Como bem disse Alan Andrade: vida fácil só existe em Hitchcock!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

quarta-feira, 09 de setembro de 2020

Conduzidos por Ana Borges, abrimos o roteiro da viagem com o passaporte para o tema “A difícil tarefa de alfabetizar à distância”. O Caderno Z destaca: “A Educação não pode parar  - Alfabetizar é prioridade”. Está mais do que provado que “a escola é o melhor lugar para a criança”. Contudo, em tempos de pandemia, as instituições educacionais se reinventaram no processo de ensino à distância. O prazer de alfabetizar o próximo quando ele está próximo é algo mágico, mas, neste ano de 2020, o desafio da alfabetização mexeu não somente com os professores, mas, como toda a estrutura familiar.

A professora Paula Ramos Miranda Tavares nos conta ter sido alfabetizada em casa por sua mãe e que é possível êxito no atual processo: “A presença da família é fundamental nesse período, eles são minhas mãos e os olhos do outro lado da telinha”. A educadora Mara Mansine ressalta que as famílias precisam de orientação e não há como cobrar em casa, o mesmo tempo de estudo da sala de aula.

Por todas as dificuldades e desafios, a professora Rosania Grativol alerta que o momento “é de aprendizagem para todos”. Apesar dos transtornos e das demandas exigidas no modelo virtual, a suspensão das aulas presenciais trouxe uma participação maior da família, que andava meio afastada do aprendizado dos filhos e com isso, os responsáveis “perceberam a necessidade de conhecerem melhor o material didático e as metodologias adotadas”. Como bem se vê, sempre há um ganho, por mais desafiador que o estudo longe da escola possa ser. Por conta do Dia Mundial da Alfabetização, celebrado nesta terça-feira, 8, que todo nós possamos ler nos olhos das crianças o quanto elas anseiam pelo aprendizado e como aprendem com muita facilidade. Parabéns aos alfabetizadores!

Falando em alfabetização, em “Há 50 Anos”, era inaugurado pelo presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, o Mobral - Movimento Brasileiro de Alfabetização de jovens e adultos e Nova Friburgo tratou logo de formar uma Comissão Municipal para gerir o projeto em nossa cidade. Era o início da luta pelo fim do analfabetismo no país.

Uma emocionante crônica de Alan Andrade nos levou ao mundo mágico que, infelizmente, fechou suas portas. “O homem que alugava sonhos” homenageia Guinga, dono da já inesquecível locadora Disk Vídeo, da Rua Portugal. Uma bela homenagem a altura dos 25 anos da loja, um verdadeiro Oscar em todas as categorias. Diz Alan: “O homem que sabia demais de filmes também sabia que vida fácil só existe em Hitchcock”. 

Vinicius Gastin, em “mínimos detalhes”, nos trouxe uma narrativa impecável sobre os protocolos de segurança que o Friburguense vai seguir para a atuação dos atletas do Sub-20. Eu digo que o futebol é uma das coisas mais organizadas do Brasil. O gerente de futebol do clube, José Siqueira, explica que o protocolo estabelecido pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro “é algo que precisa ser seguido, embora seja muito caro”.

O Programa Câmara Verde, instituído pelo Legislativo de Nova Friburgo, tem visão de futuro muito sustentável, com a adoção de práticas ecologicamente corretas. Com abrangência total para a preservação do meio ambiente, o programa se compõe ainda de 17 ações que englobam o uso de papel e outros materiais reciclados, estímulo ao uso de bicicletas e posto de coleta de pilhas e baterias e muito mais. Sucesso para todos!

Enquanto os usuários de transporte público aguardam a redução das passagens urbanas para R$ 3,95, a cidade movimenta-se até indevidamente, como exposto em “Massimo”. O colunista registrou a queixa de moradores do Centro, com relatos de brigas e discussões durante as madrugadas de 29, 30 e 31 de agosto. Realmente é “desanimador” que ainda haja gente com disposição para badernas, sem qualquer compromisso com a cidadania, como se não bastasse a pandemia, com o aumento de Covid-19, ultrapassando a marca de 2.613 casos e 106 mortes. E a bandeira amarela segue tremulando por mais 20 dias, no entendimento das autoridades, “com risco baixo de contágio da população pelo coronavírus”. Se isso é risco baixo, que me perdoem: perdi o bom senso!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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