Blog de paulafarsoun_25873

Vida como ela é

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Muitos de nós têm dificuldades em assimilar a efemeridade da vida, a velocidade com que o tempo passa. Quando muito jovens, achávamos que seríamos, inclusive, eternos. A juventude tem esse frescor, nos ilude ao imaginarmos uma vida muito longa pela frente e sequer vislumbramos que o fim pode chegar. Vai chegar, aliás, um dia. Parece coisa que acontece com os outros, tão distante que não pode nos alcançar.

Mas a vida é isso aí, Vida. Ela sendo ela. Cheia de riscos. Poderosa, intensa, surpreendente. E ela tem essa força para mudar tudo da noite para o dia, relativizar convicções, romper com devaneios, desnudar a realidade, impor desafios, apresentar obstáculos algumas vezes intransponíveis. E aí é que começa a complicar. Há surpresas na vida que são implacáveis, arrebatadoras, nos tira o chão, nos coloca no cantinho do castigo olhando para as paredes de forma severa, sem hora para acabar. Não vai adiantar reclamar com os pais, os diretores não vão poder fazer nada.

E o tempo que parece voar, realmente passa rápido demais. Creio que um dia todos chegaremos a essa conclusão. E não dá para parar o relógio, colocar pilha fraca, sumir com o marcador. Ele não vai parar de passar e esse minuto em que penso essas palavras, também jamais voltará. Já dizia meu saudoso avô: “o relógio só anda para a frente.” E é isso mesmo. Temos que aproveitar.

Chega uma hora, em que precisamos entender que existir significa também tomar as rédeas dessa existência, assumir de alguma maneira as responsabilidades, consentir, abraçar as possibilidades, desfrutar dos segundos, valorizar todos os instantes. Precisamos também estar cientes de que acatar a postura ativa diante da vida, significa também não esperar a “papinha na boca”, a mão na testa, alguém como escudo e as respostas prontas para tudo. É aprender sobre amor próprio. A entender-se no mundo, reconhecer seu valor e polir seus defeitos.

Independente de crenças religiosas, das aspirações que temos sobre o lado de lá, na crença que podemos nutrir sobre a vida depois do “fim”, fato é que essa roupagem assumida por essa vida é única e preciosa e não deve ser desperdiçada. Creio realmente que não estamos aqui a passeio. Temos missões urgentes a cumprir. Precisamos ser úteis ao bem da humanidade. Carecemos de sabedoria para escolhermos as pessoas com quem desejamos caminhar. Um dia, de uma maneira ou de outra, receberemos todos a conta da vida. Que tenhamos feito boas escolhas.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Proposta

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Eu tenho uma proposta a fazer. Não serei a primeira e muito menos a última pessoa a fazê-la. É tecnicamente simples, porém de aplicação rara. O treinamento é o seguinte: ponha-se no lugar do outro. Esse é o primeiro passo. Em sequência, reflita: eu gostaria que fizessem comigo o que eu faço com ele?

Eu tenho uma proposta a fazer. Não serei a primeira e muito menos a última pessoa a fazê-la. É tecnicamente simples, porém de aplicação rara. O treinamento é o seguinte: ponha-se no lugar do outro. Esse é o primeiro passo. Em sequência, reflita: eu gostaria que fizessem comigo o que eu faço com ele?

Parece bobo. E é. Mas não é. Uma antítese caprichada. Deveria ser algo corriqueiro, simplório. No entanto, quase não vemos mais esse tipo de pensamento por aí. Basta observarmos quantas pessoas são vítimas de bullying diariamente no país. É algo inconcebível. Nossa sociedade carece tanto de empatia que convivemos com pessoas que são capazes de empregar um real esforço e alguma energia em prejudicar a vida alheia, em achincalhar um terceiro, agredir de forma intencional, repetitiva, discriminar, ferir, prejudicar alguém nesse nível e sem razão alguma. É realmente difícil entender que o “bicho homem” continue sendo capaz disso até hoje.

Tudo é tão claro, somos suficientemente munidos de informações e bom senso para termos o discernimento de que a prática do bullying pode gerar consequências inimagináveis, pode macular as profundezas da alma de alguém, marcar negativamente sua existência, provocar dor à família, quando não resulta em conflito ou tragédia. Sabemos de tudo isso. Sobra noção dessa realidade. Creio que as pessoas estão plenamente cientes do mal que fazem às outras. Acho que o que falta é amor.

