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Quais segredos guarda o advérbio também?

segunda-feira, 06 de março de 2023

Vocês devem conhecer aqueles momentos em que buscamos o que assistir na televisão quando surge algo que nos interessa. Pois bem, isso aconteceu noutro dia quando escutei alguém comentar sobre o “também”, dizendo que o advérbio tem inúmeros sentidos, não somente aqueles mais conhecidos, como dando ideia de inclusão, equivalência e comparação.

Vocês devem conhecer aqueles momentos em que buscamos o que assistir na televisão quando surge algo que nos interessa. Pois bem, isso aconteceu noutro dia quando escutei alguém comentar sobre o “também”, dizendo que o advérbio tem inúmeros sentidos, não somente aqueles mais conhecidos, como dando ideia de inclusão, equivalência e comparação.

Eu me pus a pensar a respeito até porque é uma palavra que, volta e meia, sinto dúvidas quando a emprego ao escrever. Certamente, todo o texto, mesmo os não literários, tem riqueza de significados. Basta ler com atenção e refletir sobre as circunstâncias em que foi escrito, observar os modos com que está contextualizado nas situações, sejam reais ou ficcionais, que captamos mensagens, algumas das quais instigantes ou com duplo sentido. 

Será o advérbio um anarquista? Afinal de contas é aquela palavra que muda tudo, dando um sentido ao verbo, ao adjetivo e a ele mesmo. Inclusive a uma frase. Os advérbios guardam segredos. Fui percebendo, ao longo da pesquisa e refletindo sobre como escrevo, que, muitas vezes, uso o “também” para mostrar algo secundário. É importante ter ciência do que quero dizer. 

Mesmo fazendo comparações, inclusões ou equivalências, o termo a que me refiro ao “também” está em segundo plano. Ou seja, a referência que vem a seguir está em posição secundária. E, ainda, pode guardar o sentido de intrusão. Nunca havia pensado a respeito, e aquela passada rápida por canais me foi instrutiva.

Atribuímos valores a tudo. Para nossa saúde física e mental, precisamos reconhecer o grau de importância das situações para que possamos avaliar e decidir.  Também refletir sobre as consequências das nossas opções que, a meu ver, é a etapa do “também”, a secundária.

Vou passar o dia a pensar nas coisas da minha vida que preciso colocar no plano do também. Será que vou conseguir reordenar tudo aos quase setenta anos? Será que vou, também, precisar de mais tempo? 

Ainda bem que fiz a limpeza dos pés ontem...

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Tomba um Homem: A morte de Américo Ventura Filho

sábado, 04 de março de 2023

Edição de 03 e 04 de março de 1973 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes 

Edição de 03 e 04 de março de 1973 

Pesquisado por Nathalia Rebello (*)

Manchetes 

Tomba um Homem - Com a morte de Américo Ventura Filho (22-08-1907 - 23-02-1973) foi encerrado um capítulo na história de Nova Friburgo. De origem modesta, as circunstâncias e sua natureza o transformaram num autodidata nas múltiplas atividades que desenvolveu na vida, toda vivida em função de sua comunidade e de sua família. Foi um autodidata mas, tivessem as circunstâncias o favorecido, seria um mestre em qualquer especialidade, pois, fibra, determinação e curiosidade jamais lhe faltaram. Ferroviário, comerciante, industriário, funcionário de nossa Câmara Municipal e, logo após, funcionário da prefeitura, deixou seu nome gravado como secretário e homem de confiança de diversos prefeitos. Jornalista, desde 1954, jamais exerceu atividade em outro jornal que não fosse a nossa A VOZ DA SERRA onde, começando por baixo, e alcançando a direção, marcou com o ferrete de sua forte e singular personalidade os caminhos seguidos.

Nesta edição especial, sua personalidade é analisada por Nelson Kemp (jornalista), José Côrtes Coutinho (jornalista e educador), Pedro Cúrio (jornalista), Juvenal Marques (jornalista e poeta), Augusto Cláudio Ferreira (Juiz do Trabalho e jornalista), Pedro Paulo Cúrio (o nosso colunista W. Robson), Séven-Avlis (poeta) e Ezidio Assis (poeta) e também por uma carta de sua filha Dalva Maria Ventura Marques, entre outros. Confira alguns depoimentos: 

