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Aniversário com alegrias em BH

terça-feira, 28 de julho de 2020

Aniversário com alegrias em BH

Hoje, 28, o dia certamente vai transcorrer com muitas alegrias contagiando amigos e familiares e unindo as cidades de Nova Friburgo e a alterosa capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.

É que a querida Marly Azevedo que reside aqui em Nova Friburgo com o maridão Fernando, está comemorando seu aniversário em BH, em companhia de seus parentes, entre as quais, a filha Mariana que aparece na foto com os pais. Parabéns e felicidades para a Marly e família.

Dia de parabéns

Aniversário com alegrias em BH

Hoje, 28, o dia certamente vai transcorrer com muitas alegrias contagiando amigos e familiares e unindo as cidades de Nova Friburgo e a alterosa capital de Minas Gerais, Belo Horizonte.

É que a querida Marly Azevedo que reside aqui em Nova Friburgo com o maridão Fernando, está comemorando seu aniversário em BH, em companhia de seus parentes, entre as quais, a filha Mariana que aparece na foto com os pais. Parabéns e felicidades para a Marly e família.

Dia de parabéns

No último sábado, 25, minha querida irmã Márcia Eliete Dias Ivan completou mais um aniversário, comemorando a data com o Carlinhos, seu filho André, nora Thaís, neta Mirella e distante dos olhos, mas sempre junto do coração, a filha Lília, genro Paul e netos Bella e Noah que se encontram na Austrália.

Nesta ocasião, quem também se dá bem é a linda neta da aniversariante, a princesinha Mirella, que pode encher de carinhos duplamente as vovós Márcia e Eliana Pistila  de Abreu, que reside em Rio das Ostras, que também aniversariou no sábado, 25. A comemoração se estendeu ao domingo, 26, já que neste dia é celebrado o Dia das Avós.

Nova idade no sábado

No próximo sábado, 1° de agosto, o dia será de alegrias a mais e especiais no lar do simpático casal Camila e Robson. Isso, porque a filhinha do casal, Yasmin Ferran Fernandes, esta linda princesinha da foto, estará completando seu 4° aninho para felicidade também de todos os demais familiares.

Parabéns à fofíssima Yasmin e seus familiares.

Reencontros nos clubes

Finalmente os sócios dos clubes de nossa cidade, que estavam com saudades das atividades e de seus amigos, têm hoje, 28, uma data importante como dia de reencontros.

Em cumprimento ao decreto municipal 645 do último dia 23, os clubes de nossa cidade retomam com suas atividades, especialmente a caminhadas, restaurantes, bares e lanchonetes para seus quadros sociais, vedada é claro, as aglomerações, assim como necessário é o cumprimento ao regramento sanitário e prevenções básicas que estão cientes.

Na SEF, por exemplo, a querida Jacque Nogueira arrendatária do bar daquele clube, já está preparada com sua equipe para receber os sócios.

Bazar

Semana passada esta coluna informou sobre o Bazar do Casarão da Casa Madre Roselli que ainda estava aguardando aval da prefeitura para poder abrir ao público, naturalmente com uso de máscaras, álcool e distanciamento físico de dois metros.

Assim e seguindo as regras de flexibilização da prefeitura, aquele imperdível bazar, com um gostinho especial também de poder ajudar substancialmente aquela maravilhosa instituição beneficente, está funcionando a plena carga, de segunda a sexta-feira das 12 às 16h.

O bazar está maravilhoso e merece ser visitado para ótimas aquisições. Quem não desejar ou precisar comprar nada, pode também ajudar de forma muito importante, fazendo doações que podem ser de pares de meias até móveis ou de uma colher até bijuterias e tudo mais.

Toda a arrecadação deste bazar, é para manter aquela casa que assiste diversas meninas carentes de 6 a 12 anos e suas famílias também. Por isso, todos estão convidados a comparecer ao Casarão da Casa Madre Roselli que fica na Rua General Osório, 226, no centro de Nova Friburgo.

Dia especial

Não é a primeira vez que esta coluna afirma, que existem datas comemorativas para tudo. Assim como no último domingo, 26, foi o Dia dos Avós; hoje, 28, é o Dia do Agricultor; na próxima sexta-feira, 31, comemora-se uma data senão tão estranha, no mínimo inusitada.

É o Dia do Orgasmo.

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    Níver com alegrias em BH: Marly Azevedo com esposo Fernando e filha Mariana

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    Nova idade no sábado: Yasmin

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Civilização do amor

terça-feira, 28 de julho de 2020

Na última semana, refletimos sobre o princípio da corresponsabilidade, própria da vida em sociedade. Cada ação e/ou decisão, por mais íntima e pessoal que seja, sempre repercute em toda a comunidade. O Papa Francisco, insistidas vezes, fala sobre a necessidade que a humanidade tem de cultivar os anticorpos da justiça, da caridade e da solidariedade. “A globalização da indiferença seguirá ameaçando e tentando nosso caminhar.

Na última semana, refletimos sobre o princípio da corresponsabilidade, própria da vida em sociedade. Cada ação e/ou decisão, por mais íntima e pessoal que seja, sempre repercute em toda a comunidade. O Papa Francisco, insistidas vezes, fala sobre a necessidade que a humanidade tem de cultivar os anticorpos da justiça, da caridade e da solidariedade. “A globalização da indiferença seguirá ameaçando e tentando nosso caminhar. Não tenhamos medo de viver a alternativa da civilização do amor, que é uma civilização da esperança: contra a angústia e o medo, a tristeza e o desalento, a passividade e o cansaço” (20 de abril de 2020).

A construção da civilização do amor é uma tarefa cotidiana, ininterrupta, fruto de um esforço comprometido de todos, de uma comprometida comunidade de irmãos. A expressão ‘Civilização do amor’ foi cunhada em 1970, pelo então pontífice, São Paulo VI, na ocasião da Solenidade de Pentecostes. Evocando a superação das divisões e dos conflitos entre as pessoas e povos, fruto da ação do Espírito Santo, o Papa conclamou toda a humanidade ao compromisso de continuidade da realização de um mundo de justiça e paz.

Somos todos responsáveis por zelar pelo bem comum e por uma vida de mais respeito, dedicação, doação e amor. Ninguém pode isentar-se. Todas as instituições devem evoluir para algo melhor, buscando novos pensamentos, novas culturas, em vista de uma convivência fraterna, caritativa e solidária.

