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Cair e Levantar

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Em um mundo que, muitas vezes, parece girar em uma velocidade avassaladora, a resiliência se destaca como uma qualidade essencial para enfrentar os desafios da vida. A capacidade de se adaptar, superar e crescer diante das adversidades é uma habilidade que todos nós podemos cultivar. Mas o que exatamente é resiliência, e como podemos desenvolvê-la?

Em um mundo que, muitas vezes, parece girar em uma velocidade avassaladora, a resiliência se destaca como uma qualidade essencial para enfrentar os desafios da vida. A capacidade de se adaptar, superar e crescer diante das adversidades é uma habilidade que todos nós podemos cultivar. Mas o que exatamente é resiliência, e como podemos desenvolvê-la?

Resiliência não é a ausência de dificuldades, mas sim a habilidade de enfrentar as tempestades emocionais e físicas que nos atingem. Imagine uma árvore em uma tempestade: ela se curva sob a força do vento, mas não quebra. Ao contrário, após a tempestade, ela se ergue novamente, mais forte e mais robusta. Essa analogia ilustra a essência da resiliência: a capacidade de se recuperar e, muitas vezes, de emergir mais forte.

A resiliência se manifesta de diversas maneiras em nossa vida. Pode ser observada em pequenos momentos do cotidiano, como lidar com a frustração de um dia difícil no trabalho, ou em situações mais intensas, como enfrentar doenças, perdas ou crises financeiras. É a força que nos impulsiona a buscar soluções, a reinventar nossos planos e a manter a esperança mesmo quando tudo parece perdido.

Um aspecto fundamental da resiliência é a mentalidade. A forma como encaramos as dificuldades pode determinar nossa capacidade de superá-las. Cultivar uma mentalidade positiva, que vê os desafios como oportunidades de crescimento, é um passo importante. Em vez de perguntar “por que isso está acontecendo comigo?”, podemos mudar a pergunta para “o que posso aprender com isso?”. Essa mudança de perspectiva não elimina a dor ou o desconforto, mas nos capacita a encontrar um propósito nas dificuldades.

Além disso, a resiliência é amplamente influenciada pelo nosso entorno. Relações de apoio, seja com amigos, familiares ou comunidades, são fundamentais para nos ajudar a enfrentar crises. Quando temos pessoas que acreditam em nós e que estão dispostas a nos ajudar, nossa capacidade de resiliência aumenta. Compartilhar experiências e sentimentos pode aliviar o peso das dificuldades, transformando a solidão da luta em uma jornada compartilhada.

Outro elemento essencial é o autocuidado. Em momentos de estresse, é fácil esquecer de cuidar de nós mesmos. No entanto, práticas como a meditação, exercícios físicos, uma alimentação saudável e momentos de lazer são fundamentais para manter nossa energia e motivação. Cuidar do corpo e da mente nos fortalece, preparando-nos para os desafios que virão.

A resiliência também envolve a aceitação. Aceitar que a vida é imprevisível e que as mudanças são parte da experiência humana que pode nos ajudar a navegar pelas incertezas com mais leveza. Isso não significa resignação, mas sim um reconhecimento de que algumas coisas estão além do nosso controle. Essa aceitação nos permite focar em ações que realmente podemos tomar e em como responder aos desafios.

Por fim, a resiliência é um processo contínuo. É normal ter altos e baixos; a chave está em aprender a nos levantar após cada queda. Cada experiência, boa ou má, contribui para nosso crescimento. À medida que enfrentamos e superamos desafios, construímos uma base de força e confiança que nos prepara para o futuro.

Em um mundo que frequentemente nos testa, a resiliência se torna não apenas uma habilidade, mas uma arte de viver. Cultivá-la em nossas vidas pode nos proporcionar não apenas a capacidade de enfrentar crises, mas também uma perspectiva mais rica e gratificante da vida. Ao desenvolvermos nossa resiliência, não apenas encontramos força para nós mesmos, mas também nos tornamos faróis de esperança para os outros, mostrando que, mesmo nas tempestades mais fortes, é possível erguer-se e florescer.

Assim, ao olharmos para frente, que possamos abraçar as dificuldades com coragem e confiança, sabendo que, em cada desafio, reside uma oportunidade de crescimento e transformação. Resiliência é um convite à vida, um lembrete de que somos mais fortes do que pensamos e que cada queda é apenas uma chance de levantar com mais sabedoria e força.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Retrato

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Ciclovias crescem no Brasil, mas sem investimento, ritmo é lento

Com um aumento de 4% no último ano, as ciclovias brasileiras juntas somam 4,3 mil quilômetros de extensão. Mas tanto o número absoluto de ciclovias, quanto o percentual de crescimento delas, ainda é considerado muito pequeno diante do crescimento populacional do país. Enquanto as ciclovias aumentaram 169 quilômetros entre 2022 e 2023, a população aumentou em mais de um milhão de habitantes nesse mesmo período. 

