Notícias de Nova Friburgo e Região Serrana
Começos
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Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
Já é fevereiro. Pouco parece que ainda mês passado começou o ano. Pés descalços. Ondas puladas. Uvas digeridas. Abraços dados. Energia renovada. Compartilhada. Promessas feitas. Ou refeitas. Desejo do novo. Retrospectiva passada a limpo. Projetos para investir. Gente para atrair. Gente para deixar ir. Consciência do dinheiro a mais gasto. Lembrança das contas extras que estão por vir. Horóscopo lido. Vídeos de astrologia assistidos. Até simpatia teve. Opa, é o ano da serpente! Verão no trópico. Calor intenso. Chuva na mesma proporção. Temperatura alta. Fotos postadas. Alegria compartilhada. Vontade de lazer batendo à porta quase que de maneira incessante. O sal grosso ainda escorrendo pelo ralo. Tudo novo de novo. Exceto para alguns.
A agenda com todas as páginas em branco recebem os primeiros traçados. Já é possível prever que dentro de alguns dias o carretel de compromissos terá sido desfeito de forma impiedosa e não haverá espaço livre a preencher. O tempo que a renovação dá a sensação de trazer, se esvai quando a rotina ressurge sem cautela e relembra que o reinício é presságio de que vai começar tudo de novo. Ótima notícia quando tudo vai bem. E pensando de forma positiva, pode ser grande estímulo para decisões de mudanças também (se há algo especial que os primeiros dias do ano trazem consigo são essa esperança e otimismo quase desmedidos que costumeiramente são mitigados no decorrer dos demais).
Coisas incríveis já ocorreram quando a decisão foi tomada nos primeiros dias do ano em construção. Já li sobre isso. Várias biografias dão conta de que projeções e concretizações de mudanças reais de vida foram decididas nessa época. Tudo começa a partir de um pequeno protótipo e dificilmente realizações grandiosas não são precedidas de decisão e esforço. O que eu quero de novo? O que almejo manter? O que não merece mais ser fomentado em minha vida?
Janeiro foi longo. IPVA pra pagar, material escolar pra comprar, cartão de crédito de dezembro pra arcar. Teve de tudo um pouco. E restou a perspectiva de que é necessário programar para não passar perrengue.
Planejamento é tão extraordinário quanto a inevitável atuação do “acaso”. Quanto ao imponderável, intransponível, imprevisível e que independe de nossa vontade, nada como resilir e superar. Mas no tocante a tudo mais, é importante o deixar fluir com algum direcionamento da vontade de fazer acontecer.
“Autorresponsabilidade”. Assumir para si a parcela necessária do que acontece na vida. Sem culpar o outro, o mundo, a crise. Sem partilhar o ônus do insucesso com um universo de elementos. Grandes vitórias são precedidas de muita persistência, incremento fundamental dessa consciência de que se eu quero, eu posso, corro atrás e consequentemente, consigo. Sejamos leais com o nosso querer. E justos com a aceitação dos resultados. Muito do que está por vir começa justamente na primeira letra traçada na agenda em branco do ano novo. E este texto não é sobre réveillon.
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Paula Farsoun
Com a palavra...
Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.
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