“Américo Ventura Filho vinha de uma época em que a palavra valia mais que um documento assinado” Ventura tombou - por glória de tudo que ele foi - nos braços da história de Nova Friburgo. Venturinha: Um exemplo a seguir… Autodidata, ensinara-lhe a família as diretrizes certas da vida. Era no tempo em que árvores copadas davam galhos frondosos, ornamentando as montanhas friburguenses, homens e mulheres, ao lado dos pais, na luta cotidiana. Descendia de um desses troncos luso-brasileiros, pois o seu progenitor era filho de Antônio José Ventura - o valoroso português que se empenhou a construir a cidade. E seu pai - Américo - ajudava o bom mestre de obras, ao lado da sua Margarida, toda a numerosa família Ventura unida, amando os filhos, que se criavam sob o olhar materno, aprendendo, estudando, trabalhando, no esforço de dar a todos conforto e recursos para a peleja, que era cada vez mais difícil. E um filho, com o nome do pai, foi se educando naquele meio respeitoso, amoroso, familiar, cada um obediente às ordens dos pais. E Américo Ventura Filho se fez pelo seu esforço, no ambiente que ele conhecera na juventude, casando-se, mas indo diariamente retomar a bênção à sua velha mãe. Com aqueles costumes dos antepassados, ele foi criando os filhos e, muito cedo, perdeu a adorada companheira - a educadora Lourdes Rangel Ventura, sofrendo golpe brutal. Numa angústia terrível, continuou a dar aos filhos o tratamento da mãe saudosa, a mais nova - Dalva - mereceu os seus maiores cuidados. Depois de funcionário municipal, dos mais capazes, Venturinha assumiu a direção da A VOZ DA SERRA, envolvido na política, firme, ereto, leal, disciplinado - um Homem do Tempo Antigo - e tomou parte nas batalhas partidárias, enfrentando os adversários, mas dentro daquela linha que lhe traçaram o avô e o pai, na compostura moral de chefe de família exemplar, incapaz de um deslize, amigo de seus amigos, devotado à sua terra natal, primeiro Friburgo e, depois, o resto… Ouvia-lhe seus conselhos, gostava de sentir a sua opinião sobre os problemas em foco e eu me convencia de que Venturinha não era o homem para o momento em que vivemos, as demissões em massa de antigos colegas o perturbam e ele não estava satisfeito com os caminhos escuros por onde vai a sua idolatrada terra… E, por ela, morreu! Até breve, querido companheiro!” - Nelson Kemp  

“Excepcional figura humana. Aqueles que o conheceram, os que com ele conviveram, parentes, amigos, poderiam resumir numa frase a biografia de Américo Ventura Filho. Excepcional na singularidade do caráter. Não se media pela craveira comum nem se bitola nos estreitos limites do convencionalismo que a sociedade impõe. Excepcional pela individualidade própria, que não copia ninguém e a ninguém toma por modelo, antes se impõe por atitudes firmes, desassombrada por vezes, sem que melindres feridos ou interesses contrariados lhe impeçam a caminhada na busca do que julga ser correto, honesto e compatível com a dignidade do cidadão. Assim era Ventura: sempre digno, coerente consigo mesmo, ereto de corpo e de atitudes, coerente nas suas convicções, inflexível na dedicação aos amigos, solidário na horas difíceis, incomparável no amor aos pais, aos filhos, aos irmãos, jornalista “sem medo e sem mácula" pena, cérebro e coração à serviço das causas da comunidade, íntegro até a medula, um homem bom, visceralmente bom - e o posso dizê-lo ao longo de um convívio de mais de trinta anos - qualidades que procurava esconder sob o verniz de uma estudada rudeza, para que não lhe percebessem o que, talvez, considerasse uma fragilidade de caráter. Traçou uma linha reta como a imagem geométrica de sua vida. E dela não se afastou. Felizes os que podem imitar-lhe o exemplo. Assim era Américo Ventura Filho. Obrigado Ventura” - José Cortes Coutinho

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Jofre Salerno Fabris, Hubert Joepgens, Inês Mello e Manuel Delmiro Amoedo Cima (5); Geraldo Namem e Maria Elizabeth Cariello (6); Carlos Alberto Serrapio Cardoso (7); Regina Maria Ferreira das Neves, Paulo Murilo Cúrio e Nair Egger (8); Amália Vasconcelos Lompreta, Lucy Azevedo Soares da Silva e Walter Wirdmann (9); Alice Ventura Vidal, José Vasconcellos Coutinho, José Carlos Chevrand e Terezinha de Almeida (10).

 

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A vida é frenesi

sábado, 04 de março de 2023

Eu não tenho talento pra cantar ou para dedilhar violão. Até invejo quem tem. Meu talento é ler pessoas. Escrever sobre elas. Sobre o que sabem e o que não sabem. Sobre o que são na superfície, no esconderijo de suas existências ou mesmo sobre o que invento sobre elas na minha mais fértil imaginação. 

