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Friburgo não pode entregar a sua água

sábado, 11 de março de 2023

Edição de 10 e 11 de março de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Friburgo não pode entregar água - Altamente suspeita a presença de engenheiros da Fundação Sesp em nossa cidade. O povo de Friburgo só entende que a sua água seja administrada por friburguenses.

Edição de 10 e 11 de março de 1973

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes

 Friburgo não pode entregar água - Altamente suspeita a presença de engenheiros da Fundação Sesp em nossa cidade. O povo de Friburgo só entende que a sua água seja administrada por friburguenses.

Atos Oficiais da prefeitura - Os atos oficiais da prefeitura voltarão a ser publicados em Boletim interno do Poder Executivo. Logo de saída, somos contra, embora a decisão seja da alçada e da competência do prefeito. Somos contra porque, a publicação de atos oficiais da prefeitura em boletim interno, pode causar, como já causou no governo anterior do prefeito Amâncio Azevedo, uma série de inconvenientes, dúvidas no que concerne à escamoteação de publicidade dos atos oficiais, escamoteação de prazo, conhecimento do assunto, detalhes, etc. O ex-prefeito Feliciano Costa, em boa hora, resolveu suprimir o boletim e, de maneira democrática, em rodízio, publicou todos os atos oficiais da prefeitura nos órgãos da imprensa friburguense. Foi a atitude democrática de um administrador honesto que não temeu dar conhecimento amplo dos atos de sua administração ao povo que o elegeu para administrar o município. 

Ao anunciar que não queremos, nem desejamos os privilégios de publicação dos atos oficiais da Prefeitura de Nova Friburgo, parece-nos que estamos a defender os interesses da imprensa local que representamos, a qual, sofrida, por vezes incompreendida e, não raro injustiçada, mas, sempre altaneira, não entende que seu raio, que atinge todas as áreas e as camadas sociais de nossa terra, possa ser substituído por um simples boletim.

 Feliciano: prestígio total com o governo estadual - Como reconhecimento à sua lealdade e à sua administração nos dois últimos anos - quando foi considerado o melhor prefeito do Estado do Rio - o dr. Feliciano Costa vem recebendo do governador Raymundo Padilha incontáveis demonstrações de prestígio pessoal e político. Não tem escondido o governador sua preferência pelo ex-prefeito, fornecendo-lhe o apoio necessário à sua liderança política em Nova Friburgo e municípios vizinhos. Dr. Feliciano que, com base neste apoio, organiza e aglutina o seu partido - a Arena- em torno de sua liderança incontestável.

 Arena unida -  Tendo em vista as circunstâncias que envolvem o atual momento político municipal, a Aliança Renovadora Nacional vem-se reunindo diariamente para tratar dos diversos interesses do partido. Dentre os assuntos já estabelecidos, a união de todos os arenistas é o ponto base já alcançado, além do que o partido resolveu dar cobertura a todos os seus filiados que estão a sofrer pressões do atual Governo Municipal. Foi resolvido também que nenhuma nomeação, exoneração, no Governo do Estado, se faça sem a prévia anuência e aprovação do dr. Feliciano Costa. 

Gente & Coisas

 ●     Simplesmente espetacular o Carnaval promovido pelo Nova Friburgo Country Clube. Já vai sendo um chavão autêntico: o Carnaval do Country é um dos maiores do Brasil e se constitui - infelizmente é verdade -  no único ponto de atração turística do Carnaval de Friburgo. Parabéns ao dr. Walter Soares da Cunha e seus colaboradores.

●     Escorchante o preço de bebidas e comidas em todos os clubes nos bailes carnavalescos. Depois de pagar um ingresso caro, o folião é devidamente escrachado no bar que, quase sempre, é explorado por pessoas que nada tem a ver com os clubes, em prejuízo dos próprios clubes. 

●     Mudando de Carnaval para política, estamos estranhando que a atual administração, intitulada “O povo no governo”, esteja recebendo engenheiros da Fundação Sesp - os famosos estrangeiros de Belo Horizonte - para palpitar em termos de água em Nova Friburgo. Qualquer coisa neste sentido, parece entreguismo.

●     Não acreditamos que o dr. Amâncio esteja à par do que ocorre na prefeitura em termos de perseguição política, ele, um homem de inegável afinidade com o povo humilde, mesmo aqueles que não pertencem ao seu partido. 

E mais…

 Carnaval: Não faltou água

Menezes - Ordem, organização e entusiasmo

Novas inspetoras do ensino do estado

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Lucília Azevedo Silva, Hamilton Ventura, Manoel Henrique Pereira e Francisco de Souza (12); Helena Barros Pinheiro, Maria José Nogueira e Maria das Graças Vasconcellos Souza (14); Maria Luiza Coelho Braune, Paulo César Turque, Fernando Vassallo e Lenita Vilarinho (15); Paulo Guilherme Tessarollo Santos e Anunciação Marques Lopes (16); Jacy Vassallo, Wagner Almeida e Elvira Azevedo (17) e Vitor Eduardo Hamelmann (18).