Ciclovias crescem no Brasil, mas sem investimento, ritmo é lento

Com um aumento de 4% no último ano, as ciclovias brasileiras juntas somam 4,3 mil quilômetros de extensão. Mas tanto o número absoluto de ciclovias, quanto o percentual de crescimento delas, ainda é considerado muito pequeno diante do crescimento populacional do país. Enquanto as ciclovias aumentaram 169 quilômetros entre 2022 e 2023, a população aumentou em mais de um milhão de habitantes nesse mesmo período. 

O levantamento da Associação Brasileira do Setor de Bicicletas — Aliança Bike — ouviu todas as prefeituras das capitais brasileiras por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Palmas (TO) teve aumento na malha cicloviária de 39,8% no período, seguida por Maceió (AL), com aumento de 27%, e Brasília-DF, que cresceu 20,8%. 

Em Nova Friburgo, há ciclofaixas (chamadas de vias compartilhadas, onde ciclistas dividem o mesmo espaço com pedestres) em algumas avenidas da cidade, no trecho compreendido entre a Rua Duque de Caxias, no Centro, e o trevo de Duas Pedras. Contudo o projeto original – de meados de 2014 - também previa espaços na Avenida Alberto Braune, por exemplo, mas não foi concluído.

De fato, o crescimento da malha cicloviária brasileira ainda é muito pequeno, porque o Brasil se mantém como um país rodoviarista e que não prioriza outros meios de transporte.

Carlos Penna Brescianini, pesquisador em mobilidade urbana e por mais de 10 anos coordenador do Metrô-DF, avalia que não existe segurança para o ciclista se não houver segregação com o motorista. Ele ainda ressalta que para se ter um bom sistema de ciclovias duas características são fundamentais.

“A primeira coisa é que ciclovia tem de ser por inteiro, ela não pode ser seccionada. Tem de ser conectada de maneira segura, de forma que o ciclista faça todo o percurso em segurança, sem ficar disputando espaço com o automóvel.”

Outro ponto fundamental para Brescianini é que haja integração com outros meios de transporte. “A ciclovia tem que ser ligada e fazer parte de um sistema maior de transporte público em que esse sistema se conecte às estações de metrô — que é o grande sistema de transporte público por excelência — que a pessoa possa tanto deixar sua bicicleta no bicicletário da estação, quanto levar sua bicicleta no vagão do trem.” 

Para debater essas e outras questões relativas ao uso da bike nas cidades, uma das associações de cicloativismo mais antigas do país — a Rodas da Paz — promoveu, na última semana (entre 04 e 08 de setembro) o 13º Fórum Mundial da Bicicleta. Um evento que reuniu cicloativistas e ciclistas de diversas partes do mundo para desenhar as prioridades ligadas ao modal. “Salve o planeta, Pedale” foi o tema desta edição do evento.

“Nossa luta é para que a bicicleta seja tratada com o mesmo status dos outros veículos. Ao contrário do carro, que quando se movimenta produz gás carbônico e gera efeitos negativos para o meio ambiente e para a saúde da coletividade, cada pessoa que deixa de usar um carro e usa uma bicicleta, deixa de poluir, cuida da própria saúde e deixa de ser um problema para o SUS”, explica a coordenadora de comunicação da Rodas da Paz, Ana Julia Pinheiro.

Para a coordenadora, eventos como esses são “o tipo de luta que pode se fazer junto para que o movimento ganhe força e para que se construam ciclovias de qualidade, além de estruturas cicloviárias que fomentem o uso do modal de forma segura para o ciclista e que beneficiam a saúde do planeta”.

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    Crescimento das ciclovias no Brasil ainda carece de mais investimentos (Foto: Reprodução Rovena Rosa / Agência Brasil)

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    Em Nova Friburgo, projeto original previa espaço na Alber-to Braune; houve avanços, mas sem conclusão (Reprodução / Secretaria de Projetos PMNF)

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Inconsciente e relacionamento humano

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Nossa mente tem o consciente, a consciência e o inconsciente. Consciente é o que você está usando agora para pensar, é a parte que nos conecta com o mundo real e externo. Consciência é a área mental onde estão informações, conceitos, valores, desejos, que você tem acesso quando deseja, sendo uma área nobre que só nós humanos temos, e os outros animais não possuem, ou seja, temos autoconsciência e eles não.

Nossa mente tem o consciente, a consciência e o inconsciente. Consciente é o que você está usando agora para pensar, é a parte que nos conecta com o mundo real e externo. Consciência é a área mental onde estão informações, conceitos, valores, desejos, que você tem acesso quando deseja, sendo uma área nobre que só nós humanos temos, e os outros animais não possuem, ou seja, temos autoconsciência e eles não. E inconsciente é uma área virtual mental onde estão palavras, pensamentos, sentimentos, afetos reprimidos, imagens, fatos de sua vida, que não dá para acessar quando você quer, mas quando pode.

