Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?
Volta e meia vem a vida e nos apresenta uma situação difícil de ser resolvida. Não estou falando nem das tragédias, das doenças e dessas situações tristes às quais estamos todos sujeitos pelo mero fato de existirmos. Refiro-me, aqui, às situações embaraçosas, de soluções esquisitas, que geram em nós dissabores e angústias. Falo desses episódios que a “a vida apresenta”, que parecem armadilhas, que a gente não provoca, mas que se submete a elas. Sabem do que estou falando?
Pois é. Existir tem mesmo destas coisas. Ao acordarmos e enfrentarmos o dia, estamos todos sujeitos a situações desagradáveis, seja no trabalho, nos deslocamentos, com pessoas conhecidas ou estranhas, até mesmo convívio próximo, em qualquer circunstância ou lugar. Acontece.
E como devemos agir? Não há um roteiro, uma resposta pronta e nem um gabarito de livro. São momentos em que nossa capacidade de reação – e ação, são testadas. Eis a dificuldade da coisa. Pensar no que fazer e fazer. Decidir muitas vezes de cabeça quente. E correr o risco do erro. E efetivamente errar. E poder fazer da situação difícil o estopim para outra situação embaraçosa. Efeito bola de neve.
Já passaram por isso? Aqui, um consolo: todos nós passamos por isso. Essas situações, muitas vezes, são inevitáveis. E todas elas, de alguma maneira, geram a oportunidade de aprendizado. É o ciclo. Vivenciar. Aprender. Ressignificar. Estar melhor preparado para a próxima. Aliás, não fosse esse ciclo, seria ainda mais doloroso.
Eu mesma, diante dessa conjuntura, depois de me afligir, tento ressignificar. Penso o quão imperfeitos todos nós somos e o quão difícil, se não impossível, é vivermos completamente blindados desses quadros embaçados que turvam nossa caminhada.
Talvez, o que seja possível ser feito, além de aprender e ressignificar – e de respirar aliviada quando a solução se apresenta – é minimizar que situações desagradáveis voltem a se repetir no mesmo formato. Assim: “- já passei por isso, aprendi, descobri um caminho para evitar que aconteça de novo e, se acontecer, já entendi como posso agir”. E aí aquilo passa a ter um tamanho menor dentro da gente. E talvez, se torne menor de verdade.
Uma coisa que venho aprendendo ao longo dos anos, sobre como agir diante de uma situação difícil é, respirar – isso mesmo, respirar – antes de tomar decisões, se for possível. Pensar antes de agir, mas não a ponto de ficar divagando e não reagir à dificuldade. Tento buscar uma clareza mental suficiente a me permitir usar de alguma sabedoria na tomada de decisão. E então, busco alguma coragem e enfrento o que não pode ser protelado.
Mesmo assim dói. A gente termina o dia mais triste. Com alguma sensação de culpa. Um desconforto, vai. É como acontece. Resta dormir, descansar, e esperar no amanhã um novo dia.
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