“Não será o ódio, nem a contenda, nem a avareza e seu discurso, mas o amor. O amor que gera amor, o amor do homem pelo homem, não por qualquer interesse provisório e equívoco, ou por qualquer condescendência amarga e mal tolerada. Mas amor a Cristo encontrado no sofrimento e na necessidade de cada um de nossos semelhantes” (São Paulo VI, 25 dez 1975).

A meta da civilização do amor prevalece nas lutas sociais pelo bem comum e pela dignidade humana. E ela será alcançada na sonhada transfiguração da humanidade. Precisamos retomar corajosamente com urgência e alegria nosso lugar nesta jornada.

Outro pontífice que defendeu o imperativo da civilização do amor foi São João Paulo II. Na celebração do Dia Mundial da Paz, o papa polonês advertiu que “o amor deverá animar todos os setores da vida humana, estendendo-se também à ordem internacional. Só uma humanidade onde reine a civilização do amor poderá gozar duma paz autêntica e duradoura (1º de janeiro de 2004).

Diante da pandemia de Covid-19, ficamos estarrecidos ao perceber o quanto a humanidade tem deixado de lado o projeto da civilização do amor. Infelizmente, o cuidado para com os outros está submetido ao lucro e aos interesses ideológicos ou pessoais.

É preciso resgatar o respeito entre os iguais. Não podemos mais permitir que vidas humanas sejam subjugadas. A crise na saúde e na educação, a desmoralização da dignidade da pessoa humana pelo uso indevido do dinheiro público ou as injustiças causadas pelo abuso de poder devem cessar.

A civilização do amor, fomentada pelos anticorpos da solidariedade, caridade e justiça, só deixará de ser uma utopia se, no uso de nossos direitos e no cumprimento de nossos deveres, agirmos como indivíduos que fazem a diferença pensando em todos, e não somente em nossos próprios interesses.

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

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O mais notável dos equilibristas

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Suponho que os poetas, repentinamente, sejam tomados pelos mais arrebatadores sentimentos ante os mínimos detalhes, não mais do que pormenores que compõem uma situação, não percebidos pela maioria das pessoas, como o orvalho que escorrega na folha da árvore e cai na calçada de cimento. Mas para o poeta, são de tal forma evidentes que passam a ocupar posição de destaque no ambiente, tornando-se relevantes ao mais simples olhar. Por ter tamanha sensibilidade, o compositor de versos não precisa de lentes de aumento, apenas de sentir-se vivo. Acordado.

Suponho que os poetas, repentinamente, sejam tomados pelos mais arrebatadores sentimentos ante os mínimos detalhes, não mais do que pormenores que compõem uma situação, não percebidos pela maioria das pessoas, como o orvalho que escorrega na folha da árvore e cai na calçada de cimento. Mas para o poeta, são de tal forma evidentes que passam a ocupar posição de destaque no ambiente, tornando-se relevantes ao mais simples olhar. Por ter tamanha sensibilidade, o compositor de versos não precisa de lentes de aumento, apenas de sentir-se vivo. Acordado. Às vezes, num relance, é capaz de perceber a totalidade de uma emoção ou de uma dor, que seja até mesmo de um ser bruto, como a montanha, que, para ele, chora ao ser queimada e sorri quando a chuva umedece sua mata. É a pessoa que têm inteireza para vivenciar os momentos, sendo reativos aos mais triviais acontecimentos. Sua alma brota em seus poros como uma energia divina, carregada de sabedoria infinita. 

Mas se todos fossem poetas? Se habitassem em cada esquina, como seria a vida? Acredito que a essência das pessoas seria mais bem considerada. Ou será que haveria uma população de alienados? Afinal de contas, o mundo está calcado em cifras, não há como relutar contra esta premissa. É soberana. Já cheguei até a escutar que o dinheiro é tão essencial quanto o oxigênio. O que se faz sem moedas nos bancos e nos bolsos? Sem dinheiro, realmente, nada se faz. Mas sem poesia tudo continua a fluir. Esta constatação me é sinistra. Pior. O poeta não sobrevive da sua poesia! Precisa trabalhar para pagar suas contas, gastos quotidianos e realizar sonhos. Ah, ele mais sabe olhar para dentro de si e penetrar na alma de outro do que para a materialidade do mundo exterior. Que mais goste de ler do que lidar com os números dos extratos bancários.

Reinner Maria Rilke considerou que os fatos não são tão compreensíveis e explicados como se acredita, que, a qualquer momento, podem fugir às regras e tornarem-se tão extraordinários e assombrosos, que é impossível de serem descritos através de palavras. Mas, penso, que o poeta, com seus olhos de lince, consegue encontrar a palavra que penetre e desvele o mistério contido no que é silencioso e invisível em todo acontecer. Ferreira Gullar sabia disso. Catherine Beltrão também, nossa poeta, friburguense de coração.

Catherine, espantosamente, viajou dos números para as letras, dos cálculos para a poesia. Tornou-se irresistível à paixão de poetar, de vicejar com ternura e amargura sobre os momentos da vida, encontrando palavras para tocar a tênue linha entre a arte e a realidade. Transformou-se em mais uma notável equilibrista. 

Eis, então, um toque da nossa Catherine.

 

SEM PRESSA

As nuvens são eternas 

E neutras.

Sem pressa, 

Vou me esquecendo de um sorriso.

Sem pressa, 

Vou me desfazendo em ideias.

Incrível minha solidão

Passar por momentos

De tanta insensatez.

Não é que eu queira adiar

Tristezas...

Sei que o vento da noite

Anda precisando de mim.

E eu, que só preciso

De um sopro...

O contato constante

Entre pensamentos

Me provoca um cansaço total.

Imensa é a imobilidade

Deste instante.

Sem pressa, 

Pressinto e percebo

Que até o equilíbrio se consome.

 

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Novos leitos?

sábado, 25 de julho de 2020

Para pensar:

"A falta de perdão é como lixo interno.”

Monsenhor Jonas Abib

Para refletir:

“É aquilo que pensamos conhecer que nos impede de aprender.”

Claude Bernard

Novos leitos?

O início do processo de flexibilização da quarentena viu repetir em Nova Friburgo a mesma escalada no número de casos de Covid-19 observada em outras cidades brasileiras de porte e clima parecidos.

