em Deus, no amor e apoio dos outros, e a este processo chamamos de vida e recuperação.

Podemos confiar quando as coisas não funcionam do jeito que queremos, crendo que Deus tem algo melhor planejado. Podemos confiar em nós mesmos para chegar onde queremos ir, dizer o que precisamos falar, fazer o que precisamos fazer, saber o que necessitamos conhecer, ser quem precisamos ser, e nos tornar tudo o que podemos ser feitos, quando temos a intenção de fazer isto, quando estamos prontos e quando o momento é apropriado.

Podemos confiar que Deus nos dá todas as orientações que precisamos. Podemos confiar que tudo o que precisamos em nossa jornada virá para nós. Não obteremos hoje tudo o que necessitamos para a caminhada total. Receberemos o suprimento para hoje, e amanhã para amanhã. Não é suposto que carreguemos todos os suprimentos para a jornada completa. O fardo seria muito pesado, e o caminho é para ser leve.

Não precisamos planejar, controlar e agendar todas as coisas. A agenda e o plano têm sido escritos por Deus. Tudo o que precisamos é estar presente, [abertos, disponíveis]. (Melody Beattie, Recovery Devotional Bible, Zondervan, p.999, 1993).

Para aprender a confiar e, assim, obter serenidade, é importante permanecer “atento à sugestão de me render a seja lá o que for sobre mim ou outra pessoa que eu esteja tentando controlar. Em outras palavras, preciso me soltar do meu ego. Soltar, entregar e manter simples, tudo isso me faz lembrar de que Deus está cuidando de mim e dos desafios da minha vida. Às vezes, quando me sinto excepcionalmente estressado, a rendição não vem com facilidade. Fundamentalmente, preciso até me soltar do processo de rendição. Não posso controlar o momento em que meu poder superior decide me conceder a graça de sentir e agir com serenidade.” (“A esperança para hoje”, Grupos Familiares Al-Anon, p. 163, 2005).

Um dos passos que pode nos conduzir à serenidade e confiança não é nem a questão de desistir do controle, mas desistir da ilusão do controle. Entendeu? Quando vivemos num estilo de vida controlador, vivemos na ilusão de que estamos controlando as coisas e as pessoas. Mas não temos controle sobre as pessoas e sobre tantas coisas em nossa vida.

O medo é uma energia que ativa os nossos defeitos de caráter. Às vezes eles ficam adormecidos como uma pista de carros de brinquedo desligada, e nós não os percebemos. Entretanto, quando estamos com medo, ele funciona como um combustível que faz com que os carros (nossos defeitos) comecem a se mover. Gastam-se nossas energias físicas e mentais andando em círculos, tentando não sermos batidos ou atropelados.

Em primeiro lugar, o que dispara o nosso medo? Tentar controlar coisas sobre as quais não temos poder é sempre um interruptor provável. Como eu o desligo? Utilizar a oração da serenidade ajuda a nos acalmar. Devemos fazer uma lista, com uma coluna intitulada “posso mudar” e outra intitulada “não posso mudar”. Aí, desmembra-se o problema em elementos e colocamos cada um em sua coluna. Quanto terminar, devemos pedir ao nosso poder superior para redirecionar a energia para aqueles elementos que podemos mudar.

Deixar de lado o presente e nos preocupar com o futuro é outro gatilho. Quando sentimos que nossa mente está na frente do corpo, é útil nos concentrar nos nossos corpos e muitas vezes nossa mente o seguirá. Demos lembrar a nós mesmos de soltar e deixar que Deus cuide das coisas da coluna “não posso mudar”. Devemos nos concentrar no que estamos fazendo no momento presente: estou lavando os cabelos; estou fazendo o jantar; estou dirigindo meu carro. Pode parecer bobagem, mas devemos fazer o que pudermos para que sejamos levados de volta ao momento presente. Essa atitude dá o tom para um dia mais sereno e centrado. (“A esperança para hoje”, Grupos Familiares Al-Anon, p. 228, 2005).

“Quando ouvi o Lema “Solte-se e entregue-se a Deus” pela primeira vez, não fez sentido para mim. Soltar o quê? E entregar a Deus o quê? O pouco que entendi foi a inutilidade de meus esforços em tentar controlar outras pessoas, lugares, e coisas. ... Eu me soltei de outras pessoas e comecei a sentir algum alívio. Eu me desliguei do que os outros disseram ou não disseram, e do que fizeram e não fizeram. Eu me desliguei das minhas expectativas. Não mais senti necessidade de agradar a todos. À medida que me soltei, descobri que vivo em maior harmonia comigo e com os outros. Comecei a assumir mais responsabilidades por mim mesmo. Imaginava que se pudesse aceitar a mim mesmo, poderia aceitar também as outras pessoas. Eu me desliguei dos resultados. Sentia-me bem mesmo se as coisas não fossem da maneira que eu tinha imaginado. Às vezes os resultados eram melhores do que eu tinha antecipado... À medida que eu me soltava, aprendia que podia entregar a Deus. ‘Entregar a Deus’ não significa que eu abdique das minhas responsabilidades. Na verdade, eu me torno mais responsável por mim mesmo. ‘Entregar a Deus’ indica que aceito minhas imperfeições e cresço em direção à pessoa que imagino que posso ser. ‘Soltar-se e entregar-se a Deus’ significa que posso desfrutar ser responsável pelo que é meu de direto, e deixar o resto para Deus. ‘Solte-se’ vem antes de ‘entregue-se a Deus’ por uma razão. Não posso esperar que Deus faça nada se eu ainda estiver agarrada ao meu problema.” (Extraído de “A esperança para hoje”, Grupos Familiares Al-Anon, p. 320, 2005).

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Convocação

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Para pensar:

"O homem que aos 50 anos vê o mundo da mesma maneira que via aos 20 jogou 30 anos fora.”

