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A mãe, a pátria e a língua

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos

Perguntei a um amigo estrangeiro se, depois de tantos anos vivendo no

Brasil, ele ainda se lembrava da língua natal. A resposta foi ao mesmo tempo

sentida, poética e verdadeira. “Há três coisas de que nunca nos esquecemos”,

disse ele, “a mãe, a pátria e a língua”.

O que se pode dizer sobre as mães que ainda não tenha sido dito, por

poetas, filósofos, religiosos e quem mais se disponha a pensar por um segundo

que seja na própria vida? Como alguém pode contar sua história sem começar

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos

Perguntei a um amigo estrangeiro se, depois de tantos anos vivendo no

Brasil, ele ainda se lembrava da língua natal. A resposta foi ao mesmo tempo

sentida, poética e verdadeira. “Há três coisas de que nunca nos esquecemos”,

disse ele, “a mãe, a pátria e a língua”.

O que se pode dizer sobre as mães que ainda não tenha sido dito, por

poetas, filósofos, religiosos e quem mais se disponha a pensar por um segundo

que seja na própria vida? Como alguém pode contar sua história sem começar

pelo começo? E acaso não é a mãe o começo de tudo? E o fim também:

reparem nas visitas aos presídios: o sujeito matou, roubou, violentou, enfim, é

um monstro do qual ninguém quer saber. Mas lá está a mãe, que foi levar pasta de dente e sabonete para o seu menino. Às vezes leva uma arma, um celular, um bilhete do crime dentro do sanduíche. Faz sentido, porque coração de mãe sempre tem amor, mas nem sempre tem juízo.

Mãe só uma, porque mais de uma ninguém aguenta, dizem os piadistas.

Mas, na verdade, para que precisaríamos de duas ou três, se, como me disse

uma conhecida, uma só mãe cuida de dez filhos, embora dez filhos nem

sempre cuidem da mãe.

...................

Ao que se sabe, o brasileiro é o único povo que gosta de falar mal de si

mesmo. Podemos criticar os outros, mas para zoar e ridicularizar não

precisamos sair daqui. Tem até uma anedota mais ou menos assim: fizeram

uma pesquisa internacional com a seguinte pergunta: “Responda

honestamente, por que sobra comida em alguns países, enquanto o resto do

mundo passa fome”? Não foi possível chegar a uma conclusão porque: a) os

africanos não sabiam o que era comida; b) os europeus não sabiam o que era

fome; c) os americanos não sabiam o que era o resto do mundo; d) os

brasileiros não sabiam o que era honestamente.

Zombamos do que somos, depreciamos o que temos. Quando no

estrangeiro, no entanto, parodiando Tom Jobim, acabamos por concluir que lá

fora é ótimo, mas é uma porcaria; aqui é uma porcaria, mas é ótimo.

........................

Dizemos que nosso idioma é muito difícil. Difícil para quem? Para os

alemães? Os chineses? Pode ser que o basco seja pior, tanto que se diz que,

quando Deus quis castigar o diabo, obrigou-o estudar basco por sete anos. Os

brasileiros desde criancinha falam português sem problema, e todo mundo se

entende. O que se pode dizer com alguma verdade é que a gramática “oficial”

da língua português é complicada.

Recentemente li um artigo sobre estrangeiros que vieram ao Brasil e se

apaixonaram pelo país e, espantoso, pelo idioma. Alguns depoimentos (*):

Mathew Shirts, americano: “A facilidade com que se brinca com a língua

portuguesa e sua musicalidade é admirável”. Yan Liang, chinesa: “No

português, falamos e a pessoa escreve mais fácil. A sonoridade encanta, além

de a gramática ser muito mais rica”.

Para o alemão Rolf Udo Zelmanowics a palavra “estacionamento” é a palavra mais bonita da nossa língua: “É só repetir bem devagar, saboreando cada sílaba, para perceber a sonoridade”. Se eles podem aprendê-la e gostar dela, tendo-a conhecido já adultos, por que não nós, que já nascemos com ela em nossos ouvidos, e “mãe” foi a primeira palavra que pronunciamos?

*Citados na revista Língua Portuguesa, ano 1, número 9, 2006.

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Capital do skate

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Competição mundial de skate retorna ao Rio de Janeiro

Competição mundial de skate retorna ao Rio de Janeiro

Depois do sucesso no último ano, o Estado do Rio de Janeiro será novamente palco de uma das maiores celebrações do skate mundial, com a realização do STU Pro Tour Rio 2024, que ocorre até o próximo domingo, 20, na Praça Duó, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da capital fluminense, com apoio do Governo do Estado por meio da Lei estadual de Incentivo ao Esporte. Considerado um dos principais eventos de skate do mundo, o STU Pro Tour promete reunir alguns dos melhores skatistas da atualidade, tanto nacionais quanto internacionais, em uma competição que celebra a evolução e a diversidade do esporte.

“Receber o STU Open Rio é uma grande honra para o Estado do Rio, reforçando a capital como um polo de esportes urbanos e de inovação. O evento não só celebra o skate, mas também promove a cultura urbana em todas as suas formas, unindo esportistas, artistas e o público em uma experiência única. É um exemplo de como o esporte pode transformar e conectar comunidades”, disse o secretário estadual de Esporte e Lazer, Rafael Picciani.