Eu não tenho talento pra cantar ou para dedilhar violão. Até invejo quem tem. Meu talento é ler pessoas. Escrever sobre elas. Sobre o que sabem e o que não sabem. Sobre o que são na superfície, no esconderijo de suas existências ou mesmo sobre o que invento sobre elas na minha mais fértil imaginação. 

Já reparou como os pombos das cidades grandes são feios? Sujos, bem sujos pela poluição, que fazem serem mais cinzas do que o cinza dos prédios que perfilam suas avenidas. O verde das árvores, todas as árvores que formam as Matas Atlântica e Amazônica, não são tão monocromáticos como o cinza do cimento e da poluição que impregna os pombos. A multiplicidade de verde tornam os tantos verdes em outras cores. Verdes talvez, mas que tipo de verde? 

Bom é ser de todas as cores, carregar tantas quantas forem as cores, dos arco-íris, da natureza silvestre, dos antigos baobás nas savanas, dos olhos de todas as mulheres. Elas enxergam melhor, não pela nitidez das visões de seus olhares, mas pela sensibilidade que, talentosa e instintivamente, filtra raios solares noturnos e diurnos também. 

Se eu soubesse tocar violão, dos meus dedos saltariam cores entre as notas musicais. Mas eu não sei sequer dedilhar um violão, quiçá um de sete cordas, como aquela moça. Parecida com a personagem Dona Anja de Josué Fernandes. Semelhante, muito semelhante, à Luiza do Antonio Carlos Jobim. Pode ser que ela seja a Beatriz do Edu Lobo com o Chico Buarque. (Beatriz que, na verdade, deveria ser Agnes). 

- Agnes? 

- Maria Alice!

Maria Alice e todas as demais mulheres do mundo do homônimo “Todas As Mulheres do Mundo” do Domingos Oliveira. A insuspeição: ela é ela. E elas não são de ninguém. Nem mesmo de seus autores, progenitores, amantes, admiradores. 

Não precisa ser homem ou hétero para admirar a beleza, a desenvoltura, a individualidade de uma mulher. 

Admirar é o que faz a vida ser frenesi. Se admirar é frenesi completo, desenfreado, desembestado, desimpedido. Somos. Será? Quem haverá de nos impedir? Desimpedidos de se gostar e saber que amor e perfeição não casam. Mesmo que aparentem andar juntos por aí até a marcha nupcial, amor sobrevive na imperfeição ao ponto que perfeição não lhe encaixa. 

Eu sou todas as cores. Se coloridos, colorimos os caminhos por onde passamos, inclusive os dias. Os dias distribuídos nessa linha reta meio que dividida também em horas, mas mais clara quando traçada ano a ano… Porém,  mesmo que traçada em semanas ou meses, inevitavelmente, nos leva a linhas de chegada. 

Queria que aquele dia não acabasse. Romper o ventre não bastaria. Nascer é pouco. Viver é do que podemos querer mais! 

Talvez seja verdade, possivelmente seja incerto se não for nada disso. O que sei, nem eu mesmo sei se é verdade. A verdade é tão fora de si. Não é sobre mim ou sobre os outros ao fim. É o tempo. É a vida. 

Pode ser que o mundo não cante ou toque violão. Pode ser que o tempo nem saiba observar pessoas, falar sobre elas. O tempo tem ego tão grande que engole a si mesmo. O tempo podia mesmo é se foder em plenitude e pleno se foder.

Porra, as mães são sagradas! Minha mãe, nossas mães. Mamãe. Por que as mães morrem? 

Escapulir é melhor que viver renascendo? Porque se achar é melhor que fingir fugir se achando. Vai saber… Se soubesse — esqueceria. O tempo tem Alzheimer? Não. O tempo tem maldade de nós envelhecermos sem nos ensinar a ser jovens enquanto juventude.  

Eu só queria ser o tempo sem ter a sua malícia. Sem ter a sua maldade. Sem ter a sua finitude que escapa ao seu (meu) próprio fim. Mas se é assim… Melhor que a vida seja mesmo frenesi.  

Mais importante que saber tocar violão é perceber a canção. Perceber, para além de toda a música e sons. E, ao perceber, também se perguntar: por que querer a eternidade se na finitude que temos perdemos tempo com bobagens?

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Títulos bancários

quinta-feira, 02 de março de 2023

Investir é obter retorno proveniente de alguma atividade. No mundo das finanças, investir é multiplicar seu patrimônio. Para isso, é claro, existem diversas possibilidades de alocação no mercado financeiro: ações, fundos imobiliários, títulos corporativos e, o mais comum, títulos bancários. Estes, por sua vez, fazem parte do cotidiano da população brasileira e o produto mais popular é a caderneta de poupança. Mas hoje a caderneta não será pauta. A propósito, você já a conhece como um produto ruim, certo?