(*) estagiária com a supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
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No meio da poesia

sábado, 11 de março de 2023

Estou à procura de achados que ainda não encontrei. Talvez tenha vislumbrado, mas jamais encontrado. Olhar atento, caminho pelas ruas dos dias para no meio da poesia quem sabe… 

O que será percebido? O que me emprestará a interpretação no agora? Porque o que fomos nos trouxe, mas a leitura que vale é a desse ser que vive agora. 

Amanhã? Talvez me avalie adolescente demais, desses que vão no afã da ocasião ou adulto de menos, como os que decidem apenas com o coração.  

Estou à procura de achados que ainda não encontrei. Talvez tenha vislumbrado, mas jamais encontrado. Olhar atento, caminho pelas ruas dos dias para no meio da poesia quem sabe… 

O que será percebido? O que me emprestará a interpretação no agora? Porque o que fomos nos trouxe, mas a leitura que vale é a desse ser que vive agora. 

Amanhã? Talvez me avalie adolescente demais, desses que vão no afã da ocasião ou adulto de menos, como os que decidem apenas com o coração.  

Se a ingenuidade me protegeu — não sei. Talvez a poesia, sim, a poesia proteja os que fazem das cicatrizes tatuagens que artistas apreciam.  

Ah! A poesia. Sujeito oculto que merece ser singular e até composto quando fala de dois. Eu e você, todos nós que se desatam como o voo da pétala que se desprende da flor e desaprende a ser presa. Livre, plaina. E ao encontrar refúgio, simplesmente, pousa para ao vento dos versos voar quando bem se encantar. 

Não sei quem é mais poeta. Se o autor que escreve ou se aquele que lê e entende até mesmo quando diz não compreender. Admitir que admira o que não entende é de tal leveza que afasta a vaidade vil. 

Assim, os poetas são seres maravilhosos, porém, mais maravilhosos ainda são os leitores que se deixam afetar pela viagem exclusiva que fazem nas mesmas rimas que se distribuem ao sabor de cada olhar e da experiência que cada um tem no instante que está.

No meio da poesia… Quem sabe? Sem querer se fazer esconderijo de fascinações ou dramas, sem a presunção de ser respostas ou soluções. No meio da poesia talvez se encontre aquilo que se procura com aquilo que surpreende, que não se espera ou tampouco se imagina. Mesmo por mentes que visitam longínquas estrelas. Será que é possível surpreender pensamentos que vivem nas luas de Saturno? 

O susto, a curiosidade o despertar novo para quem já foi despertado antes. Falar de amor e suas estranhezas e mesmo que pareça que todos os amores já foram descritos, escrever e ler o amor com ineditismo, pois todo amor tem talento para ser inédito. Somos poetas mesmo sem saber escrever poesias, pois ao lê-las, ainda que nos livros da natureza, poetizamos a existência para suavizar o existir. 

No meio da poesia pode vir tudo e do mesmo meio soar e ser diferente para quem se será amanhã. Para a poesia, afinal, tudo é possível. 

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Nosso Real vai virar criptomoeda?

quinta-feira, 09 de março de 2023

Se o título prendeu sua atenção, já vou me adiantar a qualquer expectativa e trazer as respostas. Não, ainda não vai ser dessa vez, mas o Banco Central está no caminho. A ideia não é nenhuma novidade. Fala-se sobre a implementação de uma moeda virtual do Real há alguns anos e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – que viabilizou o Pix – foi o primeiro movimento das autoridades financeiras brasileiras para possibilitar o que hoje é denominado como Real Digital, cujo comunicado referente ao projeto piloto foi feito pelo BC no último dia 6.

Se o título prendeu sua atenção, já vou me adiantar a qualquer expectativa e trazer as respostas. Não, ainda não vai ser dessa vez, mas o Banco Central está no caminho. A ideia não é nenhuma novidade. Fala-se sobre a implementação de uma moeda virtual do Real há alguns anos e o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) – que viabilizou o Pix – foi o primeiro movimento das autoridades financeiras brasileiras para possibilitar o que hoje é denominado como Real Digital, cujo comunicado referente ao projeto piloto foi feito pelo BC no último dia 6.

De acordo com o cronograma divulgado, o período de desenvolvimento e testes se iniciou neste mês e vai até fevereiro de 2024. A princípio, serão 12 meses de calendário experimental passando por workshop (abril), incorporação dos participantes (maio), Real Digital / Real Tokenizado (dezembro), transferência de título público federal (fevereiro/24) e, por fim, avaliação da etapa piloto (março/24). A partir de então, com todos os dados, experiência e feedbacks coletados, outros protocolos passam a ser implementados para possibilitar a implementação total da tecnologia.

Aqui, estamos falando de um projeto com desenvolvimento baseado em tecnologia blockchain. Mas então por que não teremos uma criptomoeda do Real? Para responder esta pergunta, primeiro é importante parametrizar como estas novidades estão sendo implementadas globalmente para compreender alguns pontos importantes para a concepção do projeto.