Atuais campeões mundiais, Rayssa Leal (Street), Augusto Akio, o Japinha, Raicca Ventura (Park) e Gui Khury (Vertical) estarão em ação no STU Pro Tour Rio para animar ainda mais os fãs do esporte. Depois de uma temporada em que o foco era total na corrida olímpica rumo aos Jogos de Paris 2024, onde conquistou a medalha de bronze, Rayssa Leal disputará sua primeira competição em solo brasileiro do ano no Rio, o que a deixa ainda mais motivada.

“Estou muito feliz em voltar a competir no Brasil, ainda mais no STU do Rio, onde fui muito feliz nos últimos anos. A vibe é incrível, o visual é lindo, o público torce demais e é sempre um campeonato de alto nível. Sempre é bom estar com os amigos na nossa casa”, disse Rayssa, atual tricampeã do STU Open Rio.

Organizado pela Plataforma STU, que tem sido essencial no crescimento do skate global, o evento vai além das manobras radicais. Nesta edição, o STU Pro Tour também se firma como um festival completo de cultura urbana, trazendo shows, exposições de arte, moda, e uma variada oferta de comida de rua, garantindo entretenimento para todos os públicos.

“Sempre foi um desejo nosso levar a experiência completa que o STU entrega para o mundo. O Rio de Janeiro, palco de momentos épicos em nossa história, será a cidade anfitriã do lançamento do STU Pro Tour, que ganha vida para levar o skateboarding para uma posição ainda mais relevante no cenário esportivo mundial”, afirmou Diogo Castelão, idealizador e fundador do STU.

O destaque desta edição fica por conta da grande final do STU On Tour, um campeonato híbrido que combina etapas online e presenciais, e que culminará na decisão ao vivo durante o evento.  Com apoio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, o evento não só impulsiona o esporte no estado, mas também fortalece a conexão entre o público e a cultura do skate, mostrando sua força e relevância no cenário esportivo e cultural global.

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    Modalidade em franco crescimento e já vitorioso nas Olimpíadas, o skate é atração até domingo (Foto: Fylipe Telheiro / Secretaria Estadual de Esporte e Lazer)

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    Em busca do tetra, Rayssa Leal é uma das estrelas presentes à mais uma edição do evento no Rio (Foto: Fylipe Telheiro / Secretaria Estadual de Esporte e Lazer)

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Por que os banheiros públicos são tão sujos?

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma.

Esse é um tema que sempre tive vontade de abordar, mas sempre evitei. No entanto, é uma constatação. Os sanitários públicos, tanto os femininos ou masculinos, não importa, a imundície é a mesma. Aliás, pelos comentários da minha esposa, os do sexo oposto são ainda mais sujos. Seja em restaurantes, bares, cinemas ou teatros, aeroportos ou estações rodoviárias ou ferroviárias, a sujeira nos banheiros públicos é a mesma. E não é uma questão de classe social, pois da última vez que viajamos, utilizamos a sala vip do aeroporto de Brasília e o comentário da Oneli, ao sair do toilette, foi o de que ele estava imundo.

Será que na casa das pessoas se dá o mesmo desleixo, ou estamos diante daquela constatação de que o que é público não é para ser conservado? No caso dos homens é raro encontrar um vaso sanitário em que a descarga tenha sido acionada após o seu uso, o que deixa um odor fedido muito forte; o mesmo se dá com os mictórios que não têm descarga automática. Aliás, um outro problema desses utensílios é a falta de uma altura padronizada; para pessoas baixas como eu, muitas vezes seria necessária uma escadinha para acertar no alvo corretamente.

Em locais mais movimentados, existe um contingente maior de empregados que se ocupam da conservação desses locais, mas basta um intervalo maior para que a imundice impere. Claro está, como já citei, que no Brasil, pelo fato de ser público é para não ser conservado, mas me parece que o que acontece mesmo é a falta de educação do povo. Basta ver a sujeira que impera nas ruas, calçadas, praias e locais públicos das cidades brasileiras, principalmente do Rio de Janeiro para cima. É como se tivéssemos dois brasis, de São Paulo para baixo, onde a colonização mais europeia moldou o “modus vivendi” da população, a educação do povo é uma; do Rio de Janeiro para cima, com raras exceções, sai de baixo. O problema é que, como na Europa, a chegada de gente de fora está fazendo a diferença, para pior.

Em nossas casas, pelo menos deveria ser assim, sempre que terminamos uma necessidade fisiológica, seja o número um ou o dois, dar a descarga no vaso sanitário é um ato reflexo. E, na maioria das vezes, lavamos nossas mãos, pois isto é uma questão de higiene. O problema é que muitos, principalmente em banheiros públicos, saem sem o fazê-lo e, talvez, por isso, não apertem a descarga para não sujarem às mãos. Não devemos nos esquecer que ao acionarmos a válvula de despejo, o vaso sanitário deverá estar com a tampa abaixada, pois uma névoa de vírus e bactérias se espalha pelo ambiente e permanece por um tempo nas superfícies, em especial no próprio vaso, o que aumenta o risco de contaminação.

Ao contrário do que se imagina, a forma mais comum de contaminação por doenças em banheiros compartilhados não é sentando-se no vaso e, sim, através da via fecal-oral. “Vamos supor que você encostou na parede onde outra pessoa com as mãos sujas de fezes também encostou. Depois, você não higieniza corretamente as mãos e acaba levando-as à boca. Dessa forma, pode acabar se contaminando”, explica a dra. Marianna Bezerra, infectologista em São Paulo. A infecção pela hepatite A acontece principalmente dessa forma, assim como vírus e bactérias intestinais que podem causar vômito, diarreia e dor abdominal.