Investir é obter retorno proveniente de alguma atividade. No mundo das finanças, investir é multiplicar seu patrimônio. Para isso, é claro, existem diversas possibilidades de alocação no mercado financeiro: ações, fundos imobiliários, títulos corporativos e, o mais comum, títulos bancários. Estes, por sua vez, fazem parte do cotidiano da população brasileira e o produto mais popular é a caderneta de poupança. Mas hoje a caderneta não será pauta. A propósito, você já a conhece como um produto ruim, certo?

Para darmos continuidade ao assunto, portanto, será necessário – antes de definirmos alguns parâmetros para alcançarmos bons investimentos – compreender o porquê de você ser remunerado pelo seu dinheiro ao investir em títulos bancários. Ao comprar estes papéis, você formaliza um depósito em instituição financeira e se torna financiador das atividades bancárias desta instituição, possibilitando recursos para viabilizar o desenvolvimento de produtos de crédito que, posteriormente, geram receita ao banco e este vai remunerar seus investidores pelo valor alocado em seus títulos. Este processo acontece na caderneta de poupança e também nos CDB, LCI, LCA, LF etc.

Com a dinâmica da jornada de capital esclarecida, é hora de definirmos o que pode ser uma boa aplicação para os seus objetivos: entender taxas de retorno, parâmetros de resgate do dinheiro e as seguranças e garantias envolvidas.

Rentabilidade - É a partir da taxa Selic que são estabelecidos os parâmetros de taxas de emissão neste mercado. A remuneração do investidor, por sua vez, já é definida previamente no ato da contratação: você sabe exatamente quanto vai receber no final do período.

Existem, entretanto, diferentes possibilidades de taxas; podendo ser atreladas a inflação (IPCA), juros (CDI) ou, simplesmente, prefixadas (taxas nominais). Saiba como escolher o que se encaixa melhor em diferentes cenários.

Liquidez - Assim é denominado o tempo necessário para transformar um ativo em dinheiro. Nos títulos bancários, liquidez é o prazo de vencimento de um produto. Lembre-se, um produto com liquidez de dois anos – por exemplo – só terá sua rentabilidade contratada garantida na data de vencimento. O resgate antecipado pode resultar em perdas.

Segurança - Ao escolher o produto mais adequado às suas necessidades, lembre-se que alguns títulos específicos – como caderneta de poupança, CDB, LCI e LCA – contam com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) protegendo até R$ 250mil por CPF em cada instituição financeira emissora, limitando a R$ 1milhão a cada quatro anos.

Investir para colher frutos no futuro é importante e você sabe disso, mas executar esta atividade com consciência é fundamental para garantir sua boa experiência no mercado financeiro.

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Desapego

quinta-feira, 02 de março de 2023

Desapegar-se. Verbo simples. Prática difícil. Nada simples, porém muitas vezes, necessária. É preciso ter o pulso firme e coração leve para não nos prendermos demasiadamente a tudo e todos que têm valor para nós.

Ouvi dizer que o apego ofusca a luz, como se embaçasse a clareza que pudesse existir. Senti também. É verdade, o apego atrapalha, amarra, atravanca, pesa. Sentimento estranho e mal aplicado, por assim dizer.

Desapegar-se. Verbo simples. Prática difícil. Nada simples, porém muitas vezes, necessária. É preciso ter o pulso firme e coração leve para não nos prendermos demasiadamente a tudo e todos que têm valor para nós.

Ouvi dizer que o apego ofusca a luz, como se embaçasse a clareza que pudesse existir. Senti também. É verdade, o apego atrapalha, amarra, atravanca, pesa. Sentimento estranho e mal aplicado, por assim dizer.

Apego é diferente de amor. Diferente de querer. Diferente de zelo. Apego é apego e ponto. Nós sabemos do que se trata e convivemos bastante com esse sentimento.

Há quem lute por uma vida mais livre de apegos, seja aos sentimentos, às pessoas, às coisas, à posição social, ao emprego, à matéria. Levante a mão quem se identifica com esse ato de verdadeira coragem que é buscar um caminho com mais desapego e leveza.

Sei o quão dolorida e difícil é uma existência pautada no apego arraigado à alma. Dóem os ombros só de pensar. Dói a nuca também. E a têmpora direita. Sei o quanto a leveza de desapegar-se aos poucos dos excessos que encobrem o dia a dia é libertadora. E faz bem à saúde, diga-se de passagem.

