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Grupo de risco

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Para pensar:
"Raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco.”
François La Rochefoucauld

Para refletir:
“Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão.”
Fedro

Grupo de risco

Para pensar:
"Raramente conhecemos alguma pessoa de bom senso além daquelas que concordam conosco.”
François La Rochefoucauld

Para refletir:
“Muitas vezes há mais bom senso numa única pessoa do que numa multidão.”
Fedro

Grupo de risco

A coluna recebeu diversas manifestações enviadas por familiares de servidores da Prefeitura de Nova Friburgo com mais de 60 anos (ou integrantes dos chamados grupos de maior risco da Covid-19 por outras razões), preocupados com o recente retorno de seus parentes ao trabalho.

Fala, leitor!

“Peço sigilo em relação ao meu nome, pois meu próprio pai seria contra esse pedido de ajuda. Mas ele já é idoso, e sua rotina de trabalho inclui tomar duas conduções e passar boa parte do dia ao telefone, em situações bastante expostas ao contágio. Apelo à prefeitura para que repense esse posicionamento, ou que busque maneiras mais seguras de aproveitar a disposição dos servidores que integram o grupo de maior risco. Ninguém quer receber sem trabalhar, vejo isso dentro de casa. Mas esperamos que todos os esforços sejam empreendidos em favor da segurança dos servidores.”

Bom senso

A preocupação da leitora, em meio a toda a honradez de quem não quer receber sem trabalhar, segue na linha do que a coluna observou há poucos dias a respeito do corte indiscriminado do auxílio transporte entre o funcionalismo municipal.

Ora, é evidente que ninguém aqui está defendendo que alguém receba auxílio transporte de maneira injustificada - e muita gente de fato recebe.

Inclusive, entre os altos salários das incorporações, tem gente que reside pertinho da prefeitura e recebe este auxílio.

Na prática

No entanto, novamente parece correto olhar com atenção para as absurdas discrepâncias existentes na folha de pagamento do município, e observar que, para quem viu seu poder aquisitivo despencar ao longo dos últimos anos e passou a depender do auxílio transporte para conseguir fechar o mês, ele acabou se convertendo efetivamente num auxílio alimentação.

Remendo

É uma espécie de remendo? Sim, é.

Uma situação precária e degradante oriunda da aviltante diferença de tratamento há décadas reservada por um lado a concursados e quadros de carreira e por outro a indicações políticas úteis ao sistema, mas que se tornou tristemente necessária enquanto ninguém tem a dignidade de oferecer solução melhor.

Humanidade

É evidente, enfim, que o próximo prefeito terá de fazer das tripas coração para oferecer condições mais dignas e justas ao funcionalismo.

Por ora, no entanto, preservar o auxílio transporte dos salários mais baixos teria sido certamente um ato de humanidade.

Tic Tac

A coluna respeita embargos e jamais compromete suas fontes, e por isso se limita, por ora, a dizer que espera, para os próximos dias, novidades importantes a respeito do mais que controverso pagamento feito pela Prefeitura ao Instituto Unir Saúde, em valor superior a R$ 5 milhões, após a própria Organização Social ter concordado que a transferência fosse feita diretamente aos servidores que aguardavam (e ainda aguardam) pelo pagamento de suas rescisões.

Longo prazo

A coluna tem falado repetidas vezes a respeito da necessidade de planejamentos de médio e longo prazos para nossa cidade, com diretrizes que sejam seguidas e respeitadas mesmo após a renovação dos mandatos.

E falamos também a respeito de como a grande quantidade de pré-candidatos a prefeito reflete, em alguma medida, o profundo vácuo de lideranças e o descrédito da classe política como um todo (embora, também neste caso, qualquer generalização se revele injusta).

Pois bem, José Carlos Schuenck, presidente do Movimento Democrático Municipalista, que não é pré-candidato nas próximas eleições, enviou pequeno texto em relação a estes temas.

Aspas

“É preciso separar o joio do trigo, para voltarmos a crescer. Sobre o vácuo de lideranças que estamos vivendo em Nova Friburgo, não é novidade e sim uma realidade nos últimos 20 anos. Os oportunistas sempre aparecem à cada eleição e assim vão se revezando tanto no Legislativo como no Executivo, em uma mediocridade nunca antes vista em nossa cidade.

Em 2018, quando a crise político-administrativa já dava os seus sinais com decadência econômica e social em nossa cidade, resolvi convidar vários segmentos de nossa sociedade, pessoas que amam Nova Friburgo, para nos organizarmos no Movimento Democrático Municipalista.”

Segue

“Esse grupo, formado por políticos, gestores, ambientais, turismo, educação, segurança, mobilidade e saúde, colaborou para desenvolvermos o Projeto Nova Friburgo 2040, que indicava o caminho que deveríamos seguir nos próximos 20 anos para termos uma cidade diferente para nossos filhos, netos e bisnetos. Esse projeto está concluído e esperamos que seja colocado em prática por um gestor responsável, que realmente ame Nova Friburgo. Cabe agora a cada eleitor identificar e separar os candidatos que realmente pensam em nossa cidade, daqueles que pensam somente neles.”

Luto

A coluna se solidariza com a família de Luiz Carlos Lutterbach, prefeito de Duas Barras que faleceu na madrugada desta terça-feira, 11, vítima da Covid-19.

Ironicamente, Lutterbach havia se destacado justamente pela determinação com que se esforçou por manter o vírus longe de sua cidade, chegando ao ponto de virar os tradicionais bancos da Praça Governador Portela a fim de evitar aglomerações desnecessárias.

