Do apagão às luzes do conhecimento, AVS é missão!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 06 de outubro de 2020

O Caderno Z do último fim de semana nos trouxe a celebração do dia 1º de outubro, quando se festeja o Dia Internacional da Terceira Idade. A partir dos 60 anos é hora de brindar a chegada de um novo tempo. Contudo, parece que antigamente a pessoas envelheciam mais cedo e por volta dos 50 anos começavam a “pendurar as chuteiras” no jogo da vida. Hoje as pessoas envelhecem bem mais tarde. É certo que a modernidade trouxe uma série de conhecimentos para os ajustes necessários ao pleno conforto dos idosos.

O arquiteto friburguense, Rogério Kato, fez uma excelente explanação sobre os cuidados que se deve ter com a distribuição de espaços e recursos em uma casa, para a segurança dos idosos. Cores claras nas paredes, móveis bem dispostos, de preferência com cantos arredondados, circulação bem definida, rampas, escadas com corrimão, barras nos banheiros e muito mais. Lembrando que um bom jardim acalma e traz muitos benefícios para a saúde.

A mente do idoso, da mesma forma, precisa se equipar com bastante ocupação. Em se tratando de tecnologias, as ferramentas estão aí. O site “Divertidosos”, criado em 2013 pelo aposentado Guilherme Gargantini e pela webdesigner Monika Dunko, destaca a inclusão digital, pelo “bem que a tecnologia faz", como afirma Monika. Por conta da pandemia, surgiu o Pandebingo – um bingo virtual, com presentes doados por "divertinautas". Para Guilherme "está sendo um sucesso estrondoso!”. Tudo o que for bom para manter a estabilidade emocional neste momento é de valor inestimável.

Conversas, jogos de mesa, filmes, música, leituras, banhos de sol e até exercícios, como alongamentos e aulas de yoga, pela internet. Resumindo, “em época de recolhimento domiciliar, estar ativo é primordial para a saúde física, mental e emocional”.

Não fosse a pandemia, valeria brincar com a ideia de candidato “mascarado” na campanha eleitoral. Mas, agora, o candidato sem máscara, certamente, já está perdendo voto por não dar um bom exemplo. Sem preconceito de cor quanto a cor das bandeiras, o período eleitoral pretende ser regido, com muita segurança, pelas autoridades. O juiz da 26ª Zona Eleitoral de Nova Friburgo, Marcelo Villas, afirma que “a campanha dos candidatos será mantida, independentemente da bandeira da flexibilização vigente no município”.

A afirmativa do magistrado se prende ao “bom senso do candidato”. Mas, e na falta do bom senso? A pergunta fica no ar, junto a outras questões irrespondíveis desde o início da pandemia. A sorte é que “o TSE está atento aos desdobramentos das campanhas”. Vamos nos alertar, porque tem muita gente pensando que a pandemia “deu uma trégua” para as eleições. Será o coronavírus um vírus eleitoral? Mas que bobagem de pensamento! Com o aumento de contaminados e o número de mortes, a trégua é no comportamento humano, isso, sim!

“O candidato a qualquer cargo público deve levar ao eleitorado uma mensagem. Algo que o credencie como aspirante ao trato da coisa pública. Não foi por outra razão que alguns defendem o ponto de vista de que deveria existir uma Escola de Administração. Ao solicitar o registro de sua candidatura, o pretendente ao voto do povo teria que juntar a prova que já terminara o curso”. Esse excelente argumento foi publicado na edição de 3 e 4 de outubro de 1970, como nos lembrou a coluna “Há 50 anos”. São passadas cinco décadas e a ideia não vingou. Mas, não é que seria bem interessante? Contudo, poderia surgir muito “Fakediploma” e a gente continuaria caindo no conto do vigário e, pior, sem missa.

E o apagão de sexta-feira passada, pessoal? Que noite linda, que lua! É certo que o acontecimento atravancou a vida de muita gente, mas que foi lindo poder apreciar a lua iluminando a cidade, foi. Falando em natureza, “Lá vai São Francisco pelo caminho, de pés descalços, tão pobrezinho...”. Na charge de Silvério, o franciscano, cuja memória foi lembrada neste domingo, 4, pede ao povo que evite queimadas, que não jogue cigarros acesos nas matas, que preserve o meio ambiente. Lá vai São Francisco, de olhar atento. O santo da simplicidade parece pensar na canção de Milton Nascimento: “Outros outubros virão, outras manhãs plenas de sol e de luz”.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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