Sentar-se em bancas públicas não é um bom negócio a não ser que haja uma necessidade premente. Caso isso seja necessário, seque o vaso com papel higiênico e se não houver o papel proteja a tampa, cubra a mesma com papel higiênico. Mas, nunca se esqueça de lavar as mãos, quando terminar.

Nós, brasileiros, deveríamos mudar nossa visão de mundo e lembrarmos sempre de que um povo educado é mais saudável, higiênico e bem vindo, mas que o que é público é de todos e deve ser conservado como se fosse nosso.

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Tropeço ruim...

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Frizão desperdiça chances e perde para o São Cristóvão no Rio

        Um resultado que pode atrapalhar os planos do Friburguense na Série B1 do Campeonato Carioca. Em um jogo típico de uma terceira divisão disputada, que exige muito mais do que um repertório técnico, o Tricolor teve as suas oportunidades para balançar as redes no Ronaldo Nazário, mas não o fez.

Frizão desperdiça chances e perde para o São Cristóvão no Rio

        Um resultado que pode atrapalhar os planos do Friburguense na Série B1 do Campeonato Carioca. Em um jogo típico de uma terceira divisão disputada, que exige muito mais do que um repertório técnico, o Tricolor teve as suas oportunidades para balançar as redes no Ronaldo Nazário, mas não o fez.

        Com um gol de Pitel, aos nove minutos do segundo tempo, o São Cristóvão venceu a primeira na competição, e presenteou sua torcida nos seus 126 anos de fundação. A derrota por 1 a 0, na tarde de sábado, 12, pela 4ª rodada da Taça Corcovado, pode atrapalhar os planos do Frizão no campeonato.

        Antes mesmo de a bola rolar, o técnico Gerson Andreotti falava sobre o momento de definir em qual parte da tabela o Friburguense irá brigar na Série B1. O cenário aponta a equipe ainda na quinta colocação, com quatro pontos, mesma pontuação do Serrano, quarto colocado, e a cinco do líder Paduano.

        A grande questão é que o Tricolor folga na rodada do próximo fim de semana, e volta a jogar no dia 26, quando recebe o Artsul, às 15h, no Eduardo Guinle. Até lá, o panorama pode apontar um caminho mais difícil a ser percorrido em busca das semifinais. A margem para erros e tropeços é praticamente zero.

        O Friburguense de Gerson Andreotti foi a campo com Matheus, Igor Gomes, Mauricio, Cris e Ricardinho; Ryan, Pedro Pires – que deixou o campo lesionado ainda no primeiro tempo – e Barrozo; Israel, Renatinho e Leandrinho.

 

Demais jogos

        O líder do campeonato até o momento é o Paduano, que bateu o Belford Roxo, de virada, por 2 a 1, em Los Lários, em Xerém. Joel anotou os dois tentos do Trovão Azul, que tem 9 pontos, isolado na frente.

        Outro que venceu na rodada foi o Artsul, superando o Serrano, fora de casa, por 1 a 0, no Atílio Marotti, em Petrópolis. Vitinho anotou o gol do Tricolor da Dutra, que está com 7 pontos, na vice-lideranca da competição. Mesmo derrotado, o Leão da Serra segue no G4, com pontos, um abaixo do São Gonçalo, terceiro colocado, com 5.

 

Sub-17 se destaca

        Quem merece uma menção especial é o time sub-17 do Friburguense. Após golear o Petrópolis por 7 a 1, fora de casa, os meninos do Tricolor da Serra garantiram a classificação para as quartas de final da Série A2 da categoria. O adversário na próxima fase será o Serrano, e o primeiro duelo acontece no domingo, 20, às 12h45, no Eduardo Guinle. O jogo da volta será realizado na semana seguinte, em Petrópolis.

        A campanha do Frizão, sétimo colocado na primeira fase entre os 20 participantes, teve sete vitórias, um empate e apenas duas derrotas, com 31 gols marcados e oito sofridos. O time sub-15 também venceu o Petrópolis na última rodada, por 2 a 0, mas acabou na 11ª posição e não conseguiu avançar.

 

Tabela do Frizão:

Friburguense 0x1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0x1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0x0 Serrano, Eduardo Guinle

São Cristóvão 1x0 Friburguense, Ronaldo Nazário

26/out, sáb, 15h: Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

02/nov, sáb, 15h: Belford Roxo x Friburguense, Nélio Gomes

06/nov, qua, 15h: Friburguense x São Gonçalo, Eduardo Guinle

09/nov, sáb, 15h: - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim Flores

  • Foto da galeria

    Pitel comemora o gol que decretou a derrota do Friburguense no Rio de Janeiro (crédito: Wandré Silva)

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    Equipe sub-17 do Frizão faz bonito e avança para as quartas de final do Estadual (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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A missão da Igreja nos documentos do Magistério

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Neste mês que a Igreja Católica dedica às missões, para uma reflexão, animação, planejamento e aprofundamento da espiritualidade missionária, queremos de forma sintética oferecer um roteiro para o estudo e aplicação desta importante tarefa, mandato de Cristo e exigência do seu Amor salvador e solidário.

Neste mês que a Igreja Católica dedica às missões, para uma reflexão, animação, planejamento e aprofundamento da espiritualidade missionária, queremos de forma sintética oferecer um roteiro para o estudo e aplicação desta importante tarefa, mandato de Cristo e exigência do seu Amor salvador e solidário.