Atualmente muito tem se falado nas práticas minimalistas, em valorizar um estilo de vida com menos acúmulo, menos barulho, menos objetos e mais espaço para o ar circular. Menos coisas e mais verde, mais contato com a natureza. Tenho percebido como essa tribo está ganhando integrantes. A galera que está valorizando mais o ser do que o ter, mais o tempo do que uma conta bancária recheada às custas de dias e noites de incessante trabalho, andando em corda bamba contra o fluxo do materialismo. Dá gosto de ver. E me parece um processo de desapego também. Desapegar-se do velho mundo e buscar um novo, o seu próprio mundo, mais próximo da verdadeira essência.

Essa reviravolta no meio da vida, esse desapego de tantas coisas e muitas vezes do próprio ego é um processo dos mais bonitos que tenho presenciado. Mas ainda assim, talvez não dê tão certo se não for bem delineado, se não contar com pitadas de sabedoria e um tanto de planejamento. O desapego é bom, traz leveza, mas para muitos, é um treinamento novo, sem precedentes e difícil de lidar. Ainda assim, vale a pena sentir e conhecer melhor o verdadeiro significado do desapego.

Como bem disse a escritora Martha Medeiros: “longa vida aos que conseguem se desapegar do ego e ver a graça da coisa.”

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Estacionamento de motos

quinta-feira, 02 de março de 2023

“Vejam só a situação que se encontra a Rua Eugênio Thurler, no centro da cidade: os ‘motoqueiros’ simplesmente invadiram a calçada junto ao Edifício Itália e transformaram o espaço em um estacionamento particular de motos não regulamentado. Essa rua, além de ser destinada somente aos pedestres, é também, neste trecho específico, o único acesso de entrada da garagem do prédio. Ou seja: tem que se respeitar o espaço dos veículos que entram e saem, bem como das pessoas que, por ali transitam.

“Vejam só a situação que se encontra a Rua Eugênio Thurler, no centro da cidade: os ‘motoqueiros’ simplesmente invadiram a calçada junto ao Edifício Itália e transformaram o espaço em um estacionamento particular de motos não regulamentado. Essa rua, além de ser destinada somente aos pedestres, é também, neste trecho específico, o único acesso de entrada da garagem do prédio. Ou seja: tem que se respeitar o espaço dos veículos que entram e saem, bem como das pessoas que, por ali transitam. É preciso uma ação urgente dos agentes de trânsito da Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana.”

Marcelo Thurler

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O poder que o Carnaval teve de transformar Nova Friburgo

quarta-feira, 01 de março de 2023

Quando ouvi pela primeira vez, creio que nos últimos dias do ano passado, a afirmação de que Nova Friburgo se preparava para realizar um dos melhores carnavais já vistos na cidade, e ainda, a melhor festa de todo o interior, confesso que recebi a informação com uma leve descrença.

Quando ouvi pela primeira vez, creio que nos últimos dias do ano passado, a afirmação de que Nova Friburgo se preparava para realizar um dos melhores carnavais já vistos na cidade, e ainda, a melhor festa de todo o interior, confesso que recebi a informação com uma leve descrença.

O que será que a típica folia friburguense poderia ter de diferente em nossas montanhas depois de tantos anos? Muitos não sabem, mas Nova Friburgo possui o segundo maior carnaval do Estado do Rio de Janeiro. Por motivos óbvios, perde somente para a capital – que por sinal, é o maior carnaval do mundo. Será que todo esse alarde seria para tanto?

A festa foi se aproximando e os preparativos começaram. Depois de dois anos sem a querida festa folclórica, a programação ficou pronta e, finalmente, uma grande estrutura começou a ser montada. Os palcos surgiam em diversos pontos do centro da cidade e criavam a primeira sensação de imersão no universo da maior e melhor festa brasileira.

Como morador da Avenida Alberto Braune, me questionei um motivo plausível pelo qual a rua seria interditada em plena quinta-feira, quando antigamente era somente na sexta de folia. E no mesmo dia, já à noite, ao ouvir o rufar das primeiras baterias e o som único dos tamborins, comecei a perceber a linda festa que estaria por vir.

Os eventos foram se sucedendo e na sexta-feira, os foliões tomaram espaço nos tradicionais blocos de rua, contagiando alegria para as famílias que acompanhavam atentas aos desfiles. Em contra partida, outro folião mais desatento, proporcionou um vídeo incrível durante o Blocão do Rastafare, que viralizou muito além de nossas montanhas, e foi compartilhado até pelo famoso rapper americano, o 50 Cent.