Muhammad Ali

Para refletir:

“Muitas pessoas se assustariam se, ao olhar para o espelho, não vissem a própria face, mas o próprio caráter.”

Autor desconhecido

Convocação

Para pensar:

"O homem que aos 50 anos vê o mundo da mesma maneira que via aos 20 jogou 30 anos fora.”

Muhammad Ali

Para refletir:

“Muitas pessoas se assustariam se, ao olhar para o espelho, não vissem a própria face, mas o próprio caráter.”

Autor desconhecido

Convocação

De forma talvez surpreendente, o plenário da Câmara Municipal aprovou por unanimidade, na manhã desta terça-feira, 21, a convocação do procurador-geral do Município, Ulisses da Gama, e das servidoras Ana Paula Navega dos Santos, atualmente no exercício do cargo de subsecretária de Recursos Humanos, e Gisele Busquet Nunes, atualmente no cargo de gerente de nível superior II do Fundo Municipal de Previdência Social, “para, conjuntamente, prestarem esclarecimentos sobre as condutas adotadas nos processos administrativos em que constam concessões de incorporações e de consequentes acumulações salariais que contrariam decisões judiciais federais, no âmbito da Justiça do Trabalho”.

Que tal?

Durante sua defesa, o autor da proposta, vereador Professor Pierre, citou exemplos da variação de alguns salários a partir das incorporações.

Um deles subiu de R$ 4.100 para R$ 9.200; outro de R$ 7.600 para R$ 14.100; um terceiro saltou de R$ 4.800 para R$ 7.500; o quarto passou de R$ 6.100 para R$ 9.600; e o último engordou de R$ 8 mil para R$ 14.700.

Contexto

Três destes exemplos também foram beneficiados com férias em dobro, e em dois destes casos chegou a haver decisão judicial transitada em julgado negando o acesso aos direitos, antes que a atual gestão da Procuradoria-Geral do Município concedesse parecer favorável - que o vereador Pierre classificou como “seletivo” - às incorporações.

O parlamentar argumentou ainda que as incorporações geram dano ao erário na medida em que exercem impacto sobre o Fundo de Garantia, o INSS, a contribuição para cálculo de aposentadoria, e o cálculo de imposto de renda.

Parabéns

Some a esse contexto a sofrida e muito injusta realidade imposta à imensa maioria dos servidores da prefeitura, muitos tendo de receber complemento para que seus vencimentos atinjam o salário mínimo, e, de fato, temos aí uma realidade que demanda sim transparência e explicações.

Todos devem concordar com isso, e a coluna deixa aqui seus parabéns ao plenário por ter se posicionado em alinhamento com o interesse coletivo.

Onde e quando

Os convocados devem comparecer ao plenário da Câmara às 14h do dia 3 de agosto de 2020, uma segunda-feira.

Vale lembrar que, por se tratar de convocação, a ausência sem justificação adequada, aceita pela casa ou pelo colegiado, redunda em crime de responsabilidade.

Esperança

Em meio a tanta politização e tantas defesas inconsistentes de atalhos para lá de duvidosos, uma esperança concreta de enfrentamento à Covid-19 começa a despontar no horizonte.

Os resultados dos primeiros testes da vacina de Oxford têm sido muito promissores, e a notícia torna-se ainda melhor quando lembramos das parcerias firmadas junto à Universidade Federal de SP (Unifesp) e a Fiocruz, que em caso de aprovação tornariam muito mais rápida a produção em massa da vacina para a população brasileira.

Tomara

Fontes da Fiocruz confidenciaram a este colunista, na tarde de segunda-feira, 20, que estão muito otimistas com essas perspectivas, inclusive acreditando que, se nenhum problema surgir ao longo do caminho, a produção poderia começar até o fim deste ano.

Tomara que sim.

Paralelamente, a linha de pesquisa levada adiante pelo Butantan e pela Sinovac também tem alcançado resultados animadores, mas sobre esta frente a coluna dispõe apenas de informações de domínio público.

Bons frutos

O leitor deve ter consciência de que cooperações entre os polos industrial e acadêmico friburguenses, ambos de grande destaque no cenário nacional, deram frutos a diversas iniciativas que com rapidez e eficiência ajudaram a suprir carências urgentes da quarentena, ajudando no processo a dar algum fôlego à economia local.

Pois bem, a coluna pode confirmar agora que, a partir da doação de materiais por parte da Braskem e de serviço prestado pela Thurlerflex, o projeto Face Shields NF enviou 2.100 hastes de protetor facial para Manaus.

A operação também contou com o apoio da Makers Manaus e da Força Aérea Brasileira.

Tem que continuar

Aliás, cá entre nós, se tem algo de positivo que essa pandemia nos proporcionou foi a consciência a respeito do enorme potencial destas parcerias, e do quanto é importante que elas sejam mantidas e ampliadas nos próximos anos.

Sem sombra de dúvida, residem aí as melhores apostas para que Nova Friburgo possa avançar a passos largos ao longo das próximas décadas.

Necessário

E olha, é muito importante que a cidade aproveite mesmo esse momento para se reinventar e se unir, inclusive promovendo e cobrando uma faxina na política, a fim de que tenhamos pela frente uma década de crescimento e de mais justiça social.

A esse respeito, a querida Regina Lo Bianco, fotógrafa cujo acervo registra para o futuro a Friburgo dos tempos que vivemos, tem feito imagens extremamente tocantes do drama vivido por pessoas em situação de desamparo em nossas ruas e praças.

Cenas tristes, de situações tristes, que merecem nossa atenção e nosso apoio.

Voz dos leitores

Sendo este um espaço democrático, a coluna submete aos leitores a decisão sobre publicarmos ou não alguns destes cliques, sempre preservando a identidade e a dignidade dos fotografados.