Uma visão global do mundo de hoje evidencia que é urgente que se ponha toda a Igreja em estado de missão, como já anunciava o Cardeal João Batista Montini, antes de ser elevado ao pontificado como Papa Paulo VI, prefaciando o livro de um outro grande profeta, Dom Leo-Jozef Suenens, "Novos Rumos da Igreja Missionária" (1956). Da mesma forma, o Código de Direito Canônico de 1983, reafirmando o decreto Ad Gentes do Concílio Vaticano II (AG 2,5 e 6), diz que toda Igreja é, por sua natureza, missionária e, por isso, todos os fiéis cristãos (hierarquia, religiosos e leigos) devem assumir a obra missionária, sob a direção suprema do Sumo Pontífice do Colégio dos Bispos, salientando-se a solicitude especial de cada bispo (cf cânones 781 e 782, 1 e 2).

Neste sentido insistiram os grandes apóstolos da missão, São Paulo VI e São João Paulo II, respectivamente com a Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi ,1975 e a Carta Encíclica Redemptoris Missio, 1990, de forma especial trabalhando o tema da evangelização e da missão frente aos desafios do mundo contemporâneo descristianizado (EN 14,15 e capítulo V e VI), na convocação a um renovado empenho missionário, com novos métodos com a encarnação do Evangelho na cultura dos povos, diante dos imensos horizontes da missão ad gentes, nestes novos areópagos modernos, tendo o Espírito Santo como protagonista, com a comunhão e cooperação de todos os agentes e responsáveis pela atividade missionária (RMi 2; 21-30; 31-38; capítulo VI e VII).

Na mesma esteira vão os ensinamentos dos papas Bento XVI, baseando a missão na redescoberta do caminho da Fé, na comunhão com o Deus-Amor, Palavra e Eucaristia e no "testemunho da caridade"- a Nova Evangelização para a transmissão da Fé , superando os niilismos e relativismos da sociedade atual (Deus Caritas Est - 2005; Porta Fidei - 2011, dentre outros) e Francisco, no seu Magistério Petrino, especialmente com a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), propondo uma total renovação da Igreja, na alegria de evangelizar, numa conversão pastoral, numa Igreja em saída, em estado permanente de missão, reforçando a nova evangelização e todo o conteúdo teológico missionário dos outros papas e do Concílio Vaticano II, com grande acento para a Constituição Pastoral Gaudium et Spes.

Resumindo: o Evangelho do Senhor que salga e ilumina, através da missão da Igreja, todas as realidades humanas, pessoal, familiar, social, cultural, política, econômica, artística, corporal, psicológica, educacional, espiritual, etc... no inseparável testemunho missionário da caridade evangélica que não pode deixar de resgatar a dignidade humana, promovendo e libertando a pessoa humana integralmente, mergulhando-a no mistério salvífico de Cristo (EG 14-15; 21-23; CAPÍTULO III e IV).

Este impulso com novo ardor todos os batizados devem assumir. Também os institutos de vida consagrada, os leigos devidamente instruídos e os catequistas são convocados para a grande campanha de âmbito universal e de assinalado interesse local nas Igrejas particulares (cânones 783 e 785,1 e 2). Os leigos, de forma específica são chamados ao apostolado missionário no mundo, conteúdo claro apontado no Decreto Conciliar Apostolicam Actuositatem, reafirmado e explicitado na Exortação Apostólica Christifidelis Laici (1988), de São João Paulo II.

Sobre este tema é muito rico o documento 105 da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil sobre a identidade, vocação e missão dos leigos que, incorporados a Cristo pelo batismo e, participando de Seu Sacerdócio comum, exercem também o tríplice múnus de santificar, ensinar e pastorear, como sujeitos eclesiais, em continuidade com o Magistério Conciliar (cf Lumen Gentium 31), na cooperação em comunhão com o Sacerdócio ministerial dos Pastores e ministros ordenados.

Há ainda o esforço missionário ecumênico, como sinal testemunhal da própria natureza da Igreja comunhão de um só rebanho e um só Pastor, buscando a reintegração da unidade dos cristãos, na esteira do Decreto conciliar Unitatis Redintegratio, impulsionado pela carta encíclica Ut Unum Sint de São João Paulo II (1995), reafirmado pelo Magistério Pontifício posterior, não como algo facultativo, mas como essencial e inerente à identidade e missão eclesial.

Vários pontos primordiais da ação missionária são recolhidos e apresentados no Código de Direito Canônico: o diálogo dos missionários, com o reforço do testemunho da vida e da palavra, com os que não têm a fé em Cristo; o respeito à índole e cultura dos povos aos quais se leva o anúncio do Evangelho (cf cânon 787,1); a cooperação de todas as dioceses (cf cânon 791); a organização do catecumenato segundo as diretrizes da Conferência dos Bispos ( cf cânon 788,3)

Vemos em todo o ensinamento magisterial conciliar e pontifício, refletidos na normativa canônica, ou nos ecos posteriores, uma continuidade e riqueza na sensibilidade pastoral em relação a cada tempo, enfrentando os novos desafios dos âmbitos da missão, preservando o patrimônio da Fé, numa visão inculturada, dialogal, testemunhal, de anúncio da Boa Nova, através do serviço da Caridade, na condução do Espírito Santo.