Aos roqueiros e aos consumidores de cerveja artesanal, a festa estava plenamente organizada na batizada “Rua da Cerveja Artesanal”. O coreto, no coração da Praça Getúlio Vargas, virou palco, ganhando iluminação, infraestrutura, segurança e contou com diversos artistas, dando vida ao palco alternativo, que sempre existiu, mas que nunca teve a devida atenção do poder público.

Naquele momento, já era possível perceber que a expressão “melhor carnaval do interior”, tantas vezes repetida nos discursos da imprensa local, faziam pleno sentido e não era um mero exagero de autoestima elevada. Nova Friburgo se mostrava puro Carnaval.

Mas foi no domingo, ao andar pela cidade e observar os grupos de mulheres e homens, empurrando carros alegóricos e transportando fantasias em meio ao trânsito da cidade, que se tem a dimensão da grandeza do nosso espetáculo. Grandeza essa que deixou muita capital brasileira com desfile no chinelo e que certamente, deveriam aprender muito conosco.

E aos que estavam acostumados com uma segunda e uma terça-feira de pleno carnaval com clima de finados, fomos surpreendidos com uma lotação de 90% dos hotéis e pousadas, cujos hóspedes tiveram o privilégio de prestigiar os trios elétricos e os grandes shows no palco principal. A comunidade friburguense e os turistas se envolveram e se entregaram ao longo de todo circuito.

Pode parecer exagero a minha fascinação com os ‘delírios’ e detalhes da festa, com o envolvimento da população, a euforia dos turistas e toda estrutura do Carnaval. Mas é muito mais necessário olharmos para os bastidores que a deliciosa festa foi capaz de proporcionar para a nossa cidade.

Renan da Silva Alves, secretário de Turismo, Marketing e Eventos da cidade, explica que no período pandêmico onde o turismo, os eventos e o setor cultural foram drasticamente afetados, contribuir para a retomada das atividades que tanto geram riqueza para a nossa cidade é um dever.

“O Carnaval foi muito além dos seis dias de folia, dos palcos montados e de cultura e entretenimento gratuito para a população. A profissionalização do Carnaval foi dedicada à comunidade, aos turistas e ao desenvolvimento econômico de cada friburguense. Diversos artistas contratados, o faturamento aproximado de R$ 1,5 milhão dos barraqueiros, a alta ocupação da rede hoteleira, mais de dez mil litros de cerveja artesanal vendidos e os quase três mil empregos diretos e indiretos gerados pela folia.”

O saudoso Dorival Caymmi canta em sua música que “quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça, ou doente do pé.” A verdade é que nem todo mundo gosta da folia, seja pelos seus motivos religiosos, pessoais e até ‘morais’ – o que deve ser plenamente respeitado.

Seja você um simpatizante ou não do Carnaval ou da atual gestão municipal, precisamos aplaudir de pé o importante passo na profissionalização do evento que encheu de alegrias à nossa cidade. O carnaval se vai, regado à purpurina e serpentina e os benefícios aos friburguenses ficam, como uma marca para uma cidade melhor.

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Infidelidade conjugal é também uma maldade

quarta-feira, 01 de março de 2023

Uma das dores emocionais mais devastadoras é a que uma pessoa traída pelo cônjuge experimenta. Quem passou por esta experiência descreve que foi como se uma faca tivesse atingido seu coração, partindo-o. Nada justifica a traição num casal. Pode explicar, mas não justifica. Justificar tem que ver com provar que houve uma razão legal (na lei) para o ato, significa tratar como justo um comportamento ou provar a existência de um motivo legítimo para o ato realizado. Trair não é justo. O cônjuge que trai age injustamente.

Uma das dores emocionais mais devastadoras é a que uma pessoa traída pelo cônjuge experimenta. Quem passou por esta experiência descreve que foi como se uma faca tivesse atingido seu coração, partindo-o. Nada justifica a traição num casal. Pode explicar, mas não justifica. Justificar tem que ver com provar que houve uma razão legal (na lei) para o ato, significa tratar como justo um comportamento ou provar a existência de um motivo legítimo para o ato realizado. Trair não é justo. O cônjuge que trai age injustamente. O cônjuge traído talvez tenha sido injusto no sentido de ter privado o outro de atenções, sexo, diálogo, companhia. Ambos, traído e traidor, geralmente têm culpa no caso de uma infidelidade no casamento. Ambos erram.

Há casos em que o traidor age com traição de maneira muito injusta, sendo, assim, muito mais culpado da situação de dor e desmoronamento do relacionamento, tendo aberto uma ferida de difícil cicatrização. Há pessoas que traem porque são compulsivas sexuais cujo cônjuge não tem quase nenhuma culpa, se alguma, pelos constantes e frequentes episódios sexuais fora de casa deste viciado em sexo.