Muitos sofrimentos emocionais na vida adulta têm origem em pensamentos e sentimentos guardados em nosso inconsciente vividos ao longo dos anos da infância. Geralmente fazemos um corte entre o evento traumático vivido quando se era criança e a dor emocional na vida adulta atual. Por exemplo, se você teve uma mãe autoritária que era abusiva verbalmente com você e seus irmãos, isso pode ter produzido em sua pessoa uma reação de defesa diante de qualquer outra pessoa também autoritária. Vinte ou mais anos após sua infância vivida com esta mãe abusiva verbalmente, você pode estar num relacionamento com um chefe, cônjuge, colega de trabalho também abusivo, e se sente muito mal emocionalmente, podendo ficar triste, irritado, ansioso, só que de uma maneira exagerada. Esta reação emocional exagerada no presente, no relacionamento com uma pessoa abusiva, é produzida pelo fator gatilho que dispara a resposta emocional desagradável porque toca na ferida que já existia no inconsciente. A ferida original produzida na relação com a mãe autoritária lá atrás na infância, vem a sangrar de novo ao você se relacionar no presente com alguém semelhantemente autoritário.

Especialmente levamos para dentro do casamento muita coisa inconsciente mal resolvida com nossos pais ou cuidadores. Não se pode zerar a influência emocional do passado infantil para que não interfira no casamento ou em outro relacionamento na vida adulta. Uma mulher, durante a infância, costumava deixar seu papel normal de criança para adotar um papel de adulto na tentativa de apaziguar seus pais que brigavam com frequência. Na vida adulta, após casar, e ao viver algum momento de infelicidade no casamento, ela se deitava no berço da filha pequena, e ficava choramingando como uma criança assustada. Ou seja, a criança que não podia aparecer lá atrás na infância, aparecia anos depois na vida adulta no casamento.

Muito do desejo romântico tem ligação com expectativas afetivas vividas com os pais na infância. Quem teve uma boa infância, pode se casar com a ideia inconsciente de querer ter tudo o que foi agradável na meninice, sem considerar que na vida conjugal surgem momentos difíceis também e não só o que é bom. Outra pessoa, com uma infância ruim em termos afetivos, pode se casar com a ideia inconsciente de que o casamento irá proporcionar tudo o que ela não teve de agradável no seu passado. Não conseguimos resgatar perfeitamente o que foi perdido. A dor da falta precisa ser trabalhada para não piorar a vida atual.

Não existe uma relação adulta humana que tenha poder de proporcionar tudo de bom o tempo todo, sem frustração, sem tristeza, sem angústia, em alguns momentos pelo menos. Muitos casais cultivam o pensamento de que se casaram por amor, então, só existirá momentos bons no relacionamento entre eles. Muitos também podem alimentar a ideia onipotente de que têm poder para fazer o outro feliz e que conseguirão impedir que surjam conflitos. Casamento feliz é aquele no qual não se perde a individualidade, se aceita as diferenças de pensar e sentir, há respeito e não gritaria e xingamentos, e cada um não coloca sobre o outro a expectativa do outro o fazer feliz. Isso requer aceitar um certo vazio existencial porque nenhum ser humano pode preencher tudo o que desejamos.

Perceber as motivações inconscientes que nos empurram para esse ou aquele comportamento no casamento ou em qualquer outro relacionamento, é passo importante para melhor saúde relacional e mental pessoal. 

Cesar Vasconcellos de Souza – www.doutorcesar.com

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Pra história

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Friburgo Sporting sub-15 chega à grande final da Copa Noroeste

Mais uma conquista histórica para o futebol de base de Nova Friburgo. E ela veio através de uma das equipes que despontam no cenário municipal, e colhe os frutos do trabalho iniciado há poucos anos. O Friburgo Sporting, na categoria sub-15, se garantiu na grande final da Copa Noroeste. Já a equipe sub-17 viu o sonho de título ser interrompido nos pênaltis.

Friburgo Sporting sub-15 chega à grande final da Copa Noroeste

Mais uma conquista histórica para o futebol de base de Nova Friburgo. E ela veio através de uma das equipes que despontam no cenário municipal, e colhe os frutos do trabalho iniciado há poucos anos. O Friburgo Sporting, na categoria sub-15, se garantiu na grande final da Copa Noroeste. Já a equipe sub-17 viu o sonho de título ser interrompido nos pênaltis.

Em um jogo emocionante que foi decidido nos pênaltis, o Friburgo Sporting sub-15 garantiu a vaga na final. Após um empate no tempo normal, a equipe superou o Italva por 8 a 7 nas penalidades. Com essa vitória, a equipe mantém a invencibilidade na competição, com uma campanha de quatro vitórias e dois empates. Além disso, o time possui um ataque avassalador, com 30 gols marcados e uma defesa sólida, tendo sofrido apenas quatro gols em todos os jogos.

