Há quem diga que viajar é luxo. Que é gasto supérfluo. Que é coisa de quem pode. Discordo com veemência — e com ternura. Viajar é investimento. E não falo de cifras. Falo daquilo que não se contabiliza: lembranças, afetos, novos olhares. Falo de ampliar a alma até onde os olhos não alcançam. Falo de se permitir existir em outros ritmos, em outras paisagens, em outras versões de si mesmo.
A vida, no seu correr costumeiro, tende a nos enquadrar. Rotinas se sobrepõem aos sonhos. Compromissos sufocam vontades. E quando a gente se dá conta, já se passaram meses, anos, décadas. A viagem,...