Padre Luiz Cláudio Azevedo de Mendonça é chanceler da Diocese de Nova Friburgo

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O impacto avassalador da indústria da moda: uma reflexão necessária

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma Prosa Sustentável?

Opa! Tudo verde?

Bora para mais uma Prosa Sustentável?

O assunto desta semana é do tipo “Vestir-se bem hoje para não prejudicar o amanhã”. A indústria da moda, um setor dinâmico e em constante evolução, desempenha um papel crucial na economia global, mas o custo ambiental associado à produção desenfreada de roupas é alarmante. Ao consumir uma quantidade exorbitante de recursos naturais, a indústria da moda tornou-se uma das principais contribuintes para a degradação do meio ambiente. Segundo alguns estudos, a indústria têxtil está entre as cinco maiores poluidoras do planeta.

A produção massiva de roupas é uma realidade na indústria da moda contemporânea. Estima-se que mais de 100 bilhões de peças de roupa são produzidas anualmente em todo o mundo, consumindo uma quantidade astronômica de recursos naturais. A agricultura intensiva para a produção de fibras, o consumo de água e energia, e a gestão inadequada de resíduos são apenas alguns dos problemas associados a essa produção desenfreada.

O consumidor sem consciência ambiental desempenha um papel crucial nesse cenário. Comprando impulsivamente, descartando peças rapidamente e ignorando os impactos ambientais da “moda rápida” (fast fashion), esse tipo de consumidor contribui significativamente para a pressão sobre os recursos naturais e o aumento do desperdício.

Certos tipos de roupas causam danos ambientais mais significativos do que outros. Tecidos sintéticos, como o poliéster, liberam microplásticos nos oceanos durante a lavagem. A produção de couro também está associada a impactos ambientais, como desmatamento para pastagens e poluição. O algodão, embora seja uma fibra natural, também consome muita água em seu cultivo, além do uso de pesticidas em muitas plantações. Vale refletir e pesquisar qual matéria prima produz menos impacto em sua produção e no pós-consumo.

O jeans, popular e amplamente utilizado, também está entre os maiores vilões ambientais na indústria da moda. O processo de produção do denim envolve o uso de produtos químicos tóxicos e liberação de poluentes. A fabricação de uma única calça jeans, por exemplo, exige 5.196 litros d’água, segundo dados do Akatu. Comprar uma calça jeans supérflua, ou seja, que não é necessária para você, significa desperdiçar esse volume de água que é suficiente para uma pessoa suprir todas as suas necessidades básicas (beber, fazer a higiene pessoal, cozinhar e para fins sanitários) ao longo de 70 dias. Adicionalmente, o descarte inadequado de jeans contribui para a poluição dos solos.

 

Dicas para um guarda-roupas sustentável e elegante

1. Escolha com consciência: Opte por marcas que adotam práticas sustentáveis, como uso de materiais reciclados, algodão orgânico e processos de produção éticos.

2. Peças duráveis e versáteis: Invista em roupas de qualidade, atemporais e versáteis. Isso reduzirá a necessidade de compras frequentes e diminuirá a pegada ambiental.

3. Segunda mão é uma opção valiosa: Explore o mercado de roupas de segunda mão. Comprar peças usadas contribui para a economia circular e reduz o desperdício.

4. Cuide bem do que você tem: A manutenção adequada das roupas prolonga sua vida útil. Lave conscientemente, siga as instruções de cuidado e repare as peças danificadas em vez de descartá-las.

 

Em conclusão, repensar a forma como consumimos moda é imperativo para mitigar os impactos ambientais devastadores. A transição para um modelo mais sustentável não apenas preserva nosso planeta, mas também promove uma indústria da moda mais ética e responsável. Vista esta ideia!

Tudo verde sempre!

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A VOZ DA SERRA não é professor, mas educa, orienta e transforma

terça-feira, 15 de outubro de 2024

        Meu pai, nascido em 1917, presenciou muitos acontecimentos históricos durante sua profícua existência de 90 anos. Ele tinha prazer em contá-los.  Um desses foi, sem dúvida, o decreto que instituiu o voto feminino no Brasil, em 1932. Papai dizia que no início da década de 30, ele, ainda muito jovem, percebia que as mulheres começavam a ter um lugar além da porta da cozinha. No Sana, distrito de Macaé, onde viveu sua infância, as meninas não precisavam ir para a escola, porque aprenderiam a escrever cartas para os namorados.

        Meu pai, nascido em 1917, presenciou muitos acontecimentos históricos durante sua profícua existência de 90 anos. Ele tinha prazer em contá-los.  Um desses foi, sem dúvida, o decreto que instituiu o voto feminino no Brasil, em 1932. Papai dizia que no início da década de 30, ele, ainda muito jovem, percebia que as mulheres começavam a ter um lugar além da porta da cozinha. No Sana, distrito de Macaé, onde viveu sua infância, as meninas não precisavam ir para a escola, porque aprenderiam a escrever cartas para os namorados. Papai, que não era adepto dessa truculência, sempre que comentava o assunto, acrescentava que as mulheres eram vítimas da ignorância alheia.

        Em passos lentos, a história foi tomando novos rumos e temos hoje um cenário bem promissor, embora muito haja ainda a se conquistar. O Caderno Z trouxe um panorama das Eleições 2024, destacando que “apesar de mais mulheres terem sido eleitas prefeitas e vereadoras, a participação feminina ainda está longe da equidade nos Executivo e Legislativo locais”. A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, lamentou a falta de mulheres eleitas em primeiro turno. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais, em seu balanço, considerou que o número de 26 pessoas trans eleitas para as Câmaras Municipais é menor do que o registrado em 2020. “A cota de gênero também foi descumprida em mais de 700 municípios”.