“A equipe sub-15 do Friburgo Sporting tem se destacado por seu futebol ofensivo e organizado, mostrando grande potencial para os jovens atletas. A classificação para a final é um grande feito e recompensa o trabalho árduo de todos os envolvidos no projeto”, avalia a direção do clube.

Na grande final, marcada para o próximo sábado, 12, o Friburgo Sporting terá pela frente o Boa Vista de Miracema. Já a equipe sub-17 do Friburgo Sporting protagonizou um jogo emocionante contra Santa Maria Madalena. Após um empate em 2 a 2 no tempo normal, a decisão foi para os pênaltis, onde a equipe de Santa Maria Madalena levou a melhor, vencendo por 5 a 3.

 

Identificação

Alerj aprova uso da biometria para entrada em estádios e arenas

Estádios de futebol, ginásios e arenas com capacidade para mais de 15 mil pessoas podem ser obrigados a adotar um sistema de identificação por biometria na entrada dos torcedores, além de um sistema de monitoramento por imagem de toda a área comum. É o que prevê o Projeto de Lei 337/23, de autoria do deputado Carlinhos BNH (PP), que a Alerj aprovou, em segunda discussão. Agora, a proposta segue para análise do governador Cláudio Castro (PL), responsável por sancionar ou vetar a lei.

O projeto determina que, por meio do sistema de identificação biométrica, seja constituído banco de dados das pessoas que tenham histórico de violência dentro e no entorno dos estádios. Ainda deve ser feito o cruzamento, em tempo real, com outros bancos de dados disponibilizados por órgãos de segurança, com objetivo de coibir violência e auxiliar na identificação de torcedores suspensos.

“Em outros estados já existem medidas semelhantes, como no caso do Paraná, onde os clubes de futebol firmaram convênio com o Tribunal de Justiça. É uma medida que oferece maior segurança para o público em geral, tem apoio das próprias torcidas organizadas, e policiais do batalhão especializado de policiamento nos estádios”, explica Carlinhos BNH, presidente da Comissão de Esporte e Lazer da Alerj.

O descumprimento da medida acarretará multa aos responsáveis pela organização do evento desportivo de, no mínimo, 10 mil UFIR-RJ, e, no máximo, 100 mil UFIR-RJ, aproximadamente R$ 45.373,00 e R$ 453.730,00, respectivamente.

Os dados obtidos no cadastramento biométrico ficarão sob responsabilidade e controle exclusivos dos órgãos públicos competentes, e deverão ser tratados nos termos da Lei Federal 13.709/18 - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoal, sendo vedado o seu compartilhamento pelo operador sem o consentimento expresso do titular ou seu responsável legal, bem como seu uso para finalidades comerciais.

Para a concretização da medida, o Governo do Estado poderá celebrar convênios, através dos órgãos de Segurança Pública e do Departamento de Trânsito do Estado do Rio (Detran-RJ), com os municípios, com o Poder Judiciário fluminense, com a entidade responsável pela organização da competição e, ainda, com proprietários ou responsáveis pela administração dos estádios, sempre com a participação do Ministério Público do Rio (MPRJ).

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    Friburgo Sporting segue fazendo história, e poderá conquistar a Copa Noroeste no sub-15 (Foto: Vinícius Gastin)

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    Equipe friburguense conquista mais resultados importantes para o futebol de base do município (Foto: Vinícius Gastin)

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Visita ao Acre e a Brasília

quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Nesses dias em que minha coluna não saiu, foi porque estive fora visitando filhos, um que mora em Rio Branco, no Acre, e outro em Brasília. Como não existem voos diretos para a capital acreana e todos param em Brasília, fiz Rio-Brasília-Rio Branco na ida e Rio Branco, com uma parada de três dias na capital federal e, finalmente, Brasília-Rio.

Nesses dias em que minha coluna não saiu, foi porque estive fora visitando filhos, um que mora em Rio Branco, no Acre, e outro em Brasília. Como não existem voos diretos para a capital acreana e todos param em Brasília, fiz Rio-Brasília-Rio Branco na ida e Rio Branco, com uma parada de três dias na capital federal e, finalmente, Brasília-Rio.

A história do Acre é marcada por diversos acontecimentos, como a ocupação por imigrantes, conflitos com países vizinhos, e a anexação ao Brasil; os primeiros habitantes do Acre foram os índios Apurinãs, que davam ao território o nome de "Aquiri", que significa "rio dos jacarés". No século XIX, o Acre ganhou destaque com a chegada de imigrantes nordestinos para trabalhar na extração de látex, quando se tornou um grande produtor de borracha. Entre 1899 e 1909, houve disputas entre brasileiros, bolivianos e peruanos pelo domínio da região. 