Alguém que faz bullying com o outro certamente é alguém que não quero que componha o rol seleto do meu coração. Não quero ter como amigo. Dispenso sair para um café. Prefiro optar partilhar essa vida única com aqueles que optam por emanar compaixão, que disparam coisas boas por aí, que se unem às minorias, que defendem essas vítimas cotidianas da irresponsabilidade alheia. Gente que “joga” com o amor. Que não desperdiça oportunidade de fazer pessoas felizes. Que estende as mãos. Que acolhe com um abraço. Que se esforça dia após dia para ser alguém melhor, que saiba ouvir mais, que procure ser mais paciente. Que partilhe coisas boas ao invés de juntá-las e acumulá-las em um mundo fechado e restrito. Gente que batalhe contra o próprio egoísmo. Gente que prefira dizer coisas boas. Ser do bem. Que não maltrata, não isola, não se omite, não ofende. Que realmente não carrega no coração a intenção de fazer mal a alguém.

Não é sobre bullying. É sobre amor no coração, amor pelo próximo, amor e compaixão, amor e empatia, amor e respeito. Que eu seja sempre a mão estendida para aqueles que sofrem e jamais a que lança maldades ao vento. Que eu consiga ser essa gente do bem que espero ter ao meu lado por toda vida.

Eu tenho uma proposta a fazer. Não serei a primeira e muito menos a última pessoa a fazê-la. É tecnicamente simples, porém de aplicação rara. O treinamento é o seguinte: ponha-se no lugar do outro. Esse é o primeiro passo. Em sequência, reflita: eu gostaria que fizessem comigo o que eu faço com ele?

Parece bobo. E é. Mas não é. Uma antítese caprichada. Deveria ser algo corriqueiro, simplório. No entanto, quase não vemos mais esse tipo de pensamento por aí. Basta observarmos quantas pessoas são vítimas de bullying diariamente no país. É algo inconcebível. Nossa sociedade carece tanto de empatia que convivemos com pessoas que são capazes de empregar um real esforço e alguma energia em prejudicar a vida alheia, em achincalhar um terceiro, agredir de forma intencional, repetitiva, discriminar, ferir, prejudicar alguém nesse nível e sem razão alguma. É realmente difícil entender que o “bicho homem” continue sendo capaz disso até hoje.

Tudo é tão claro, somos suficientemente munidos de informações e bom senso para termos o discernimento de que a prática do bullying pode gerar consequências inimagináveis, pode macular as profundezas da alma de alguém, marcar negativamente sua existência, provocar dor à família, quando não resulta em conflito ou tragédia. Sabemos de tudo isso. Sobra noção dessa realidade. Creio que as pessoas estão plenamente cientes do mal que fazem às outras. Acho que o que falta é amor.

Alguém que faz bullying com o outro certamente é alguém que não quero que componha o rol seleto do meu coração. Não quero ter como amigo. Dispenso sair para um café. Prefiro optar partilhar essa vida única com aqueles que optam por emanar compaixão, que disparam coisas boas por aí, que se unem às minorias, que defendem essas vítimas cotidianas da irresponsabilidade alheia. Gente que “joga” com o amor. Que não desperdiça oportunidade de fazer pessoas felizes. Que estende as mãos. Que acolhe com um abraço. Que se esforça dia após dia para ser alguém melhor, que saiba ouvir mais, que procure ser mais paciente. Que partilhe coisas boas ao invés de juntá-las e acumulá-las em um mundo fechado e restrito. Gente que batalhe contra o próprio egoísmo. Gente que prefira dizer coisas boas. Ser do bem. Que não maltrata, não isola, não se omite, não ofende. Que realmente não carrega no coração a intenção de fazer mal a alguém.

Não é sobre bullying. É sobre amor no coração, amor pelo próximo, amor e compaixão, amor e empatia, amor e respeito. Que eu seja sempre a mão estendida para aqueles que sofrem e jamais a que lança maldades ao vento. Que eu consiga ser essa gente do bem que espero ter ao meu lado por toda vida.

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Contagem regressiva

quinta-feira, 04 de maio de 2023

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas… percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. (...)”

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ela chupou displicente, mas… percebendo que faltam poucas, rói o caroço. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. (...)”

