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Dor emocional da cura

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Ao longo dos anos da vida de uma criança ela vai, na formação de seu ego, tendo que esconder partes de si para preservar outras partes. Pode surgir uma neurose, que é o encolhimento do eu para preservação do eu permitindo viver na realidade. Psicose é a falha nesta tentativa de preservação da condição de funcionar como indivíduo social.

Ao longo dos anos da vida de uma criança ela vai, na formação de seu ego, tendo que esconder partes de si para preservar outras partes. Pode surgir uma neurose, que é o encolhimento do eu para preservação do eu permitindo viver na realidade. Psicose é a falha nesta tentativa de preservação da condição de funcionar como indivíduo social.

Dependendo da sensibilidade da criança e do que ocorre no meio ambiente onde ela vive os primeiros anos da infância, ela pode aprender a esconder mais, ou menos, do que ela é e deixar aparecer somente parte do que é. Isso acontece se a criança sente que é perigoso mostrar alguns sentimentos ou opiniões, pois pode ser criticada, censurada, ridicularizada por um adulto insensível, nervoso ou não afetivo.

E quando a criança se relaciona com este adulto complicado que a censura, que pode ser o pai, a mãe ou substitutos, ela pode se tornar indiferente para com necessidades afetivas básicas dela mesma, e talvez esconder parte do que ela é como indivíduo natural, e deixar aparecer no seu comportamento somente uma parcela da sua identidade. Ocorre um encolhimento do seu eu para poder deixar uma parte dele que dá para viver na sociedade, nos relacionamentos com as pessoas, estudar, trabalhar.

A necessidade de saúde mental leva cada pessoa a procurar, ao longo da existência, recuperar as partes do eu perdidas de formas e em momentos variados. E também esta necessidade tenta ajudar a evitar a dor. Mas não dá para fazer uma coisa e evitar a outra. Ou seja, quando começa a surgir na consciência a percepção das partes do eu perdidas, a dor vem junto. E dor pode ser tristeza, angústia, revolta. Por que a dor vem junto quando se pensa no que foi perdido, no que se encolheu como pessoa ao longo dos anos da infância para sobreviver psiquicamente? Porque ocorre uma tomada de consciência do que havia sido perdido como partes de si mesmo por causa de situações difíceis para o eu quando a pessoa era criança. E isso pode doer bastante.

Além disso, a dor emocional, a qual pode ter e em geral tem manifestações físicas, surge porque esta dor teve que ser abafada no momento em que ocorreu pelas primeiras vezes. Abafada, pelo menos em parte, para ser possível a criança prosseguir sem paralisá-la, sem entrar num surto, ou crise emocional. Quando paralisa é justamente o que chamamos de “surto”, que pode ser psicótico, com delírios, alucinações, agitação, alienação da realidade. Ou poder ser uma crise de ansiedade de separação, pode ser uma regressão que leva a criança já com cinco, seis ou mais anos de idade a se portar como um bebê e voltando a urinar na cama. A dor do passado se manifesta na vida adulta de formas variadas.

Esta tomada de consciência dos traumas, dos conflitos, do passado infantil e da respectiva dor não ocorre com todas as pessoas porque nem todas conseguem resgatar partes perdidas do seu eu, e morrem sem este resgate, mesmo que tenham conseguido "sucesso” profissional e econômico na vida. Muitos que canalizaram suas carências afetivas para o trabalho e se tornaram ricos materialmente, podem não ter conseguido se tornar pessoas amorosas, sensíveis, afetuosas e misericordiosas.

Não tenha medo desta dor. Ela é resultado do “parto” psicológico para o surgimento da sua identidade mais plena. Faz parte do resgate da sua pessoa a fim de que você se torne mais humano, menos máquina, alguém melhor para si mesmo e para todos.

No livro de Ezequiel, na Bíblia, no capítulo 36 é explicado que quando Deus atua em nossa vida para nos curar de nossos defeitos de caráter, e, assim, resgatar nossa sanidade, tem momentos em que teremos dor emocional. Mas esta é a dor da cura.

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Evitando falar sobre Carnaval

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

O desfile, justamente porque se movimenta, não se assemelha a um palácio. Parece, talvez, um mar que ondeia, sua e ruge

O desfile, justamente porque se movimenta, não se assemelha a um palácio. Parece, talvez, um mar que ondeia, sua e ruge

Desconfio que deveria falar sobre o Carnaval. Quem vai estar a fim de qualquer outra coisa, com o barulho dos tamborins vindo lá da rua? O problema é que sou pouco dado ao que antigamente se chamava, pedantemente, “tríduo momesco”, perífrase que deixou de ser usada quando o Carnaval em todo o Brasil foi esticando, esticando, até ocupar cinco dias nos lugares mais recatados, como nossa cidade, e sete ou oito dias em terras mais farristas, como a Bahia de São Salvador, de onde, aliás, o São Salvador se retira discretamente durante a folia.