        Após as eleições, os holofotes se voltam para os eleitos e eleitas e suas promessas de campanhas. A partir de janeiro de 2025, o povo será o guardião e fiscal das melhorias prometidas. Saúde, educação, transporte público, entre outras demandas, estão nos anseios da população que sempre espera a sua cota de recompensa pelo voto confiado. Conforme ilustra a charge de Silvério, Nova Friburgo é um presente a ser desembrulhado. Que não seja nunca uma caixa de Pandora, porque não podemos ficar sem a esperança.

        Além de ser Dia da Criança e de Nossa Senhora Aparecida, 12 de outubro é o Dia Nacional da Leitura. Ana Borges nos trouxe uma leitura super agradável sobre o ato de ler: “Ao ler, o indivíduo enriquece seu repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos. Além disso, estudos apontam que o ato de ler é prazeroso na medida em que reduz o estresse ao mesmo tempo em que estimula reflexões”. Além de tantas datas marcantes, festejamos nesse 12 de outubro  os 15 anos de Maria Antônia. A família Montechiari com seus agregados está em festa. Chamego também da tia/bisa Therezinha, a “Ton Ton” cresceu e se transformou numa linda jovem, dando ao seu bisavô, muito amado, Silvio Montechiari, a honra da dança de sua primeira valsa. Lindo! Felicidades!

        Em celebração à Semana da Criança, os filhos de funcionários do escritório Rapiso Consultoria e Contabilidade Ltda. visitaram a sede de A VOZ DA SERRA como parte do projeto, já tradicional, Rapiso Kids. “Alegria, descontração e cidadania” estão entre os objetivos do projeto que, além do mais, cria laços de amizade entre os pequenos e jovens, provando que contabilidade não é só contar números, valores financeiros e contabilizar resultados. É somar solidariedade, multiplicar convivências e distribuir bons exemplos. Eu sempre digo numa trova: “No escritório do Rapiso / há tanta hospitalidade / que parece o paraíso / bem no centro da cidade!” Parabéns, Rapiso e sua equipe!

        A psicóloga Rebeca Peixoto, em entrevista para A VOZ DA SERRA, entre muitas considerações, alerta para a dependência tecnológica em que as crianças sentem ansiedade e irritabilidade quando estão desconectadas e sentem alívio ao voltar para o mundo digital. Sabemos que há uma dualidade entre o lado bom e o ruim da internet, assim como muitas outras coisas na vida. Na semana passada, cedinho, antes de sair para a escola, minha neta, 8 anos, falou: “Vovó, o furacão Milton já passou na Flórida, de madrugada, e fez muita destruição!” – E eu pensei: quando, na minha infância, a gente teria essa instantaneidade dos fatos? Teríamos que esperar o Repórter Esso ou alguma publicação na revista Manchete, dias depois. Estamos nos tempos líquidos de Bauman...

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Responsabilidade e lazer: o dilema do adolescente

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Shakespeare dá a solução para quem quer namorar e precisa estudar.  “Trabalhos de Amor Perdidos” é uma comédia romântica, uma obra moderna, pertinente ao que acontece hoje com os jovens que vão fazer provas ou prestar concursos e precisam se dedicar aos estudos, mas são surpreendidos pelo amor. E... o tempo passa. No século XVI, quando “Trabalhos de Amor Perdidos” foi escrito pelo dramaturgo Shakespeare, esse dilema já existia.

Shakespeare dá a solução para quem quer namorar e precisa estudar.  “Trabalhos de Amor Perdidos” é uma comédia romântica, uma obra moderna, pertinente ao que acontece hoje com os jovens que vão fazer provas ou prestar concursos e precisam se dedicar aos estudos, mas são surpreendidos pelo amor. E... o tempo passa. No século XVI, quando “Trabalhos de Amor Perdidos” foi escrito pelo dramaturgo Shakespeare, esse dilema já existia.

Faz mais de vinte anos que conheci o texto. Na época, estava envolvida com o teatro, fazendo adaptações de textos literários em prosa para o palco, estilo dramatúrgico. O texto de Shakespeare é uma graça. O rei de Navarra decide cultivar o espírito e o conhecimento. Para tal, convoca três lordes para acompanhá-lo e, juntos, determinam três anos de jejum, abstinência sexual e muito estudo. Quem fosse flagrado com uma mulher seria acusado de traição e sofreria severas humilhações. Mas, por força do destino, a princesa da França, acompanhada por suas três damas de companhia, chega ao palácio para pleitear uma região para seu velho e acamado pai. Encantados com as moças, o Rei de Navarra e seus lordes se arrependem dos juramentos, mas não podem desrespeitá-los. O conflito, então, está armado!

Qual o adolescente que não se vê diante das responsabilidades escolares e da vontade de se entregar à liberdade para passear, namorar, conversar? Enfim, acaba mergulhado nesse dilema bastante sofrido. Inclusive, para todos que o acompanham.

Na época em que meus filhos estudavam era uma negociação infinita. Uma vez, minha filha, já em fase final de colégio, levava as amigas para estudar em casa. E, meu filho, no início da faculdade, fazia o mesmo. Eram quatro num quarto, quatro num outro e uma movimentação contínua no corredor. Bons e inesquecíveis momentos.

