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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Está mais do que provado que em tudo no mundo pode haver uma dualidade – o bom e o mau. A internet não passaria longe dessa armadilha, muito menos estaria livre de contaminação pelas fake news. O Caderno Z aborda o assunto, trazendo à luz a combinação de redes sociais e notícias falsas. A mentira sempre existiu, porém ganhou rapidez e alcances extraordinários. Mais do que nunca, com a aproximação das eleições, é preciso muito cuidado. O criador do Fakepedia, Anderson Cordeiro, alerta: “Só se combate fake news armando as pessoas com informações”. Para comprovar a veracidade de uma notícia, Anderson destaca: “É preciso verificar a fonte, ver se a notícia vem de um veículo confiável”. E mais: “Tem que ler a notícia toda. Tem gente que só lê o título...”. Ninguém se deixe enganar, pois “as notícias falsas são feitas para chocar...”.

Se para os eleitores está cada vez mais difícil acreditar em campanhas, para os candidatos a dificuldade também não faz por menos. Sem os comícios presenciais por conta da pandemia, os estreantes, em especial, terão desafios em dobro. Os mais conhecidos contam com a vantagem do nome, porém, podem ter o desprestígio, caso não tenham desempenhado bem as funções de outrora. Como muita gente não assiste propaganda eleitoral, ou, às vezes, assiste para “se divertir”, se é que isso é diversão, é bom saber que a Justiça Eleitoral estará vigilante para impedir ações mirabolantes que venham a ocorrer. O fato é que se eleitor se sente indeciso ou descrente, os candidatos, alguns, certamente, estão pisando em ovos. Entretanto, nem tudo está perdido, pois, como eleitores, podemos contar com a ajuda da imprensa para clarear a nossa mente.

Não é de surpreender que em “Há 50 anos” falava-se do assunto eleições, sobre a programação gratuita de rádio, que alcançava “índices dos mais gozativos”, já que muitos candidatos não possuíam “a mínima condição para falas”, sendo que até “coisitas comezinhas” recebiam o “pomposo título de plano piloto”. A coluna lembra ainda o Galeria Bar, “o centro das conversações e das grandes decisões de nossa política”. Outra coisa bem lembrada: “O senhor Emílio Kramer, com 55 anos de serviços prestados à Fábrica de Rendas Arp, foi escolhido Operário Padrão de 1970”. Quem conseguiria alcançar reconhecimento assim nestes nossos tempos de modernidade líquida?

Lixo com descarte irregular! E a gente pensando que as pessoas vão melhorar o comportamento. Algumas, sim, com certeza. Carnaval na berlinda e a pandemia só avançando.  Sem medidas de restrições eficazes, aglomerações, ruas noturnas cheias, sem vacina, sem responsabilidade com a vida humana, o cenário é ameaçador, sob o comando da bandeira amarela. O Drive-in Live Show, caso se realize, será mais uma atração para quem deseja sair de casa para se distrair. Trata-se de um evento para a  Via Expressa, em que a plateia permanecerá dentro de seus carros, no máximo quatro pessoas por veículo, com uma série de exigências, tanto para o público quanto para os organizadores.

Mas vejam só quem eu encontro na página 9 da edição do último fim de semana:   uma verdadeira surpresa de viagem: meu primo Ordilei Alves da Costa em “A literatura em tempos difíceis”. Os tempos estão dificílimos mesmo, mas a verve literária de Ordilei agiu com a maior facilidade para homenagear os “anônimos heróis”, destacando uma plêiade de profissionais que se expõe no enfrentamento da pandemia, para dar suporte a tanta gente que precisa de auxílio no isolamento. O texto flui reverenciando todos os heróis, com destaque de um soneto – “O motoboy”. Muito bonito e merecido, por sinal.

A linguagem literária traduz muito do que se quer dizer e que, às vezes, não se sabe expressar. Tudo se comunica! Há sempre um modo de se expressar os sentimentos. Seja no olhar ou nos gestos, não é sem razão que a Língua Brasileira de Sinais conquista, cada vez mais, espaços na comunicação. A psicóloga e professora em Libras, Luciana Ruiz, destaca a importância dos sinais para as próximas eleições. Em todo tempo e lugar, a “janela dos sinais” abre portas para o mundo dos conhecimentos e isso é maravilhoso!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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