Assim começa o texto “O tempo e as jabuticabas”, de Rubem Alves, que tanto admiro e que deixo aqui como sugestão de leitura. É impressionante como os textos dele falam por mim. Não que eu imagine que já vivi metade da vida, porque minha mente tem por subterfúgio imaginar a vida eterna e se esquivar de pensar na efemeridade da existência. Contudo, também já não tolero gabolices e sinto que em meu tempo já não cabem desperdícios vaidosos e vãos.

Evito me colocar em uma contagem regressiva, mas a verdade é que o tempo não volta e o relógio só anda para frente. O que fazer diante dessa realidade senão aproveitar todo tempo do mundo que nos resta? Uma fórmula infalível ao priorizarmos o que fazer diante da infindável lista de tarefas é pensar se nossa próxima ação vai ser positivamente útil para alguém ou para a humanidade ou se ela traz felicidade. Usar esse critério pode auxiliar em algum direcionamento, embora não resolva nossas questões desde as mais simples às mais profundas.

O tempo está passando e queremos tudo da vida. Desejamos a boa sorte, o sucesso em todos os aspectos, o amor profundo, a Prosperidade, assim mesmo, com p maiúsculo, a saúde plena, a realização profissional, o casamento feliz, a família perfeita, a viagem ao redor do mundo, a fonte da juventude. Conforme a vida vai passando vamos constatando que não dá tempo de ser tudo o que sonhamos (muito não por nossa escolha), que os dias terminam sem que executemos todos os nossos afazeres, que a lista de pendências é uma espiral crescente infinita. Alguns de nós, sabiamente, se dão conta de que querendo ou não, escolhas sobre prioridades são feitas todos os dias, só que elas podem ser conscientes.

E assim, é possível bancar a opção de saber dizer “não” para muitas situações e “sim” para outras tantas, de sustentar um modo de vida em que o tempo seja prioridade e que tê-lo livre ou destinado para o que nos seja crucial é um luxo merecido que todos podemos ter. Viver a vida é fundamental, viver mesmo, não apenas existir. Na minha concepção, há uma correlação entre o viver de verdade e o ser de verdade, na essência de tudo.

E “o tempo e as jabuticabas” conclui por mim:  “(...) Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: ‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa… Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.”

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Quanto mais, melhor

quinta-feira, 27 de abril de 2023

A literatura, sem dúvida alguma é além de expressão artística e cultural e ferramenta de instrução educacional de valor inquestionável, um dos caminhos de evolução social cujos impactos podem ser profundos e transformadores.

Fomentar as atividades literárias, o incentivo à leitura e à escrita, o contato com esse vasto universo cultural são um empenho necessário cujas consequências comumente são positivas.

A literatura, sem dúvida alguma é além de expressão artística e cultural e ferramenta de instrução educacional de valor inquestionável, um dos caminhos de evolução social cujos impactos podem ser profundos e transformadores.

Fomentar as atividades literárias, o incentivo à leitura e à escrita, o contato com esse vasto universo cultural são um empenho necessário cujas consequências comumente são positivas.

Quem dera o mundo fosse povoado pelos amantes da escrita, por apreciadores da língua pátria, por leitores vorazes e por escolhas políticas que sempre priorizassem o acesso ao conhecimento, o compartilhamento de ideias, a aproximação a um espaço mais lúdico e criativo, a vivências mais poéticas e a liberdade de expressar sentimentos e ideias. 

Quem dera as bibliotecas atraíssem tanto interesse como outros ambientes sociais. Quem dera as livrarias fossem destino certo dos nossos investimentos. Quem dera os festivais literários fossem tão demandados quanto outros tipos festivais. Quem dera a educação e a cultura - que sim, caminham lado a lado - fossem prestigiados em todas as classes sociais, em todas as idades. Quem dera o hábito de escrever fosse valorizado desde a alfabetização. Quem dera a prática da leitura fosse presente em todos os lares. Quem dera....

Certamente viveríamos em uma sociedade mais justa, com uma educação mais sólida, com pessoas mais conscientes e provavelmente mais felizes. 

Um pensamento do ilustre escritor Jorge Amado faz todo sentido: “a solução dos problemas humanos terá que contar com a literatura, a música, a pintura, enfim, com as artes. O homem necessita de pão e de liberdade. As artes existirão enquanto o homem existir sobre a face da terra. A literatura será sempre uma arma do homem em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade."