Quem entender que a publicação poderia ajudar de alguma forma a sensibilizar pessoas, entidades e o próprio poder público, fique à vontade para entrar em contato com a coluna.

E quem, ao contrário, acreditar que a exposição não traria nenhum benefício, fique à vontade para escrever também.

O que a maioria disser, a gente acata com os devidos cuidados.

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Datas importantes

quarta-feira, 22 de julho de 2020

No dia 20, celebramos a viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava

Você, leitor, precisa ficar mais atento às coisas realmente importantes que acontecem ao seu redor. Por exemplo: em 24 de junho comemorou-se o Dia do Disco Voador, data da mais alta grandeza, noticiada por todos os veículos de comunicação, tanto aqui na Terra quanto em outros planetas, notadamente em Marte, de onde vem a maioria dos extraterrestres que nos visitam. E vai ver que você, alienado do jeito que é, não se lembrou de nada disso.

No dia 20, celebramos a viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava

Você, leitor, precisa ficar mais atento às coisas realmente importantes que acontecem ao seu redor. Por exemplo: em 24 de junho comemorou-se o Dia do Disco Voador, data da mais alta grandeza, noticiada por todos os veículos de comunicação, tanto aqui na Terra quanto em outros planetas, notadamente em Marte, de onde vem a maioria dos extraterrestres que nos visitam. E vai ver que você, alienado do jeito que é, não se lembrou de nada disso.

E cá estamos em fins de julho, que é um mês de grandes efemérides, e algumas delas você já perdeu. No dia 3, o calendário nos lembra de reverenciar Tomé, aquele cético que precisou tocar em Jesus para dar crédito à boa nova que lhe contaram os demais apóstolos. Já não digo acreditar em Jesus, que estava desaparecido há uma semana, mas ao menos acreditar nos próprios companheiros. Não sei como eles não lhe deram uns cascudos, para aprender a não chamar os outros de mentirosos. Principalmente Pedro, que era meio esquentado, haja vista o que aconteceu com a orelha do soldado romano que se dirigiu a Jesus sem o devido respeito, no mais famoso e injusto “Teje preso!” da história de humanidade.

No dia 4 — essa você não pode ter deixado passar em branco, seria a maior falta de patriotismo — nossos calendários registram com muito orgulho o Dia da Independência. Não a do Brasil, que pra essa não damos muita confiança, mas a dos Estados Unidos. Pois do que gostaríamos mesmo era de ser sobrinhos do Tio Sam, tanto que procuramos usar o máximo possível de palavras ianques, tais como sale, off, t-shirt, etc. Agora está muito em moda a tal da “live”, que, quando somos obrigados a falar em língua de gente pobre e atrasada, dizemos “ao vivo”.

O sete celebra o Ingresso das Mulheres na Marinha, acontecimento que, se não foi suficiente para transformar nossa armada em uma potência bélica, ao menos nos dá motivo para acreditar que melhorou em mil por cento a beleza da marujada. Sei até de um cidadão cujo pacato coração civil vira um mar revolto toda vez que vê passar certa capitã-de-corveta que mora na mesma rua que ele. Dez é o Dia da Pizza, a qual, ao contrário do que muitos pensam, não é uma massa de origem italiana, mas um jeito brasileiro de se aplicar a lei, sobretudo quando tem gente importante envolvida na questão.

Dia 11 é o Dia Mundial da População, seja lá o que isso possa significar. Até por que, quem vai cumprimentar quem, se todos fazem parte da população? A tal população é uma coisa que está em todo lugar, aonde quer que se vá, lá está ela, tão numerosa que não há quem de vez em quando não se sinta sufocado com tanta gente em volta, como se o planeta fosse um elevador para seis pessoas e mais de vinte já tivessem entrado. Assim é porque, embora todos concordem que há gente demais no mundo, raros são os casais que deixam de agravar a explosão populacional.

No dia 20, celebramos a Viagem à lua, coisa da qual minha avó muito duvidava. Segundo sua firme convicção religiosa, esse era um abuso que Deus não ia permitir, posto que entregou a lua à administração de São Jorge, que a percorre toda noite, mantendo o lugar bonito, brilhante e desinfestado de dragões. Essa era a convicção dela, e quem teve avó italiana sabe que não vale a pena discutir com ela. Quando criança, consultei um padre a respeito, e ele, sem nenhum respeito, apontou para vovó e girou o dedo em torno da orelha, gesto que na época nada significou para mim, mas que, quando vim a entender, me deixou bastante revoltado. Alguém poderá rir da ignorância de D. Maria Chardelli, que era analfabeta, Mas, quando se vê alguns notáveis do governo federal sustentando que a Terra é plana, conclui-se que a ignorância está ao alcance de todos, mesmo dos mais sábios.

Em julho temos a celebrar ainda outros dias grandiosos: 15 (do Homem), 21 (dos Mortos da Marinha), 29 (da Identificação) e por aí vai. E só mesmo pela grande modéstia que me caracteriza é que deixarei de citar a data mais importante do mês: meu aniversário. E a prova da importância dessa data é que aqui em casa ninguém se lembra das outras que citei, mas a do meu aniversário, graças a Deus, ninguém se esquece.

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Uso de máscaras é indispensável numa epidemia

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

Li no Santé Magazine, um site de informações francês, um interessante artigo sobre a proteção facial que diz: “As máscaras de tecido não são destinadas a proteger a pessoa que a usa, mas aquelas que estão ao seu redor segundo o princípio de um por todos e todos por um.” Essa é a opinião da Academia Francesa de Medicina (AFM). Se preocupar em não contaminar outras pessoas não deve ser uma atitude isolada, mas um posicionamento coletivo, e seu cumprimento deveria ser rigoroso nos espaços públicos (lojas, bancos, supermercados, farmácias, padarias etc.)” e porque não em público.