Que seu sofrimento sirva para combater a banalização e a negação em relação ao grande desafio de nossos dias.

 

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Mais três acusados soltos por Gilmar Mendes

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

“Outros três acusados de praticar desvios em verbas federais destinadas à área da saúde foram soltos pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São o ex-presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Rodrigo Sérgio Dias; o presidente da Juceg (Junta Comercial de Goiás), Rafael Bastos Lousa Vieira, e o médico Guilherme Franco Netto”.

“Outros três acusados de praticar desvios em verbas federais destinadas à área da saúde foram soltos pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal). São o ex-presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Rodrigo Sérgio Dias; o presidente da Juceg (Junta Comercial de Goiás), Rafael Bastos Lousa Vieira, e o médico Guilherme Franco Netto”.

O argumento para soltar os três foi o mesmo usado na soltura de Alexandre Baldy, secretário (licenciado) de Transportes de São Paulo: a falta de razão para prisão. “Segundo o ministro, não há motivos que justifiquem os atos porque os fatos narrados na acusação ocorreram de 2014 a 2018”.

“A prática de conduzir coercitivamente o investigado para interrogatório atenta contra o princípio da presunção de inocência”, afirmou Gilmar Mendes na decisão que soltou Baldy. Ao que respondo a esse pseudojurista de que ladrões de verbas públicas, destinadas à saúde, não deveriam ter nenhuma compaixão. Mas, habeas corpus para bandidos, tem alto valor, no caso para quatro, nem se fala. Lembrem-se de que já publiquei uma tabela da própria OAB, em que o preço mínimo desse instrumento jurídico, para simples mortais, é de R$ 12 mil.

Assinado por um membro do STF, ainda mais para pessoas influentes, deve ser proporcional ao montante desviado. No entanto, isso são apenas ilações, pois na realidade o sr. Gilmar Mendes deveria ser investigado por obstrução da Justiça ou por injúria aos cidadãos de bem desse país, que tentam viver sob a tutela da lei. Um acusado de desvios de verba, solto, vai tentar apagar as provas do seu delito, se utilizando de todos os meios que tiver ao seu dispor. Preso, isso é mais difícil.

Aliás, talvez fosse o caso de um exame de sanidade mental, uma vez que o referido membro do STF é o campeão de HCs distribuídos a pessoas acusadas de corrupção, seja de implicados na Lava Jato, seja de políticos implicados por mal feitos. A vontade de aparecer, de estar sempre nos noticiários, de ser objeto de comentários, pode explicar esse tipo de comportamento. Sem falar na sua fisionomia sempre carregada, típica dos que estão de mal com a vida.

O comportamento de Gilmar Mendes é, também, um espelho do STF de hoje, um grupo de 11 membros que ao contrário de darem à população a tranquilidade que o cumprimento da Justiça e a salvaguarda da Constituição requerem, a mantem em constante sobressalto, diante das aberrações que cometem. Chegados ao mais alto posto da Justiça nacional, a maioria pelas mãos de presidentes comprometidos, tem como norte a “integridade” desses ex-mandatários, haja visto a maneira como manobram para livrar Luís Inácio da cadeia. Não satisfeitos em tentar inocentá-lo das suas condenações, farão o possível para propiciarem sua possível volta ao palácio do Planalto, com o objetivo de acabar de vez com a democracia brasileira, lançando o país na esteira dos países de esquerda. Grande número desses senhores são esquerdistas assumidos.

Sem falar que ao se colocarem contra o presidente atual, numa posição política que vai na contra mão do objetivo da instituição a que pertencem, tentam inviabilizar o governo, numa clara demonstração de que não têm nenhuma preocupação com os destinos do país. Isso é patente no posicionamento que adotaram na condução das diretrizes de combate à pandemia do Covid-19. Foi uma brincadeira de mau gosto deixar a orientação das ações nas mãos de governadores e prefeitos. Haja visto a gastança desenfreada de vários deles, sem que isso tenha trazido ganhos importantes para a saúde da população. Chegaram ao cúmulo, como o governador do Rio de Janeiro, a gastarem rios de dinheiro na construção de hospitais de campanha que nunca foram usados. Vide o de Nova Friburgo.

Se hoje temos mais de 100 mil brasileiros mortos pelo coronavírus, o ônus dessas mortes passa, também, pelo STF ao se intrometer aonde não devia. Usaram a pandemia para tentar desestabilizar um governo, em detrimento do bem maior do cidadão, que é a sua vida.

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O auxílio mútuo

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Diante dos companheiros, André leu expressivo trecho de Isaías e falou, comovido, quanto às necessidades da salvação.

Comentou Mateus os aspectos menos agradáveis do trabalho e Filipe opinou que é sempre muito difícil atender à própria situação, quando nos consagramos ao socorro dos outros.

Jesus ouvia os apóstolos em silêncio e, quando as discussões, em derredor, se enfraqueceram, comentou, muito simples:

Diante dos companheiros, André leu expressivo trecho de Isaías e falou, comovido, quanto às necessidades da salvação.

Comentou Mateus os aspectos menos agradáveis do trabalho e Filipe opinou que é sempre muito difícil atender à própria situação, quando nos consagramos ao socorro dos outros.

Jesus ouvia os apóstolos em silêncio e, quando as discussões, em derredor, se enfraqueceram, comentou, muito simples:

— Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se, quanto possível, contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e clamou, irritadiço: — “Não perderei tempo. A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente”.

O outro, porém, mais piedoso, considerou:

— “Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade”.

— “Não posso — disse o companheiro, endurecido —, sinto-me cansado e doente.       Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos ganhar a aldeia próxima sem perda de minutos”.