Para pensar:

"A falta de perdão é como lixo interno.”

Monsenhor Jonas Abib

Para refletir:

“É aquilo que pensamos conhecer que nos impede de aprender.”

Claude Bernard

Novos leitos?

O início do processo de flexibilização da quarentena viu repetir em Nova Friburgo a mesma escalada no número de casos de Covid-19 observada em outras cidades brasileiras de porte e clima parecidos.

E deixou duas coisas bastante claras: 1) precisamos de mais leitos de CTI reservados para o tratamento da doença; 2) o gigantesco volume de recursos desperdiçados pelos governos em suas três esferas estão fazendo muita falta neste momento em que a sociedade deveria estar recebendo todo o suporte necessário para se proteger da melhor forma possível, em vez de ter de se arriscar por absoluta falta de opção.

Agora vai?

Em relação ao segundo ponto não há nada a se fazer além de lembrar que quem desvia ou desperdiça recursos públicos tem sangue nas mãos, e esperar que a Justiça tenha cada vez mais êxito em sua luta para reaver ao menos parte desses recursos.

Já em relação à primeira observação o caso é diferente, e esta coluna foi escrita na iminência de um anúncio que possivelmente já terá sido feito quando esta edição estiver nas ruas.

Parceria

A questão é a seguinte: desde a noite de quinta-feira, 23, a coluna está de sobreaviso em relação à confirmação de que o governo estadual irá fornecer os recursos humanos necessários para a operacionalização de dez novos leitos de CTI temporários para o tratamento da Covid-19 no Hospital Municipal Raul Sertã.

E isso, claro, pode gerar inúmeras repercussões em diversas frentes para nossa cidade, desde a ampliação da margem para a flexibilização até a diminuição da probabilidade de que o hospital de campanha chegue a funcionar em algum momento.

Iminente

De fato, já existe um processo seletivo em andamento para o preenchimento das vagas necessárias ao funcionamento desses leitos, e inclusive os valores divulgados para enfermeiro, enfermeiro diarista, técnico em enfermagem, técnico em enfermagem diarista e fisioterapeuta têm sido motivo de alguma agitação entre os funcionários efetivos, justamente por serem mais altos do que aqueles praticados nos vínculos municipais.

A duração inicial do contrato, todavia, é de apenas 30 dias, embora seja razoável imaginar que serão prorrogados ao menos uma vez.

Detalhes

Nos valores ofertados já estão inclusos vale alimentação, passagem e adicional insalubridade e noturno.

O regime de contratação é por RPA, e informações preliminares dão conta de que interessados deverão comparecer ao Colégio Jamil El Jaick, das 10h às 18h munidos de cópias do currículo atualizado, da carteira do conselho de classe, e da carteira do trabalho (somente página do contrato de trabalho).

Oferta e demanda

A esse respeito, existe outra questão no mínimo curiosa.

A coluna tem informações de que diversos profissionais de saúde em Nova Friburgo têm sido pagos há alguns meses por trabalhos que jamais chegaram a ser realizados no hospital de campanha.

E alguns destes profissionais, vejam só, têm questionado por aí se irão receber 13º e férias proporcionais a esse período!

Ora, ora, perguntar não ofende: não seria então o caso de aproveitar esse pessoal (ou parte dele) para a atuação nestes dez leitos?

Paternidade

Naturalmente, em ano eleitoral a paternidade de cada um destes leitos - se é que serão mesmo inaugurados, uma vez que a credibilidade do governo estadual inspira prudência - será disputada a tapa entre pré-candidatos a cargos eletivos.

Aos leitores da coluna, contudo, o Massimo pode informar que a notícia, tão logo seja confirmada, é tributária de articulação realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, com participação paralela e importante da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva Núcleo Nova Friburgo, na pessoa da promotora de Justiça Cláudia Canto Condack.

Justiça

A rigor, a Promotoria de Justiça tem um procedimento de acompanhamento das ações de enfrentamento à pandemia, e nele encaminhou à Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo a portaria 1802, do Ministério da Saúde, que autorizou incentivo financeiro a estados e municípios para habilitação provisória de novos leitos para atendimento a pacientes Covid.

Em resposta a mensagem enviada pela coluna, a Promotoria frisa que ainda não recebeu confirmação do convênio, mas que o protagonismo é do Município de Nova Friburgo e da Secretaria de Estado de Saúde.

“Temos apenas buscado subsidiar com as alternativas legais possíveis para resguardar o atendimento à população.”

Orgulho

A defensora pública Rachel Gonçalves Silva, que adotou a cidade de Nova Friburgo como sua cidade do coração e atualmente atua em Saquarema, está lançando seu primeiro livro.

E o faz em grande estilo.

Ao lado de Maurílio Casas Maia, defensor público no Amazonas, e sob a coordenação de Marcos Vinícius Manso Lopes Gomes, defensor público em São Paulo, ela assina o volume dedicado ao Direito Processual Penal da coleção publicada pela Editora SaraivaJur com vistas a orientar quem deseja prestar concurso para a Defensoria Pública, e também para quem advoga na área criminal.

Mais detalhes

A obra se debruça sobre a primeira parte do Direito Processo Penal, passeando por tópicos como os princípios do processo penal, prova penal, direitos humanos, delação premiada, investigação, seguindo até o interrogatório.

Tudo isso em conexão com tudo o que tem sido cobrado nos editais do concurso espalhados pelo Brasil inteiro, e já atualizado em relação ao pacote anticrime e às ações referentes ao combate à Covid-19.

Trata-se, portanto, de uma obra de excelência, condizente com a competência e o comprometimento de uma friburguense de coração que é muito, muito especial.

