O Caderno Z não deixa passar as datas festivas em brancas nuvens. Desta vez, comemoramos o Dia Nacional dos Solteiros, celebrado no último sábado, 15. A edição do fim de semana destacou que hoje em dia muita gente tem escolhido ficar sozinha. Mesmo com tantos sites de relacionamentos, o Brasil reúne em torno de 90 milhões de solteiros. Para essa condição, eu penso que, antes de tudo, é preciso gostar da própria companhia, embora muita gente mal consiga se suportar. O “consumo para um” é bem no modelo atual de vida, já que há pessoas que mantém estilos muito reservados.
Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana

Elizabeth Souza Cruz
Surpresas de Viagem
A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.
O Caderno Z do último fim de semana celebrou o Dia dos Pais com matérias aconchegantes para homenagear o primeiro herói de todos nós. Neste ano, a data foi mais uma celebração totalmente atípica e muitas, entre abraços virtuais. Contudo, eis que no isolamento, parece que a quarentena “aproxima pais e filhos”, de acordo com o resultado de algumas pesquisas. Uma declaração do escritor, jornalista e autor de novelas, Walcyr Carrasco chama a atenção: “Meu pai era um homem simples, mas teve grandeza. E o mais importante, ele torcia por mim...”. Meu pai era assim, meu fã.
A viagem começa carimbando o passaporte para percorrermos os caminhos da história do selo, reverenciando uma trajetória no Brasil que festeja a data de 1º de agosto pela emissão do primeiro selo postal dos Correios, em 1843. Contudo, a primeira comunicação escrita em terras brasileiras foi a famosa carta de Pero Vaz de Caminha anunciando ao rei de Portugal, D. Manoel, a “descoberta do Brasil”. E foi bem depois que D. Pedro II aprovou a reforma postal brasileira, colocada em prática em 1842.
A pandemia do coronavírus mudou hábitos em toda parte. De alguma forma todos estão impactados, mesmo os que dizem o contrário. Como metade de 2020 já foi embora, são muitas as datas sem as tradicionais celebrações, como nas igrejas, teatros, estádios, festas de rua e tudo o mais que possa causar aglomerações. O Caderno Z é sensível e tem lançado temas que amenizam a crise do distanciamento social. Assim, festejamos, com muita emoção, no último domingo, 26, o Dia dos Avós, nas páginas do jornal.
Torna-se um desafio ainda maior embarcar na viagem, quando a plataforma de embarque abraça um tema que me é tão familiar. O Caderno Z escolheu homenagear a data de 18 de julho, Dia do Trovador. Neste 2020, um ano totalmente atípico, não foi possível realizar a festa dos Jogos Florais de maio, por conta da pandemia do coronavírus. Foram, até então, 60 eventos sem interrupção, desde 1960. Uma tristeza pela situação agravante em todo o mundo.
A magia da panificação fermentaram as emoções no Caderno Z do último fim de semana festejando a data de 8 de julho – Dia do Panificador. Que bom saber que tem alguém que diz: “Eu tenho um grande prazer em acordar às 3h30 da madrugada...”. Esse alguém é Werlen Barreto, gerente de produção da Superpão, que chega ao trabalho para “botar a mão na massa”, para servir o que há de melhor aos clientes. Além de ser o “ganha pão” de muita gente, quem ganha mais somos nós, os apreciadores de um pão francês quentinho ou de um belo pão doce. Sem contar as delícias nas vitrines sedutoras.
O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe o tema “Hospitais - Onde dor, fé, esperança e cura andam juntas” e, mais do nunca, essas casas de saúde estão em evidência pela enorme demanda provocada pelos casos de Covid-19. A professora Janaína Botelho nos conta a história do Raul Sertã e é interessante observar os nomes de seus beneméritos, alguns nomeando ruas onde passamos diariamente. O médico João Hélio Rocha, estimado pediatra, conta um pouco de suas experiências no Hospital Santo Antônio, quando se mudou para Nova Friburgo em 1963.
O frio que nos deixa encolhidos, encapotados e mais enclausurados, é o mesmo que nos oferece a beleza das cerejeiras. Não há quem não se renda aos encantos de suas flores delicadas. No Japão, essa majestosa floração é comemorada com festas ao ar livre, na tradição metafórica de suas flores, “efêmeras e transitórias” como a própria vida. O Caderno Z conversou com Hiroji Fujimaki e Patrícia Matsuoka, do sítio Florândia da Serra, em Conquista. O casal contou como as mudas vieram para Nova Friburgo e com a rápida adaptação ao clima serrano, foi fácil a multiplicação dos exemplares.
Nada como festejar o solstício de inverno com uma temperatura boa. Meu termômetro, por volta de meio dia, tem marcado em torno de 25 graus e no Caderno Z o clima está pra lá de bom. As dicas para esta temporada são um pouco diferentes, pois, se antes, ambientes quentinhos, aconchegados de pessoas, eram modos de aguentar o frio, agora as aglomerações ficam suspensas. As casas precisam de muita ventilação. Eu dou um conselho: mesmo que não bata sol, deixe a casa bem arejada, fechando um pouco as janelas somente ao cair da tarde. Os vinhos são bem-vindos e combinam com os queijos.
O último sábado, 13, além de ter sido dedicado a Santo Antônio, foi o Dia Nacional do Turista e o Caderno Z nos garantiu uma excelente viagem a bordo de suas páginas, sempre atraentes. A VOZ DA SERRA é um roteiro especial, por onde começei a viagem sem botar os pés fora de casa. O setor turístico, também abalado pela crise do coronavírus, indica: “A pandemia vai passar; o turismo não”. Ouço dizer que o turismo nas calçadas da Alberto Braune está intenso. Talvez muita gente esteja agora conhecendo os encantos da cidade. Pode ser isso, uma sede inconsequente de andar na rua.