Por crer em tudo isso e felizmente vivificar o amor pela literatura, aplaudo de pé todas as iniciativas de incentivo a essa valorosa arte. É o tipo de coisa que incorpora o velho dizer popular: "Quanto mais, melhor" !

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Mente cheia

sexta-feira, 21 de abril de 2023

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

“De tanto pensar tudo, não consigo pensar em nada”. “Penso tanto que não tenho tempo para pensar”. “Minha mente está cheia, porém está um tanto vazia”. “Tudo sei, mas não sei de nada”. São sensações do momento. Não minhas (não apenas). De muita gente. As coisas estão profundamente rasas. Inteiramente partidas. Constantemente voláteis. Densamente esparsas. Apertadas de tão largas. Entupidas de nada. Estamos vivendo tempos contraditórios. A começar pela mente.

Muito pensamento desencontrado, influenciado, maculado, desnorteado, desencadeado, acumulado, precipitado, acelerado. Muita informação na mente. Muita inutilidade disputando espaço e atenção com o que verdadeiramente importa. Um cabo de guerra que está difícil de ser equilibrado pelo lado da essência da vida. Do que é útil. Do que acrescenta. Do que ensina. Do que compartilha coisas boas. Do amor.

A prática da meditação tem sido fortemente aconselhada entre pessoas que se querem bem e recomendada por profissionais das mais diversas áreas. E por leigos que tudo sabem. E por praticantes que sabem muito do assunto. E por quem não pratica mas simpatiza. E por quem não simpatiza nem pratica, mas acha legal. Que acha legal e não consegue praticar. Pelo que vive de aparência e finge que acha legal e que pratica. Pelo que tenta e não consegue. Pelo que gosta e pelo que não gosta. Por quem tem recomendação médica. Ou terapêutica. Ou religiosa. Ou nada disso, ou tudo isso.

Por que? As pessoas estão sem tempo de pensar em nada. De viver o tempo presente. De conseguir alguns instantes da vida, ou do dia, para centrarem-se em si mesmas. Para lembrarem-se que respiram. Entra ar. Sai ar. Quase ninguém nota. Até que chegue a próxima virose, a gripe, a bronquite, a asma, a falta de ar. É verdade, precisamos respirar. E respirar direito. Dar valor ao ar precioso que circula por nossos pulmões. Ar da vida.

E quem se lembra que tem olhos até que a vista embace de tanto fixar o olhar nas telas dos computadores e dos smartphones? Olhos que são o portal do corpo que habitamos para o mundo externo. Eles mesmos. Os que podem contemplar. Apreciar. Admirar. Ver a natureza. Ver as pessoas. Ver o tempo. Ver o belo. Ver a vida. Esses mesmos, que precisamos cuida com zelo e que deixamos embaçar com o excesso de tudo para o que não paramos de olhar. Sem piscar.

Boca e voz para falar coisas boas. Quem se lembra que tem voz que não seja apenas para protestar e discutir política? E brigar? E gritar no trânsito? E esbravejar com o filho, com o colega de trabalho, com o marido, com um estranho na rua? E bater boca sem chegar a lugar nenhum? Que não se restrinja a falar da vida alheia, reclamar, reclamar, reclamar.

Tanta gente perecendo sem se dar conta. Padecendo sem perceber. A vida nos foi dada, o momento presente é o maior presente, um corpo humano para nossa alma habitar está aqui e agora, clamando pela devida atenção aos seus verdadeiros propósitos de existir. Estamos empregando nossa energia vital naquilo que é substancial?

Parece estar tudo tão complexo. Tão desconexo. O estado natural das coisas talvez seja mais simples. Basta avaliarmos nossa existência pelo nosso próprio olhar, mas como se fôssemos uma terceira pessoa, que nos ama e é imparcial, avaliando o que temos feito de nossas vidas, do que temos recheado nossos pensamentos, do valor que damos ao ar que respiramos, de como utilizamos as palavras para impactar em alguma coisa útil no mundo, do que estamos fazendo com nosso tempo, de como estamos cuidando, sobretudo, dos nossos sentimentos.