 

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Grandes indústrias investem em Friburgo

sábado, 25 de julho de 2020

Edição de 25 e 26 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

Edição de 25 e 26 de julho de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchete:

  • Novos investimentos da Torrington e Ingersoll-Rand - O sr. William Wearly, presidente do Conselho de Administração da Ingersoll-Rand Company, empresa sediada no Estados Unidos e que mantém fábricas subsidiárias, filiais e representantes em mais de cem países, esteve em Nova Friburgo. A vinda de Wearly,  acompanhado do vice-presidente executivo da organização, David Garfield, e do gerente geral para a América Latina, Norman Zehr, teve como objetivo verificar e coordenar planos de expansão da Torrington do Brasil S.A. Indústria e Comércio, instalada em Olaria. 
    A Ingersoll-Rand através de suas empresas associadas e subsidiárias é líder mundial na fabricação de equipamentos a ar comprimido, de mineração e construção, equipamentos e ferramentas pneumáticas, rolamentos de todos os tipos, ferramentas manuais, agulhas para máquinas de malhas e meias, agulhas para máquinas de costura, agulhas para cirurgião, especiaIidades metálicas e máquinas especiais.
    Para permitir uma visão mais completa da economia nacional, o sr. William Wearly, durante sua visita realizou várias entrevistas com dirigentes industriais e financeiros, recebendo inclusive integral apoio para novos investimentos no Brasil, por parte do Ministério da Indústria e Comércio. Como resultado imediato de sua visita, a fábrica da Torrington em Nova Friburgo vai receber as mais modernas máquinas existentes no mercado mundial para a fabricação de agulhas de lingueta para máquinas de malhas e meias, o que permitirá, inclusive, o aumento de suas exportações que já atinge a cerca de 30% de suas vendas. Esse investimento inicial de US$ 1.200.000,00 é, porém, apenas uma pequena parcela do total que a Torrington e a Ingersoll-Rand pretendem investir no nosso país nos próximos cinco anos.                                                                                             
  • Reunião do MDB - A comissão executiva do MDB de Friburgo tem estado em reunião permanente, apreciando assuntos de interesse partidário e relacionado com a futura eleição. Conforme convocação do presidente, o diretório municipal se reúne na Câmara para apreciar matéria urgente, inclusive, a convocação da convenção municipal.
  • Mário Antônio Thurler - A arena local apresentou ao diretório regional o radialista e atual chefe do gabinete do secretário Raphael Jaccoud, Mário Antonio Thurler para concorrer à deputação estadual. Trata-se de um jovem que sempre se distinguiu na comunidade por dotes de inteligência e contínuas afirmações de zelo partidário, merecendo, portanto a honra da indicação.
  • Presidente Médici vai escolher quem será o vice-governador do Rio - O futuro governador do Estado do Rio de Janeiro, o atual deputado Raimundo Padilha, declarou que também o novo vice-governador será apontado pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, desmentindo que tivesse apresentado ao mesmo uma relação de postulantes a seu companheiro de chapa.

Pílulas:

  • Desmentindo a existência de qualquer pressão política no país, o ministro da Justiça disse que as eleições correrão livres e democraticamente e representarão a vontade suprema popular, pois não há “cassações brancas ou vetos por parte do Governo Federal”. Se assim acontecer, ótimo!
  • Até o dia 5 de agosto, ficará esclarecido o programa das candidaturas locais do MDB. Tudo indica que o partido concorra com uma legenda e duas sublegendas para prefeito e vice-prefeito. Os nomes estão prestes a surgir oficialmente, embora extra oficialmente os redutos políticos conheçam, perfeitamente, as pessoas cogitadas e já consultadas. Na Assembléia, três nomes foram aprovados: Waldir Costa, dr. Paulo Azevedo e João Batista da Silva.
  • Por culpa da burocracia nos altos escalões do Serviço Autônomo de Água e Esgotos, as obras do novo sistema de abastecimento sofreram atraso. É de admirar-se que o prefeito Amâncio Azevedo não tenha ainda dado público as razões disso, cujas consequências  recaem sobre o seu governo. Lançamos então uma campanha para encampação da Autarquia da Água, por parte da municipalidade, terminando de uma vez por todas com as constantes reclamações sobre os seus serviços.  

Sociais:

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Henrique Malheiros (25); Edith Cardinalli, Paulo Braune (26); Edson Roberto Tavares (27); Aurora Ventura Fernandes, Madre Lúcia Braune (28); José Antonio Alves (29); Jorge Luiz Tavares (30); Humberto de Moraes (31) e Maria Weidauer (1º de agosto).

 

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Hora de crescer

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Para pensar:
"Na política, e em certos aspectos, os mortos governam os vivos...”
Ulisses Guimarães

Para refletir:
“Uma criança só pode aprender quando se nutre, quando come, e não quando está cheia de parasitas.”
Leonel Brizola

Hora de crescer

A maldição de quem acompanha a política com proximidade demais por tempo suficiente é ver os ciclos viciosos se repetirem ao longo do tempo - e pior: das gerações.

Para pensar:
"Na política, e em certos aspectos, os mortos governam os vivos...”
Ulisses Guimarães

Para refletir:
“Uma criança só pode aprender quando se nutre, quando come, e não quando está cheia de parasitas.”
Leonel Brizola

Hora de crescer

A maldição de quem acompanha a política com proximidade demais por tempo suficiente é ver os ciclos viciosos se repetirem ao longo do tempo - e pior: das gerações.

É ver que muitos dos jovens que entram para a política o fazem por motivações erradas, e a prova maior de que têm consciência disso é que escondem essas mesmas motivações, cometendo logo no início de suas respectivas carreiras o pior dos pecados na administração pública: perder o respeito pela inteligência do eleitor.

O populismo, afinal de contas, é essencialmente isso.

Rasteiro

Infelizmente temos visto demais isso por aqui.

Políticos que fazem das próprias assessorias um espaço para a bajulação, para estimular e explorar o comportamento de manada.

Políticos que comprometem os respectivos mandatos em troca de influência, do poder de indicar apadrinhados e construir um capital eleitoral baseado na manutenção de empregos e privilégios, isso quando a dinâmica não envolve também algum sucedâneo das famosas “rachadinhas”.

Apelação

Quem cruza esse limite e se dispõe a distanciar o próprio discurso daquilo de que fato planeja fazer, fatalmente cai no estereótipo.

Critica levianamente mesmo sabendo que suas palavras muitas vezes são injustas, se apropria de capital político alheio de maneira desavergonhada, faz promessas que sabe que não irá cumprir.

Nesse momento de pré-campanha, temos visto demais esse tipo de comportamento rasteiro aqui em Nova Friburgo.

Tem muito pré-candidato sem a menor vergonha de apelar a todo tipo de expediente.

Reagindo mal

O problema não seria tão grande se o eleitor respondesse a tais atitudes de maneira apropriada.

