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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

O Caderno Z do último fim de semana celebrou o Dia dos Pais com matérias aconchegantes para homenagear o primeiro herói de todos nós. Neste ano, a data foi mais uma celebração totalmente atípica e muitas, entre abraços virtuais. Contudo, eis que no isolamento, parece que a quarentena “aproxima pais e filhos”, de acordo com o resultado de algumas pesquisas. Uma declaração do escritor, jornalista e autor de novelas, Walcyr Carrasco chama a atenção: “Meu pai era um homem simples, mas teve grandeza. E o mais importante, ele torcia por mim...”. Meu pai era assim, meu fã. Aliás, imagino que todo pai seja assim!

Falando de “amor incondicional”, Pedro Morett, pai de Antônio, de apenas 2 anos, já agradece ao filho: “Papai te ama e aprende muito com você.” – Esse aprendizado é a troca mais valiosa da relação, pois enquanto se educa, também se aprende. A advogada Juliana Rosado Martins se declara: “Pai, cheguei pra mudar sua vida aos 49 anos...”. Que bonito! O técnico de enfermagem, Leonardo Muniz, é solteiro, mas é pai de consideração do sobrinho Emanuel. Este ano, instalado no Sesc, por conta da pandemia, não haverá abraço festivo, conforme seu depoimento: “Quando estamos à frente de uma situação como essa, nunca sabemos o que nos espera. Quando vejo colegas sendo contaminados, alguns deles com sequelas pós-covid, como não ter receio de levarmos a doença para nossas casas e contaminar nossos familiares?”. Essas palavras de Leonardo deveriam ser exibidas num enorme banner, na tentativa de conter os ânimos do povo nas ruas.

Na certeza de que o Dia dos Pais pode se repetir dia após dia, vamos, com Vinicius Gastin, aos cuidados essenciais com a saúde. A prática de exercícios é fundamental para evitar complicações oriundas do contágio pelo coronavírus. Seja nas academias ou em casa, o importante é manter o peso adequado. Na verdade, o bom combate é sempre bem-vindo em defesa do bem-estar físico.

A reportagem de Fernando Moreira, alerta: “Magrelas em alta na pandemia”, destacando os benefícios e vantagens do uso das bikes que, inclusive, estão em alta também nas vendas. O ciclista Conrado Stroligo, trabalhando com entregas em sua bike,  já pensa até em formar uma equipe e “implantar a novidade aqui em Nova Friburgo...”. Airton Dornelles, comerciante, revela que a procura aumentou neste momento da pandemia, até para evitar o transporte público por conta das aglomerações.

Em “Há 50 anos”, destaque para as eleições, de novembro de 1970”. O assunto se repete neste 2020, e parece que cada vez mais sentimos o funil por onde pingam as nossas expectativas. Basta uma leitura atenciosa em “Massimo” e dá um frio na espinha com o que poderá nos suceder. Contudo, o colunista realça: “Por tudo isso, importa – e muito! – que cada eleitor busque acompanhar os bastidores da política e se informar sobre quem irá apoiar, pensando sempre no coletivo”. Disse tudo!

Dá pena saber sobre o trágico fim do Hospital de Campanha. É como alguém que é indicado para um cargo e, antes da posse, já é destituído, coisa normal, atualmente. É aquele que foi sem jamais ter sido. Seria uma boa metáfora, não fosse o difícil momento da pandemia. Quanto dinheiro em vão, tanto para montar, quanto para desmontar. Essas coisas me lembram a canção “O que será que será que andam combinando no breu das tocas, que anda nas cabeças, anda nas bocas...” das artimanhas da situação!

E a bandeira vermelha segue tremulando e a pandemia aumentando números. Até a última sexta-feira, 7, eram mais de 1.500 casos de Covid-19 e 73 mortes. Nova Friburgo, tão romântica, afetada de modo avassalador. E tem gente ainda dizendo que “isso não há de ser nada”! Guilherme Alt fez excelente reportagem sobre o comportamento dos friburguenses. Desde março, no início do isolamento, com as ruas desertas, aos atropelos das ruas lotadas em agosto. Incrível, tanta gente no centro da cidade e bem se vê, pelas fotos, que o distanciamento está longe de ser cumprido. “O que será que será que todos os avisos não vão evitar, porque todos os risos vão desafiar...”. Salve Chico Buarque que traduz os nossos questionamentos! O que será que será? – Eu me pergunto sempre. Abraços, meu povo!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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