Uma criptomoeda, emitida pelo BC, promove um enorme poder de monopólio financeiro; é o que acontece na China com o Yuan Digital. Lá, na segunda maior economia do mundo, os cidadãos têm suas carteiras digitais vinculadas diretamente ao BC, tornando toda emissão um passivo do governo chinês e não das instituições financeiras, reforçando – ainda mais – o controle do Estado sobre a economia. A esta tecnologia, damos o nome de CBDC (sigla em inglês para Moeda Digital de Banco Central); é a possibilidade de bancos centrais emitirem suas próprias criptomoedas.

Percebe como ainda há um caminho a ser estudado e avaliado antes de estruturarmos uma criptomoeda do nosso Real? Emitir uma CBDC do Real, com o conhecimento atual, poderia acarretar diversos prejuízos ao sistema financeiro; dentre eles, a redução de depósitos bancários e, consequentemente, a diminuição da oferta de crédito.

Podemos encarar o Real Digital como uma infraestrutura de tokenização de ativos para liquidação em tempo real. A custódia permanecerá em bancos e o seu relacionamento como cliente também, mas todas as atividades envolvendo liquidação de ativos (atualmente individuais para cada instituição) estarão funcionando de maneira integrada a fim de garantir maior interoperabilidade.

A tecnologia é nova. O projeto, apenas piloto. Suas funcionalidades ainda ficam no campo da imaginação, mas podemos visualizar a evolução dos atuais sistemas de compensação, reservas e custódia do Banco Central.

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Situação difícil

quinta-feira, 09 de março de 2023

Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?

Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?

Pois é. Existir tem mesmo destas coisas. Ao acordarmos e enfrentarmos o dia, estamos todos sujeitos a situações desagradáveis, seja no trabalho, nos deslocamentos, com pessoas conhecidas ou estranhas, até mesmo convívio próximo, em qualquer circunstância ou lugar. Acontece.

E como devemos agir? Não há um roteiro, uma resposta pronta e nem um gabarito de livro. São momentos em que nossa capacidade de reação – e ação, são testadas. Eis a dificuldade da coisa. Pensar no que fazer e fazer. Decidir muitas vezes de cabeça quente. E correr o risco do erro. E efetivamente errar. E poder fazer da situação difícil o estopim para outra situação embaraçosa. Efeito bola de neve.

Já passaram por isso? Aqui, um consolo: todos nós passamos por isso. Essas situações, muitas vezes, são inevitáveis. E todas elas, de alguma maneira, geram a oportunidade de aprendizado. É o ciclo. Vivenciar. Aprender. Ressignificar. Estar melhor preparado para a próxima. Aliás, não fosse esse ciclo, seria ainda mais doloroso.

Eu mesma, diante dessa conjuntura, depois de me afligir, tento ressignificar. Penso o quão imperfeitos todos nós somos e o quão difícil, se não impossível, é vivermos completamente blindados desses quadros embaçados que turvam nossa caminhada.

Talvez, o que seja possível ser feito, além de aprender e ressignificar – e de respirar aliviada quando a solução se apresenta – é minimizar que situações desagradáveis voltem a se repetir no mesmo formato. Assim: “- já passei por isso, aprendi, descobri um caminho para evitar que aconteça de novo e, se acontecer, já entendi como posso agir”. E aí aquilo passa a ter um tamanho menor dentro da gente. E talvez, se torne menor de verdade.

Uma coisa que venho aprendendo ao longo dos anos, sobre como agir diante de uma situação difícil é, respirar – isso mesmo, respirar – antes de tomar decisões, se for possível. Pensar antes de agir, mas não a ponto de ficar divagando e não reagir à dificuldade. Tento buscar uma clareza mental suficiente a me permitir usar de alguma sabedoria na tomada de decisão. E então, busco alguma coragem e enfrento o que não pode ser protelado.

Mesmo assim dói. A gente termina o dia mais triste. Com alguma sensação de culpa. Um desconforto, vai. É como acontece. Resta dormir, descansar, e esperar no amanhã um novo dia.

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Lute como uma mulher

quarta-feira, 08 de março de 2023

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) é uma data muito além de todas as celebrações pelo planeta. É um marco político na história mundial. Isso porque, há apenas 48 anos, a ONU instituiu o dia que simboliza a celebração e a luta pelos avanços femininos na sociedade.

O Dia Internacional da Mulher (8 de março) é uma data muito além de todas as celebrações pelo planeta. É um marco político na história mundial. Isso porque, há apenas 48 anos, a ONU instituiu o dia que simboliza a celebração e a luta pelos avanços femininos na sociedade.

Luta que parece interminável e de fato parece ser eterna... Afinal, ao contrário do que muitos imaginam e berram aos ares, apesar de muitos direitos serem conquistados, a vida das mulheres segue repleta, de dores ocultas e de feridas expostas, tapadas com um pequeno band-aid, em uma ferida repleta de antagonismos.

É ser livre para desbravar o mundo, mas sem a liberdade de se vestir como quiser ou se sentir segura em estar sozinha na rua. É ser corajosa, mas sempre ter medo. É ser detentora da liberdade de se relacionar com quem quiser, que bate de frente ao primeiro assédio vivido nos primeiros anos, antes mesmo da vida adulta.