Mas não é apenas com os adolescentes que isso acontece. Com os adultos também. Só não em situações de estudo, mas de trabalho, compromissos familiares, financeiros etc. Estamos, volta e meia, divididos entre situações de lazer e de responsabilidade. De certo, esses dilemas nos amadurecem desde a infância quando temos de aprender a distinguir os momentos. É interessante observar que cada pessoa que participa dessa situação tem um envolvimento diferente; o adolescente, os pais, os professores, os amigos. Cada qual tem pontos de vista, necessidades e atitudes próprias. É inteligente fazer o trânsito entre essas posições, até para compreender melhor aquele que sofre o dilema, dado que cada um vive numa época distinta, com cultura e valores específicos.

Com certeza, uma questão se impõe: é necessário equacionar o lazer com a responsabilidade, uma equação que vai sendo amadurecida e internalizada com a experiência adquirida ao longo dos anos. Equalizar esses lados é um dos modos de cuidar da saúde mental, física e emocional; é o caminho do meio. Nem tender para um lado, nem para o outro. Ambos são importantes para o bem-viver.

Shakespeare encontra uma saída para a questão. Na divertida comédia, o bardo inglês, depois de tantos contratempos e embates, engrandece o amor, honra o compromisso dos rapazes e faz com que as moças os aguardem.

Ih, está me dando vontade de trazer o texto para os tempos atuais. Quem sabe começar por uma conversa entre um professor com seus alunos? Quem sabe... 

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Boa notícia

sábado, 12 de outubro de 2024

Friburgo receberá Campeonato de Basquete com equipes de todo o Brasil

A bola vai subir em Nova Friburgo no próximo mês, com um grande evento esportivo. Após a visita de representantes da Federação de Basquete do Estado do Rio de Janeiro à prefeitura, ficou acertado que o município vai sediar um Campeonato de Basquete masculino e feminino juvenil, reunindo diversas equipes de todo o país. O evento vai acontecer entre 4 e 10 de novembro.

Friburgo receberá Campeonato de Basquete com equipes de todo o Brasil

A bola vai subir em Nova Friburgo no próximo mês, com um grande evento esportivo. Após a visita de representantes da Federação de Basquete do Estado do Rio de Janeiro à prefeitura, ficou acertado que o município vai sediar um Campeonato de Basquete masculino e feminino juvenil, reunindo diversas equipes de todo o país. O evento vai acontecer entre 4 e 10 de novembro.

O assunto foi discutido no gabinete do prefeito Johnny Maycon, reunindo ainda, além do chefe do Executivo o empresário e entusiasta do basquete, Tony Ventura; o presidente da Federação Estadual de Basquete, Daniel Fuente, e Flávio Correia, um dos veteranos da modalidade em Nova Friburgo.

Durante o encontro foram colocadas algumas demandas para a realização do evento, e segundo o prefeito, o município se colocou a disposição para ajudar. “Agradecemos imensamente ao Daniel, Tony, Flávio e a todos os envolvidos para promover este grande encontro esportivo que reforça ainda mais a cidade como postulante ao título de capital brasileira do basquetebol”, pontuou o prefeito.

Outros detalhes, à exemplo de equipes participantes, locais dos jogos e logística devem ser divulgados em breve. Este é mais um passo para manter viva a chama da modalidade, que possui uma trajetória de glórias. Uma história que começou na década de 1940, quando existiam apenas três quadras de basquete em Nova Friburgo, nas sedes do Esperança, Friburgo e Fluminense A.C, onde o futebol era o carro-chefe, mas o basquete ganhou espaço e passou a ser praticado.

O Clube de Xadrez usava a quadra do Fluminense e a partir dali surgiu uma geração de grandes jogadores. A Sociedade Esportiva Friburguense também despontou com uma equipe forte. A década de 1950 foi considerada como a do apogeu dos esportes amadores de Nova Friburgo, e a época de ouro do basquete prosseguiu até o início da década de 1960. A construção do ginásio Celso Peçanha, do Ienf (Instituto de Educação de Nova Friburgo) também foi marcante.

O basquete de Nova Friburgo voltou a ter alguns outros bons momentos nos anos 90, com a formação da vitoriosa equipe do Nova Friburgo Country Clube. A cidade revelou diversos atletas, mas a estrutura e os investimentos no município não acompanharam o desenvolvimento do esporte, que voltou a ficar decadente.

 

Pra cima, Frizão

Tricolor viaja para enfrentar o São Cristóvão no Rio de Janeiro

Na quinta colocação da Taça Corcovado (primeira faze da série B1, a terceira divisão do Campeonato Estadual de Futebol 2024), com quatro pontos conquistados, o Friburguense está a apenas dois pontos de distância do líder Paduano. Ou seja, mesmo atualmente fora da zona de classificação para as semifinais, o time comandado por Gerson Andreotti pode, já nesta próxima rodada, pular para a liderança.

Em busca exatamente deste objetivo, o Friburguense treinou durante toda esta semana e viaja para enfrentar o São Cristóvão neste sábado, 12, às 15h, no estádio Ronaldo Nazário, na Rua Figueira de Mello, no Rio, a casa do São Cristóvão. Para a partida, Andreotti terá Igor Gomes e Renatinho novamente à disposição, após eles cumprirem suspensão automática contra o Serrano.