Sobre o Carnaval, o máximo que eu poderia escrever não passaria de uma paródia do poema de Carlos Drummond de Andrade chamado “Nova Friburgo”, que se limita a isto: “Esqueci um ramo de flores no bolso do sobretudo”. Não, o plágio seria do seguinte verso do Poeta de Itabira: “Eu queria escrever um poema sobre a Bahia, mas eu nunca fui lá”. Ou seja, nem em poesia, que admite todos os desvarios, a gente deve dar palpite sobre o que não conhece. Portanto, meu texto ficaria assim: “Eu queria escrever uma crônica sobre o Carnaval, mas nunca participei de um”. Não chego a dizer que diante de um desfile eu seja igual a um burro olhando para um palácio, porque eu, que me movimento, até posso ser comparado a um burro (e muita gente já terá feito essa comparação), mas o desfile, justamente porque se movimenta, não se assemelha a um palácio. Parece, talvez, um mar que ondeia, sua e ruge.

Também, quando digo que me movimento, não quero dizer com isso que eu seja capaz de cair na farra. Não sei se ainda se usa a expressão “pular o Carnaval”, mas desconfio que, se eu tentar tamanha loucura, na Quarta-Feira de Cinzas estarei internado no Hospital Regional, porque já no primeiro pulo começarei a desmontar.

Isso me lembra de ter lido uma coisa extraordinária, relativa à Medicina. Um cirurgião, estando na Suécia, operou um doente que estava na Holanda, usando para isso um computador na sua mesa e um robô na sala de operação. E olha que foi uma operação no estômago ou ali por perto. As coisas hoje em dia se aperfeiçoam com tal velocidade que nem dá para acompanhar. Esta notícia mesmo, dita assim, deixa o ouvinte na dúvida: “Esse cara tá falando sério ou é piada?” Sim, porque parece mentira uma cirurgia em que há centenas de quilômetros entre o cortador e o cortado.

Mas, pensando bem, não há nada de novo nesse procedimento, visto que aqui no Brasil não raro acontece de o sujeito chegar a um Centro de Saúde, o nome do médico está na lista dos que estão de plantão, mas o médico propriamente não está ali. Saiu correndo “para atender a uma emergência”. Então, resta ao freguês dar-se por virtualmente atendido, e ir vivendo — ou morrendo, se melhor lhe convier — sem a contribuição médica mesmo.

E na hipótese remotíssima de algum médico ler esta coluna, hipótese de resto remotíssima em se tratando de qualquer categoria profissional, e mesmo em se tratando de pessoas sem profissão ou sem categoria, quero esclarecer que tenho grande respeito e admiração por quem cuida da saúde e da doença alheias e que desejo a todos os leitores, doutores em Medicina ou doutores em samba no pé, ou mesmo aos que como eu não são doutores em coisa nenhuma, um Carnaval muito alegre e muito tranquilo.

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“Trata bem dele”

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Caros irmãos, nesta semana, trazemos como reflexão uma síntese da Mensagem do Papa Francisco para o XXXI Dia Mundial do Doente, celebrado neste sábado, 11, cujo tema é: “Trata bem dele”! A compaixão como exercício sinodal de cura.

Caros irmãos, nesta semana, trazemos como reflexão uma síntese da Mensagem do Papa Francisco para o XXXI Dia Mundial do Doente, celebrado neste sábado, 11, cujo tema é: “Trata bem dele”! A compaixão como exercício sinodal de cura.

A doença faz parte da nossa experiência humana. Mas pode tornar-se desumana, se for vivida no isolamento e no abandono, se não for acompanhada pelo desvelo e a compaixão. Ao caminhar juntos, é normal que alguém se sinta mal, tenha de parar pelo cansaço ou por qualquer percalço no percurso. É em tais momentos que se vê como estamos a caminhar: se é verdadeiramente um caminhar juntos, ou se se vai na mesma estrada, mas cada um por conta própria, cuidando dos próprios interesses e deixando que os outros «se arranjem». Por isso, neste XXXI Dia Mundial do Doente e em pleno percurso sinodal, convido-vos a refletir sobre o fato de podermos aprender, precisamente através da experiência da fragilidade e da doença, a caminhar juntos segundo o estilo de Deus, que é proximidade, compaixão e ternura.

O livro do profeta Ezequiel oferece-nos um grande oráculo, que constitui um dos pontos culminantes de toda a Revelação, e lá o Senhor fala assim: «Sou Eu que apascentarei as minhas ovelhas, sou Eu quem as fará descansar – oráculo do Senhor Deus. Procurarei aquela que se tinha perdido, reconduzirei a que se tinha tresmalhado; cuidarei a que está ferida e tratarei da que está doente (...). A todas apascentarei com justiça» (34, 15-16). Naturalmente as experiências do extravio, da doença e da fragilidade fazem parte do nosso caminho: não nos excluem do povo de Deus; pelo contrário, colocam-nos no centro da solicitude do Senhor. Trata-se, pois, de aprender com Ele a ser verdadeiramente uma comunidade que caminha em conjunto, capaz de não se deixar contagiar pela cultura do descarte.

Como sabeis, a encíclica Fratelli tutti propõe uma leitura atualizada da parábola do Bom Samaritano (cf. nº 56). Escolhi-a como ponto de viragem para se poder sair das «sombras dum mundo fechado» (cap. I) e «pensar e gerar um mundo aberto» (cap. III). Com efeito, há uma profunda conexão entre esta parábola de Jesus e as múltiplas formas em que é negada hoje a fraternidade. Não é fácil distinguir os atentados à vida e à sua dignidade que provêm de causas naturais e, ao invés, aqueles que são provocados por injustiças e violências. Cada doença realiza-se numa «cultura» por entre as suas contradições.

