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Vinicius Gastin
Esportes
Jornalista e apaixonado por esportes, responsável pela coluna de esportes do Jornal A Voz da Serra desde 2012, dando vez a todas as modalidades esportivas de Nova Friburgo e região. Também é radialista e está à frente do jornalismo da Rádio Friburgo FM.
Fazer exercício físico no inverno queima mais calorias? Especialistas respondem
Quando a temperatura cai, como nesta época do ano, é comum que a vontade de se exercitar diminua. Ainda mais no frio típico de Nova Friburgo, que acaba sendo um convite ao sedentarismo e a uma alimentação menos balanceada e saudável. Porém, quem busca o emagrecimento ou a manutenção da boa forma, tem bons motivos para espantar a preguiça.
Estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, descobriu que o corpo aumenta a taxa metabólica para produzir calor quando exposto a temperaturas mais baixas, com a necessidade de manter a temperatura corporal estável (próximo a 36,5 graus). Dessa forma o organismo precisa trabalhar mais para manter sua temperatura ideal.
“O esforço extra exige mais energia, fazendo com que o gasto de glicogênio muscular e a beta-oxidação de gorduras seja mais intensa. Isso ajuda a explicar por que a prática de exercícios no frio pode contribuir para alguns gastos extras de calorias, não se trata de uma solução isolada para a perda de peso, mas sim de um fator complementar” explica o coordenador da UPX Sports, Zair Cândido.
O exercício físico quando praticado no inverno auxilia no fortalecimento do sistema imunológico, combate à depressão sazonal e melhora a qualidade do sono. A exposição ao frio faz com que o corpo se adapte gradualmente às condições climáticas.
“Com a mudança de estação, aumentam os casos de problemas relacionados ao sistema respiratório, como dores de garganta, viroses e estados gripais. Manter uma rotina ativa com exercícios físicos é uma estratégia eficaz para reforçar o sistema imunológico”, diz Cândido.
Estudos de Harvard indicam que um dos fatores que contribuem para a depressão sazonal durante o inverno é a redução da exposição ao sol. Essa ausência de luminosidade pode interferir na produção de serotonina e aumentar a melatonina — hormônio responsável pela regulação do ritmo circadiano.
“A produção desse hormônio em excesso, pode afetar o humor, provocando falta de energia, isolamento social e mais vontade de ingerir comidas calóricas. Nesses casos, a atividade física ajuda a equilibrar os hormônios e, dependendo do tipo de exercício, ainda permite contato maior com os raios solares”, comenta.
Dentre outros fatores, a prática de exercícios físicos influencia diretamente o sono, favorecendo as fases mais profundas — especialmente o sono REM, essencial para a regeneração do corpo e o reforço da imunidade. O desgaste gerado pela atividade física contribui para um sono de qualidade, com menos interrupções durante a noite e maior tempo total de sono. O resultado é um repouso mais eficaz e restaurador. A recomendação é priorizar atividades indoor, como musculação, spinning ou até caminhadas na esteira, pois, por serem realizadas em ambientes fechados, com temperatura mais controlada, contribuem para resultados mais satisfatórios.
Apesar disso, atividades ao ar livre também apresentam seus benefícios — podendo melhorar o humor e aumentar a produção de vitamina D —, o importante é adaptar o treino quando necessário. Independentemente da atividade escolhida, existem cuidados gerais que devem ser considerados especialmente em dias de frio como se aquecer antes de iniciar a atividade física, adequar o vestuário à intensidade do frio, ao tipo de atividade e à duração do exercício, se alimentar e hidratar bem consumindo nutrientes adequados nas quantidades ideais.
Outras recomendações para manter uma rotina saudável mesmo em temperaturas baixas incluem identificar os horários em que se sente mais disposto e com mais energia para treinar, o pode contribuir para que vire um hábito, e não apenas um “esforço”.


Vinicius Gastin
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