O Tratado de Petrópolis, em 1903, resultou na anexação do Acre ao Brasil, após a Revolução Acreana. Em 1912, ele foi declarado território federal, com um governador nomeado pelo presidente e em 1962, se tornou um estado da federação, após decreto do presidente João Goulart. Nas últimas décadas, o estado tem se destacado pela preservação ambiental e pelo reconhecimento dos direitos das comunidades indígenas. 

É também um estado que deu ao Brasil pessoas ilustres como o cirurgião cardíaco Adib Jatene, o jornalista, radialista e grande botafoguense Armando Nogueira, o seringueiro e grande defensor do meio ambiente Chico Mendes, o médico e político Enéas Carneiro, a novelista Glória Perez, a atual ministra do meio ambiente Marina Silva, entre os que me lembro.

Mas, o Rio Branco é igual a calor e fumaça. Para se ter uma ideia, às dez e meia da noite a temperatura pode estar em trinta e três graus celsius; a fumaça fica por conta das queimadas provocadas pelas mãos do homem, pois o estado é um grande criador de gado e quando o pasto fica velho, põe-se fogo para revitalizá-lo. Por dois dias tentei sair para caminhar e não consegui por causa da fumaça, aliás, tem-se de começar a caminhar cedo, por causa do calor. Cheguei à conclusão de que os melhores lugares para se ficar, em Rio Branco, são num ambiente com ar condicionado ou dentro de uma piscina. Frente ao Acre, Cachoeiras de Macacu é um paraíso.

Não é uma cidade turística, ficando restrita a visitas aos parques, entre eles o parque Chico Mendes, ao bairro da Gameleira, ideal para um passeio ou um bom papo entre amigos. O Calçadão da Gameleira, com seus quiosques e barzinhos, às margens do rio Acre, representa o início da história de Rio Branco, com suas casas coloridas, construídas no período áureo da borracha e da castanha, como o Cine Teatro Recreio, primeiro palco para apresentações culturais de Rio Branco. Vemos, ainda, um enorme mastro com a bandeira do estado, tendo, também, a vista do rio, hoje com uma vazão muito baixa em função da seca. Podemos visitar também o Museu do Povo Acreano, a Catedral, a Praça da Revolução e o Palácio do Governo.

        Em compensação, temos uma ótima gastronomia em que se sobressaem a carne de sol, os peixes de água doce, o tacacá e os sorvetes com frutas da Amazônia e do Nordeste. Os restaurantes não são caros e a comida é muito saborosa. Meu filho, com pouco menos de um ano de cidade conhece vários deles.

        O Carne de Sol do Ceará, simples, mas com uma fartura de carne, manteiga de garrafa, mandioca, que lá se chama macaxeira, farofa amarela de Cruzeiro do Sul (cidade próxima) e feijão de corda, é uma delícia. Temos ainda a rabada no tucupi, o quibe de arroz, o tucunaré recheado, a moqueca de tucunaré com camarão, o pirarucu à milanesa e muitas outros.

Foram quatorze dias de muito calor, mas agradáveis, em companhia de nossos filhos e netos. Do Acre rumamos para Brasília onde ficamos três dias com direito a uma ida ao estádio Mané Garrincha, para assistir ao jogo Botafogo e Grêmio. Em Brasília muito calor, também, mas com uma queda de temperatura à noite, o que dispensa o ar-condicionado.

O único senão foi que perdi o voo de Rio Branco para Brasília e tive de comprar outras duas passagens. É que esse horário de meia noite e meia é complicado, pois na realidade teria de chegar no aeroporto na quinta à noite e, simplesmente, esqueci. Burrice minha e prejuízo no bolso.

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Nova Friburgo deu sorte

quarta-feira, 09 de outubro de 2024

Município fez parte da preparação do Brasil, rumo ao hexa mundial de Futsal

O Brasil sofreu, curtiu e vibrou com a Seleção Brasileira de Futsal. Depois de 12 anos, o verde e amarela voltou ao topo do mundo na modalidade. O hexacampeonato veio com vitória sobre a Argentina, por 2 a 1. Ferrão e Rafa Santos balançaram a rede, o goleiro Willian teve uma atuação histórica, e o Brasil festejou na Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão.

Município fez parte da preparação do Brasil, rumo ao hexa mundial de Futsal

O Brasil sofreu, curtiu e vibrou com a Seleção Brasileira de Futsal. Depois de 12 anos, o verde e amarela voltou ao topo do mundo na modalidade. O hexacampeonato veio com vitória sobre a Argentina, por 2 a 1. Ferrão e Rafa Santos balançaram a rede, o goleiro Willian teve uma atuação histórica, e o Brasil festejou na Humo Arena, em Tashkent, no Uzbequistão.