Se não estivesse disposto a aplaudir, a idolatrar, a vender ou trocar votos, a brigar com amigos e familiares em defesa de quem não os respeita.

A esses, não custa lembrar que eleitor amadurecido torce a favor de qualquer político eleito, tendo votado nele(a) ou não. Mas o fato de torcer a favor não impede de cobrar e questionar insistentemente, quer tenha votado ou não em quem se elegeu.

Covardia

Da mesma forma, o eleitor que se leve a sério não se prestará a práticas covardes como o linchamento virtual que tem sido levado adiante, por exemplo, em relação aos servidores que foram convocados a comparecer no plenário da Câmara para prestar esclarecimentos a respeito das questionáveis incorporações que tanto destoam da realidade da imensa maioria do funcionalismo municipal.

Questionar e cobrar é uma coisa - e a coluna não abre mão disso.

Julgar e condenar sem ouvir o outro lado é coisa completamente diferente.

Algo a esconder?

Da mesma forma como condena leviandades como as que têm sido cometidas em redes sociais e grupos de WhatsApp contra esses servidores, a coluna espera sim que algumas explicações devidas sejam dadas à sociedade.

Eis aqui uma delas: no dia 2 de março deste ano a Câmara aprovou requerimento de informações que até hoje não foi respondido de maneira satisfatória, sobretudo no que tange a fundamentação legal do pagamento de cada uma das verbas que compõem o total da remuneração dos servidores da saúde.

A pergunta parece simples, e a resposta é evidentemente fundamental.

Decência

De mesmo modo, a coluna entende que a decência, muito mais do que qualquer obrigação legal, deveria bastar para que os servidores em questão fizessem absoluta questão de comparecer ao plenário e prestar os devidos esclarecimentos, sob pena de passarem a mensagem clara de que não confiam na robustez das próprias justificativas, ou não dão o devido valor à transparência.

O leitor habitual sabe muito bem que este espaço sabe reconhecer e valorizar o que é correto, venha de onde vier.

Respostas convincentes a tais questionamentos teriam aqui todo o destaque merecido.

Previsível

Infelizmente, contudo, mensagem enviada pela PGM a esta coluna na tarde desta quinta-feira, 23, sinaliza o oposto - de forma pouco surpreendente - e fortalece ainda mais a triste leitura que este colunista faz do atual comando da repartição.

O texto evidencia, mais uma vez, que é apenas a burocracia, e não o respeito à população e às instituições, que assegura por parte da atual cúpula da PGM comportamentos que deveriam ser caros a qualquer agente público.

Aspas (1)

“Na condição de procurador-geral deste município, e valendo-me das prerrogativas insculpidas na Lei Orgânica Municipal, e, em especial no que está escrito no inciso II do artigo 5º da Constituição Federal (em que se lê: ‘Ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.’) tenho a informar que o comparecimento do procurador-geral à referida sessão convocada pelo Legislativo Municipal se dará, caso seja realmente válida e eficaz o modo (SIC) como se deu a ‘suspensão do recesso parlamentar’, uma vez que, na qualidade de agente público fico adstrito a atender a finalidade pública do comando normativo que se revele legal e juridicamente plausível.”

Aspas (2)

“No caso em questão, pairam sérias e plausíveis dúvidas e incertezas quanto à forma e modo de afogadilho pelo qual deliberou-se pela suspensão do recesso parlamentar, com vista a se praticar atos relacionados com o Poder Legislativo local.

Dúvida mais do que razoável se revela quanto ao tema que teria motivado a convocação do procurador-geral do município, e cujo tema, numa análise meridiana e linear, não se enquadraria no conceito de ‘urgente’ e ‘relevante interesse público’ previstos no § 3º do artigo 137 da Lei Orgânica do Município.”

Aspas (3)

“Se inexiste motivo ‘urgente’ ou relevante ‘interesse público’ quanto a matéria, logo, não haveria motivação justa para a realização de sessões extraordinárias na Câmara Municipal, muito menos para se prestar esclarecimentos a respeito de incorporação de gratificação!

Soma-se a isto, que somente resolução legislativa alterando o Regimento Interno da Câmara Municipal, não é meio idôneo e suficiente a permitir a suspensão do recesso parlamentar e passar-se daí em diante a convocar-se sessões extraordinárias e praticar-se outros atos no plenário do Legislativo. Isto sem se falar na pública e notória pandemia da Covid-19!!!”

Aspas (4)

“Diante desse quadro fático e legal, é que o procurador-geral protestou expressamente no documento de sua convocação pessoal pela Câmara Municipal, que somente irá comparecer à assentada se de fato e de direito houver legalidade do ato legislativo para tanto.”

Assina a mensagem o senhor Ulisses da Gama, procurador-geral do Município.

Confirmou

Em complemento às informações publicadas na edição desta quinta-feira, 23, a empresa de ônibus Faol encaminhou um posicionamento oficial à coluna que confirmou o entendimento quanto ao (não) pagamento do subsídio nos últimos quatro meses.

O texto, na íntegra, pode ser visto a seguir.

Nota

“A Faol confirma que o valor que a Prefeitura de Nova Friburgo se comprometeu a pagar mensalmente para que a tarifa, que deveria ser de R$ 4,41, ficasse em apenas R$ 4,20, mantendo o equilíbrio econômico financeiro do contrato, não é pago desde abril, há quatro meses portanto, já caminhando para o 5º mês, o que impõe severas dificuldades à manutenção da qualidade dos serviços oferecidos à população friburguense.”

Segue

“Há muita cobrança sobre a empresa, mas nenhum movimento da parte dos poderes constituídos para saber o que se pode fazer para ajudar o sistema de transporte da cidade a se manter operacional. Um bom serviço de transporte para atendimento à população depende de uma empresa em boas condições econômicas, que possa pagar em dia suas obrigações e manter os níveis de investimento. Sem isso, não há transporte de qualidade.”

Valor real

A esse respeito, a coluna acrescenta apenas que por ocasião do mais recente reajuste da tarifa a empresa informou que, em tempos de normalidade (bem diferentes dos que vivemos atualmente) podia contar com aproximadamente 1,1 milhão de viagens pagas a cada mês.

Neste cenário, o subsídio de R$ 400 mil ao mês equivaleria a um aumento de 36 centavos no valor de cada passagem, elevando o valor real da tarifa para pouco mais que R$ 4,56.