E avançou para diante em largas passadas.

O viajor de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu, metódica, pela noite a dentro, mas ele, sobraçando o valioso fardo, depois de muito tempo atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa porém, não encontrou aí o colega que o precedera. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida, num desvão do caminho alagado.

Seguindo à pressa e a sós, com a ideia egoística de preservar-se, não resistiu à onda de frio que se fizera violenta e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento, enquanto que o companheiro, recebendo, em troca, o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, guardando-se indene de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo... Ajudando ao menino abandonado, ajudava a si mesmo avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços da senda, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

A história singela deixara os discípulos surpreendidos e sensibilizados.

Terna admiração transparecia nos olhos úmidos das mulheres humildes que acompanhavam a reunião, ao passo que os homens se entreolhavam, espantados.

Foi então que Jesus, depois de curto silêncio, concluiu expressivamente:

— As mais eloquentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo. O coração que socorremos converter-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ninguém duvide. Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum. Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a Lei Divina.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

 

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

 

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Cidade trancada

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Para pensar:

"As palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão.”

Provérbio suíço

Para refletir:

Para pensar:

"As palavras, como as abelhas, têm mel e ferrão.”

Provérbio suíço

Para refletir:

“Você pode ser homem, mulher, branco, negro, hétero ou não, etc etc, mas algumas regras parecem universais: 1) você vai ter dificuldades para entender problemas diferentes dos seus; 2) você dificilmente irá reconhecer as vantagens e privilégios que possui e raramente irá concordar quando alguém que não os possui apontá-los a você; 3) sua tendência será sempre a de reduzir a realidade a sua própria vivência e medir o mundo pela sua régua.”

Alexandre Campos

Cidade trancada

Em meio à maior crise sanitária e econômica deste século até aqui, a semana começa com mais um período de pauta trancada no Legislativo Municipal em razão dos seguidos entraves ao processo de apreciação das contas da prefeitura referentes ao exercício de 2018.

Sob todos os aspectos é uma situação vergonhosa e fragilizante, que sintetiza o que ocorre quando um governo se coloca sistematicamente na contramão das burocracias protetivas.

Evitável

Ora, todos conhecem as regras orçamentárias, e ademais os avisos contidos no parecer do TCE (Tribunal de Contas do Estado do Rio) em relação às contas de 2017 eram bastante claros e enfáticos.

Se tais recomendações tivessem sido observadas, nada disso estaria se passando.

Da mesma forma, se o compromisso fosse efetivamente com a coletividade, e ainda se houvesse convicção quanto às teses de defesa, as oportunidades de manifestação estariam sendo aproveitadas, poupando o Legislativo de atrasos com questões que nem ao menos deveriam existir, num contexto em que cada um cumprisse com o próprio dever.

Retrato

A pauta trancada desta semana, portanto, serve como uma triste metáfora de uma gestão autoimune, na qual os sistemas de defesa se veem induzidos a combater órgãos internos, num momento em que ameaças externas deveriam merecer toda a atenção e todos os esforços.

Se ao menos tudo isso servisse como lição, ao menos o prejuízo não seria totalmente inútil.

Mas será que serve?

Presença marcante

A recente tragédia ocorrida no porto de Beirute lembrou aos brasileiros que a comunidade libanesa estabelecida entre nós supera, em número de cidadãos, a própria população do Líbano.

Em Nova Friburgo, todavia, tal lembrança nem teria sido necessária, tal é a presença e o grau de engajamento de libaneses e seus descendentes ao longo de nossa história.

Canal de apoio

Por tudo isso, parece bastante pertinente registrar que o Consulado-Geral do Líbano no Rio de Janeiro está lançando a página S.O.S Beirute, através da qual empresas ou pessoas físicas podem ajudar o povo da capital libanesa.

Para tanto, basta visitar a página http://riobeirute.clickablecard.top/hI00A, e em seguida preencher e marcar os itens no formulário disponibilizado.

“As informações serão colocadas em nosso bancos de dados para entrarmos em contato assim que se disponibilizar a logística dessa ajuda.”

10% (1)

Ainda a respeito da explosão ocorrida no dia 4 de agosto, especialistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, apontaram que ela alcançou aproximadamente 10% do impacto da bomba nuclear de Hiroshima, lançada sobre o Japão no dia 6 de agosto de 1945.

De fato, a comunidade científica tem tratado o episódio como uma das maiores explosões não nucleares da história, ao que tudo indica causada por cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amônio que haviam sido confiscadas e estavam sendo armazenadas sem o devido cuidado.

10% (2)

No Brasil, o doloroso marco de 100 mil mortes causadas pela Covid-19 foi alcançado durante o fim de semana, ainda sem sinais de que os níveis de contágio e mortalidade estejam em queda acentuada.

Na prática isso significa dizer que aproximadamente um a cada dois mil brasileiros teve sua vida abreviada pelo novo coronavírus (em Friburgo felizmente os registros são um pouco melhores), o que também corresponde a aproximadamente 10% do índice de mortalidade observado mundialmente quando do segundo surto da (equivocadamente) chamada “gripe espanhola”, no fim de 1918.

Inesquecível

Naquela ocasião, estima-se que cerca de 20% da população mundial contraiu o vírus, e aproximadamente 2,5% desse contingente não resistiu.

Ainda a respeito dessa comparação, duas considerações parecem importantes: a primeira é de que infelizmente os estragos causados pela Covid ainda estão em curso, e a segunda é que de que em 1918 houve um surto muito contagioso de gripe não letal nos meses de inverno no hemisfério norte, e a população infectada nesta primeira onda foi quase que totalmente poupada na mortífera onda que se iniciou em setembro.

