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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

O Caderno Z do último fim de semana entrou em clima de primavera e nos apresentou o projeto Floristas do Amparo, uma cria do “Vamos Florir do Bem”, da Acianf, com a finalidade de “treinar mulheres em vulnerabilidade social” para que pudessem obter algum tipo de renda por meio da confecção de arranjos florais e buquês. A iniciativa também beneficia a floricultura, fortemente atingida pela crise da pandemia.  A produção de flores de corte de Vargem Alta, que sofria com o cancelamento de eventos, passou a ser beneficiada pelo movimento. O empreendimento envolve dedicação de primeira: Camila Porto, engenheira agrônoma, Moema Celles Cordeiro, produtora rural e a florista Mara Tsouroutsoglou.

Em entrevista, Camila explica que há outras participantes no projeto e há a intenção de chamar mais floristas treinadas. Entre os objetivos, o projeto visa aumentar o gosto pelas flores para o dia a dia das pessoas e não somente em datas festivas. Empresas, consultórios, qualquer ambiente fica mais bonito e com boas energias com a presença das flores. Os clientes podem escolher entre os tipos de assinatura: presente, decorativa, Clube das Flores e takeway. No Clube das Flores, por exemplo, o cliente recebe em seu endereço um ramo de flores naturais para presentear ou no estilo “Faça você mesmo”, montando o próprio arranjo.

O “Z” também trouxe dicas de trilhas para o “reconecte-se com a natureza” em Nova Friburgo. Pelo Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio – 16 de setembro, o alerta de que a recuperação está em andamento, “mas ainda deve levar anos”. Isso se houver ação humana consciente e competente.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin convidou o doutor Felipe Monnerat, que nos brindou com muitos aconselhamentos: “Em meio a pandemia, onde devemos evitar ir a hospitais e clínicas pelo risco de infecção, muitos profissionais orientam o que já deveria ter sido feito, o olhar para si”. Dr. Monnerat destaca o valor de conhecermos o nosso corpo em seu todo e assim podermos atentar para qualquer alteração em nosso bem-estar geral.

Esse “conhecer” não é como relatado por Guilherme Alt, de que há pessoas inventando sintomas para fazer o teste de Covid-19, para “tirar a curiosidade”. No dizer do diretor geral da UPA, Ivo José Dutra, não são denúncias reais, embora muitas pessoas procurem “indiscriminadamente” o centro de triagem. Dr. Ivo garante que “não há possibilidade de o paciente fazer o teste na base de uma mentira, já que há outras maneiras de checar as informações”. Por isso mesmo, pessoal, inventar sintomas não cola!

Nem eu que amo tanto a cor, conseguiria manter a bandeira amarela por tanto tempo, com os casos já chegando ao patamar de três mil infectados. Parece que somente eu implico com isso, pois nem nas redes sociais vejo as pessoas debatendo sobre a pandemia. As pessoas estão se acomodando? A métrica reguladora é feita pela soma dos indicadores, entre esses, a taxa de letalidade e os novos casos de contaminação a cada 14 dias. Trovadora que sou, eu prefiro a métrica da trova – sete sílabas - nem mais nem menos!

Dezesseis candidatos deram a largada na “corrida à cadeira número 1” de Nova Friburgo. Sabendo que “a cadeira” não é mais do que uma metáfora, pois, quem se eleger para a sua ocupação, pouco fará seu uso para sentar-se, pois há muito o que fazer na cidade. Pelo visto, seguindo o labirinto da charge de Silvério, não vai ser fácil subir os degraus da casa cor-de-rosa. Desde já, fica a máxima em “Massimo”, de George Van Valkenburg: “Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando”.

Enquanto isso, o movimento “Volta Centro de Arte” espera subir ao topo das atenções da “boa vontade dos governantes”. O espaço cultural está fechado desde a tragédia de 2011 e vários artistas manifestaram seus lamentos em entrevista com Ana Borges. A exemplo, Daniela Santi conclama: “Artistas calados são artistas mutilados. Cansamos. Queremos o nosso lar ativo e vibrante...”.  Chico Figueiredo lembra Jaburu e confessa: “Quem sabe, forças sobrenaturais façam acontecer o que tanto desejamos?”. Chega um momento em que o sonho tem que sair do sonho. Volta, sim, Centro de Arte!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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