Entretanto, o que importa aqui é reconhecer a condição de solidão, de abandono. Trata-se duma atrocidade que pode ser superada antes de qualquer outra injustiça, porque, para eliminá-la - como conta a parábola - basta um momento de atenção, o movimento interior da compaixão. Dois transeuntes, considerados religiosos, vêem o ferido e não param. Mas o terceiro, um samaritano, alguém que é objeto de desprezo, deixa-se mover pela compaixão e cuida daquele estranho na estrada, tratando-o como irmão. Procedendo assim, sem pensar sequer, muda as coisas, gera um mundo mais fraterno.

Nunca estamos preparados para a doença. Tememos a vulnerabilidade e a invasiva cultura do mercado impele-nos a negá-la. Não há espaço para a fragilidade. Então pode acontecer que os outros nos abandonem, ou nos pareça que devemos abandoná-los a fim de não nos sentirem um peso para eles. Começa assim a solidão. Na realidade, sentimos dificuldade de permanecer em paz com Deus, quando se arruína a relação com os outros e com nós próprios. Por isso é tão importante, relativamente também à doença, que toda a Igreja se confronte com o exemplo evangélico do bom samaritano, para se tornar um válido «hospital de campanha»: com efeito a sua missão, especialmente nas circunstâncias históricas que atravessamos, exprime-se na prestação de cuidados.

De fato, o Dia Mundial do Doente não convida apenas à oração e à proximidade com os que sofrem, mas visa ao mesmo tempo sensibilizar o povo de Deus, as instituições de saúde e a sociedade civil para uma nova forma de avançar juntos.

Os anos da pandemia aumentaram o nosso sentimento de gratidão por quem diariamente trabalha em prol da saúde e da investigação médica. Mas, ao sair de uma tragédia coletiva assim tão grande, não é suficiente prestar honras aos heróis. A covid-19 pôs à prova esta grande rede de competências e solidariedade e mostrou os limites estruturais dos sistemas de assistência social existentes. Por isso, é necessário que a gratidão seja acompanhada, em cada país, pela busca ativa de estratégias e recursos a fim de garantir a todo o ser humano o acesso aos cuidados médicos e o direito fundamental à saúde.

«Trata bem dele!» (Lc 10, 35): é a recomendação do samaritano ao estalajadeiro. Mas Jesus repete-a igualmente a cada um de nós na exortação conclusiva: «Vai e faz tu também o mesmo». Efetivamente «fomos criados para a plenitude que só se alcança no amor. Viver indiferente à dor não é uma opção possível» (Fratelli tutti nº 68). As pessoas doentes estão no âmago do povo de Deus, que avança juntamente com eles como profecia de uma humanidade onde cada qual é precioso e ninguém deve ser descartado.

Fonte: www.vatican.va

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Vivas para a Rose

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Sábado que vem, dia 18, e em clima de carnaval e muitas alegrias como merece celebrar, a querida Rose Sepulcri (foto), esposa do querido médico e diretor do Hospital Raul Sertã, Dr. Victorino Sepulcri estará aniversariando.

Por este belo motivo, de alegrias para seus familiares e muitos amigos, nosso carinhoso abraço de congratulações à estimada Rose pela sua mudança de idade.

Jurema com Abdalla e mais cadeiras

Sábado que vem, dia 18, e em clima de carnaval e muitas alegrias como merece celebrar, a querida Rose Sepulcri (foto), esposa do querido médico e diretor do Hospital Raul Sertã, Dr. Victorino Sepulcri estará aniversariando.

Por este belo motivo, de alegrias para seus familiares e muitos amigos, nosso carinhoso abraço de congratulações à estimada Rose pela sua mudança de idade.

Jurema com Abdalla e mais cadeiras

Como preparações finais para o seu desfile que fará na tarde/noite da terça-feira de carnaval, dia 21, o Bloco da Jurema agitou certo restaurante de Duas Pedras neste sábado, 11, à noite com muita animação e alegrias.

Neste carnaval de 2023, o Bloco da Jurema estará homenageando de forma muito justa, seu especial e saudoso amigo Chico Abdalla, que aos 67 anos de idade faleceu em decorrência da Covid no dia 08 de maio de 2021.

Além de reverenciar “em memorian” o seu inesquecível patrono, a animada galera do Jurema estará desfilando com 20 novas cadeiras de rodas e higiênicas, conseguidas através de mais um expressivo volume daqueles lacres de latinhas de bebidas arrecadado ano passado.

'Jah Deu Samba', o belo sucesso de Nova Friburgo

Nova Friburgo é um celeiro de grandes musicais e de certo tempo cá, conta mais um exemplo disso, o excelente grupo 'Jah Deu Samba', formado em 2021 pelos talentosos André Salarini (cavaco), Arthur Paladino (violão), Gabriel Pinheiro (surdo), Jackson Cordeiro (tantã) e Vitor Mazzine (pandeiro), que explora um repertório excelente, sempre incluindo clássicos de grandes astros nacionais, como Paulinho da Viola, João Nogueira, Fundo de Quintal, Adoniram Barbosa, sem deixar de fora sucessos dos anos 90 como Exaltasamba e ArtPopular, entre outros.

A união entre estes amigos que não deixam também a resenha de lado e não abandonam a música, provoca a todos que têm a oportunidade de acompanhar o grupo, a vontade de reviver momentos inesquecíveis proporcionados pelo samba, a celebração ao passado, o amor ao presente e o compromisso com o futuro.