Ou seja, a catástrofe poderia ter sido ainda maior.

Por aqui...

Olhando especificamente para Nova Friburgo, a escalada nos índices de contágio observada a partir do início da flexibilização rapidamente elevou o número de vidas perdidas a aproximadamente 20% daquelas que nos foram ceifadas quando das chuvas de janeiro de 2011.

Não deixa de ser perturbador, portanto, que tanta gente ainda continue a desdenhar das informações oficiais, em negação aos valorosos esforços de tantas pessoas, tanto na frente sanitária quanto na econômica; aos riscos aos quais estamos expostos; e à dor de quem descobriu da pior forma que o momento é sim delicado e demanda maturidade coletiva.

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A VOZ DA SERRA é amor incondicional por Nova Friburgo!

terça-feira, 11 de agosto de 2020

O Caderno Z do último fim de semana celebrou o Dia dos Pais com matérias aconchegantes para homenagear o primeiro herói de todos nós. Neste ano, a data foi mais uma celebração totalmente atípica e muitas, entre abraços virtuais. Contudo, eis que no isolamento, parece que a quarentena “aproxima pais e filhos”, de acordo com o resultado de algumas pesquisas. Uma declaração do escritor, jornalista e autor de novelas, Walcyr Carrasco chama a atenção: “Meu pai era um homem simples, mas teve grandeza. E o mais importante, ele torcia por mim...”. Meu pai era assim, meu fã.

O Caderno Z do último fim de semana celebrou o Dia dos Pais com matérias aconchegantes para homenagear o primeiro herói de todos nós. Neste ano, a data foi mais uma celebração totalmente atípica e muitas, entre abraços virtuais. Contudo, eis que no isolamento, parece que a quarentena “aproxima pais e filhos”, de acordo com o resultado de algumas pesquisas. Uma declaração do escritor, jornalista e autor de novelas, Walcyr Carrasco chama a atenção: “Meu pai era um homem simples, mas teve grandeza. E o mais importante, ele torcia por mim...”. Meu pai era assim, meu fã. Aliás, imagino que todo pai seja assim!

Falando de “amor incondicional”, Pedro Morett, pai de Antônio, de apenas 2 anos, já agradece ao filho: “Papai te ama e aprende muito com você.” – Esse aprendizado é a troca mais valiosa da relação, pois enquanto se educa, também se aprende. A advogada Juliana Rosado Martins se declara: “Pai, cheguei pra mudar sua vida aos 49 anos...”. Que bonito! O técnico de enfermagem, Leonardo Muniz, é solteiro, mas é pai de consideração do sobrinho Emanuel. Este ano, instalado no Sesc, por conta da pandemia, não haverá abraço festivo, conforme seu depoimento: “Quando estamos à frente de uma situação como essa, nunca sabemos o que nos espera. Quando vejo colegas sendo contaminados, alguns deles com sequelas pós-covid, como não ter receio de levarmos a doença para nossas casas e contaminar nossos familiares?”. Essas palavras de Leonardo deveriam ser exibidas num enorme banner, na tentativa de conter os ânimos do povo nas ruas.

Na certeza de que o Dia dos Pais pode se repetir dia após dia, vamos, com Vinicius Gastin, aos cuidados essenciais com a saúde. A prática de exercícios é fundamental para evitar complicações oriundas do contágio pelo coronavírus. Seja nas academias ou em casa, o importante é manter o peso adequado. Na verdade, o bom combate é sempre bem-vindo em defesa do bem-estar físico.

A reportagem de Fernando Moreira, alerta: “Magrelas em alta na pandemia”, destacando os benefícios e vantagens do uso das bikes que, inclusive, estão em alta também nas vendas. O ciclista Conrado Stroligo, trabalhando com entregas em sua bike,  já pensa até em formar uma equipe e “implantar a novidade aqui em Nova Friburgo...”. Airton Dornelles, comerciante, revela que a procura aumentou neste momento da pandemia, até para evitar o transporte público por conta das aglomerações.

Em “Há 50 anos”, destaque para as eleições, de novembro de 1970”. O assunto se repete neste 2020, e parece que cada vez mais sentimos o funil por onde pingam as nossas expectativas. Basta uma leitura atenciosa em “Massimo” e dá um frio na espinha com o que poderá nos suceder. Contudo, o colunista realça: “Por tudo isso, importa – e muito! – que cada eleitor busque acompanhar os bastidores da política e se informar sobre quem irá apoiar, pensando sempre no coletivo”. Disse tudo!

Dá pena saber sobre o trágico fim do Hospital de Campanha. É como alguém que é indicado para um cargo e, antes da posse, já é destituído, coisa normal, atualmente. É aquele que foi sem jamais ter sido. Seria uma boa metáfora, não fosse o difícil momento da pandemia. Quanto dinheiro em vão, tanto para montar, quanto para desmontar. Essas coisas me lembram a canção “O que será que será que andam combinando no breu das tocas, que anda nas cabeças, anda nas bocas...” das artimanhas da situação!

E a bandeira vermelha segue tremulando e a pandemia aumentando números. Até a última sexta-feira, 7, eram mais de 1.500 casos de Covid-19 e 73 mortes. Nova Friburgo, tão romântica, afetada de modo avassalador. E tem gente ainda dizendo que “isso não há de ser nada”! Guilherme Alt fez excelente reportagem sobre o comportamento dos friburguenses. Desde março, no início do isolamento, com as ruas desertas, aos atropelos das ruas lotadas em agosto. Incrível, tanta gente no centro da cidade e bem se vê, pelas fotos, que o distanciamento está longe de ser cumprido. “O que será que será que todos os avisos não vão evitar, porque todos os risos vão desafiar...”. Salve Chico Buarque que traduz os nossos questionamentos! O que será que será? – Eu me pergunto sempre. Abraços, meu povo!