Dentro dessa caminhada rumo ao hexa, Nova Friburgo teve a sua importância. Após uma primeira fase de preparação na Granja Comary, em Teresópolis, a delegação brasileira seguiu para Nova Friburgo no dia 15 de agosto. O ginásio poliesportivo Alberto da Rosa Pinheiro, no distrito de Conselheiro Paulino, recebeu a maioria das atividades, até 22 de agosto.

O acordo para a passagem da Seleção pela cidade foi selado nos últimos dias, quando o coordenador de Seleções de Futsal da CBF e ex-goleiro da seleção, Lavoisier Freire, esteve em Nova Friburgo e se reuniu com autoridades municipais. A estadia em Nova Friburgo também contou com uma série de ações de integração, especialmente com as crianças, que puderam ter acesso aos treinos em dias específicos.

A Seleção também foi homenageada pelo Elo Futsal, equipe friburguense em atividade há 46 anos, de forma ininterrupta. Na ocasião, foram entregues aos 15 atletas e ao treinador medalhas alusivas às comemorações do Elo Futsal dos 30 anos (2008) e 40 anos (2018). Uma placa de homenagem foi oferecida ao administrador da Seleção de Futsal, Bruno Vanço.

 “A gente queria muito estar aqui próximo porque as questões de logística e estrutura facilitam. E outro objetivo é valorizar o do Rio de Janeiro, um estado importante para o Futsal. Durante muito tempo forneceu para o Futsal brasileiro grandes craques. Aqui a gente também tem equipes de futebol de muita força, tanto na capital quanto no interior. E também aproximar o Futsal do Futebol e do público também, que sempre nos recebe com muito carinho”, disse o treinador Marquinhos Xavier.

Com essa passagem marcante pelo município, o Brasil aprimorou o seu jogo para conquistar o título. Um dos pontos fortes, a defesa só foi vazada seis vezes na Copa do Mundo e voltou a brilhar na grande decisão. A marcação suportou a pressão argentina, que começou ainda no primeiro tempo. Quando a bola passou, Willian sacramentou uma das grandes atuações de todos os tempos de um goleiro da modalidade.

No ataque, ainda que tenha finalizado menos (61 a 34) e acertado menos o gol (26 a 11), o Brasil foi mais cirúrgico. Ferrão mostrou oportunismo ao completar cobrança de falta, e Rafa Santos contou com a sorte para mexer com o placar da final. Os dois lances, protagonizados por pivôs, aconteceram ainda na etapa inicial. Rosa só descontou nos últimos instantes, quando a Argentina já tinha acionado o goleiro-linha.

Rivais tradicionais no futsal, Brasil e Argentina nunca tinham se enfrentado em uma decisão da Copa do Mundo -as duas seleções travaram duelo decisivo na última edição do torneio, em 2021, quando os argentinos venceram por 2 a 1 na semifinal. O título deste ano, importante por si só, foi também uma revanche para a seleção verde e amarela.

Campeão em 1989, 1992, 1996, 2008, 2012 e 2024, o Brasil não chegava à decisão da Copa do Mundo há 12 anos. A equipe brasileira caiu diante do Irã nas oitavas de final em 2016 e terminou na terceira colocação do Mundial seguinte. Se ficasse sem o troféu, concretizaria o jejum mais longo da história da seleção de futsal.

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    Preparação da Seleção Brasileira rumo ao hexa teve Nova Friburgo como destaque (Foto: Pablo Pais)

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    Festa pelo hexacampeonato, após a vitória sobre a Argen-tina na grande final (Foto: Alex Caparros / Fifa)

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Os escritores de Nova Friburgo

terça-feira, 08 de outubro de 2024

O nome da nossa cidade significa “Nova Cidade Livre!”

É na liberdade que os escritores gostam de viver, lugar onde a responsabilidade de exercer o livre-arbítrio é regra essencial, a vida tem mais vida, as emoções se misturam na flor da pele. Onde o resgate e o recomeçar se fazem presentes no dia a dia.

O nome da nossa cidade significa “Nova Cidade Livre!”

É na liberdade que os escritores gostam de viver, lugar onde a responsabilidade de exercer o livre-arbítrio é regra essencial, a vida tem mais vida, as emoções se misturam na flor da pele. Onde o resgate e o recomeçar se fazem presentes no dia a dia.

Sim. O espírito do friburguense é alimentado pelo sentido da liberdade. Povo alegre, festeiro, que gosta do seu lugar e faz questão de expressar seus sentimentos. Portanto, escreve. Escreve prosa, poesia, crônica, ensaios e outros estilos literários. As pessoas que aqui nasceram ou residem ou conquistaram a cidadania são levadas pelos cursos das palavras, tal qual as águas que descem das suas lindas montanhas. Aliás, aqui a natureza é inspiradora: os ares da Mata Atlântica que ventilam na cidade fazem nascer ideias criativas.