 

Tabela do Frizão

Friburguense 0 x 1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0 x 1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0 x 0 Serrano, Eduardo Guinle

12/out - Sáb - 15h - São Cristóvão x Friburguense, Ronaldo Nazário

26/out - Sáb - 15h - Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

02/nov - Sáb - 15h - Belford Roxo x Friburguense, Nélio Gomes

06/nov - Qua - 15h - Friburguense x São Gonçalo, Eduardo Guinle

09/nov - Sáb - 15h - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim Flores

  • Foto da galeria

    Encontro na prefeitura selou o acordo para a realização do campeonato em Nova Friburgo (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

  • Foto da galeria

    Projeto no GPH receberá, de presente, a bola trazida pelo presidente da Federação Estadual de Basquete (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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Prefeitura contrai empréstimo de 2 milhões de cruzeiros

sábado, 12 de outubro de 2024

Edição de 12 e 13 de outubro de 1974

 

Manchetes

Prefeitura vai dever mais Cr$ 2 milhões O Governo Municipal contraiu um  empréstimo de Cr$ 2 milhões e o funcionalismo continua recebendo com atraso. O prefeito de Friburgo, Amâncio Azevedo, criou também uma nova secretaria com mais de 20 cargos.

Edição de 12 e 13 de outubro de 1974

 

Manchetes

Prefeitura vai dever mais Cr$ 2 milhões O Governo Municipal contraiu um  empréstimo de Cr$ 2 milhões e o funcionalismo continua recebendo com atraso. O prefeito de Friburgo, Amâncio Azevedo, criou também uma nova secretaria com mais de 20 cargos.

O prefeito e o governo- A administração municipal que, na verdade,  atualmente “desaministra” Nova Friburgo, em menos de uma semana, enviou a Câmara de Vereadores mensagens criando uma Secretaria de Agricultura e pedindo licença para obter empréstimos bancários na ordem de 2 milhões de cruzeiros para aquisição de equipamentos. Em sua campanha, o prefeito elaborou o que se dominou “Os dez mandamentos” um deles ressalta a importância de um planejamento do governo e que propunha realizar. Esse planejamento, no entanto, ficou só no papel, só na ideia. O que o município de Nova Friburgo assiste é uma administração totalmente desprovida de um mínimo planejamento, de coerência em suas intenções e atuações, nos projetos anunciados e obras realizadas.

Presidente da Arena afirma: campanha segue tranquila - Em declarações especiais para A VOZ DA SERRA, o Presidente da Aliança Renovadora Nacional de Nova Friburgo (Arena) afirmou que a campanha de seu partido, visando a eleição do próximo dia 15 de novembro continua seguindo tranquila, para a vitória, com dois candidatos que foram lançados pelo diretório local, Feliciano Costa e Messias de Moares Teixeira que irão representar Nova Friburgo na Assembléia Constituinte. Trata-se de novas e importantes adesões. Paulo Cordeiro ressaltou também que alguns nomes da chapa arenista para a Câmara Federal irão receber uma votação expressiva do eleitorado friburguense, tais como Luiz Braz, Dayl de Almeida, José Sally e Eduardo Galil, candidatos que prestam serviços ao município e possuem grande penetração junto ao povo.

Semana com grande movimento policial A semana que passou registrou várias ocorrências não só na Polícia Civil como também nos hospitais. Os principais registros foram: Humberto Paiva Xavier, 39 anos, atendido no P.U., vítima de agressão. Dois indivíduos  que o acompanhavam acabaram agredindo o médico de plantão, dr. Fernando Povorelli. Ailton Luciano, 36 anos, foi agredido por três elementos. A menina Vânia Maria Sanglard, 7 anos, foi atropelada na Avenida Alberto Braune e removida para Niterói, devido a seu estado de saúde. Colisão na Praça Marcílio Dias envolvendo o Opala, EB-1717, o TL, 22-43 (GB) e a Brasília 78-93. Registro de danos materiais.

Um friburguense no Gabinete Civil do Estado – Tornou-se posse do Gabinete Civil do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o friburguense Carlos Baltazar da Silveira. A solenidade de posse foi muito festiva, tendo comparecido altas personalidades do escalão do governo de Raymundo Padilha. Carlos Baltazar da Silveira é friburguense e sobrinho de outra ilustre personalidade, o prefeito Carlos Baltazar da Silveira.

Água - Moradores do Loteamento Floresta, em Conselheiro Paulino, fazem  um apelo ao Serviço de Água, pois há cinco meses, as famílias não têm o líquido constante em suas torneiras. Muitos fazem uso da água do esgoto para seu uso doméstico e os maiores prejudicados são as crianças que estão sujeitas às doenças. Os moradores afirmam que a água existe e que falta um manobreiro no local.

 

Sociais

A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: Ailton dos Santos, Marize, Rangel Ventura e Maria Tereza Felga (14); Luiz Gonzaga Portella e Dilva Moraes (15); Benício Júnior e Jaqueline Santos (16); Juvenal Namen, Deyse Cristine, Mônica Bento e Carmem Bravo Costa (17); Syrlene Aparecida Rocha, Maria de Lurdes e Luiz Carlos Cardoso (18); Jorginho Abicalil e Francisco Assis de Almeida (19); Willi Kern, Cely Pinheiro, Mário Cezar de Miranda, Kátia Bizotto, Ualdo Bittencourt, Marcelo da Conceção e Dagmar Martins (20).

  • Pesquisa feita pela estagiária Laís Lima sob a supervisão de Henrique Amorim

Foto da galeria
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