Então, parabéns e muito mais sucessos ao admirado 'Jah Deu Samba', formado pelo que vemos na foto, da esquerda para a direita, com os aplaudidos Victor, André, Arthur, Gabriel e Jackson.

O Jah Deu Samba que fez ótima apresentação no Espaço Babel neste sábado, daqui por diante cumpre a seguinte agenda: dia 18, Kasadidani; 19, Espaço Brotou; 20, Praça Getúlio Vargas; 21, Espaço Babel, e 25, na Cervejaria Lumiarina.

Teló em Bom Jardim

Quem desejar curtir depois do carnaval, um show da melhor qualidade já pode ir agendando. Michel Teló estará fazendo um super show em Bom Jardim, na noite de sábado, 04 de março, em comemoração aos 130 anos de emancipação político-administrativa daquele vizinho município.

Edison lançou ‘Miscelânea Poética'

Para sua satisfação própria, assim com de familiares e amigos, o querido bancário aposentado e músico autodidata friburguense Edison Teixeira Filho (na foto, sentado junto de familiares), lançou em concorrido evento no sábado retrasado, dia 4, na icônica 'Rua das Rendas' no Espaço Arp, o seu belo livro ‘Miscelânea Poética'.

Edisinho, carinhosamente assim chamado por familiares e amigos mais próximos, é aposentado do Banco do Brasil e músico & compositor amador que já teve marcantes participações em festivais de música do passado, além de ser filho do saudoso Sr. Edison, que possuiu com seu nome, uma das mais conhecidas casas comerciais de materiais e produtos elétricos de Nova Friburgo.

Quem desejar adquirir esta bela obra literária de Edison, quem sabe a primeira de outras que virão, pode solicitar o exemplar do ‘Miscelânea Poética', em contato com a esposa dele, a Srª. Arilda, através do cel-zap (22) 98160-2288.

Grande passo do Miguel

Os pais Alexandre Pessanha da Encarnação & Miriam de Castro Folly, bem como os avós corujas Luiz Carlos & Rosane, assim como demais familiares estão super felizes com o filho/neto Miguel de Castro Folly Pessanha da Encarnação (foto).

Isso, porque o super Miguel acaba de passar no Enem para começar a cursar Direito, na Universidade Federal de Viçosa-MG. Parabéns ao Miguel e seus queridos familiares em geral.

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A VOZ DA SERRA é uma seleção natural de excelentes pautas!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

A viagem deste fim de semana começa na plataforma de “Palavreando”, com Wanderson Nogueira. - “Ah, carnaval! Se eu não te conhecesse, te amaria à primeira vista...”. Nas cores e belezas do Caderno Z, tudo brilha. Eu conheço o carnaval de outros carnavais, quando mamãe varava a noite costurando as nossas fantasias. Conheço desde quando papai tirava folga no seu trabalho para que pudéssemos acompanhar os festejos de momo, onde fazíamos sucesso, vestidos de holandeses, soldadinhos, nas ideias de mamãe.

A viagem deste fim de semana começa na plataforma de “Palavreando”, com Wanderson Nogueira. - “Ah, carnaval! Se eu não te conhecesse, te amaria à primeira vista...”. Nas cores e belezas do Caderno Z, tudo brilha. Eu conheço o carnaval de outros carnavais, quando mamãe varava a noite costurando as nossas fantasias. Conheço desde quando papai tirava folga no seu trabalho para que pudéssemos acompanhar os festejos de momo, onde fazíamos sucesso, vestidos de holandeses, soldadinhos, nas ideias de mamãe. Da mesma forma que Nogueira, “eu teria um conceito diferente do que é alegria”, pois o carnaval nos dá uma lição de que a felicidade é para toda gente.

Da antiguidade para os tempos modernos, a interação entre os tempos se concentra no quesito criatividade, pois, a brincadeira não requer grandes investimentos. A exemplo, as amigas Maria Rita Coelho Faez e Mariana Daflon criam “roupas e acessórios para curtir a folia com muito conforto, segurança e beleza”. Filha de nossa colega Christiane Coelho, que já trabalhou nessa área, Maria Rita destaca: “Assumi a produção e está sendo uma experiência muito agregadora, já que é meu primeiro contato com o público”, explica. A parceira Mariana também entende da parada: “A parte mais gratificante de tudo isso é encontrar pessoas que se identificam com suas roupas e desejam passar uma época tão especial do ano usando as peças”. Parabéns, meninas!

A garotada também tem vez e voz no carnaval e as fantasias podem ser na base do improviso, pois é muito fácil compor a alegria dos pequenos. O que vale é ser o que se quiser, como sempre foi a marca da folia carnavalesca. Ainda mais nesse ano em que as festas terão duração de vários dias. Inclusive, as obras na Avenida Alberto Braune entram em recesso para que o trânsito fique livre, dando vez para as folias de Momo.

O Bola Branca traz em seu enredo “pão e circo”, numa crítica gostosa, suave e alegre sobre a realidade que se confunde com o sonho: “haja coração, é festa da nação, a realidade vem depois...é a luta por um prato de feijão com arroz...”. Bem a nossa cara de resiliência: “devo não nego, pagarei quando puder, um dia vai melhorar, eu tenho fé...”.