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Bela chegada para 2021

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Todos estão torcendo para que 2021 seja realmente bem melhor que 2020 com muitas alegrias e realizações. Um motivo a mais para a torcida que o próximo ano chegue logo vem sendo demonstrada pelo casal Gabriel Fernandes Santarém e Jhuly Ana Leal Barros.

Todos estão torcendo para que 2021 seja realmente bem melhor que 2020 com muitas alegrias e realizações. Um motivo a mais para a torcida que o próximo ano chegue logo vem sendo demonstrada pelo casal Gabriel Fernandes Santarém e Jhuly Ana Leal Barros.

 É que é ansiosamente aguardado para março o nascimento de mais um filho ou filha. O baby que vem por aí fará com que a bonequinha Ana Mel na foto com os pais, seja promovida ao osto de irmãzinha mais velha, enquanto o estimado amigo Denis Santarém e sua esposa Cláudia vão estrear como avós paternos e a avó materna Vanuza terá mais um netinho ou netinha para curtir.

Queijos e vinhos no Country

O novo presidente do Nova Friburgo Country, Celso de Oliveira Santos e sua diretoria, não vai deixar a tradicional Festa de Queijos & Vinhos passar em branco este ano por causa da pandemia do coronavírus.

No próximo dia 22, sócios do clube e amigos poderão curtir no conforto e sobretudo segurança de suas casas, a especial 12ª edição da festa que ganhou uma versão diferente adaptada para o “novo normal” destes tempos. 

Três bem programados kits poderão ser encomendados pelo WhatsApp (22) 9.9957-2775. Haverá ainda transmissão ao vivo pelo YouTube direto do Nova Friburgo Country Clube pelo canal Descubra a Serra Carioca.

Em versão 6.6

O último dia 5 foi de agitos e alegrias a mais para o simpático Leone Gonçalves de Siqueira que somou 66 anos bem vividos.

Isso, por que ele conforme mostra a foto, ele, junto a esposa Valéria, o genro Michel, o irmão Antônio Carlos e a esposa Iolanda, comemoraram ainda que sem muitas outras presenças devido a pandemia, a nova idade do Leone.

Com pequeno atraso, mas grande carinho por tudo o que Leone representa, enviamos nossas congratulações ao querido aniversariante.

Partida com saudades

Com braço imobilizado em razão de um pequeno acidente, o comandante do Sanatório Naval de Nova Friburgo, o médico dr. Cerentine já sabe que sentirá saudades futuras, assim como deixará também muitas saudades.

É que prestes a completar dois no cargo, como é praxe naquela instituição militar a promoção de mudanças, um de seus colegas de turma deverá até o final do ano vir assumir o seu posto aqui em Nova Friburgo.

Ju & Jo aniversariando

Dois simpáticos amigos celebraram reservadamente na semana passada, seus aniversários. São eles, conforme aparecem na foto, a dupla gente boa Jucinei Neves de Araújo e Jocimar Paiva de Souza, que estrearam novas idades, respectivamente, nos últimos dias 6 e 7. A eles, nossos renovados cumprimentos com votos de muita saúde, paz, alegrias, amor e felicidades como bem merecem.

Parabéns ao Dacy!

Em clima de aniversários, a coluna felicita também o simpático Dacy Câmara Lobosco, da livraria Sabor de Leitura, que no último domingo, 9, completou mais um ano de vida. Felicidades!

Vivas ao padre Piller

Antecipamos com carinho endossado por muitos amigos e fiéis, nossos parabéns antecipados ao admirado padre Marcelo Piller, da Igreja de São Pedro e São Paulo no bairro Duas Pedras. No próximo sábado, 15, ele completa mais um ano de vida. Congratulações e tudo de bom ao padre Marcelo.

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A fuga do sofrimento

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Diante do sofrimento, a primeira atitude do homem é a fuga, o querer se livrar dele, haja visto que o sofrimento se apresenta como uma ameaça para sua felicidade. É difícil ao homem relacionar a beleza de toda a criação de Deus com as contrariedades que o afligem.

O papa emérito Bento XVI afirma não servir para nada uma visão de mundo que não consegue dar sentido ao sofrimento, e nos instiga a vê-lo como algo precioso. Em seus ensinamentos o pontífice demonstra, com maestria, as deficiências dos pensamentos que combatem o sofrimento.

Diante do sofrimento, a primeira atitude do homem é a fuga, o querer se livrar dele, haja visto que o sofrimento se apresenta como uma ameaça para sua felicidade. É difícil ao homem relacionar a beleza de toda a criação de Deus com as contrariedades que o afligem.

O papa emérito Bento XVI afirma não servir para nada uma visão de mundo que não consegue dar sentido ao sofrimento, e nos instiga a vê-lo como algo precioso. Em seus ensinamentos o pontífice demonstra, com maestria, as deficiências dos pensamentos que combatem o sofrimento.

"Devemos – é verdade – fazer tudo por superar o sofrimento, mas eliminá‐lo completamente do mundo não entra nas nossas possibilidades, simplesmente porque não podemos desfazer‐nos da nossa finitude e porque nenhum de nós é capaz de eliminar o poder do mal, da culpa que – como constatamos – é fonte contínua de sofrimento” (Spe salve, 36).