Não fomos criados em uma realidade paralela. Não estamos no Planeta Terra sozinhos. Somos bilhões de seres vivos consumindo, interagindo, construindo, destruindo, plantando, colhendo, pensando, amando, odiando, movimentando energia. Saber viver de forma civilizada, no século 21, me parece uma realidade que já devia estar superada. Já era para termos aprendido a viver (e conviver) com respeito, civilidade, compaixão, cooperação e empatia. Mas não sabemos de nada, apesar de acharmos que sabemos de tudo. Vai ver está tudo na mais perfeita ordem. Ou não.

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Hora H

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Há momentos na vida em que temos a sensação que a órbita dos planetas desalinha. Dormimos de um jeito e acordamos em outra realidade, como se fôssemos abduzidos para uma realidade paralela com mais desafios do que podemos supor. Acontece. Nessas horas, é impressionante como faz diferença a rede de apoio que de alguma maneira se forma na “hora H”.

Há momentos na vida em que temos a sensação que a órbita dos planetas desalinha. Dormimos de um jeito e acordamos em outra realidade, como se fôssemos abduzidos para uma realidade paralela com mais desafios do que podemos supor. Acontece. Nessas horas, é impressionante como faz diferença a rede de apoio que de alguma maneira se forma na “hora H”.

A vida muitas vezes nos permite a conexão com sentimentos bons de compaixão, solidariedade, gratidão e afeto. Nos conecta também com gente nobre, com pessoas de coração bom, alma generosa e missão de servir ao próximo. Está aí o lado bom que tudo tem.

Vibrar no amor é uma forma deveras sábia de enfrentar os leões quando “o bicho pega”. Todos passam por isso, em maior ou menor grau. Viver traz consigo essa emoção de não sabermos o que será e como será o próximo segundo, mas crermos que será bom, quando não um segundo comum como todos os outros milhares.

Realmente o momento presente é o que temos de mais certo e o futuro a Deus pertence. Comungo dessa teoria. Contudo, se há algo que me fascina realmente é uma outra certeza reconfortante: o amor de quem está junto de nós quando as coisas estão difíceis. Está aí o tesouro. O abraço que diz “estamos juntos para o que der e vier” é um elixir da vida. A compreensão e o apoio daqueles que nos cercam são o alento da alma. O bem querer e as ações de ajuda são a esperança de um mundo melhor para além da crença de dias melhores.

Na hora H sentimo-nos mais amados, mais acolhidos, mais compreendidos, se tivermos conosco os amores sinceros, as pessoas queridas e a energia escolhida. Descobrimos, mais nessa hora do que em outras, que no mundo há gente que ajuda por ajudar, que dá as mãos por dar, que fica perto por ficar, que abre as portas por abrir, que cuida por cuidar. Por amor, para o amor.

Quando estamos vulneráveis, muitas vezes há tão pouco para oferecermos, e ainda assim, na hora H, chega mais gente para ficar. E de tanto colhermos esse amor, se couber nessa loucura mais uma reflexão, será a de que essa gente toda de bom coração que se empenha em melhoras as coisas, pode representar justamente uma mensagem subliminar da vida, do universo, do mundo transcendental de que atrair bons corações é uma forma de colher aquilo que plantamos antes. A vida inteira.

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Uma salva de palmas

sexta-feira, 07 de abril de 2023

A VOZ DA SERRA completa neste 7 de abril, 78 anos de existência. E neste espaço faço uma singela homenagem ao nobre aniversariante. De fato, é um marco a ser celebrado, não apenas pelos membros da família Ventura que fundou e dirige o jornal ao longo de quase oito décadas, mas também por todos nós, leitores, munícipes, milhares de cidadãos que buscam diariamente beber desta fonte de informações.

A VOZ DA SERRA completa neste 7 de abril, 78 anos de existência. E neste espaço faço uma singela homenagem ao nobre aniversariante. De fato, é um marco a ser celebrado, não apenas pelos membros da família Ventura que fundou e dirige o jornal ao longo de quase oito décadas, mas também por todos nós, leitores, munícipes, milhares de cidadãos que buscam diariamente beber desta fonte de informações.

Um salve caprichado a este aniversariante especial, que vem contribuindo ininterruptamente há tantas décadas com a nossa cidade e, conservando a sua credibilidade e missão. Não é fácil ser um meio de comunicação bem estruturado hoje em dia, suponho. Aliás, acho que nunca deve ter sido. Mas nos dias de hoje, os desafios que continuam sendo muitos, possuem uma nova roupagem. Dificílima.