Trair é também uma maldade. Se o cônjuge traído era fiel e fica sabendo da situação, instala-se uma dor de difícil cura. Abre-se uma ferida cheia de ódio, tristeza, sensação de estar casado agora com um inimigo. O que era íntimo, fica afastado; o que era confiável, fica desconfiado; o que era amigo, parece inimigo; o que era conhecido, fica estranho.

Estudo feito pela dra. Carmita Abdo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, com o título “Descobrimento Sexual do Brasil”, revela dados alarmantes sobre o perfil de infidelidade de homens e mulheres brasileiros. Ela e equipe pesquisaram entre 3.106 mulheres brasileiras e encontraram que as que menos traem seu marido são as do Paraná (19,3%) enquanto que as que mais traem são do Estado do Rio (34,8%). Outros estados ficaram assim quanto à percentagem de mulheres que traem (em média): Pará 20,3%; Santa Catarina 23,3%; Mato Grosso do Sul 23,6%; São Paulo 24,1%; Bahia 25,2%; Pernambuco 26,5%; Ceará 26,7%; Goiás 27,7%; Minas Gerais 29,5%; Rio Grande do Norte 30,2% e Rio Grande do Sul 31,7%.

Quanto aos homens, os que menos traem são os do Paraná também, mas mesmo assim com índice muito alto (43%). Depois vem São Paulo com 44%; Minas Gerais 52%; Rio Grande do Sul 60%; Ceará 61% e o estado com maior número de homens infiéis é a Bahia com 64%. Ou seja, em cada 100 homens baianos casados, 64 traem suas esposas em algum momento da vida segundo este estudo da dra. Carmita.

Em cada 100 homens casados no Brasil, 50 tiveram um “caso” e em cada 100 mulheres casadas, quase 26 também tiveram contato extraconjugal sexual. Uma lástima e tragédia indevidamente alimentada pela má mídia. A internet favorece a infidelidade conjugal. Cerca de 60% dos casos de traição virtual termina em sexo real.

A verdade é que uma pessoa “interessante” também tem problemas.

Evitar infidelidade conjugal  depende de: (1) diálogo sincero, (2) humildade de ambos, marido e mulher, para aceitar dificuldades pessoais e procurar ajuda para resolvê-las, (3) aceitar a limitação que todos os seres humanos possuem para nos amar como sonhamos ser amados e, então, aceitar o amor possível, (4) parar de ter obsessão pelo outro, (5) aprender que homem e mulher são diferentes do ponto de vista comportamental o que produz a necessidade de aceitar as limitações pessoais e a (6) compreensão de que o outro nunca poderá preencher todas as necessidades suas.

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Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Circuito Tere-Fri: nove radares em 35 quilômetros

quarta-feira, 01 de março de 2023

“O chamado circuito turístico Tere-Fri pretende ser um atrativo para quem visita a Região Serrana, mas os fatos dificultam muito tal pretensão. Do início friburguense da rodovia RJ-130, do trevo de Duas Pedras até o famoso restaurante Linguiça do Padre, integrante do circuito, já em terras teresopolitanas, existem, nada mais, nada menos, que 32 quebra-molas, alguns sinalizados, outras não e, certamente, todos fora dos padrões estabelecidos pela resolução 600/2016, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

“O chamado circuito turístico Tere-Fri pretende ser um atrativo para quem visita a Região Serrana, mas os fatos dificultam muito tal pretensão. Do início friburguense da rodovia RJ-130, do trevo de Duas Pedras até o famoso restaurante Linguiça do Padre, integrante do circuito, já em terras teresopolitanas, existem, nada mais, nada menos, que 32 quebra-molas, alguns sinalizados, outras não e, certamente, todos fora dos padrões estabelecidos pela resolução 600/2016, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Some-se a isso os nove radares fixos, alguns com visores indicativos da velocidade da passagem do veículo, outros não.

Todos este arsenal encontra-se em um trecho de 35 quilômetros da rodovia estadual. Diante disso, dificilmente teremos um número considerável de turistas dispostos a correr tantos riscos para usufruir de toda a beleza natural e demais atrativos do circuito Tere-Fri. Não devemos esquecer, ainda, que os nove quilômetros iniciais da estrada, no trecho friburguense, a partir do trevo de Duas Pedras, ainda não foram beneficiados com o recapamento iniciado em Teresópolis, encontrando-se em estado, no mínimo, deplorável.