Algumas correntes filosóficas, e até mesmo religiosas, pregam a possibilidade de uma vida sem sofrimento, desenvolvendo, assim, uma apatia diante do mesmo. Esta intenção de esquivar-se das angústias se dá numa dupla vertente. O estoicismo, que estabelece um conjunto de preceitos racionais, e também a religiosidade asiática, busca atingir um completo esvaziamento interior que dá ao homem um domínio tal sobre si, que o faz capaz de anular qualquer dor ou sofrimento. Já o epicurismo ensina ao homem a técnica de suprimir o sofrimento com o exercício do prazer.

Estas correntes, cada vez mais dissolvidas no modo de pensar contemporâneo, podem até alcançar um certo virtuosismo, mas acabam por desembocar no orgulho que nega o ser do homem, reavivando o desejo que moveu o pecado original (Cf. Ratzinger, J. Escatología: la muerte y la vida eterna. p. 87-88).

A gama de sofrimento existente no mundo parece refutar a existência de Deus, ou mesmo atestar sua pequenez e simplicidade. Levada pelo desespero e pela angústia a humanidade sede à tentação de assumir o lugar de um Deus. Esta postura, fundada numa equivocada compreensão do sofrer, nos estimula a acreditar que a justiça deve ser imposta a qualquer preço, relegando a segundo plano a esperança.

É inegável a urgência em evitar o sofrimento dos inocentes, ou mesmo diminuir suas dores. Neste propósito, instaura-se a justiça e a caridade, exigências fundamentais da existência cristã e de cada vida verdadeiramente humana (cf. Spe Salve,36).

Esta forma de combater o sofrimento difere da ação dos que tentam anulá-lo. A tentativa de eliminar toda adversidade induz o homem a uma vida vazia, na qual impera a solidão e a obscura sensação da falta de sentido. Conclui-se, deste modo, que “não é o evitar o sofrimento, a fuga diante da dor, que cura o homem, mas a capacidade de aceitar a tribulação e nela amadurecer, de encontrar o seu sentido através da união com Cristo, que sofreu com infinito amor” (Idem, 37).

A partir de então, insere-se no conceito de sofrimento a íntima relação com o amor. Considerando, pois, o amor como um sair de si, de sua realização pessoal da cômoda tranquilidade, não há possibilidade de desvinculá-lo do sofrimento. E, diante desta relação, há de se considerar que o sofrimento move o homem ao amor e à compaixão. O amor sem a renúncia de si torna-se verdadeiro egoísmo, e anula-se a si próprio.

Sem este princípio é impossível construir uma sociedade que seja sensível aos que sofrem. Pois, sem o amor, não há abertura ao outro. O sofrer com o outro, pelo outro e por amor da verdade e da justiça são elementos fundamentais da humanidade.

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Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador da Pastoral da Comunicação da Diocese de Nova Friburgo. Esta coluna é publicada às terças-feiras. 

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Entre passes e palavras

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Lendo crônicas de vários autores, eu me deparei com duas publicadas no Jornal do Brasil há mais de cinquenta anos, que, para mim, são verdadeiros cursos literários neste estilo. A crônica, nas mãos de um hábil escritor, tem o poder de penetrar nos meandros da vida com tamanha competência que chega a tornar surpreendente o mais simples fato quotidiano.

Lendo crônicas de vários autores, eu me deparei com duas publicadas no Jornal do Brasil há mais de cinquenta anos, que, para mim, são verdadeiros cursos literários neste estilo. A crônica, nas mãos de um hábil escritor, tem o poder de penetrar nos meandros da vida com tamanha competência que chega a tornar surpreendente o mais simples fato quotidiano.

Pois bem. A troca de crônicas entre Clarice Linspector e Armando Nogueira são verdadeiras obras-primas. Clarice guardava admiração pelo modo “tão bonito de escrever” do comentarista de futebol e desafia-o a escapar das palavras sobre as batalhas armadas nos campos e fugir para os arados da vida. Foi uma proposta inconveniente que sucedeu depois que soube que ele dizia: “De bom grado eu trocaria a vitória de meu time num grande jogo por uma crônica”. E, tornou-se mais efusiva ainda quando soube que Armando trocaria uma grande partida por uma crônica dela sobre futebol. Ora, Clarice, amante de futebol? Botafoguense! Considerou-se uma pobre desventurada e intitulou assim a crônica de 30/03/1968: “Armando Nogueira, futebol e eu, coitada”. Com maestria declarou seu drama: além de ter uma “ignorância apaixonada por futebol”, era mãe de botafoguense e de flamenguista. Sentia-se, portanto, a coitada que guardava a esperança de um dia entender de futebol.

Não posso considerá-la assim! Vejo alegria nos torcedores, mesmo que sofredores, ao perceber bolas de futebol correndo em suas veias, dando-lhes animação e esperança. Ah, o futebol é um esporte interminável. Popular, acima de tudo. De uma partida, vem outra, mais tantos embates depois e, assim, os dias do povo são preenchidos com lágrimas e risos, conversas e debates acirrados. Já estou eu, aqui metendo bedelhos nas palavras de Clarice Linspector, craque da literatura brasileira.

E, dias depois deste desafio avassalador, em 08/04/1968, vem as palavras de Armando Nogueira na crônica “Na grande área”, como uma “terna vingança”, ante às palavras de Clarice que o desafiam a “perder o pudor”. Afinal de contas, ler a crônica de um comentarista de futebol sobre a vida é um acinte a qualquer torcedor. É pior do que fugir da raia.