 Para além de todas as publicações, reportagens, notícias, atualidades, textos, há toda uma engrenagem de bastidores que não podemos imaginar. Requer dedicação integral e constante, administração, gestão, relações interpessoais, aprimoramentos, investimentos, busca pelas notícias, checagem de fontes, pauta de matérias, diagramação, edição, imagens, impressão, publicação, distribuição etc.  Realmente, ao ler o nosso jornal matinal, ao clicar em uma matéria do site, não podemos mensurar a quantidade de trabalho e investimentos envolvidos.

Ser o protagonista das notícias de Nova Friburgo ao longo de tantos anos é realmente ser titular de grande e inquestionável importância, responsabilidade e função social. AVS circula por todos os cantos da cidade. Norte, sul, leste, oeste. Em todo lugar, lá está ele em sua versão impressa , que eu, particularmente, adoro e leio diariamente. Mas seu alcance transcende as limitações geográficas e seu tamanho se expande por várias cidades da Região Serrana e chega em todo lugar do mundo por meio de sua versão digital. É a mais pura verdade. Eu mesma sou leitora do jornal onde quer que eu esteja. Sem barreiras. 

Acesso porque gosto de ficar bem informada, porque gosto de saber das notícias da minha cidade, porque ler o jornal, para mim, é hábito que eu faço questão de nutrir há muitos anos. E ouso dizer, que o aniversariante de hoje é o personagem mais famoso de nossa cidade. E democrático também, no sentido de que todos podem acessar o seu conteúdo a qualquer momento.

Como colunista semanal, experimento a enorme satisfação que é fazer parte da família AVS. Sei da sua imponência. E conheço bem os inúmeros desafios enfrentados para manter seu brilhante papel como principal jornal da região, como fonte das principais informações. Sinto-me verdadeiramente honrada e orgulho-me sempre que vejo meus textos compondo as páginas de um canal de comunicação no qual confio, além de muito apreciar.

Em uma realidade fluida e volátil, ser consistente é uma tarefa árdua. Tarefa essa com louvor desempenhada por toda a equipe que mantém de pé as bases sólidas de um tradicional veículo do garbo de A VOZ DA SERRA. Mas nada disso seria possível se não houvesse uma direção pautada em lisura, ética, comprometimento e muito amor. E é por isso que estendo aqui os meus agradecimentos e congratulações à Adriana Ventura, que vem cuidando com zelo, lisura, competência e trabalho duro do legado construído e sustentado por seu pai, Laercio Ventura, e seu avô, Américo Ventura, o fundador. Uma grande responsabilidade como essa assumida por uma mulher forte, mãe e amiga, além de outros muitos predicados e funções, é, para mim, mais um motivo para admirá-la e parabenizá-la.

Um aniversariante importante como o de hoje mereceria, para além de nossos agradecimentos, de presentes que lhes fossem proporcionais às funções desempenhadas. Merece apoio. Merece fomento. Merece o prestígio local, o olhar social e o reconhecimento pela função desempenhada. E merece muito, muito mais.

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Desafio novo

quinta-feira, 30 de março de 2023

Tá. Viver por si só já é o grande desafio com o qual nos deparamos no primeiro dia de vida. Dessa verdade não podemos fugir. Somos desafiados diariamente. Mas a vida impõe projetos novos. Coisas diferentes. Aprendizados necessários. E muitas vezes não sabemos o que fazer e nem por onde começar.

Tá. Viver por si só já é o grande desafio com o qual nos deparamos no primeiro dia de vida. Dessa verdade não podemos fugir. Somos desafiados diariamente. Mas a vida impõe projetos novos. Coisas diferentes. Aprendizados necessários. E muitas vezes não sabemos o que fazer e nem por onde começar.

O “dia 1” de um desafio novo tende a ser regado de emoções muito específicas, mas que de vez em quando não estamos tão disponíveis assim para vivenciá-las. Aliás, não é todo dia que temos ânimo para a própria rotina, quiçá para encarar desafios. Tem um quê de mistério com o que virá. Isso pode ser empolgante. Mas como a gente não tem garantia alguma de que as coisas darão certo, fatalmente consideramos este lado, que eu vou chamar de “ e se...” . E se as expectativas criadas não forem alcançadas? E se eu não conseguir me preparar direito? E se aquilo que eu espero não se concretizar? E se não for bem aceito? E se me gerar sofrimento? E se eu não for capaz? E se ...