É interessante lembrar que na Ásia o seu uso é um hábito enraizado na população, há muito tempo, nos períodos de epidemia e, talvez, isso tenha contribuído na redução da taxa de contaminação do SARS-CoV-2, em Taiwan, Singapura e Coréia do Sul. Aliás, o grau de preocupação dos indivíduos, nesse continente, é tanta, que mesmo num simples resfriado, o cidadão sai com sua proteção facial, evitando assim propagar a doença.

“Na ausência de vacinas e medicamentos específicos contra a Covid-19, a única maneira de impedir sua progressão é tentar bloquear a transmissão do vírus de pessoa para pessoa. De acordo com a AFM, os últimos estudos mostram que somente 6% dos franceses teriam contraído a doença se a proteção facial tivesse sido utilizada desde o início”. Por isso, o presidente do conselho de administração da academia francesa de medicina, Jean Françoise Matéi, declarou que 80% da população francesa deveria usar a máscara, para que numa segunda onda de contaminação, a taxa fosse abaixo de um, que é o limite de propagação populacional.

É preciso, no entanto, lembrar sempre para o perigo do falso sentimento de segurança pelo fato de estar com a máscara. Não podemos esquecer nunca das medidas básicas de higiene como lavar as mãos e manter o distanciamento social. Esse distanciamento é importante, pois a maioria das viroses respiratórias é transmitida pelo ar, nas gotículas que nele são lançadas seja através da conversação, do ato de tossir ou espirrar. São as chamadas emissões de perdigotos.

Aqui no Brasil não temos esse hábito e me lembro de que, em Friburgo, as primeiras pessoas que saíram às ruas, com máscaras, foram olhadas como alienígenas. E mesmo, hoje, quando as autoridades passaram a cobrar o seu uso dentro de locais públicos ou mesmo na rua, muitos ainda insistem em não portá-las, ou o que é pior, a usam no queixo. Devemos nos lembrar do ditado popular de que máscara no queixo ou no pescoço é que nem colocar a camisinha nos testículos, ou seja, ineficaz.

Não adianta essa celeuma em torno do uso delas, inclusive com ocorrência de agressões e, até mesmo, de mortes por parte de pessoas que se recusam a utilizá-las. Ficamos 15 dias em bandeira amarela e desde a última segunda-feira, 20, houve a determinação de passarmos para a vermelha, pois a taxa média de utilização de leitos de UTI ficou acima dos 70 %. A população, com essa quarentena interminável, não vai aguentar mais esse abre e fecha a que estaremos sujeitos. Por outro lado, temos que nos conscientizar de que nossa colaboração é indispensável. Há de se ter em mente que o pós-pandemia, por um período talvez longo, não será mais como o pré-pandemia e que devemos evitar aglomerações e sair de casa desnecessariamente.

O que vimos nos 15 dias de bandeira amarela, em Friburgo, foi a Avenida Alberto Braune como em dias que antecedem o Natal, com lojas cheias, sem respeito às normas que foram determinadas, uns se jogando em cima dos outros, esquecendo-se do distanciamento de um metro e meio entre as pessoas. Em Olaria foi a mesma coisa, com as lojas de moda intima repletas. O trânsito, então, nem se fala, voltando ao normal ou pior, pois aqueles que não costumam sair de carro aproveitaram, também, para dar uma voltinha. Um horror.

Acho que nosso prefeito deveria vir à público e alertar a população sobre as medidas que a prefeitura está adotando e a necessidade da ajuda mútua; somente a união do esforço municipal e da população podem nos trazer dias melhores.

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O revolucionário sincero

quarta-feira, 22 de julho de 2020

No curso das elucidações domésticas, Judas conversava, entusiástico, sobre as anomalias na governança do povo, e, exaltado, dizia das probabilidades de revolução em Jerusalém, quando o Senhor comentou, muito calmo:

— Um rei antigo era considerado cruel pelo povo de sua pátria, a tal ponto que o principal dos profetas do reino foi convidado a chefiar uma rebelião de grande alcance, que o arrancasse do trono.

No curso das elucidações domésticas, Judas conversava, entusiástico, sobre as anomalias na governança do povo, e, exaltado, dizia das probabilidades de revolução em Jerusalém, quando o Senhor comentou, muito calmo:

— Um rei antigo era considerado cruel pelo povo de sua pátria, a tal ponto que o principal dos profetas do reino foi convidado a chefiar uma rebelião de grande alcance, que o arrancasse do trono.

O profeta não acreditou, de início, nas denúncias populares, mas a multidão insistia. “O rei era duro de coração, era mau senhor, perseguia, usurpava e flagelava os vassalos em todas as direções” — clamava-se desabridamente.

Foi assim que o condutor de boa-fé se inflamou, igualmente, e aceitou a ideia de uma revolução por único remédio natural e, por isso, articulou-a em silêncio, com algumas centenas de companheiros decididos e corajosos. Na véspera do cometimento, contudo, como possuía segura confiança em Deus, subiu ao topo de um monte e rogou a assistência divina com tamanho fervor que um anjo das alturas lhe foi enviado para confabulação de espírito a espírito.

À frente do emissário sublime, o profeta acusou o soberano, asseverando quanto sabia de oitiva e suplicando aprovação celeste ao plano de revolta renovadora.

O mensageiro anotou-lhe a sinceridade, escutou-o com paciência e esclareceu:

— “Em nome do Supremo Senhor, o projeto ficará aprovado, com uma condição. Conviverás com o rei, durante 100 dias consecutivos, em seu próprio palácio, na posição de servo humilde e fiel, e, findo esse tempo, se a tua consciência perseverar no mesmo propósito, então lhe destruirás o trono, com o nosso apoio.”