Enquanto a folia esquenta, o Cão Sentado apela para o Rei Momo na campanha sobre os males do tabagismo. Também esquentam os tambores da vigilância: a Anvisa proíbe todas as pomadas capilares; Anatel ordena bloqueio de cinco milhões de decodificadores piratas; Governo Federal passa pente-fino no CadÚnico e encontra 2,5 milhões de benefícios com problemas; e o mais novo “Golpe do Pix”, quando o golpista simula, por telefone, um ambiente bancário, e pede uma transferência em nome do banco etc.  Esse golpe é bem convincente. Na dúvida, desligue o telefone e vá ao banco.

Em “Há 50 Anos”, chegava a TV Tupi a Nova Friburgo no canal 10. Era o tempo da antena pé de galinha, quem se lembra? A notícia vem trazendo lembranças do inesquecível “Seu Yunes”, Elias Antônio Yunes, dono da Casa Yunes, revendedora da Philips do Brasil.

Mas, vamos voltando para a estação 2023 que a viagem ainda tem várias paradas. Em “Sociais”, muitos ilustres. Na quarta, 8, foi aniversário do querido cirurgião, doutor Renato Henriques. Dia 9, a maravilhosa Marilda Berbert, esposa do primo Juca. Ela quem fez a linda grinalda do meu casamento. Ainda no dia 9, a estimada Margarida Ventura. Na sexta, 10, a “modista” Maria Rita festejou 18 anos. A iluminada Gilse Ventura Coutinho, nesta segunda, 13. A todos, parabéns e felicidades.

O calendário não dorme em serviço e todo dia tem algo a ser celebrado. 11 de fevereiro, por exemplo, é o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. Ana Borges nos trouxe uma reportagem com declarações “exatas” de “mulheres inspiradoras” que se tornaram cientistas e até venceram tabus. Para continuar as celebrações, 12 de fevereiro é o Dia de Darwin, naturalista, geólogo e biólogo inglês. Charles Darwin, autor de “A Origem das Espécies”, deu ao mundo os rumos do famoso processo da seleção natural. Meninas e mulheres, avante! A Ciência agradece!

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Escritores com veias científicas afloradas e cientistas com veias literárias manifestas

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Não tive como deixar de dar continuidade à coluna anterior pelas questões que não me deixaram aquietar, principalmente depois que José Huguenin, autor do livro “Vidas Sertanejas”, me enviou o texto de João Zanetic, “Física e literatura: construindo uma ponte entre as duas culturas”, publicado no livro “História, Ciências e Saúde – Manguinhos”, publicado pela Casa Oswaldo Cruz. 

Não tive como deixar de dar continuidade à coluna anterior pelas questões que não me deixaram aquietar, principalmente depois que José Huguenin, autor do livro “Vidas Sertanejas”, me enviou o texto de João Zanetic, “Física e literatura: construindo uma ponte entre as duas culturas”, publicado no livro “História, Ciências e Saúde – Manguinhos”, publicado pela Casa Oswaldo Cruz. 

Tenho algum aprendizado em epistemologia, que é o estudo do conhecimento, adquirido durante o Curso de Pedagogia e o Mestrado em Educação. Por vezes é interessante adentrarmos em temas mais áridos, como esse, porque estão presentes em nossa vida e não nos damos conta disso. Até hoje me pergunto por que a física e a química não são estudadas desde o maternal, dado que estão intrinsicamente presentes no cotidiano. Aliás, estamos mergulhados nas palavras, nos números, nos fenômenos naturais, nas composições e reações químicas existentes nos seres vivos e brutos.

A aproximação entre as ciências e a literatura nos vai permitir melhor conhecer o mundo. O conhecimento científico está fundamentado na reflexão criteriosa e objetiva de fenômenos da natureza. É criteriosa porque se baseia em estudos metódicos de acordo com a área da ciência a que se refere. É objetivo porque é delimitada a um determinado tema a partir de um ponto de vista. Já a literatura pode nascer no conhecimento empírico, ou seja, aquele adquirido na experiência individual, no saber popular e na intuição. Como também ser inspirada pelos conhecimentos oferecidos pelas ciências.

Os romances, os contos, a poesia emergem no imaginário de pessoas que experimentam a aventura humana. A ciência surge da dúvida e da necessidade de dominar, através do conhecimento, os fenômenos naturais e humanos. Somos seres pensantes e precisamos do conhecimento para sobreviver, evoluir, viver com melhor qualidade e conquistar a felicidade. Tanto a literatura, especialmente as obras clássicas, como a ciência são fontes de saber. Uma reflexão moveu João Zanetic a produzir o texto sobre as relações entre a física e a literatura:  as obras clássicas, sejam filosóficas, textos científicos, poesias, contos e romances, foram construídas a partir da extrema sensibilidade dos seus autores que nos permitem estabelecer um diálogo inteligente com o espaço-tempo em que vivemos.

O intercâmbio entre a literatura e as diversas áreas do conhecimento seria de grande utilidade para interpretar o mundo, como também para transformá-lo. “O Capote, de Nicolai Gogol, une a literatura, com a filosofia, a sociologia, economia, a química, a física e tantas outras ciências. A delimitação espaço-tempo, o ponto de partida de todo texto, já traz um princípio físico por excelência.

Quando lemos um clássico da literatura Russa, por exemplo, como “Ana Karênina”, de Liev Tolstói, publicado há mais de cem anos, nos permite fazer uma viagem na dimensão espaço-tempo.