Bom para todos

Como sempre dissemos anteriormente, a coluna entende que o serviço precisa ser viável economicamente, e render margem compatível de lucro a quem o presta.

É fundamental, contudo, que a avaliação desta margem seja definida de maneira coletiva, transparente e justa, e seja acompanhada de estudos e esforços por aumentar a eficiência do serviço e reduzir custos operacionais evitáveis.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Queremos boas notícias

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Em tempos de pandemia, com aumento de pacientes infectados, o que precisamos mesmo para os próximos dias, meses, anos, horas, segundos... é mesmo de boas notícias, que aumentem a nossa autoestima, de verdade. De todos os lados. Desejo que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.

Em tempos de pandemia, com aumento de pacientes infectados, o que precisamos mesmo para os próximos dias, meses, anos, horas, segundos... é mesmo de boas notícias, que aumentem a nossa autoestima, de verdade. De todos os lados. Desejo que seu telefone toque para que alguém lhe conceda uma boa nova. Que as capas de jornais e revistas ostentem novidades que agreguem, façam crescer e te arranque sorrisos. Que aquela velha expectativa por algum resultado, ceda espaço para um desfecho positivo.

Queremos chuvas de notícias boas, de estatísticas que correspondam com a realidade e que a verdade dos fatos seja cada vez melhor. Que nos deparemos com gráficos que denotem queda dos índices de violência, da fome, do desemprego. E que essas informações sejam o real reflexo das vidas das pessoas.

Seria ótimo precisarmos cada vez menos de algum canal para fugirmos de uma realidade que nos desconecte com o que está acontecendo, que não cheguemos aos limites do que é suportável e que cá onde estamos possamos nos deparar com a divulgação de bons e construtivos feitos. Menos bandalheira. Sem roubalheira. Mais oportunidades. Mais arte.  Melhor acesso às estruturas do serviço de saúde, viagens mais tranquilas pelas estradas, mais paz e liberdade verdadeira no ir e vir, quando tudo isso passar.

Seria ótimo que junto com o fim desta pandemia não tenhamos mais que nos depararmos com as trágicas notícias que dominavam os noticiários antes da Covid-19 dominar todo o espaço, como pessoas que são baleadas quando erram o caminho; que os funcionários dos hospitais não recebem salários; que pacientes morrem nas filas de espera por atendimento médico; que as verbas para a educação não chegam ao seu destino; que as cidades não estão ainda preparadas para garantir qualidade de vida aos seus moradores; que o número de desempregados é alarmante; que os bancos nunca lucraram tanto e as famílias estão cada vez mais endividadas; que as prerrogativas dos cidadãos estão sendo mitigadas pelos próprios legisladores.

Adoraria que você – e eu – recebêssemos mais notícias sobre cura de doenças, a tão esperada vacina contra o coronavírus, inclusão, emprego, amor, tolerância religiosa, compaixão, respeito e arte. Adoraria, aliás, que a arte estampasse mais os noticiários do que a corrupção, a violência e o desemprego. Não por ilusão ou por cerceamento da liberdade de informação. Jamais. Mas porque finalmente fomentaríamos a esperança, a elevação do espírito por meio do belo, o lazer e a fraternidade por caminhos mais prazerosos e menos tortuosos. Porque de fato, precisaríamos falar menos de dados e fatos negativos justamente porque aconteceriam em menor escala. Seria a realização de um sonho coletivo não termos notícias sobre vítimas de doenças e da violência para transmitir a ninguém. Seria, sim, a libertação. Eu acredito. E você? 

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Você sabe como comprar ações?

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Se você acompanha essa coluna – ou tem interesse por assuntos econômicos e de mercado financeiro –, certamente já se deparou com termos como bolsa de valores e ações. Mas você sabe o que acontece quando se compra uma ação na bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das corretoras de valores) é fundamental para fazer parte da filosofia dos investimentos e passar os seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao seu portfólio de ações.

Se você acompanha essa coluna – ou tem interesse por assuntos econômicos e de mercado financeiro –, certamente já se deparou com termos como bolsa de valores e ações. Mas você sabe o que acontece quando se compra uma ação na bolsa de valores? Entender o conceito por trás do homebroker (plataforma de negociação das corretoras de valores) é fundamental para fazer parte da filosofia dos investimentos e passar os seus valores – ambientais, sociais, trabalhistas e muitos outros – ao seu portfólio de ações.

Muito sucinto? Está aí a beleza dos textos: agora vou desmembrar toda essa introdução para você entender ainda melhor o que é ser um investidor.

Pois comecemos, então, definindo a bolsa de valores. Para tornar possível os negócios em setor de bolsas, é necessário que empresas de infraestrutura de mercado financeiro exerçam atividades primordiais, como – de acordo com a própria bolsa de valores brasileira – a “criação e administração de sistemas de negociação, compensação, liquidação, depósito e registro para todas as principais classes de ativos, desde ações e títulos de renda fixa corporativa até derivativos de moedas, operações estruturadas e taxas de juro e de commodities”. No Brasil, existe apenas uma empresa responsável por exercer tais atividades, a B3 – Brasil, Bolsa, Balcão. Ao redor do mundo, existem diversas outras; como as Nasdaq e Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos; a Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra; a Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha e por aí vai.

Contudo, isso pode ficar ainda mais simples quando tomamos consciência de as bolsas globais serem como uma feira (essas de frutas, legumes e carnes) onde encontram-se vendedores e compradores dispostos a negociar determinado produto. Todavia, nessa grande e tecnológica feira da bolsa de valores, negociam-se – dentre alguns outros produtos – as ações.

Mas, então, como chegar nessa “feira da bolsa de valores”?

Antes de mais nada, é necessário tornar-se cliente de alguma corretora ou banco de investimentos; são as instituições financeiras, as responsáveis por realizar a comunicação entre você e a bolsa de valores. Feito, é através do homebroker, plataforma de negociação disponibilizada na sua conta da corretora de valores, que você poderá comprar suas ações; e agora começa a sua jornada por boas escolhas. Falemos delas!