Hoje, Nova Friburgo traz histórias para seu quotidiano que aquecem os escritores, como a de Machado de Assis, que andando pelas ruas da cidade e arredores, sentiu-se iluminado a escrever “Memória Póstumas de Brás Cubas”! Aqui Rui Barbosa discursou. Poetas que foram iluminados pelas aragens friburguenses, como Casimiro de Abreu, Carlos Drummond de Andrade, Julio Salusse, dentre tantos.

No mês de setembro foi lançada a coletânea “Juntas & Diversas: Crônicas e Ensaios Sobre o Tempo”, pela editora In Media Res, em parceira com o Instituto Leituras, organizado por Márcia Lobosco. A coletânea reúne 11 crônicas e 6 ensaios. Li cuidadosamente os textos e cheguei à conclusão de que as autoras estão capacitadas para ganhar um espaço maior no âmbito da literatura. O tempo é um tema complexo e de delicada abordagem. Para começar, o conceito tempo foi criado pelo homem a partir da necessidade que sentiu, desde os tempos babilônicos, para se situar e se organizar. Mas o tempo, meu amigo, não existe.

É um conceito que pode receber várias abordagens, como a filosófica, a física, a psicológica. Inclusive a geológica. Cada área do conhecimento estuda o tempo a partir de um ponto de vista. As autoras da coletânea tiveram esmero e competência literária para criarem seus textos; cada uma escreveu o tema de um modo, ora partindo da própria experiência, ora buscando referências teóricas, ora relatando experiências de outros.

Quando acabei de ler, fiquei sensibilizada com as ideias apresentadas, principalmente as que se referiram aos parentes mais longevos, como a experiência que tiveram com o envelhecer, as relações de troca e a grandiosidade do afeto. Outras narrativas também me tocaram, como o sentir o próprio envelhecimento, a inexorabilidade da passagem do tempo. E o presente? Imprensado entre o passado e o futuro, o agora se torna passado com rapidez estonteante e fica imperceptível.

Os friburguenses estão cada dia mais ávidos para transpor para seus textos a profusão de suas ideias. E, posso dizer, escrever faz bem a quem escreve porque é uma libertação. É um bota-fora.

Salve os escritores Nova Friburgo!

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Ao cheiro e ao gosto do café

terça-feira, 08 de outubro de 2024

A vida é cheia de coincidências. Por que não será entre colunistas de jornal? Faz uns dias que senti uma emoção prazerosa ao fazer o café da manhã. Na maioria das vezes o faço de modo automático, quase de olhos fechados. Mas naquela manhã ensolarada, escutando os passarinhos e os cachorros da vizinhança a latir, senti uma sensação diferente. Parece que preparava algo para uma visita nobre e de cerimônia. Este alguém era eu. Talvez porque estivesse me sentido majestosa diante daquele dia, não mais do que uma data comum carregada de simplicidade.

A vida é cheia de coincidências. Por que não será entre colunistas de jornal? Faz uns dias que senti uma emoção prazerosa ao fazer o café da manhã. Na maioria das vezes o faço de modo automático, quase de olhos fechados. Mas naquela manhã ensolarada, escutando os passarinhos e os cachorros da vizinhança a latir, senti uma sensação diferente. Parece que preparava algo para uma visita nobre e de cerimônia. Este alguém era eu. Talvez porque estivesse me sentido majestosa diante daquele dia, não mais do que uma data comum carregada de simplicidade.

Depois que coloquei o café no filtro e medi a quantidade de água numa chaleira de ágata branca que uso exclusivamente para esta finalidade, comecei a derramar um filete de água sobre o pó e a mexer com uma pequena espátula de madeira que, também, apenas a uso no preparo do café. O cheiro forte do café foi adentrando em mim como um convidado de honra. A cada inspiração, o aroma entranhava nas minhas células que despertavam de uma noite de sono. Naqueles instantes, tudo parou; o mundo era apenas eu fazendo o café da manhã. A felicidade, então, com um jeito alegre, foi se chegando a cada mexida que dava no coador de café, fazendo com que a vontade de cantar se aproximasse improvisada. Uma fome atrevida se movimentou no meu estômago, querendo degustar aquele café com torradas e queijo fresco.

Para minha surpresa, antes de iniciar a construção deste texto, li a coluna “Escrevivendo” do meu amigo e colunista deste jornal, Robério José Canto, em que abordou o café da manhã sob outro ponto de vista. Logo pensei ser uma persistência repetir o tema. Assim, tomada de dúvidas, passei uma mensagem ao Robério e trocamos ideias a respeito. Mas ele, como sempre, me estimulou a escrevê-la. Então decidi ir em frente. Aprendi, nos tempos de universidade, que todos os temas possuem inúmeros pontos de vista a serem explorados. Eu vou explorar a ideia do prazer em fazê-lo e degustá-lo como um culto ou um ritual. Como um momento nobre que não tem hora nem lugar.