Está no imaginário o grande elo entre ciências e a literatura. Segundo Jacob Bronowski, em sua obra O Olho do Visionário”, A imaginação nos tinge de formas diferentes na ciência e na poesia. Na ciência ela organiza nossa experiência em leis, sobre as quais baseamos nossas experiências futuras. A poesia, porém, é outro modo de conhecimento, em que comungamos com o poeta, penetrando diretamente na sua experiência e na totalidade da experiência humana.”

 Ao se utilizarem de caminhos específicos e diferenciados, a ciência e a literatura nos oferecem conhecimentos universais. Eu tenho a ligeira impressão, como deseja João Zanetic, que, em breve, o mundo seja presenteado com escritores com veias científicas afloradas e cientistas com veias literárias manifestas, uma vez que cientistas e escritores são massivos querentes de conhecimentos porque não lhes bastam o que a vida lhes apresenta e oferece, querem ir além. São insatisfeitos. Procuram motivos que justifiquem a existência humana na Terra, inclusive a deles. Buscam entender as relações entre o humano com o Universo. Buscam ultrapassar os limites do conhecimento.

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TV Tupi chega a Friburgo no canal 10

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Edição de 10 e 11 de fevereiro de 1973 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

Edição de 10 e 11 de fevereiro de 1973 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

TV Tupi - canal 10 - A emissora instalou-se no Alto da Cascatinha com um moderno aparelhamento de repetidora a cores. Graças a ingerência pessoal do comerciante, Elias Antonio Yunes, proprietário das Lojas Yunes, temos agora em franco funcionamento a TV Tupi em Friburgo, com material recentemente importado e superior a CR$ 35.000, a maior parte doada pela Philips do Brasil, firma da qual as Lojas Yunes é grandes revendedora. É de justiça salientar que o sr. Elias Yunes, além do prestígio pessoal, colocou, também, no circuito, o incontestável poderio do Lions Clube. Há dois meses acompanhamos junto ao sr. Yunes e ao dr. Ricardo Tullime, diretor da Philips, todo o desenrolar do assunto, podendo garantir, desafiando contestação, que nenhuma outra entidade local, autoridades ou governos tiveram participação na iniciativa

Dr. Jesuíno Olívio da Cunha - Honrada a classe médica friburguense com o ingresso do dr. Jesuíno no “American College of Cardiology”, em Maryland, Estados Unidos. Alta honraria, somente conferida a médicos que se destacam na especialidade a que se dedicam. Apaixonado pelo complexo campo da cardiologia, o dr. Jesuíno tem cursos de exigentes frequências e apuração no México, nos EUA e por várias vezes tem recebido apelos da equipe dr. Zerbini para integrá-la em São Paulo. Sua maneira filosófica de encarar a Medicina, seu amor à Friburgo e seu carinho aos seus doentes, tem-no impedido de abandonar nossa terra.

Serviço Autônomo de Agua e Esgoto - Dois conhecidos advogados vão assumir a autarquia: dr. Célio Ivo de Freitas para o Departamento Jurídico e dr. Dante Magliano, para o Departamento Administrativo. Defendendo como sempre o fizemos, a entrega do mencionado órgão a orientação de gente da terra, batemos palma pela escolha. O dr. Célio Ivo que agora ingressa na vida pública, é um jovem idealista e que deu tudo de si para a vitória do atual prefeito. 

Pílulas 

● O Jogo de Xadrez está empolgando e por que não dizer, dominado em Friburgo. Mais de uma centena de concorrentes apresentou o Campeonato Friburguense de 1972, agora terminado, constituindo um verdadeiro sucesso o certame que apontou Galdino El-Jaick, como campeão, já que é ele, também campeão fluminense da mesma categoria. No dia 20, na SEF, serão entregues as medalhas e os troféus conquistados pelos disputantes. 

● Como em todo novo governo municipal, há movimentação de nomeações, exonerações, demissões, etc, mas desta vez está ganhando proporções inéditas. Os nossos colegas do Jornal da Serra encheram várias colunas com as manifestações que trouxeram alegrias e desilusões em meio a briga do mar com o rochedo, na qual quem sempre paga o pato é o marisco. Como o caso em foco.

● Aos amigos, tudo. Aos adversários, justiça. O “tudo” aos amigos se nos apresenta como um exagero de liberalidade, notadamente quando a referência se aplica ao manejo de coisas públicas, que nunca foi e nem é propriedade particular. 

● Batemos palmas e bateremos sempre aos governos municipais que preservarem a atual posição da Autarquia Municipal de Água. Nada de entregar o prato feito a grupos de fora, sejam de que origem forem. Levantamos a cortina, desvendamos o véu dos estrangeiros da água, saindo a campo sem temer consequências

● Aviso aos navegantes: Este jornal não aluga e muito menos se vende. Temos espaço remuneradamente a ser ocupado, desde que, o preço pago não signifique qualquer compromisso pessoal, comercial, social ou político. Há ainda outra coisa a dizer: A VOZ DA SERRA nunca mendigou publicidade e nem se ajeita para consegui-la. 

E mais… 

  • O novo procurador da prefeitura: dr. Márcio Gonçalves Pereira   
  • Faculdade de Filosofia: novo vestibular
  • Reinado de momo com 73 orquestras no Nova Friburgo Country Clube

Sociais 

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Humberto El-Jaick, Marinette de Almeida, Suely Segal, Roxana Vilarinho e Emilia Engert Milward (11); Felisberto Ribeiro (12); Gilse Ventura e Lair Ventura Lugon (13); Denise Dutra da Costa, Hélia Dias Alves, José Bassani e Maiby Ewald Leal (14); Juvenal Marques e Rogério Assis (15); Humberto Chaves e Fernando Augusto (16); Adyr Vahys e Plínio Sérgio Alonso (17).