Compor um portfólio de ações não é simples; mas o conceito é fácil. Comprar ações te faz tornar-se um acionista: um pequeno sócio de determinada companhia/empresa. Portanto, é importante compor o seu portfólio com ações de empresas que julgar ser coerente e tornar-se sócio. Não faz sentido algum comprar determinado papel (nomenclatura técnica sinônima a “ação”) de uma empresa sem saber, nem mesmo, quais os produtos e/ou serviços tal empresa oferece para a sociedade. É a partir daqui que você começa a pôr seus valores em questão: procure entender o propósito da companhia; sua relação e responsabilidade com a sociedade; entenda se os produtos e/ou serviços são realmente relevantes e rentáveis.

Além de toda essa filosofia de investimentos, há também a visão técnica; é somente aqui que você analisa os resultados das empresas e, caso bons ou minimamente promissores, adicione-os ao seu portfólio. Mas lembre-se, o ponto fundamental é a diversificação. Um portfólio bem distribuído com algumas boas empresas e de diferentes setores são fundamentais para diminuir os riscos de mercado (os riscos que toda empresa está sujeita).

Mais importante que começar a investir, é entender a filosofia por trás do investidor. E isso é bastante simples.

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Transporte coletivo

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Para pensar:

"Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo e tem a coragem de começar por si mesmo.”

Sérgio Vaz

Para refletir:

“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.”

João Paulo II

Transporte coletivo

A empresa de ônibus Faol e a prefeitura, com a devida intermediação da Justiça, chegaram nesta terça-feira, 21, a um acordo quanto ao pagamento de valores devidos em ISS, o Imposto sobre Serviços.

Para pensar:

"Revolucionário é todo aquele que quer mudar o mundo e tem a coragem de começar por si mesmo.”

Sérgio Vaz

Para refletir:

“A violência destrói o que ela pretende defender: a dignidade da vida, a liberdade do ser humano.”

João Paulo II

Transporte coletivo

A empresa de ônibus Faol e a prefeitura, com a devida intermediação da Justiça, chegaram nesta terça-feira, 21, a um acordo quanto ao pagamento de valores devidos em ISS, o Imposto sobre Serviços.

A dívida havia sido calculada em valor superior a R$ 4 milhões, e remonta à gestão anterior da concessionária.

A empresa, inclusive, já começou a pagar as parcelas daquilo que foi acordado.

Subsídio

E já que estamos falando nesta complexa contabilidade, a coluna pode confirmar que há alguns meses o subsídio da tarifa não vem sendo depositado na conta da empresa.

Apurações iniciais sugerem que isso esteja ocorrendo há quatro meses, mas essa informação ainda não foi confirmada (ou derrubada).

Precarização

A esse respeito, a coluna mantém o posicionamento que sempre adotou.

A relação entre a prefeitura e a prestadora do transporte coletivo guarda, atualmente, poucos traços que ainda possam ser identificados como de concessionária e poder concedente.

O cenário sofreu um processo de precarização ao longo da atual gestão municipal, e não foi por falta de informação ou de avisos.

Desastre

De fato, as posturas adotadas desde 2017 são típicas de gestões marcadas por interesses pessoais, para não utilizar termos mais fortes.

Provavelmente apenas coincidências, tornadas possíveis a partir de uma gestão desastrosa que terminou por colocar em risco a continuidade de um serviço essencial.

No fim, com dolo ou sem dolo, os efeitos práticos não mudam muita coisa.

Urgente

Nova Friburgo precisa urgentemente de uma auditoria isenta e competente que seja capaz de definir o ponto do equilíbrio econômico desta relação, bem como de um bom plano de mobilidade que explore as muitas possibilidades de tornar o serviço mais eficiente, seguro e barato.

É preciso reinventar a mobilidade urbana em Nova Friburgo, e moralizar o que tem sido degenerado ao longo da atual administração.

Assombro

Ao longo dos anos cobrindo política este colunista já viu muita coisa de assustar.

Mas alguém ser capaz de utilizar a dor da população em enfrentamento a uma pandemia como pretexto para atrasar o andamento de procedimentos indesejáveis é algo que consegue entrar com destaque nesta lista.

Que tempos, senhoras e senhores.

Que tempos!

Antes que seja tarde

Um episódio ocorrido na semana passada chamou atenção para alguns riscos que devem merecer a atenção da sociedade e de nosso governo municipal.

Um turista da capital trafegava devagar, numa manhã ensolarada e com serração, pela estrada Acedimiro Bussinger, próximo ao Stucky.

A visibilidade estava prejudicada, e um senhor de mais de 70 anos acabou sendo atropelado no local.

Nem motorista nem vítima viram um ao outro antes do impacto acontecer.

Iminente

Por sorte, a ocorrência não teve consequências mais sérias.

O motorista prestou socorro e toda a assistência possível ao idoso que foi bem atendido no Raul Sertã e já foi transferido para uma unidade especializada no procedimento que se revelou necessário à sua recuperação.

Alguns detalhes, contudo, sugerem que o risco no local é constante, e que o desfecho poderia ter sido bem diferente.

Aspas (1)

“O local em que o atropelamento ocorreu é muito perigoso”, avalia uma fonte que preferiu o anonimato.

“À direita de quem desce existe um precipício, que foi potencializado pelas chuvas de 2011.

O local funciona com dupla mão de direção, e, apesar disso, perto do entroncamento com a RJ-142 há um trecho no qual só há espaço para um veículo por vez. Também não há espaço para os pedestres caminharem em segurança, as pessoas precisam andar pela pista.”

Aspas (2)

“Nesta época do ano, entre 7h e 8h o sol incide de frente, e a visibilidade fica muito prejudicada. O senhor que foi atropelado estava indo descartar lixo, e não tinha alternativa que não fosse se arriscar andando pela pista. O motorista não o enxergou e ele foi arremessado no precipício, dando muita sorte por ter sido amparado pela única árvore do local. Felizmente está se recuperando bem, mas nós precisamos da atenção do município aqui, antes que algo de pior acabe acontecendo.”

Entre nós

A maior parte das manifestações recebidas pela coluna pediram a publicação de algumas das imagens que Regina Lo Bianco tem feito em nossas ruas e praças, registrando o sofrimento e o desamparo que habita entre nós, que está ao nosso alcance - e que, por isso mesmo, é também de nossa responsabilidade, a partir do momento em que temos condições de fazer algo para ajudar.