O chefe honesto aceitou a proposta e cumpriu a determinação.                                

Simples e sincero, dirigiu-se à casa real, onde sempre havia acesso aos trabalhos de limpeza e situou-se na função de apagado servidor; no entanto, tão logo se colocou a serviço do monarca, reparou que ele nunca dispunha de tempo para as menores obrigações alusivas ao gosto de viver. Levantava-se rodeado de conselheiros e ministros impertinentes, era atormentado por centenas de reclamações de hora em hora. Na qualidade de pai, era privado da ternura dos filhos; na condição de esposo, vivia distante da companheira.

Além disso, era obrigado, frequentemente, a perder o equilíbrio da saúde física, em vista de banquetes e cerimônias, excessivamente repetidos, nos quais era compelido a ouvir toda a sorte de mentiras da boca de súditos bajuladores e ingratos. Nunca dormia, nem se alimentava em horas certas e, onde estivesse, era constrangido a vigiar as próprias palavras, sendo vedada ao seu espírito qualquer expressão mais demorada de vida que não fosse o artifício a sufocar-lhe o coração.

O orientador da massa popular reconheceu que o imperante mais se assemelhava a um escravo, duramente condenado a servir sem repouso, em plena solidão espiritual, porquanto o rei não gozava nem mesmo a facilidade de cultivar a comunhão com Deus, por intermédio da prece comum.

Findo o prazo estabelecido, o profeta, radicalmente transformado, regressou ao monte para atender ao compromisso assumido, e, notando que o anjo lhe aparecia, no curso das orações, implorou-lhe misericórdia para o rei, de quem ele agora se compadecia sinceramente. Em seguida, congregou o povo e notificou a todos os companheiros de ideal que o soberano era, talvez, o homem mais torturado em todo o reino e que, ao invés da suspirada insubmissão, competia-lhes, a cada um, maior entendimento e mais trabalho construtivo, no lugar que lhes era próprio dentro do país, a fim de que o monarca, de si mesmo tão escravizado e tão desditoso, pudesse cumprir sem desastres a elevada missão de que fora investido.

E, assim, a rebeldia foi convertida em compreensão e serviço.

Judas, desapontado, parecia ensaiar alguma ponderação irreverente, mas o Mestre Divino antecipou-se a ele, falando, incisivo:

— A revolução é sempre o engano trágico daqueles que desejam arrebatar a outrem o cetro do governo. Quando cada servidor entende o dever que lhe cabe no plano da vida, não há disposição para a indisciplina, nem tempo para a insubmissão.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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Escalada

terça-feira, 21 de julho de 2020

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

Para pensar:

"A maioria dos grandes males que o homem incidiu sobre si mesmo partiram de pessoas se sentindo muito seguras a respeito de algo que, de fato, era falso.”

Bertrand Russell

Para refletir:

“Como é terrível conhecer, quando o conhecimento não favorece quem o possui.”

Sófocles

Escalada

A coluna andou registrando, nas últimas semanas, diversos comportamentos adotados pelo atual comando da Procuradoria-Geral do Município que dão margem a questionamentos a respeito de quais interesses ela representa de fato.

Citando apenas dois exemplos, podemos lembrar da sinalização de que responderia apenas a questionamentos em forma de requerimento de informações, e também da recente recusa a receber documento relacionado aos procedimentos necessários à análise das contas de 2018 do Executivo Municipal.

E, bom, era evidente que tudo isso em algum momento iria gerar consequências.

Alegações

A primeira delas ocorreu na última sexta-feira, 17, quando o vereador Professor Pierre encaminhou ofício ao Ministério Público no qual relata o que entende ser “embaraço aos atos de fiscalização” e controle externo, apontando, inclusive, que “opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de serviço” fere textualmente o artigo 11, II, da lei federal 8.429/1992.

Requerimentos

Ao fim de uma série de justificativas o parlamentar requer que seja emitida recomendação urgente ao município a fim de que este se abstenha de rejeitar recebimento direto de quaisquer documentos públicos em suas repartições, especialmente dos órgãos de controle externo; e também um pedido de imediato afastamento de Ulisses da Gama do cargo de procurador-geral do Município “em virtude de apresentar postura incondizente à probidade exigida pelo cargo, tendo em vista as condutas alheias aos princípios republicanos e da administração pública, considerando-se, ainda, o porte violador do CPC e do Código de Ética do Poder Executivo; as práticas já relatadas robustamente em demais notícias encaminhadas ao MPRJ; e a atuação sobejadamente em desacordo com o que preceitua o artigo 209 da Lei Orgânica Municipal”.

Tem mais

Está achando pesado? Pois se acomode bem na poltrona, porque a história não para por aqui.

Na manhã desta segunda-feira, 20, o gabinete do vereador Pierre tornou a remeter ofício ao Ministério Público, desta vez debruçado sobre a distinção feita pela PGM entre ofícios e requerimentos de informações, e a indicação de que não mais atenderia aos primeiros.

O parlamentar manifesta o entendimento de que a ação foi tomada com “o objetivo claro de procrastinar o acesso às informações que foram requisitadas”, “por quem deveria prover máxima transparência e publicidade”.

Aspas

“É certo de que inibir o acesso de informações públicas por esse instrumento concentra-se na tentativa de embaraçar a eficiência do ato fiscalizador, pois a Procuradoria-Geral do Município é sabedora de que questionamentos oriundos dos demais órgãos de controle externo, como o próprio parquet e o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE), tiveram como origem dados obtidos via expediente legislativo por “ofício”. Nesse sentido, atuar para o encobrimento da informação pública, a qual deve ser transparente e disposta à publicidade nos prazos legais, carrega o ato do procurador-geral do município e de seu subprocurador de gravíssimo atentado ao interesse coletivo e a vários princípios da função administrativa pública, dentre os quais, o da probidade.”