Imagino que nos demais 33 quilômetros que completam o total de 68 quilômetros da RJ-130, os quais, confesso, ainda não percorri depois das obras de reparação da rodovia, tenhamos quantidade semelhante de obstáculos. Uma pena e um desperdício diante do fantástico potencial turístico desta estrada.”

Cláudia Pereira 

Criadouro do mosquito da dengue

“Este carro está abandonado há vários meses na Rua Domingos Sorrentino, na Chácara do Paraíso, causando vários transtornos aos moradores, pois, além de estar com avarias, este veículo parado ao relento está acumulando água das chuvas e se transformando em um verdadeiro criadouro do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e outras doenças. Enquanto nós tentamos evitar a proliferação deste inseto tomando os cuidados necessários em nossa casa, este carro abandonado promove o contrário.” 

Andrelino Menezes da Cunha  

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Perdas e ganhos

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

A essas alturas seus olhos, leitor, já devem estar molhados de lágrimas, tanta é a pena que você sente desses desafortunados senhores

A essas alturas seus olhos, leitor, já devem estar molhados de lágrimas, tanta é a pena que você sente desses desafortunados senhores

É só olhar as caras na rua, melhor ainda: no supermercado, na quitanda ou na padaria, para perceber que a vida, para a maioria dos brasileiros, está mais apertada do que pé 41 em sapato 38. Digo a maioria porque para alguns poucos a vida continua tão folgada quanto colarinho de palhaço. É o caso daqueles a quem as leis, que eles mesmos fizeram, concede o direito de definir os próprios salários. Vocês sabem de quem eu estou falando. O salário talvez nem seja o problema, o problema é que eles, com criatividade maior do que a de todos os ganhadores do Nobel juntos, inventaram uns tantos penduricalhos, com os quais fazem a mágica de duplicar ou triplicar seus vencimentos. Sim, eles têm vencimentos. Para o povão, sobra o gosto das derrotas no fim de cada mês.

Em todo caso, tanto num grupo quanto no outro ocorrem perdas e ganhos. Pode ser que você tenha visto sua renda minguar nos últimos meses e esteja apertando o cinto da família inteira, de modo que o cinto, que já estava no penúltimo furo, pule de vez para o último. E pelo andar da carruagem, não demora muito para que as coisas cheguem a um ponto em que não haja mais nem mesmo cinto para apertar ou barriga para ser apertada.

O consolo que lhe posso oferecer é que não foi só você que empobreceu nesses últimos tempos. Elon Musk, por exemplo, que tem carros na terra (Tesla) e foguetes no céu (SpaceX), viu seu patrimônio minguar em 140 bilhões de dólares. Se fosse em real, 140 bilhões já era uma perda de meter medo, em dólares então, nem se fala, é de se perder também a voz. Aí a gente se pergunta como é que um ser humano sobrevive a um tombo desses. Bem, ele ainda ficou dono de outros 130 bilhões (de dólares!), o que dá para ir tocando a vida, se o sujeito não for muito exigente ou esbanjado.

E Musk nem foi o único que ficou no prejuízo. Mark Zuckerberg, da Meta, empresa que entre outras coisinhas é dona do Facebook, continua brilhando como um dos bolsos mais recheados do mundo, mas ficou 81 bilhões de dólares mais pobre em poucos meses. Agora está condenado a viver, ao menos por uns tempos, com míseros 44 bilhões daquelas notinhas verdes que ostentam na frente a cara de George Washington.

A essas alturas seus olhos, leitor, já devem estar molhados de lágrimas, tanta é a pena que você sente desses desafortunados senhores. Nem vou lhe contar o resto da história. Jeff Bezos, da Amazon e da Blue Origin, viu correr pelo ralo 86 bilhões dos 192 que possuía. Do que restou, ou do que restar quando der adeus a este mundo cruel, ele promete doar a maior parte para obras de caridade. Sendo isso verdade, a gente até torce para ele recuperar a grana perdida e até aumentá-la.

O samba de Aldir Blanc garante que quanto “mais alto o coqueiro maior é o tombo”. Mas trilionários, quando perdem trilhões, sofrem menos com isso do que nós, simples mortais, enquanto esperamos o dia do pagamento. Pode enxugar as lágrimas, leitor. Musk, Zuckerberg e Bezos logo se recuperarão. Diz o ditado popular que dinheiro chama dinheiro. O prêmio da loteria não raro chega a 500 milhões de reais. Não é dólar, mas já é alguma coisa. Vai que você arrisca dez reais e esses dez chamam os outros R$ 499.000,990,00. Se isso acontecer, não esqueça que fui eu quem deu a ideia!

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