É. A condicionante dói mesmo. Mas alguém já aprendeu a fórmula para viver e crescer sem dor alguma? Talvez seja a hora de ressignificar essas sensações de dúvidas, impotência, medo, insegurança... desafios fazem parte da vida e nós temos de lidar com eles. A forma com que os encaramos é que pode fazer toda a diferença.

Conversando com uma pessoa que trabalha comigo ela compartilhou sua angústia em relação ao primeiro dia de trabalho, ao primeiro contato com um cliente, à primeira reunião conjunta. Estava empolgada, animada pela oportunidade, porém com medo. Medo do novo. Medo de não conseguir dar conta. Medo de não corresponder às suas próprias expectativas (e as dos outros). Medo de não gostar de como seriam seus novos dias. Medo de não ser feliz com o novo emprego. Estava insegura também. E eu não poderia imaginar que ela carregava tanta angústia naquele contexto, porque previa dias ótimos, conhecia todas as suas qualidades e competência profissional e a recebi com imensa alegria.

Mas essa é a vida. Não sabemos tanto das outras pessoas. Não temos como adivinhar o que se passa e nem como prever o futuro. Sabemos de nós. E às vezes, nem nos conhecemos direito. E coisas aparentemente simples passam por nossas vidas como grandes barreiras complexas. Mas passam. É assim. E quem venham novos desafios, pois eles fazem parte e são privilégio de quem tem a vida a desfrutar. Então, vamos em frente.

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Sem negociação

quinta-feira, 23 de março de 2023

Todo dia é preciso reiterarmos as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. É necessário e atemporal falar sobre honestidade. Os dicionários dão conta que a honestidade é substantivo feminino (começamos bem). É “qualidade daquele que é honesto”. Ser uma qualidade, é ótimo. Predicados positivos são de bom grado. Está ligada ao decoro, honradez e probidade. O próprio conceito poderia bastar. Já seria o bastante. Só que não é. Nunca será.

Todo dia é preciso reiterarmos as premissas básicas do ser honesto. De ser honesto. E reconhecer aquele que consegue sê-lo, apesar dessa conspiração estranha que parece atrair para o lado oposto. É necessário e atemporal falar sobre honestidade. Os dicionários dão conta que a honestidade é substantivo feminino (começamos bem). É “qualidade daquele que é honesto”. Ser uma qualidade, é ótimo. Predicados positivos são de bom grado. Está ligada ao decoro, honradez e probidade. O próprio conceito poderia bastar. Já seria o bastante. Só que não é. Nunca será.

Desde as pequenas práticas às grandiosas, o indivíduo honesto sente-se incomodado se deixar escapar, ainda que por pouco, o lado bom da força. Inadmite deixar evadir a blindagem da honra que o cerca e por vezes, o toma por completo. Ele vive e convive com a necessidade de empregar grande esforço para manter-se na posição esguia e admirável da honradez. E da sensatez. Orgulha-se de ser correto. Direciona energia para agir como deve ser, sem pisotear nas premissas básicas da boa convivência nem tampouco fingir que esqueceu que ser honesto é qualidade que demanda vigilância constante.

Não se pode pestanejar. Não dá para esmorecer. Fingir que o troco a mais veio certo no caixa do supermercado? Sem chance. “Colar” em uma prova para galgar a meta e atingir notas mais elevadas? Também não dá.  Extraviar pertences alheios? Enganar pessoas? Falsificar documentos? Inventar mentiras sobre terceiros procurando beneficiar-se disso? Apropriar-se de dinheiro alheio? Nem pensar. Não dá para negociar com o que é errado.

O valor da confiança é inestimável e a vida parece se encarregar de demonstrar isso sempre que possível. O chamado às vezes é demorado. Como não sentir incômodo ao presenciar tantas pessoas aparentemente “se dando bem” fazendo coisas socialmente tidas por erradas pelo critério da hombridade?  Esse é o exercício. Não sucumbir. Ser resistência. Dormir em paz, com a consciência leve como uma pluma. Andar de cabeça erguida. Contribuir com bons exemplos. Esperar a retribuição da lei do retorno, das forças do Universo, que hão de ser justas. Que são justas. Acreditemos.