É ser igual a um homem perante a lei, mas precisar de legislações especiais que lhe protejam dos crimes das múltiplas violações cometidas contra sua honra, seu corpo e sua alma. É ter o superpoder de gerar a vida, mas saber que a cada seis horas, uma vida feminina é tomada... vítima da barbárie do feminicídio.

Por meio do ex-namorado que não aceita a separação e quer se reconciliar de todas as formas possíveis e imagináveis: com violência física, psicológica, patrimonial e até contra ele mesmo, no único intuito de reconstruir algo que já se destruiu. Perguntamos-nos se é possível ‘amar’ e ‘odiar’ ao mesmo tempo, quando na verdade, é apenas mais alguém vendo uma mulher como sua pro-pri-e-da-de.

Como o ex-marido que não se ‘controla’ em ver a vida da ex-esposa seguir em frente e compra uma arma ao ponto de fazer uma “besteira”. Caso isolado? Só se for o de número 3.900: o total de mulheres mortas pelos seus ex-companheiros no ano passado. E que a cada ano, aumenta... Será que a pandemia deu inicio à uma nova epidemia?

Não. A verdade é que agora existe internet e telefones celulares para todos os lados, que compartilham com mais frequência o que sempre existiu no silêncio: a violência latente contra o sexo feminino. Aquela que fere como no caso hipotético, de um ex-parceiro que coloca fogo num colchão, em uma casa de madeira, com duas mulheres amedrontadas trancadas dentro de um banheiro, mas... sem a intenção de matar.

E mesmo com todas as barreiras e dificuldades pelos caminhos tortuosos da vida, ter a capacidade de seguir em frente e lutar. Ser mulher e mudar o mundo! Acordar cedo, pegar um ônibus lotado e ir trabalhar. E no caminho... sofrer mais uma violência. Quase 97% das mulheres já foram vítimas de assédio no transporte público.

Ouvir como desculpa: “Hoje não podemos nem elogiar mais que vamos presos”. Será que é só isso mesmo? Apenas? Não existe nada nesse meio do caminho que transforme uma simples abordagem simpática em uma violência que dói e põe medo no outro?

Em uma pesquisa realizada com mulheres acima de 16 anos, 86% afirma ter sofrido assédio sexual, sejam através de assobios, olhares inconvenientes, comentários de cunho pejorativo, xingamentos, seguidas ou tiveram seus corpos tocados. Quase 70% das entrevistadas relataram ter medo de chegar em casa após anoitecer. Será que todas elas enlouqueceram e não sabem identificar um simples elogio?

Certamente, as mulheres tem algo que só quem é mulher entende. É ter um tipo específico de sensibilidade e olhar – um sexto sentido. É a possibilidade de mesmo sendo uma, ser muitas ao mesmo tempo. Ser mãe de crianças, ser ‘mãe de marido’, ser empresária, ser funcionária, ser dona de casa. Sempre persistindo, lutar e nunca desistindo de ser feliz.

É mudar o mundo da sua forma e da melhor maneira possível, mesmo ocupando poucos espaços de decisão na sociedade. Afinal, hoje, apenas 11 mulheres, dos 81 eleitos, foram escolhidas senadoras nesse país. Ser mulher é  uma mistura do desejo de mudar, da perseverança, da mudança e, acima de tudo, de fazer acontecer.

Acreditar que mesmo diante de inúmeras medidas para protegerem as mulheres, dias melhores virão. As medidas de proteção sejam temporárias e a sociedade se educará num mundo em que não mais precisaremos delas. Mas, enquanto isso não acontecer... o dia das mulheres ainda será um marco de muita comemoração e mas sobretudo, de muita luta!

“Lutar feito homem”? Não, eu quero é lutar como as mulheres!

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Ansiedade e depressão pós-covid

quarta-feira, 08 de março de 2023

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um artigo alertando sobre o aumento de ansiedade e depressão por causa da covid-19. No primeiro ano desta pandemia aumentou em 25% a presença de ansiedade e de depressão no mundo. Assim os governos municipais, estaduais e federal devem dar importância aos meios de ajudar a população em relação à saúde mental.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um artigo alertando sobre o aumento de ansiedade e depressão por causa da covid-19. No primeiro ano desta pandemia aumentou em 25% a presença de ansiedade e de depressão no mundo. Assim os governos municipais, estaduais e federal devem dar importância aos meios de ajudar a população em relação à saúde mental.

Uma das explicações sobre o grande aumento da ansiedade e depressão é o estresse imenso causado pela pandemia, isolamento social, incerteza, medo de infecção, ser internado e morrer, medo de perder algum ente querido pela covid. Outros fatores foram a restrição das pessoas de trabalhar gerando preocupações financeiras. A OMS admitiu que entre os profissionais de saúde, a exaustão tem sido um grande gatilho para o pensamento suicida.