As palavras empregadas “Na grande área” é um colar de pérolas. De início ele se revela um péssimo jogador, querendo dizer que escreve com penas de ganso para superar essa dificuldade bestial para quem tem “bolas de ferro” nos pés. A seguir, vai descortinando o que pensa da própria vida, definindo-a como “um match-treino sem placar, sem juiz, nem multidão”.  Ele, ao sofrer com a imprecisão dos seus chutes, faz da sua vida um grande aprendizado.

Que belos e despudorados textos, cheios de sabedoria. Vale a pena guardá-los na cabeceira para compreender que “o grito que glorifica o goleador é o mesmo que mortifica o goleiro”. Ou seja, com placar empatado, todo jogo termina em paz. É, desta forma, que ele queria findar. E eu também.  

 

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Em aberto

sábado, 08 de agosto de 2020

Para pensar:
“Eu te cumprimento pelo que você aparenta e me despeço pelo que você é.”
Provérbio libanês

Para refletir:
“Um camelo não zomba da corcunda de outro camelo.”
Provérbio africano

Em aberto

A enorme lista de pré-candidatos a prefeito em Nova Friburgo ganhou nesta semana a adesão do engenheiro e artista plástico Cacau Rezende, pelo Partido Verde.

Para pensar:
“Eu te cumprimento pelo que você aparenta e me despeço pelo que você é.”
Provérbio libanês

Para refletir:
“Um camelo não zomba da corcunda de outro camelo.”
Provérbio africano

Em aberto

A enorme lista de pré-candidatos a prefeito em Nova Friburgo ganhou nesta semana a adesão do engenheiro e artista plástico Cacau Rezende, pelo Partido Verde.

Mais que isso: a composição prévia da chapa também já foi fechada, tendo o jornalista Dib Curi como pré-candidato a vice-prefeito.

O mês de agosto, por sinal, vai ser crucial para que se realize a peneira final nas pré-candidaturas anunciadas, com a tendência de que ocorram algumas fusões entre espectros mais próximos do eleitorado, a fim de aumentar as chances de sucesso nas urnas.

Lado bom

A enorme fragmentação que se desenha tem aspectos positivos e negativos.

O lado bom, evidentemente, é que não devem faltar opções aos eleitores no dia 15 de novembro.

E não apenas isso, mas a princípio todo mundo está a apenas vinte e poucos mil votos da vitória, reduzindo em tese a necessidade de afunilamento do eleitorado, aquele processo que ocorre nos últimos dias no qual muitos eleitores abrem mão de votar em quem consideram a melhor opção, e migram para a que consideram a “menos pior entre as que têm chance”.

Lado ruim

E o lado ruim, evidentemente, é de que existe muito joio infiltrado neste trigal, e também estes grupos - é importante sempre pensar nos grupos - estão a pouco mais de 20 mil votos de serem eleitos.

Naturalmente, quando se espera que um prefeito seja eleito com votação tão baixa, fatores como rejeição perdem peso, e outros como o efeito da possível compra de votos (em suas mais diversas manifestações) se tornam mais sensíveis e potencialmente decisivos.

Colocando tudo na balança, é de se esperar muito jogo sujo entre as estratégias de uns e outros.

Vácuo

É um momento delicado, portanto, no qual a cidade tem a oportunidade de dar uma guinada mais radical do que de hábito, mas também corre o risco de se vender de vez a interesses impublicáveis.

Antes de tudo, no entanto, todo este quadro é reflexo de um profundo vácuo de liderança, da falta de referências sólidas, de um pequeno punhado de pessoas que sejam realmente capazes de unir essa cidade em torno de um projeto participativo e de longo prazo, colocando interesses coletivos acima das preocupações com as próprias carreiras.

Sem crédito

Quando se considera o tamanho dos desafios que o próximo prefeito terá pela frente, tudo que precisará moralizar e sanar, e toda a latência até que suas melhores ideias possam se fazer sentir, já podemos antever que o crédito eleitoral dificilmente será suficiente para adiar as turbulências até que as fundações estejam firmes o bastante.

Por tudo isso, importa - e muito! - que cada eleitor busque acompanhar os bastidores da política e se informar sobre quem irá apoiar, pensando sempre no coletivo.

As diferenças entre os futuros que nos aguardam a depender de quem seja eleito são muito grandes.

Uerj

Uma das questões mais sensíveis e delicadas a respeito do enfrentamento à Covid-19 diz respeito à Educação, e o debate em torno da existência (ou não) de condições aceitáveis para que aulas ocorram, presencialmente ou à distância.

A esse respeito, o Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Csepe) da Uerj aprovou, no dia 30 de julho, o planejamento e a execução de Período Acadêmico Emergencial (PAE), com 13 semanas de duração.

On-line

Durante a vigência deste período, em virtude da pandemia de Covid-19, serão ofertadas atividades letivas somente de forma remota.

De acordo com o calendário emergencial, haverá novo prazo para inscrição em disciplinas, que se inicia em 3 de setembro. Já para os estudantes aprovados nas reclassificações do vestibular 2020, as matrículas serão abertas em agosto, de forma on-line, pelo Portal do Vestibular. As aulas do período 2020.1 começam em 14 de setembro e se estendem até 12 de dezembro. O encerramento, após as avaliações finais, está marcado para 19 de dezembro.

Principais datas

Seguem as principais datas do calendário acadêmico 2020.1:

Inscrições em disciplinas: 3 a 9 de setembro.

Início das aulas: 14 de setembro.

Said: 14 a 28 de setembro.

Término das aulas: 12 de dezembro.

Término do semestre: 19 de dezembro.