Sempre é hora de optarmos por trilharmos bons caminhos. Passo a passo. A vida é esse emaranhado de escolhas contínuas. Que enxerguemos no que é certo um caminho a seguir. Uma boa opção. A única. Ainda que saibamos que até o conceito de certo e errado é relativo. De fato, tudo é tão relativo e questionável que poderíamos andar cambaleando sem saber qual rumo seguir. Essa coisa de escolher um lado é tão pueril e superficial. Mas ... para quem pressupõe a existência dessa enorme corda invisível que separa o moral do imoral, o ético do antiético, o probo do improbo, o que semeia a paz do que fomenta o conflito, o que preconiza boas práticas do que as repudia, o honesto do desonesto, penso que seja mais eficiente escolher para qual lado destinar e empregar a força que te move. A hora é agora. E sempre.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Obrigada, leitores

quinta-feira, 16 de março de 2023

Hoje eu me dirijo aos leitores assíduos da coluna Com a Palavra, especialmente por meio do jornal impresso. Não que eu não me dirija sempre, porque o faço todas as semanas. Mas hoje é diferente. Eu quero dizer a vocês que a cada vez que recebo um retorno, carinho, comentário, referência aos textos, sinto-me muito feliz e agradecida. E acontece com frequência, para a minha sorte.

Hoje eu me dirijo aos leitores assíduos da coluna Com a Palavra, especialmente por meio do jornal impresso. Não que eu não me dirija sempre, porque o faço todas as semanas. Mas hoje é diferente. Eu quero dizer a vocês que a cada vez que recebo um retorno, carinho, comentário, referência aos textos, sinto-me muito feliz e agradecida. E acontece com frequência, para a minha sorte.

Eu sempre amei o jornal impresso. Inclusive, recomendo. Sempre gostei de papel. E de informação. E de gente. Continuo gostando embora cada vez mais a tecnologia faça parte de minha vida e minha rotina, viabilize meu trabalho e facilite muito as coisas. Gosto dos dois mundos. Mas abraço é abraço. Mensagem no whatsapp é mensagem no whatsapp. As duas modalidades cumprem sua função e eu adoro. Mas uma coisa é uma coisa e a outra coisa é outra coisa.

E qual a conexão desta constatação aos leitores do jornal impresso? Bem, sinto que há. O carinho é mais factível. Mais próximo, mesmo que não de forma direta. Escrevo sabendo que meu tio-avô Licínio vai ler o jornal no café da manhã (beijos, tio). Meu avô não perdia um. Sei que a minha cliente lê no seu consultório ao chegar. E que alguns clientes dela também o leem. Que meu colega de trabalho, professor, comenta comigo todas as semanas sobre a coluna. Alunos filhos de assinantes do jornal leem assiduamente. Meus vizinhos mandam avisar que estão gostando. Os amigos do meu pai falam com ele. Alguns comentam com ele na rua e mandam elogios, e eu os recebo, sempre que o fazem , com imensa satisfação. Tem até um rapaz que me disse que é “fã” (isso mesmo, para minha surpresa) , que recorta alguns dos textos e envia para uma amiga que está enfrentando uma depressão, porque disse que transmitem uma coisa boa. Pessoas da minha igreja identificam algumas reflexões e me falam. E por aí vai.

Eu só agradeço. Mesmo. Tem tanta coisa acontecendo no mundo, tantos problemas e crises, tanto assunto interessante dentro do próprio Direito, que é minha área de atuação, mas eu escolho, aqui, escrever sobre cotidiano. Dia a dia. Sentimento. E eu sei que pode parecer um caminho mais fácil, mas não é não. Precisamos falar dessas coisas. São a nossa vida. As nossas mazelas e esperanças. E a existência mesmo. E reduzi-la em recortes de poucos parágrafos e ainda seguir semanalmente tocando, de alguma forma,  os corações de alguns, cinco anos e meio depois,  é a concretização de um sonho que vem dando certo. Tocar pessoas por meio das palavras. Só é possível porque tem sinceridade verdadeira. Só é possível porque tem sentimento. Só é possível porque A VOZ DA SERRA me dá a oportunidade Só é possível porque tem vocês. Todos vocês.

Muito obrigada!

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