Rede de ajuda

Evidentemente a coluna sabe que não são todos os que têm meios de auxiliar, sobretudo nesses tempos tão difíceis, mas faz questão de enfatizar que publica essas imagens com o único intuito de sensibilizar aqueles que podem fazer algo - seja no poder público ou na sociedade - para que o façam.

Praticar o bem é um privilégio, e infelizmente não nos faltam pessoas precisando de amparo neste momento.

Gratidão

A coluna agradece desde já por qualquer iniciativa dos leitores que eventualmente reduza o sofrimento destes nossos irmãos, e abre espaço para qualquer ideia que possa transformar nosso desejo de ajudar em suporte concreto a quem precisa.

Foto da galeria
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Fazenda São Clemente (Última parte)

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Centenário de aquisição pelo clã Monnerat

Centenário de aquisição pelo clã Monnerat

No coluna da semana passada vimos que a Fazenda São Clemente, unidade de produção de café, pertencera a Francisco Clemente Pinto. Como não conseguia pagar um empréstimo hipotecário, ele perdeu a fazenda para o banco, arrematada pelo coronel José Affonso Fontainha Sobrinho. Antônio Clemente Pinto, filho homônimo do 1º barão de Nova Friburgo escolheu como título nobiliárquico o nome da fazenda do avô materno, o alferes João Clemente Pinto e onde nascera sua mãe Laura Clementina da Silva Pinto, a futura 1ª baronesa de Nova Friburgo. Por conseguinte, Antônio Clemente Pinto tornou-se o barão de São Clemente em 3 de junho de 1863, visconde de São Clemente em 1882 e conde de São Clemente no ano de 1888. Daí o nome Parque São Clemente, em Nova Friburgo, outrora propriedade dessa família.

Dando continuidade à sucessão da Fazenda São Clemente, a propriedade passou dos Fontainha ao clã dos Monnerat. O patriarca desta família foi o colono suíço François Xavier Monnerat, casado com Elizabeth Koller com quem teve sete filhos. No ano de 1837, apenas 17 anos após a sua chegada à Vila de Nova Friburgo, há o registro dos Monnerat adquirindo terras em Cantagalo, a Fazenda Rancharia do Norte, uma propriedade de 400 alqueires.

Em 6 de julho 1920, o coronel João Henrique Monnerat, casado com Maria da Veiga Monnerat adquiriu a Fazenda São Clemente do coronel José Affonso Fontainha Sobrinho, por meio  de permuta com a Fazenda Paraíso, localizada no município de Sapucaia. Foi para essa mesma região que o colono suíço Anton Ignaz Leimgruber se estabeleceu como lavrador, se dedicando ao cultivo de café na Fazenda Santo Antônio de Sapucaia. Essa localidade foi freguesia de Nova Friburgo até o ano de 1847, quando então foi incorporada ao município de Magé.

Após o falecimento de Maria da Veiga Monnerat, em 1924, a Fazenda São Clemente ficou em condomínio entre o viúvo meeiro e os filhos herdeiros. Com o decorrer dos anos, a São Clemente teve como únicos proprietários Carlos Catulino Monnerat e sua esposa Adelaide da Silva Monnerat. Com o falecimento de ambos, o filho do casal Carlos Lincoln Monnerat e seus irmãos adquiriram, em 1986, por sucessão hereditária, a Fazenda São Clemente. Finalmente, em 4 de abril de 1990, Marcello Cardoso Monnerat, atual proprietário recebeu de seus pais Carlos Lincoln Monnerat e Maria José Cardoso Monnerat, por meio de doação, o respectivo quinhão de sua herança.

Marcello Monnerat, bisneto do coronel João Henrique Monnerat comprou dos demais herdeiros as partes que estavam em condomínio. Posteriormente, foram reincorporadas glebas originárias do complexo cafeeiro da Fazenda São Clemente. Cumpre destacar que essa propriedade não tem a dimensão originária de 700 alqueires, como no século 19.

Outros bisnetos do coronel Monnerat mantêm propriedades desmembradas da Fazenda São Clemente. Marcello Monnerat restaurou a casa palacete da Fazenda São Clemente, em estilo eclético com elementos neoclássicos, assim como a Capela São Clemente, a casa para laticínios, o pombal, o laboratório, a cocheira e o prédio da administração e de serviços. Segundo ele, todo o processo de restauração da casa palacete e das demais benfeitorias foi bastante criterioso. Foi levado em consideração não somente a descrição oral e escrita fornecida pelo seu pai Carlos Lincoln Monnerat, mas também iconografias e notadamente foram observadas as valiosas informações contidas na grande tela à óleo, pintada por Henry Walder, em 1895, ilustrando vários aspectos da sede da Fazenda São Clemente.

O mobiliário com peças de diversos estilos tais como Império, Luís XV, Luís XVI e o barroco mineiro foi igualmente restaurado com técnica e apuro. Tive o privilégio de conhecer a Fazenda São Clemente, localizada em Boa Sorte, 5º distrito do município de Cantagalo. Além das belíssimas instalações me chamou a atenção o pomar-parque. Originalmente foi um imenso jardim eclético, semelhante aos jardins ingleses e que abrigava uma coleção preciosa de orquídeas, uma moda à época entre aristocratas e burgueses ingleses. Possivelmente foi concebido pelo paisagista Auguste François Marie Glaziou, que servia a Imperador D. Pedro II.

Arecas, sagus, mangueiras, dentre outras espécies circundam a propriedade. Algumas palmeiras imperiais remanescentes atravessam o pomar-parque. Marcello Monnerat deu a boa notícia que se ocupa da restauração do pomar-parque tendo como referência a tela à óleo acima citada. A família Monnerat não é o único exemplo de descendentes de colonos suíços que se tornaram proprietários das fazendas dos barões do café falidos do Vale do Paraíba fluminense. No entanto, uma propriedade na mesma família há 100 anos é um caso excepcional e que denota respeito e afetividade à história familiar. (Fonte: Marcello Cardoso Monnerat)

  • Foto da galeria

    Coronel João Henrique Monnerat e família (Acervo Marcello Monnerat)

  • Foto da galeria

    Escritura de permuta da Fazenda São Clemente pela Fazenda Paraiso (Acervo Marcello Monnerat)

  • Foto da galeria

    Fazenda São Clemente. Tela à óleo de Henry Walder, 1895 (Acervo Marcello Monnerat)

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