Fala, leitor!

“As considerações das últimas colunas são realmente procedentes. Nós, servidores públicos concursados, estamos cansados de assistir esta panelinha que domina a Prefeitura de Nova Friburgo. São poucos eleitos que conseguem, por manobras questionáveis, aumentar seu proventos, ao passo que nós, pobres mortais, a fim de conseguir uma mera equiparação de insalubridade no Hospital Raul Sertã, mesmo entrando com processo administrativo, ficamos à mercê da boa-vontade do RH da prefeitura para liberar um direito já estabelecido ao servidor.

Agradeço o anonimato, porque perseguições existem sim.”

Sem apoio?

A coluna andou falando bastante a respeito de trânsito recentemente, e não param de chegar mensagens por parte dos leitores tratando do assunto.

Algumas chamaram atenção para a ausência de agentes de trânsito no fim de semana passado, e apurações iniciais parecem indicar que os plantões de fim de semana, tratados como horas extras, teriam sido cortados.

Considerando que neste fim de semana o movimento deve ser um pouco maior em razão do Dia dos Pais, vale observar se teremos ou não a presença dos agentes, e também quais as consequências práticas disso.

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Política em efervescência com a aproximação das eleições de novembro

sábado, 08 de agosto de 2020

Edição de 8 e 9 de agosto de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 8 e 9 de agosto de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • MDB friburguense - A executiva regional aguarda a aprovação e o lançamento das candidaturas aos cargos de prefeito e vice-prefeito na eleição marcada para novembro. O MDB, sob a presidência do deputado Álvaro de Almeida está fortalecido pela coesão entre seus membros, perfeito entendimento entre seus órgãos diretivos e prestigiado pela maioria do eleitorado de Friburgo.
  • Esperada a resposta favorável de Edgard de Almeida - Os meios políticos do Estado, notadamente os redutos do MDB, aguardam com ansiedade a resposta do deputado Edgard de Almeida, ao apelo que lhe foi feito, para que mantenha sua candidatura ao Legislativo federal, funções que vem honrando sobremodo. Espera-se que o partido da oposição venha a contar, na legislatura vindoura, com sua capacidade e atividade na Câmara Federal.
  • Amaral Peixoto: candidato ao Senado - O almirante Amaral Peixoto já está em plena campanha eleitoral, percorrendo o Estado do Rio em propaganda de sua candidatura. Político de largo prestígio e cidadão com honrosa folha de serviços prestados aos fluminenses, além de ser considerado como uma das maiores reservas morais da nação, tem assegurado uma tranquila vitória no embate das urnas que se aproxima.
  • Os legislativos - Este jornal sempre defendeu legislativos atuantes, independentes, que  representem o ponto de vista popular, falando alto e bom som dos assuntos que possam interessar às comunidades, Legislativo acomodado, dominado pela amorfia, deformado pelas injunções, pouco ou nada representam na vida de um município. Uma Câmara Municipal apartada da vida social, econômica, cultural, esportiva, musical, e enfim somente envolvida por assuntos de política de campanário que nada constrói ou dignifica, pode cerrar suas portas e suas atividades sem nenhum prejuízo para a vida comunal. 
  • Em direção às urnas - Terminado o prazo do alistamento eleitoral, aprovadas as candidaturas e lançados os nomes dos que concorrerão no pleito marcado para 15 de novembro, a política municipal entra em efervescência e a democracia vê vencida uma outra etapa. O eleitorado friburguense mais urna vez será chamado a opinar sobre os homens que devem governar a nossa comuna e isso, constitui um passo agigantado em direção ao aprimoramento político do nosso povo. Quem galga um cargo por via de voto do povo, fica com autenticidade, ganha condições e realmente está “batizado” pela democracia.
  • Está chegando a hora -  Em novembro do corrente ano serão escolhidos os preferidos para o Executivo e o Legislativo do município: prefeitura e Câmara. Aqueles que não contavam mais com eleições, estão desiludidos. É que, por estarem divorciados do povo, temem mais as urnas que o diabo a cruz. Mais uma vez os dois partidos existentes serão testados. Vai-se ver com quem está o povo.
  • Festa da Cerveja do Caledônia Montanha Clube - Concorrido evento este ano será em 5 de setembro com três orquestras das mais afamadas, inclusive a de Ed Lincolm. Várias representações de países amigos participarão da grande festa, com seus trajes típicos e demonstrações dos respectivos folclores.
  • A passagem da data natalícia do querido e competente clínico dr. Dermeval Barbosa Moreira, que ocorre ao próximo dia 13 enseja aos friburguenses a prestação de tributos de reconhecimento e admiração ao ilustre facultativo, figura exponencial da nossa sociedade e da classe médica fluminense. Cientista do mais alto gabarito, homem que devotou sua vida em favor dos que sofrem, o dr. Dermeval pratica por vocação um autêntico sacerdócio. Coração sempre aberto aos problemas do próximo, o respeitável e respeitado tem em cada habitante de Friburgo um amigo e em cada amigo um sincero admirador das suas qualidades de cidadão e de mestre da arte de curar. 

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Geny Amélia (10); Emilinha Gandur (11); Adelino Valente, José Amélio e Alvarino Bessa (12); Rostain Pinto de Faria, Bernardino Vieira Gomes, Dermeval Barbosa Moreira e Lafayette Bravo Filho (13); Ricardo Roberto Alves, José Carlos Cordeiro, Angelo Chaves e Joelma Pereira (14); Monsenhor José Antônio Teixeira (15).

 

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Edição de 8 e 9 de agosto de 1970
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