Contraponto

Como contraponto, o ofício recorda a postura bastante diversa adotada pela gestão anterior da PGM.

“Considerando, sobretudo, a política jurídica de total e irrestrita transparência que era adotada pelo anterior procurador-geral que buscou incorporar ao corpo técnico da advocacia pública deste município o princípio da máxima transparência e publicidade, que é o que se verifica com a aprovação da lei municipal 4.612/17, regulamentadora da Procuradoria-Geral do Município e de seu Fundo Especial, de iniciativa do então ex-procurador-geral, o qual também propôs a inserção de capítulo específico acerca do órgão na nova Lei Orgânica Municipal”.

Testemunho

A coluna não se furta a testemunhar a veracidade da avaliação acima, e prova disso é que mesmo em meio a eventuais discordâncias foi possível estabelecer uma relação de respeito mútuo, dado o evidente esforço da PGM de então por atuar de maneira preventiva e orientadora, preservando o interesse coletivo e buscando evitar que o Executivo atuasse além dos limites éticos e legais.

De fato, a comparação com a gestão anterior da PGM é extremamente inglória para com a atual.

Inquérito civil

Em resumo, o parlamentar alega que têm sido violados princípios da administração pública, entre os quais o da publicidade.

E, a partir disso, requer “ao parquet que adote as providências para instaurar o competente inquérito civil para apurar o indício fortíssimo de improbidade administrativa praticado, de forma livre e consciente, pelos agentes públicos envolvidos.”

Convocação

O leitor não deve estranhar, portanto, que na ordem do dia da sessão de hoje, 21, na Câmara Municipal, conste a apreciação de “convocação de agentes públicos em razão de atos que redundaram em descumprimento de decisão judicial”.

Resta, agora, ver como o plenário irá reagir à matéria.

Habitualmente a base governista defende que seja feito um convite, e, caso de recusa, que os gestores sejam convocados.

Mas, e quando o tempo é um fator crucial?

Polêmica

A determinação da bandeira vermelha para esta semana, dentro do processo de monitoramento da flexibilização da quarentena, gerou as mais diversas reações por parte da sociedade.

Umas favoráveis, outras de revolta. Algumas legítimas e sinceras, outras invariavelmente eleitoreiras e oportunistas.

Respiradores

De todo modo, a questão ampliou a relevância da transparência em relação ao aproveitamento de todos os 71 respiradores disponíveis na rede pública municipal, e a coluna publica agora o resultado do levantamento mais atualizado, realizado na manhã desta segunda-feira, 20.

Distribuição

Unidade coronariana (6); CTI I (6), CTI II (5), UTI Covid (10), Trauma Covid enfermaria (1), Semi-Intensiva Covid enfermaria (8), Centro cirúrgico (1), Isolamento (1), Trauma (4), Repouso Masculino (1), Pediatria CTU (1), Ambulância Samu, um fixo e outro para transporte (2), Ambulância Covid (1).

Subtotal: 47.

Por sua vez, no Serviço de Assistência Ventilatório estão distribuídos outros 24, da seguinte forma: Transporte (sete disponíveis), Leito (seis de backup / disponíveis), Manutenção (11).

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Vivas para a Marisa

terça-feira, 21 de julho de 2020

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Vivas para a Marisa

Quem passou o último sábado, 18, recebendo abraços, beijos e manifestações de carinhos de familiares e muitos amigos, foi a simpática empresária do ramo hoteleiro Marisa Dominguez, na foto muito bem acompanhada o marido e grande amigo deste colunista, Alexandre Guerreiro.

Para a querida Marisa, renovadas congratulações com votos de mais felicidades, sucessos e tudo de bom que ela bem merece.

Encontro só em 2021

Entre as muitas decisões e reposicionamentos que se fizeram necessários frente a pandemia do coronavírus, mais uma situação acaba de ser adotada.

Depois de quatro décadas com eventos ininterruptos anualmente, a Associação João Erthal, anuncia que infelizmente não poderá ser realizado em setembro próximo, como estava programado, o 42º Encontro da Família Erthal.

Diante deste quadro, o presidente do 42º Encontro, Milton Erthal Júnior e a presidente da Associação João Erthal, Beatriz Erthal Alves, confirmam que o evento deste ano foi adiado para dia 25 de setembro de 2021.

Aniversários bem marcantes

Além de esbanjar charme e beleza, as queridas irmãs aniversariantes que aparecem aí na foto, Thais Pistila e Vanessa Pistila de Abreu Rohem, que completaram no último domingo, 19, respectivamente 34 e 32 anos, compartilham duas históricas alegrias.

No dia em que Thais comemorava 2 aninhos de idade, para surpresa da mamãe Eliane, a Vanessa nasceu enquanto era realizada a festinha de aniversário da Thais, enchendo a família de felicidade. E vejam só que alegre consciência: uma ganhou uma irmã de presente e a outra, teve o que é incomum, uma festa de nascimento.

Em dose dupla de contentamentos dos pais Eliane e Gérson, André e Mirella (esposo e filha de Thais) e Matheus, Rebecca e Levi (esposo e filhos de Vanessa), nossos parabéns também às amáveis aniversariantes.

Bazar é adiado

A Casa Madre Roselli, uma das mais admiradas entidades assistenciais de Nova Friburgo, fundada pelas Irmãs Dorotéias em 1952 e que desde 2012 é dirigida por leigos católicos voluntários de Nova Friburgo, assiste a dezenas de meninas carentes e também nesta época, tem prestado apoio aos seus familiares.