A pandemia afetou a saúde mental dos jovens de tal modo que eles estão em risco de comportamentos suicidas e de automutilação. Isso também indica que pessoas com condições de saúde física pré-existentes, como asma, câncer e doenças cardíacas, eram mais propensas a desenvolver sintomas de transtornos mentais. A OMS afirma que: “Os dados sugerem que pessoas com transtornos mentais pré-existentes não parecem ser desproporcionalmente vulneráveis à infecção por covid-19. No entanto, quando essas pessoas são infectadas, são mais propensas a sofrer hospitalização, doença grave e morte em comparação com pessoas sem transtornos mentais. Pessoas com transtornos mentais mais graves, como psicoses, e jovens com transtornos mentais, estão particularmente em risco.”

Segundo a OMS, para o benefício da população que sofre com transtornos mentais, é necessário um aumento no investimento para a saúde mental. O Atlas de Saúde Mental mais recente da OMS mostrou que, em 2020, os governos em todo o mundo gastaram em média pouco mais de 2% de seus orçamentos de saúde em saúde mental e muitos países de baixa renda relataram ter menos de um trabalhador de saúde mental por 100 mil pessoas.

Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, resume a situação dizendo: "Embora a pandemia tenha gerado interesse e preocupação com a saúde mental, também revelou um subinvestimento histórico em serviços de saúde mental. Os países devem agir com urgência para garantir que o apoio à saúde mental esteja disponível para todos.”

Mesmo antes da pandemia a própria OMS havia previsto que em 2020 a depressão deveria se tornar a segunda doença mais comum no mundo e que em 2030 ela deverá ser a número um a afetar a população mundial. Os governos precisam, então, investir pesado em saúde mental, especialmente na prevenção. Porque assim poderá reduzir o impacto dos transtornos mentais sobre a população.

Tenho feito minha parte quanto à educação em saúde mental através da mídia. Mantenho essa coluna semanal neste espaço todas as quintas-feiras há mais de 30 anos. Tenho uma seção mensal na revista nacional Vida e Saúde (www.revistavidaesaude.com.br) e apresento o programa “Equilíbrio” na Rede de Rádio Novo Tempo, de segunda à sexta, às 8h30, com reprise às 14h e aos domingos às 14h - www.novotempo.com/programa/equilibrio-nt. Também apresento o programa Claramente na TV Novo Tempo, agora ao vivo, todas as quartas-feiras, às 16h com reprise às 9h, e nas sextas-feiras dentro do programa Vida e Saúde, às 16h. Você pode assistir os programas já apresentados em: www.youtube.com/vidaesaudent. Role a página e ali estão todas as edições do Claramente.

Também vão ao ar a cada semana vídeos em meu canal no YouTube: www.youtube.com/claramentent . Também apresento palestras em instituições variadas, sob convite. Você pode solicitar palestras em meu site www.doutorcesar.com clicando na aba Consultas, preenchendo o formulário onde especificará o que deseja em termos de palestras. Há, no entanto, um custo para isso, que será explicado por email após você colocar seus dados no formulário.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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O envelhecimento da população, um desafio importante

terça-feira, 07 de março de 2023

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Como no Brasil, a França passa por um grande problema que precisa ser encarado de maneira séria; trata-se do envelhecimento da população e os consequentes problemas financeiros advindos dessa situação. Aqui, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a previsão é de que em 2060 teremos 25% da população com idade acima de 60 anos. Já em terras francesas, em 2023 havia 23% de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, um habitante em quatro. A estimativa para 2040 é de um em três.

Esse aumento da população dita da terceira idade é consequência de dois grandes fatores: de um lado a diminuição da taxa de nascimentos e do outro, a diminuição da taxa de mortalidade dos idosos, com os avanços da medicina, principalmente no campo das medidas preventivas, no que diz respeito à saúde, a alimentação e aos cuidados pessoais. Em terras tupiniquins não temos números atualizados, mas o IBGE mostra que a taxa de natalidade brasileira, em 2015 era de 14,16 por mil habitantes.

Já o Banco Mundial afirma que em 2020 tínhamos uma taxa de 1,65 nascimentos por mulher, que comparados ao índice de 6,06, de 1960, comprova essa queda real. Já na terra de Astérix, houve um aumento expressivo da natalidade no pós-segunda Guerra Mundial, com o ápice chegando em 1949, com 900 mil nascimentos. A taxa de natalidade, em seguida, diminuiu um pouco, mas permaneceu elevada até o início dos anos 1970, quando começou a declinar de maneira importante.

Meio século mais tarde, portanto, os bebês do pós-guerra cresceram e a natalidade caiu. Nas ruas e quarteirões é mais comum a presença de cabelos brancos ou cinzas do que de recém-nascidos. É um choque demográfico que irá se acentuar nos próximos 20 anos e que desperta importantes questões econômicas e sociais. Esse problema, mais discreto do que uma pandemia ou da guerra da Ucrânia vai afetar, lá na França, a economia do país com múltiplos impactos dos quais o interminável e amargo debate em torno da questão das aposentadorias é somente um dos aspectos e, não forçosamente, o mais crucial.