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
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Se eu não soubesse o que é o carnaval…

sábado, 11 de fevereiro de 2023

Se eu não soubesse o que é o carnaval, se eu já não tivesse te conhecido. Ah, não sei. Talvez, eu teria um conceito diferente do que é alegria, felicidade, essa coisa de se esbanjar, ser entregue, se deixar levar... Pela música, pelos brilhos de tantas cores que nem sei o nome, pelas multidões ou simplesmente pelo bailar da passista quase toda despida. 

Se eu não soubesse o que é o carnaval, se eu já não tivesse te conhecido. Ah, não sei. Talvez, eu teria um conceito diferente do que é alegria, felicidade, essa coisa de se esbanjar, ser entregue, se deixar levar... Pela música, pelos brilhos de tantas cores que nem sei o nome, pelas multidões ou simplesmente pelo bailar da passista quase toda despida. 

Nada mais próximo de inclusão do que o carnaval. Ser quem se é ou outra coisa qualquer, ainda que em sonho de verão de fevereiro. Sem julgamentos. Ser rei e como tal, decretar anistia a todos de bom coração, inclusive a si mesmo. Ser Pierrô, Colombina, bobo da corte, mascarado, qualquer famoso e assim como o rei, liberto para todo o regozijo que possa existir.  

Se eu não te conhecesse e te visse agora... Meu Deus! Seria melhor do que ver o mundo do alto das mais elevadas montanhas. De pronto, eu já me encantaria com todo esse povo na rua. Eu, igualmente povo, no meio da multidão, mais do que vislumbrando  vivendo as tantas possibilidades de conhecer e se conhecer. Quem sabe só um amor de carnaval ou um amor para além dele. E se só for um beijo bom que finca na memória — deleite. E se for aquele abraço de quem nunca nem se saberá o nome, mas prevejo que marcará e dará à folia, a nostalgia que fantasiará todos os próximos carnavais. 

Se eu não soubesse o que é o carnaval... Eu me embasbacaria com a chuva de confetes e serpentinas. Que beleza ver as crianças fantasiadas de heróis diversos se esbaldando em ingenuidade que também se faz presente em adolescente que quer dar os primeiros beijos, os primeiros amassos. 

O despertar do próprio corpo é repleto de romantismo e o romantismo é infantil, quase fantasioso. Mas não se engane, para depois do carnaval é jornada intensa e muitas vezes até cruel. Ser adulto não é fácil. Amadurecer feliz é desafio. 

Tentam resumir você à festa da carne. Você, carnaval, é a festa do despertar que faz burburinho na alma. Pudesse ser o ano inteiro.  

Ah, carnaval! Se eu não te conhecesse, te amaria à primeira vista. Esses sons de instrumentos de sopro e batuques. Essa musicalidade que entra no corpo e faz dançar, sambar... Não importa se quem é invadido por essa energia musical sabe dançar ou não sabe sambar. Dance bem, sambe mal e aqui nessa festa, Tim, vale tudo, absolutamente tudo. 

E, de repente, mesmo tendo dificuldade de decorar canções, acaba por saber de trás para frente e de frente para trás todo samba-enredo da escola campeã ou a que se escolhe para morar no coração. Portela! Desde 1995 sei todos os seus sambas. Dos seus cem, tantos icônicos sambas que fazem meu coração se pintar de azul e branco. 

Se eu não soubesse o que é o carnaval… Ficaria em êxtase já no primeiro bloco, do pré-carnaval. E desfilaria em todos os blocos, os que saem de manhã, os que desfilam à tarde, os que brincam à noite, de madrugada, os que parecem maratona.

Cansaço? Deixaria para depois da quarta-feira de cinzas. Por que ao te conhecer, pela primeira vez, adiaria seu fim ao máximo e apaixonado ainda haverei por festejar na quadra da escola campeã, seja qual for, se por merecimento. Pelas fantasias, pela criatividade, pela viagem de imaginações em realidade, pelas inovações, pelas críticas sociais, mas acima de tudo pelo sentimento deixado.  

Eu te conheço, carnaval, e sinto saudade de você em todos os outros meses do ano. Eu te conheço há tempos e desde a primeira vez te faço ser nostalgia para todos os momentos vindouros. E te reinvento na minha própria reinvenção. E te quero cada vez mais. E desfilo em suas fantasias, físicas, mas não só. 

As fantasias que giram nas alegorias que fartam a minha existência. E te canto em seus encantos. E me divirto em pulos, rodopios, viagens que faço quando estou na arquibancada, na avenida, nos beijos que dou e me roubam. Nos amores que ficam e mesmo indo — perduram e estendem o carnaval para o ano inteiro em festa de intimidade. 

Sim! Já beijei e esqueci o nome de quem me beijou se é que perguntei o nome. Mas o seu nome carnaval... O seu está tatuado em mim.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Dez termos para entender suas finanças

quinta-feira, 09 de fevereiro de 2023

Desenvolvimento de linguagens é algo fundamental para estabelecer plena comunicação. Além de idiomas, nichos específicos também criam suas próprias formas de expressão e no mercado financeiro não é diferente. Hoje separei alguns termos específicos e essenciais para você desenvolver sua capacidade de compreensão.

