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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Na estação de embarque, em apenas um olhar, vislumbro a viagem prazerosa que o jornal nos oferece. “Dos desenhos nas cavernas às tecnologias digitais”, tudo é muito apaixonante. Minha primeira fotógrafa foi mamãe que, com sua Arrow, modelo cinquentenário, não perdia os cliques da nossa infância. Se fosse agora, mamãe não precisaria exigir tanto de nós, de posturas e sem franzir os olhos, pois, quanto mais natural, mais nos impressiona uma foto. Podemos imaginar o esforço do senhor Luiz Carestiato para conseguir boas fotos lá pelos idos de 1930. Para fotos em ambientes fechados, ele usava uma calha “com uma espoleta, cheia de magnésio, que explodia e clareava o recinto”. E a Gráfica Carestiato, este ano, completando 70 anos. Que lindo!

A história é uma coisa fabulosa e o “Z” nos trouxe as lembranças de Preguinho. Quem, de Nova Friburgo, no seu álbum de família, não tem uma foto em seu estúdio? Aquela foto tradicional, de criança sentada no tamborete, de perna cruzada? Outro mestre é o Miracema. Que bom ter notícias de seus 93 anos, festejados em julho deste ano. Ele, o bambambã nas fotos, fotografou meu casamento. Ele nunca soube que eu pensava: “Mira, mira, Miracema... e faz da foto um poema!”. E nós estamos cercados por gerações de novos fotógrafos, com seus estilos e produções, captando tudo o que nos encanta o olhar. Festejar o 19 de agosto, Dia Mundial da Fotografia, é erguer brindes e aplaudir Henrique Pinheiro, Alan Andrade, João Luccas, Thiago Lima, Regina Lo Bianco, Hugo Dembergue, Leandro Marra, Juliana Gabrig, que tornaram o “Z”, ainda mais lindo. É festejar o passado, o presente, com visão de futuro, porque, em todos os tempos, a fotografia é a alma de todas as coisas, pois elas se perpetuam a partir de suas fotos.

“O fim de um belo ciclo...” Assim, o jornal anuncia o encerramento das atividades da videolocadora Disk Vídeo, na Rua Portugal. Recebemos essa notícia com um aperto no coração, pois fechar um estabelecimento de 25 anos na cidade, servindo tão bem é uma pena. O proprietário, Carlos Eduardo, o conhecido Guinga, ressalta que pelos menos umas 60 mil pessoas passaram por lá. Eu sou uma delas e por isso mesmo penso que quando se fecha uma loja desse porte, abre-se uma janela de saudade. Muito grata aos bons filmes que assistimos.

Quem pensou que nós estávamos livres do frio, se enganou. Contudo, tem muita gente que ama o frio, lareira acesa, vinho, caldos e uma cama bem quentinha. De qualquer forma, há prenúncios de primavera. Nova Friburgo poderá receber o título oficial de “Capital Nacional da Moda Íntima”. Apesar de ser chamada assim por todos nós, o deputado federal, Luiz Antônio Corrêa, está com projeto de lei para a oficialização do título. Falando em sucesso, a coluna “Sociais” veio com um time de aniversariantes, todas muito queridas. E, enviando um abraço para Marly Pinel, abraço as demais. Parabéns!

Guilherme Alt nos trouxe uma reportagem sobre o período eleitoral. “O que um pré-candidato pode e o que não pode fazer”. A prática de “impulsionamento” está entre as proibições. Fiquemos atentos, pois com os avanços tecnológicos, todo cuidado será pouco. Em “Massimo”, no mesmo tema, os perfis falsos precisarão ser punidos, pois “a esperteza vai continuar tendo papel decisivo no processo eleitoral”, caso não haja vigilância. Enquanto isso, a Lei Maria da Penha completa 14 anos e ainda é preciso que os seus recursos sejam solicitados pelas muitas vítimas de agressões. A delegada Carla Ferrão destaca que é “dever ético e moral comunicar à polícia o acontecimento desses fatos”. Nem a pandemia está conseguindo minimizar o problema. Lamentável!

Para mim, o momento crucial das surpresas é comentar sobre a pandemia e a cor da bandeira para a semana. Desta vez, a amarela foi “hasteada” e por 15 dias, até 6 de setembro. A bandeira amarela indica “pouco risco”. No entanto, os casos de contaminação passaram de dois mil e as mortes aumentaram. Parece que a estatística que define as cores sofre de daltonismo crônico. Desculpem-me os especialistas, mas eu vejo isso com tristeza, especialmente pensando nas famílias que perderam seus entes.

 

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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