Aqui, tivemos a pandemia que, de uma maneira ou de outra, atingiu nossa economia, mas, felizmente, sem nenhuma guerra entre países vizinhos, além de uma reforma da Previdência, que era necessária, e diminuiu um pouco os sobressaltos com relação aos gastos previdenciários. No entanto, a preocupação aqui como lá está sempre presente. No sistema de cotização das aposentadorias, como é o nosso caso, quanto menor for o número de contribuintes, maior será o déficit do sistema que aumentará cada vez mais, à medida que a população envelhece e cresce o número de aposentados. Alguns países como a Alemanha, Canadá e Nova Zelândia procuram, através da abertura da imigração para uma mão de obra ativa, compensar esse déficit. Isso nem sempre é possível em tempos de inflação alta como ocorre agora na Europa. Hoje na França, a inflação está em 6% ao ano, com uma alta expressiva dos combustíveis, da alimentação e dos aluguéis.

Além disso, existe um outro problema que é sério e entre nós é mais grave que nos países mais desenvolvidos. Nem sempre os mais idosos gozam de boa saúde, o que sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS) e mesmo os planos privados. Sem deixar de mencionar que nessa população tem muitas pessoas que estão na dependência de outras para cuidados desde os mais simples, até os mais complexos. Na França, na Alemanha e entre outras nações mais desenvolvidas, ainda existe um serviço estatal de enfermeiros, técnicos em saúde e de assistentes sociais que dão conta do recado. Aqui a estrutura não funciona ou é muito precária, deixando muito a desejar. O pior é que com aumento dessa população necessitada, o problema tende a se agravar. Os gastos são elevados e nem o SUS nem os planos de saúde estão em condições de prestar o atendimento que lhes é solicitado. Na maioria das vezes, o chamado home-car só funciona com ações judiciais.

É preciso que as autoridades comecem a pensar de maneira preventiva, pois o problema só tende a se agravar. Os jovens aqui como lá não pensam mais em ter mais filhos como as gerações passadas.

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Na linha de raciocínio, A VOZ DA SERRA não perde o fio da meada!

segunda-feira, 06 de março de 2023

Novamente, o Caderno Z do último fim de semana, me trouxe lembranças do meu pai que, de modo espiritual, vem me acompanhar nesta viagem. Papai nasceu em 1917, no Sana, distrito de Macaé. Eram muitas as suas histórias e eu creio que a mais bizarra era motivo de sua indignação. E dizia ele: “Lá na roça, era melhor que as moças não fossem para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para os namorados!”.

Novamente, o Caderno Z do último fim de semana, me trouxe lembranças do meu pai que, de modo espiritual, vem me acompanhar nesta viagem. Papai nasceu em 1917, no Sana, distrito de Macaé. Eram muitas as suas histórias e eu creio que a mais bizarra era motivo de sua indignação. E dizia ele: “Lá na roça, era melhor que as moças não fossem para a escola, pois logo aprenderiam a escrever cartas para os namorados!”. Das bizarrices de antigamente aos avanços de agora, a linha do empoderamento feminino ainda é muito tênue e requer a criação de leis para garantir direitos que deveriam ser naturais.

A filósofa Hannah Arendt, pensadora do século 20, destacou em seu trabalho em prol das igualdades: “A essência dos Direitos Humanos é o direito a ter direitos”. Desde que a mulher começou a sair de seu casulo doméstico, as lutas são incansáveis e assim continuarão, pois há uma projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial de 2018 que “serão necessários mais de dois séculos para haver igualdade de gênero no mercado de trabalho e que as desigualdades, em outros segmentos, precisarão de mais de 100 anos para chegarem ao fim”. Tomara que a projeção esteja equivocada.

Elizabete de Souza Siqueira, presidente da comissão Mulher, da 9ª Subseção da OAB Nova Friburgo, ressalta: “Não podemos ficar presas ao tempo, contudo precisamos ter consciência de que a luta deve ser diária e contínua...”. Ainda em seu texto, Elizabete enfatiza: “precisamos seguir em frente e ter em mente que é proibido desistir...”. Exemplos de lutadoras não faltam. Em cada uma de nós tem um pouco de Nísia Floresta, Leonilda Daltro, Bertha Lutz e Almerinda Gama. Enquanto lutamos, pensamos coisas boas para a coletividade. Nosso pensar é cheio de propósitos e não se perde no vazio das superficialidades.

Se a vida é frenesi, como destacou Wanderson Nogueira, “por  que querer a eternidade se na finitude que temos perdemos tempo com bobagens?”. Feliz Dia Internacional da Mulher em todos os dias do ano!

O Cão Sentado, na charge de Silvério, se vestiu com o “Março Lilás” para lembrar que é o mês de conscientização e combate ao câncer de colo de útero. A Prefeitura de Nova Friburgo, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde realiza várias ações em conjunto com as celebrações do mês da mulher. Roda de conversas e palestras com profissionais da área fazem parte da programação.

