Das cartas ao poder das inovações, AVS não perde a conexão

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 04 de agosto de 2020

A viagem começa carimbando o passaporte para  percorrermos os caminhos da história do selo, reverenciando uma trajetória no Brasil que festeja a data de 1º de agosto pela emissão do primeiro selo postal dos Correios, em 1843. Contudo, a primeira comunicação escrita em terras brasileiras foi a famosa carta de Pero Vaz de Caminha anunciando ao rei de Portugal, D. Manoel, a “descoberta do Brasil”. E foi bem depois que D. Pedro II aprovou a reforma postal brasileira, colocada em prática em 1842. O Caderno Z do último fim de semana veio repleto de curiosidades desde os primórdios do primeiro selo, conhecido como “Olho-de-Boi”. Minha mãe contava o caso de uma moça que, de tanto esperar cartas do namorado, acabou se apaixonando pelo carteiro e deu até casamento.

Rogério Albertini, funcionário dos Correios desde 1985, relata suas vivências e ressalta a raridade das cartas “escritas à mão” e dos cartões de Natal. Eu gostava de colocar todos na árvore natalina e depois os guardava na caixa dos enfeites. No ano seguinte, era gostoso lembrar as mensagens recebidas anteriormente. Com todas as transformações, Albertini acrescenta: “A tendência é realmente os selos e as cartas virarem peças de museu...”. Mas, restará a inegável paixão dos colecionadores. Por isso mesmo, aguardamos o selo comemorativo dos 75 anos de A VOZ DA SERRA, marco alcançado neste ano de 2020. Vamos festejar de um jeito ou de outro!

1º de agosto é o Dia Nacional da Suíça e para nós, que temos colonização oriunda dos primeiros imigrantes suíços, autorizados pelo rei D. João, a data é de extrema importância. Este ano, as celebrações ocorreram basicamente no formato virtual por conta da pandemia do coronavírus. A festa do ano passado ainda soa em nossos corações!

Vinicius Gastin contou a trajetória de Felipe Conceição, o friburguense que tem percorrido vários clubes, fortalecendo sua carreira dentro do futebol brasileiro e até fora do Brasil. Agora ele se destaca no RB Bragantino e comandará a equipe no Campeonato Brasileiro da Série A. Como bem disse Gastin: “Digno de aplausos”. Muito sucesso!

Adriana Oliveira nos trouxe uma maravilhosa reportagem sobre o Monsenhor Mielli, que teria feito 98 anos no último dia 30 de julho. Que narrativa empolgante com relatos de episódios que confirmam, cada vez mais, a brilhante personalidade do padre muito amado por todos nós. Girlan Guilland, também conhecedor de tantos fatos marcantes e históricos, ressaltou: “Monsenhor Mielli foi muito mais do que um líder religioso católico, mas um visionário pelo ideal da educação”. Todas as homenagens em honra à memória do inesquecível padre são bem-vindas e há de ser significativa a ideia de um enredo para o carnaval de 2022. Afinal, foi o monsenhor o “apaziguador dos ânimos” na fundação da Imperatriz de Olaria. O enredo será, certamente, santificado na passarela do samba!

Ana Borges entrevistou a médica geriatra Thaís Valle Duarte Folly que em suas considerações sobre a atual crise do coronavírus, destacou: “ A pandemia nos trouxe inúmeras mudanças para todas as faixas etárias. Seja na esfera social, econômica ou psicológica, o isolamento nos fez repensar a nossa rotina, nossas prioridades e o que realmente entra no que consideramos essencial ou não para nossas vidas.” Esse repensar é uma receita e deveria ser adotado como o primeiro mandamento para o novo normal.

Uma pesquisa constatou a queda do interesse por lives. Isso não é de surpreender, pois, com tantas atividades liberadas, o povo quer mais é interagir e deixar de ser mero assistente no sofá da sala. Em Nova Friburgo, por exemplo, a bandeira vermelha “desbotou” e perdeu a rigidez de sua cor. Agora muita coisa pode funcionar, mesmo com o aumento para 1.221 casos de Covid-19 e 69 óbitos registrados até a última sexta-feira, 31 de julho. Será que estamos nos acostumando ou será o novo normal?

Na coluna “Massimo”, tivemos boas ponderações sobre a quarentena e sobre “como iremos sair deste período de provações”. Pergunta o colunista:  “Seremos pessoas melhores?...”. E mais: “Será que toda essa experiência nos ajudará a amadurecer de alguma forma?” Tomara, pois precisamos da bandeira branca, aquela bandeira da paz!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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