Alavancagem: com o objetivo de potencializar resultados, investidores usam determinadas garantias para operar com volume financeiro acima do patrimônio real, podendo resultar em grandes lucros ou prejuízos.

Desenvolvimento de linguagens é algo fundamental para estabelecer plena comunicação. Além de idiomas, nichos específicos também criam suas próprias formas de expressão e no mercado financeiro não é diferente. Hoje separei alguns termos específicos e essenciais para você desenvolver sua capacidade de compreensão.

Alavancagem: com o objetivo de potencializar resultados, investidores usam determinadas garantias para operar com volume financeiro acima do patrimônio real, podendo resultar em grandes lucros ou prejuízos.

Amortização: comumente, dívidas são compostas por juros e valor principal. A amortização refere-se ao pagamento do principal, fazendo com que a dívida seja reduzida ao longo do tempo. Para facilitar a interpretação, precisamos separar em duas partes o valor das parcelas de um produto de crédito: a primeira, cobre os juros da operação, ao passo que a segunda é responsável por amortizar o valor principal e reduzir o valor da dívida contraída.

CET: informada em valor percentual, o Custo Efetivo Total é – como o próprio nome já diz – quanto, de fato, vai custar uma dívida. Aqui, não é informado apenas o valor de juros, mas também é somado todo tipo de custo referente ao produto, como impostos, tarifas bancárias e quaisquer outros encargos embutidos. Portanto, além de comparar juros entre diferentes instituições, estude sempre o CET.

CDB: Certificado de Depósito Bancário são títulos emitidos por instituições financeiras. Na prática, ao adquirir um destes títulos, o investidor está emprestando dinheiro em troca de uma rentabilidade pré-definida.

CDI: Certificado de Depósito Interbancário é um dos principais indexadores (taxas de reajustes) dos ativos existentes no mercado financeiro. Taxa de referência para a realização de operações de empréstimos interbancários.

Dividendos: distribuição de parte dos lucros de uma determinada empresa a seus acionistas.

Fundo de investimento: ferramenta responsável por reunir o capital de diversas pessoas com o objetivo comum de realizar determinados investimentos. Gerido e administrado por especialistas, fundos de investimentos regulamentados são a forma de viabilizar investimentos financeiros em grupo e cada participante (cotista) recebe sua proporção da totalidade em forma de cotas.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o índice oficial do Governo Federal para medir inflação.

Liquidez: o período entre investimento e resgate do capital, podendo haver lucro ou não.

Selic: o Sistema Especial de Liquidação e Custódia representa o sistema responsável pelo controle de emissão, compra e venda de títulos públicos federais; fazendo desta taxa, a principal ferramenta de controle inflacionário e outras medidas econômicas.

Compreender todos os detalhes de um acordo ou contratação financeira é fundamental para manter os seus interesses longe dos riscos da falta de conhecimento – que podem acarretar má fé de agentes e instituições. Para isso, a ferramenta mais eficiente é a comunicação plena.

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Jogo ganho

quinta-feira, 09 de fevereiro de 2023

Para quem acredita que a sinceridade de um elogio pode ser transformadora, eis uma realidade empírica: quando a intenção que encobre um ato ou palavra é sinceramente positiva, ela é ainda mais renovadora. O elogio pode ser significativamente mais profundo do que a simplicidade da forma, quando impregnado desse sentimento.

Para quem acredita que a sinceridade de um elogio pode ser transformadora, eis uma realidade empírica: quando a intenção que encobre um ato ou palavra é sinceramente positiva, ela é ainda mais renovadora. O elogio pode ser significativamente mais profundo do que a simplicidade da forma, quando impregnado desse sentimento.

Quando somos genuínos nos elogios que tecemos a alguém, aquele sentimento pode ter o poder de tocar a fundo o seu receptor e ser o estímulo do qual ele estava precisando naquele momento. Aquela gota d’água que parece encher o copo quando estávamos olhando para a parte vazia (aquela velha parábola de focar na metade cheia do copo, sabe?).

Aquele bem querer manifestado por meio do sorriso certo na hora certa. Aquela vontade de gerar alegria. Aquele afago no ego meio cabisbaixo. Aquele olhar de aprovação em meio a tantos olhares de julgamentos. Aquele carinho na alma que habita um corpo por vezes tão cansado fisicamente. Aquele estímulo que inspira um texto. Aquilo que pode mudar a frequência do dia de alguém, quiçá de sua vida. É disso que estou falando. Coisas grandiosas nascem a partir de um pequeno protótipo.

Se presumirmos o tanto de esforço que alguém precisa desempenhar para fazer algo bem feito, quais são as barreiras interiores que precisam enfrentar, os obstáculos do dia a dia, a falta de uma série de coisas, as dificuldades pessoais, fica mais compreensível a percepção do alcance e do valor do elogio sincero na vida de uma pessoa. Arriscaria a dizer que pode ser um divisor de águas, a motivação na hora certa, o estímulo em meio ao desânimo, o estopim para uma nova ação bem feita.

É o círculo virtuoso, o ciclo do bem. É aquela história, luz que gera luz, gratidão que gera gratidão, energia boa que gera energia boa e por aí vai. Aquele jogo que só de jogar, se ganha!

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