Ainda em defesa da mulher, a Câmara Municipal aprovou o projeto de lei do vereador Cláudio Leandro, que instituiu em Nova Friburgo o “Programa de Cooperação e Código Sinal Vermelho” em que a mulher pode pedir socorro traçando um “xis” na palma da mão. A lei entrará em vigor, a partir de sua regulamentação pelo Executivo, em até 180 dias.

O programa de destinação do óleo de cozinha, desenvolvido pela concessionária Águas de Nova Friburgo, só no Carnaval, recolheu 70 litros do produto descartado pelos barraqueiros que trabalharam com alimentação nos dias de Momo. Em casa, o programa pode ser realizado juntando-se o óleo usado em uma garrafa que poderá ser entregue em um dos postos de recolhimento. Mais informações no site “Trata Óleo”.

Em “Há 50 anos”, a célebre edição de 3 e 4 de março de 1973 -  “Tomba um homem: A morte de Américo Ventura Filho”. É um deleite ler os depoimentos sobre a sua pessoa. Mesmo quem não teve o prazer de conhecê-lo, classe onde me incluo, é possível avaliar o quanto o sr. Américo “foi um autodidata, mas, tivessem as circunstâncias o favorecido, seria um mestre em qualquer especialidade, pois, fibra, determinação e curiosidade jamais lhe faltaram...”.

Muitos foram os depoimentos em sua honra, como bem Nelson Kemp o definiu: “Américo Ventura Filho vinha de uma época em que a palavra valia mais do que qualquer documento assinado. Ventura tombou – por glória de tudo o que ele foi – nos braços da história de Nova Friburgo. Venturinha: Um exemplo a seguir...”. “Um homem do tempo antigo”, tão moderno para antigamente e tão necessário hoje. Quem deixa legado de honra é honrado eternamente!

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Mudança de presidência

segunda-feira, 06 de março de 2023

Amanhã, 8, além de receber cumprimentos especiais pelo  Dia Internacional das Mulheres, um grupo especialíssimo delas estará envolvido em outras atividades.

Será a posse da nova presidente da Casa da Amizade do Rotary Clube Nova Friburgo.

Em cerimônia às 14h30, Soraya Campos Babo, após grande gestão como presidente no biênio 2022-2023, estará passando o cargo a Beatriz da Cunha Lima Guimarães (foto) com mandato até março de 2024.

Está chegando o dia

Amanhã, 8, além de receber cumprimentos especiais pelo  Dia Internacional das Mulheres, um grupo especialíssimo delas estará envolvido em outras atividades.

Será a posse da nova presidente da Casa da Amizade do Rotary Clube Nova Friburgo.

Em cerimônia às 14h30, Soraya Campos Babo, após grande gestão como presidente no biênio 2022-2023, estará passando o cargo a Beatriz da Cunha Lima Guimarães (foto) com mandato até março de 2024.

Está chegando o dia

É pra já: será na próxima sexta-feira, 10, das 18h às 20h no Grão Café, no centro de Nova Friburgo, o lançamento do mais novo livro do advogado, historiador, estudioso e figura realmente das mais admiráveis, Pedro Elias Erthal Sanglard.

Na ocasião, ele estará formalizando mais uma rica e relevante contribuição para uma constatação histórica envolvendo Nova Friburgo.

É que este seu novo livro "As Famílias Erthal - Gradwohl e Nova Friburgo", conforme esta coluna já adiantou, reafirma a comprovação irrefutável de que Nova Friburgo e não o município gaúcho de São Leopoldo, foi a primeira cidade brasileira a sediar a Colônia Alemã no Brasil.

Trade Show

Diversos empresários de Nova Friburgo já estão se preparando para um evento relevante no final deste mês.

Entre os próximos dias 28 e 30, acontecerá no Riocentro, na capital fluminense, a 33ª edição do evento Trade Show das Américas, que anualmente, desde 1981, reúne os melhores e mais antenados profissionais do setor alimentício, como os supermercadistas, panificações, hotéis, restaurantes, bares e distribuidores.

Velhos amigos, novas idades!

Dois queridos amigos, vistos lado a lado aí na foto, estreiam nova idade nesta e na próxima semana.

Parabéns ao conhecido médico dr. Domênico Balbi, que ontem, 6, celebrou 73 anos e ao engenheiro e apresentador do programa "Pensando Nova Friburgo", da TV Zoom, José Modesto Arouca que emplacará seu 72º verão na segunda-feira que vem, 13. Parabéns em dose dupla!

Presenças na Festa de Santoinho

O Grêmio Português de Nova Friburgo, sob a atual presidência de Vera Cintra e como parte do calendário das comemorações dos seus 90 anos de fundação a ser festejado em junho deste ano, tem algo bem especial na pauta para este fim de semana.

Está sendo organizado um passeio, com ônibus fretado, para o próximo sábado, 11. Na ocasião, uma caravana do Grêmio Português de Nova Friburgo irá marcar presença na bela Festa de Santoinho que acontecerá na Casa do Minho, no Rio de Janeiro, com apresentações de ranchos folclóricos, jantar festivo, outras atrações e muitas alegrias.