Para ajudar a reforçar suas ações, a Casa Madre Roselli previa inaugurar nesta segunda-feira, 20, o seu Bazar do Casarão, mas devido à pandemia e a adoção da bandeira vermelha no município, teve que adiar a abertura da obra social que quando houver condições, irá funcionar de segunda à sexta-feira, das 12h às 16h30.

Com idade nova

Quem está com nova idade desde a última sexta-feira, 17, o garotão Brayan Amaral Tardem, que comemorou seus 4 aninhos. Aí na foto ele aparece junto aos pais Roberto e Diana.

Ao querido Brayan, assim como aos seus pais e familiares, nossos cumprimentos e votos de muitas felicidades.

Dor pela Danielle

Os renovados sentimentos deste colunista ao amigo José Luiz Paixão, pela trágica morte no último sábado, 18, em um trágico acidente numa cachoeira de Trajano de Moraes, de sua linda filha, a advogada e funcionária da Polícia Civil, Danielle da Costa Paixão.

Dani, como carinhosamente era chamada por familiares e colegas de trabalho estaria completando justamente hoje, 21, 36 anos de idade.  Condolências à família e descanse em paz, Danielle.

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Onde está teu irmão? (Gn 4,9)

terça-feira, 21 de julho de 2020

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

*Padre Aurecir Martins de Melo Júnior

A reconstrução de uma realidade pós-pandemia é um dos assuntos mais discutidos nos últimos dias. Contudo, parece que a realização desta expectativa está cada vez mais distante.

Estamos inseridos numa atmosfera de dor e incerteza que abala nossa esperança, enche nosso coração de angústia e alimenta em nós o questionamento: Como faremos para superar esta situação que nos sobreveio de repente e levar em frente nossa vida?

Na semana passada, refletimos sobre o que podemos aprender com esta situação complexa e dolorosa. Sem dúvida, o impacto de tudo o que está acontecendo, as graves consequências que se descortinam e se vislumbram, a dor e o luto por nossos seres queridos nos desorientam, entristecem e paralisam. Mas, ao mesmo tempo, nos provocam a tomar as rédeas da situação e começar uma nova etapa na história da humanidade.

Não podemos sepultar a esperança, é preciso fortalecê-la pela realização de nossas práticas pessoais e sociais de justiça, caridade e solidariedade. Como uma pequena porção de fermento leveda toda a massa (cf. Mc 8, 14 -21), toda atitude é, na verdade, um passo em direção ao futuro.

Todas as vezes que saímos de nossa comodidade e caminhamos ao encontro das dores e angústias das pessoas vulneráveis e anciãs que atravessam a quarentena na mais absoluta solidão, quando de alguma forma ajudamos as famílias que não sabem como colocarão um prato de comida sobre a mesa, e tantas outras formas que poderíamos enumerar, concretizamos um encontro condolente com nosso semelhante.

A Pontifícia Academia para a Vida em nota reflete: “A pandemia de Covid-19 nos coloca numa situação de dificuldade sem precedentes, dramática e global: a sua força de desestabilização do nosso projeto de vida cresce a cada dia. Estamos vivendo um paradoxo que nunca teríamos imaginado: para sobreviver à doença, devemos nos isolar uns dos outros, e vivendo assim, percebemos que viver com os outros é essencial para a nossa vida” (30 mar. 2020).

Somos todos responsáveis! Mais uma vez se comprova que não há lugar para o egoísmo no futuro da humanidade. Aquele que escreve sua história dando as costas ao sofrimento dos irmãos e excluindo-se da responsabilidade na construção de um futuro melhor, fere a essência da comunidade.

No panorama atual, podemos perceber o quanto isso atinge a nós. O isolamento (afastamento) social é a principal, se não a única, arma que temos no momento para combater a contaminação pelo coronavírus. Sobre este tema, advertiu o Santo Padre: “Cada ação individual não é uma ação isolada, para o bem ou para o mal, ela tem consequências para os demais, porque todo está conectado em nossa casa comum; e se as autoridades sanitárias ordenam o confinamento nos lugares, é o povo que o faz possível, consciente de sua corresponsabilidade para frear a pandemia” (Papa Francisco, Un plan para ressuscitar, 14 abr. 2020).

Assim, se agimos como um só povo podemos pôr fim não só a esta crise que vivemos, mas a tantas outras epidemias que massacram a humanidade. Do simples uso de máscara de proteção ao voto consciente, assumimos que somos corresponsáveis e protagonistas na tarefa de tornar possível um novo mundo.

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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No fascínio dos temas, A VOZ DA SERRA é o nosso melhor amigo!

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo.

Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo. Contudo, a trova está muito honrada, como se vê nas declarações: “Nesse turbilhão de transformações, onde tudo muda a cada instante, nossa trova se engalana, vestindo o orgulho de tanto prestígio em A VOZ DA SERRA...”. Sem possibilidade de uma festa para 2020, “vestimos traje de gala no Caderno Z”!

Fazendo parte dos “Quatro As” que apoiaram a criação dos Jogos Florais, a celebração nas páginas do jornal é mais uma prova de que A VOZ DA SERRA faz parte das seis décadas de história da trova em Nova Friburgo. Os trovadores que ilustram o caderno com suas mensagens dão provas também do amor que sentem pela “Meca dos Trovadores”. Os inesquecíveis, imortais, quanta saudade! A exibição de algumas trovas vencedoras, tudo lindo, maravilhoso! E até uma “oficina” com as artimanhas da trova, que pode até ser um desafio, mas, é um bom investimento para a elasticidade da mente.

Deixamos o Caderno Z e já com saudade de sua leitura. Mas, em compensação, somos apresentados a algo muito interessante: “Tecidos de cera de abelha”, ideais para a substituição das embalagens plásticas. A produtora dos tecidos em Nova Friburgo, Maribel Albreschtt, explica que “basta usar a temperatura das mãos para moldar qualquer tipo de embalagem, como cobrir potes sem tampas, pães, queijos, legumes, frutas e verduras”. O tecido ainda tem a vantagem de ser lavável para reutilização. Sensacional!

Em “Esportes”, Jhennifer Alves comenta sobre o cancelamento do Campeonato Interclubes de Natação em virtude da pandemia: “Para nós é um alívio, sim, em meio a tudo o que estamos passando. Começar uma olimpíada dentro da data prevista seria muito ruim. Eu, por exemplo, já estou dentro de casa há uma semana, e para nós, nadadores, é algo muito ruim”. A Meia Maratona Internacional do Rio 2020 também foi cancelada.

Uma reportagem maravilhosa! É assim que me refiro ao brilhantismo da matéria sobre o Colégio Anchieta – “Uma conexão histórica”. Nosso colega Fernando Moreira conversou com o reitor do Anchieta, padre Luiz Monnerat, o protagonista da façanha de encontrar cinco corações de prata, datados de 1903 e 1904. No interior de um deles, padre Toninho achou um papel com o nome de 69 alunos. Achou também uma mensagem escrita pelo reitor da época, em agradecimento ao “amabilíssimo Jesus” por ter concedido a graça de preservar os alunos da epidemia da varíola. Uma verdadeira joia de achado!

Depois de haver liberado até as atividades de turismo na cidade, com o aumento  para 822 infectados por coronavírus e 50 mortes por Covid-19, Nova Friburgo entra no estágio da bandeira vermelha. O avanço da pandemia por aqui causa insegurança e ainda assim, tem gente com dificuldade de cumprir as medidas restritivas. Pois se não vai por bem, que vá por mal com o fechamento do comércio e outras proibições de funcionamento que já estavam liberadas. É isso que dá, pois não saber cumprir regras atrasa todo o processo para o “novo normal”. A máxima de Alexander Pope, em Massimo é oportuna: “Algumas pessoas nunca aprendem nada, porque entendem tudo muito depressa.”.

Nesta segunda-feira, 20, foi celebrado o Dia do Amigo. Guilherme Alt mandou bem na matéria sobre os encontros virtuais com “maquiagem, drinks e até roupas de sair”. Foi então que me toquei na expressão “roupas de sair”, e pensei nas minhas roupas nos cabides do closet. Coitadas, elas precisam pegar sol. Acho que nem sei mais me “arrumar” para sair. Entretanto, se “amigo é coisa pra se guardar...”, vamos guardá-lo no coração. Em caso de um encontro,  na sugestão de Silvério, siga a charge: uma boa cotuvelada é o suficiente. O mais fica para depois! No momento, preservar uma amizade é mantê-la distante.

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Entre palavras e geringonças

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

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Ninguém gosta de ser tomado pelo inesperado, que não tem a formalidade de chegar sem ironia. Sem avisos, costuma vir com abre-alas, cortejos e alegorias.

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Ah, pobre de todos nós que necessitamos do computador para escrever. Somos dependentes desta geringonça, que, repentinamente, fecha a cara e resolve não funcionar. Quem é amante das letras, dificilmente tem facilidade com máquinas. Como também, tais artefatos não se preocupam com escritores, apesar de precisarem deles para ganhar espaço no mundo. Afinal de contas, quem escreve seus manuais, artigos para a mídia e outros textos importantes para a sua divulgação?

As palavras têm longevidade, versatilidade e são viajantes. Vestem-se com os mais variados figurinos e são enfeitadas com adereços inéditos, uma vez que os escritores, por serem perfeccionistas e gostarem de autenticidade, precisam até inventá-las para melhor expressarem o que pensam. Já as máquinas vivem por tempos reduzidos, rapidamente são superadas por outras mais modernas. Com toda essa pequenez de valor, são de tamanho imenso diante de uma simples palavra, sempre carregada de sentidos. Ora pois sim!, uma palavra não precisa de vitrines, nem de anúncios para mostrar o seu poder. Basta ser lida ou mesmo dita em voz baixa. Tem a humildade dos heróis.  

Por muitas razões, acredito que palavras e geringonças nunca vão se entender bem, apesar de uma depender da outra. O escritor sempre se alimentou de palavras, e, por determinação da modernidade, deixou-se enlaçar pela tecnologia. Ah, sem ela, hoje, reconheço, não teria como sobreviver. Charles Chaplin sabia muito bem disso!, ao ser engolido por uma máquina no filme Tempos Modernos, que sabiamente escreveu e produziu. Ele criou uma metáfora que mostrou o que iria acontecer com a humanidade nas próximas anos, previsão confirmada pelo astrônomo Marcele Geiser, que considerou que as máquinas fazem parte, cada vez mais, do corpo humano, completando-o ao engrandecer ou recuperar suas capacidades.

 Os computadores, para os escritores, são prolongamentos mecânicos das mãos, substituindo-as no ato de escrever; da memória, guardando produções, ideias e projetos; da comunicação, facilitando a interação com o mundo; da pesquisa, possibilitando o acesso com as mais diferentes fontes de informação. É uma relação que por tanto ampliar as oportunidades de realização e de diálogo, que se transformou em objeto pessoal e intransferível.

Há ainda outra questão essencial. Há escritores que perderam o hábito de escrever com as mãos e precisam recuperá-lo para elaborarem seus textos. Assim, tudo se torna caótico quando esta máquina fecha a cara. Emburra.

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Amigo leitor, esta coluna me é um desabafo. Mesmo chamando meu computador de geringonça tecnológica, estou numa tristeza sem dó porque está velho e fez parte da minha vida por um longo tempo. Ele é meu amigo. Vou fazer de tudo para recuperá-lo. Mas se não for possível, vou guarda-lo como um companheiro até nas horas de solidão.

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