Quem faz parte do Grêmio Português de Nova Friburgo e ainda não acertou sua participação na viagem, deve se apressar.

Tem tudo a ver!

Como ainda se pode notar em muitos casos e situações, apesar da eleição presidencial já ter passado há meses, se encaixa como uma luva para muita gente, o seguinte pensamento de Voltaire, pseudônimo do pensador francês Francois Marie Arounet, defensor das liberdades individuais e de intolerâncias, que nasceu em 21/11/1694 e faleceu em 30/05/1778.

"Uma discussão prolongada significa que ambas as partes estão erradas".

Perfeitas e completas

As mulheres, que tem nesta quarta-feira, 8, um dia totalmente dedicado a elas, são perfeitas e maravilhosas por serem em épocas distintas de suas vidas, filhas, esposas, mães, avós, tias, sobrinhas, enfim tudo para a grandeza e felicidade da humanidade.

No quesito poder, elas também são imbatíveis e absolutamente necessárias para tudo. A todas elas, os carinhosos cumprimentos por este 8 de março.

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Quaresma: Tempo também para a conversão ecológica

segunda-feira, 06 de março de 2023

O pecado do homem de virar as costas para Deus, criou desordem não só na consciência, na integridade pessoal, não só na convivência social e relacionamento com o próximo, gerando desigualdades e injustiças, mas também causou um desequilíbrio na sua própria relação com a natureza.

A volta à unidade com a natureza, a casa comum

O pecado do homem de virar as costas para Deus, criou desordem não só na consciência, na integridade pessoal, não só na convivência social e relacionamento com o próximo, gerando desigualdades e injustiças, mas também causou um desequilíbrio na sua própria relação com a natureza.

A volta à unidade com a natureza, a casa comum

O ser humano, saindo da harmonia do Criador, perdeu também o senso de respeito e integração com a casa natural. As agressões cresceram à vegetação, às águas, aos animais, ao ar, à camada de ozônio, aos ecossistemas. Do egoísmo cego surge um galopante desmatamento, uma inconsciente degradação do solo, queimadas, poluição volumosa, contaminando e comprometendo os recursos hídricos, envenenando o ar, causando a maior incidência de raios solares e o aquecimento global. Avança a caça irracional, a pesca predatória, levando a extinção das espécies e a desorganização, o desequilíbrio ecológico. É o pecado de quem olha só para o seu interesse e para o seu imediato lucro ou vantagem, não se importando com os danos ao meio ambiente e consequentemente aos seres humanos.

Todos estes vários cenários estão indicados com profundidade e riqueza na Encíclica Social do Papa Francisco, a Laudato si, como em diversas campanhas da fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recordando e conscientizando de que é preciso preservar o que é de todos, a casa comum, a água, a terra, os biomas, especialmente a Amazônia... e no centro da Ecologia, o ser humano, totalmente integrado à ela, os indígenas, as populações ribeirinhas, os quilombolas, os pobres e miseráveis, os privados dos bens naturais, sedentos e famintos, os excluídos do sistema capitalista materialista, que devem ser resgatados e promovidos em sua dignidade de imagem e semelhança de Deus, filhos do Criador, irmãos do Redentor, templos do Espírito Santo.

É necessário criar uma generalizada consciência de responsabilidade ecológica, como um ato de conversão, de volta à sintonia com o plano da criação no respeito à ordem natural. Preservar a imensa riqueza da biodiversidade. Combater as agressões diversas. Promover a educação ambiental, como valorização e defesa da vida e da saúde de toda a comunidade social. Saber cuidar como o nosso irmão São Francisco da irmã natureza, como sagrado sinal da bondade e graça do Deus-Amor.

É importante protegermos a Amazônia grande reserva de vida da humanidade. Mas, também, devemos identificar as "nossas amazônias" bem perto de nós, na nossa cidade e região, os rios, as bacias, as matas, os impactos ambientais de empreendimentos industriais, comerciais, habitacionais, muitas vezes desastrosos, as campanhas que devemos fazer para manter a casa comum com todo equilíbrio para a vida e saúde de todos. Peçamos perdão ao Senhor pelas vezes em que nos omitimos na defesa da vida e da ordem natural, causando assim um grande mal a tantos irmãos, permitindo que a morte prevalecesse. Pelas vezes em que mesmo praticamos destruição ao meio ambiente, colaborando com projetos irresponsáveis no sentido ecológico. Pelas vezes em que nos esquecemos do ser humano não valorizando e protegendo a sua dignidade e vida desde a concepção até a morte natural, não lutando por seus direitos e integridade.

Queiramos a conversão total, não só um ponto ou outro. Busquemos a libertação integral, até porque não se pode separar uma postura da outra. São uma trindade. É na mudança da mentalidade e atitude fundante da estrutura pessoal que iremos reformar e transformar o social num espírito de comunhão e integração com toda a natureza criada. No respeito ao plano do Criador e seguindo o modelo do Salvador, no sopro do Espírito.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é assessor eclesiástico da Comunicação Institucional da Diocese de Nova Friburgo

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