Fazer o café é o mesmo que preparar um brinde à vida. Sempre fumegante, é um modo de nos aquecer em todos os sentidos. Há momentos em que a gente precisa, quando sozinhos, saldar o instante e, quando acompanhados, compartilhá-lo. Já ouvi dizer que o melhor da festa é a preparação. Com o café acontece o mesmo, desde a escolha do pó. Ora pois sim, são tantas as qualidades a serem observadas que vão desde a pureza do pó e a credibilidade do fabricante, até a data de fabricação e embalagem preservada.

O café é um bom companheiro e um ótimo ouvinte daquele que sente necessidade de refletir sobre os fatos da vida. Ah, meu amigo leitor, já pensou nas situações que podem ser resolvidas ao cheiro e ao gosto do café? Além de ser um momento propício para trocar ideias e debater uma questão mais delicada. Melhor ainda é continuar uma conversa degustando o café, sentindo o seu gosto único tomar conta da boca, tornando aquele momento inesquecível. Como também o sabor do café pode amenizar os ânimos e ser um bom motivo para pausar o trabalho.

Robério gosta de tomar café com os amigos à tarde. O assunto literário sempre vem se enroscando nas conversas, desde livros, autores e situações vivenciadas. Assunto é que nunca falta, um vai puxando o outro sem deixar a hora passar. Aí, o café sempre confirma a proposição: a literatura faz amigos.

Gosto de escrever de manhã, tomando café. Parece que a rotina matinal me faz nascer ideias e facilita a fluidez narrativa. Tenho a impressão de que o café convida os personagens a sentarem ao meu lado e a se mostrarem. Faz com que os temas dancem com a fumaça que sai da xícara. É um momento cheio de magia.

Que tal, amigo leitor, vamos, num desses entardeceres, tomar café com broa de milho?

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terça-feira, 08 de outubro de 2024

Mais um festejo que o Caderno Z vem ressaltar: 4 de outubro – Dia Mundial da Natureza. Essa semana, íamos para o centro, de Uber, eu e minha neta, Júlia, 8 anos de esperteza. Sem que estivéssemos dissertando sobre algum assunto específico, Júlia, pergunta ao motorista: “Moço, você acha certo colocarem fogo nas matas e queimar os bichinhos?” – O rapaz respondeu que não acha certo e a pergunta rendeu pauta até o centro da cidade. Por isso mesmo, será pelas crianças que avançaremos na preservação dos ambientes naturais.

Mais um festejo que o Caderno Z vem ressaltar: 4 de outubro – Dia Mundial da Natureza. Essa semana, íamos para o centro, de Uber, eu e minha neta, Júlia, 8 anos de esperteza. Sem que estivéssemos dissertando sobre algum assunto específico, Júlia, pergunta ao motorista: “Moço, você acha certo colocarem fogo nas matas e queimar os bichinhos?” – O rapaz respondeu que não acha certo e a pergunta rendeu pauta até o centro da cidade. Por isso mesmo, será pelas crianças que avançaremos na preservação dos ambientes naturais. Um adulto que não passou pela educação ambiental na infância não assimilou, bem a fundo, a necessidade de cuidar da natureza.

Em “A dramática situação no Pantanal”, a matéria trata dos estragados dos incêndios, pois, “a área arrasada pelo fogo se aproxima dos 2 milhões de hectares só no Mato Grosso do Sul”. É de se sentir as dores e o “sinal mais claro do sofrimento dos bichos, na maioria das vezes, é percebido nas patas queimadas pelo chão quente”. Especialistas definem a situação caótica. O biólogo Wener Hugo Arruda Moreno alerta: “O Pantanal não é para amadores. É preciso conhecer bem a área, saber como se formam os corredores de propagação do fogo. O fogo é assustador. A velocidade com que ele avança e o tamanho da área atingida são impressionantes...”. 

De acordo com Mariana Napolitano, diretora de Estratégia do WWF-Brasil, “a destruição da Amazônia está muito próxima do ponto de não-retorno – o limite calculado pela ciência a partir do qual a floresta amazônica não consegue mais se sustentar e se transforma em um ecossistema  mais pobre, seco e degradado”. Daniel Silva, especialista do WWF-Brasil, alerta: “o fortalecimento de medidas de comandos e controle precisa continuar, os órgãos de fiscalização bem como os povos originários  que preservam a floresta, precisam ser valorizados e apoiados. Quanto mais destruirmos a natureza, menos chuva  e rios abundantes teremos...”. Menos qualidade de vida!

Outro fato que preocupa é a manutenção de animais silvestres em cativeiro doméstico. É preciso que haja uma conscientização de que esses animais, por mais que possam ser bem tratados e até amados, o ambiente doméstico não reproduz o habitat adequado para que eles possam ter vida plena, diferente de cães e gatos que fazem parte do cotidiano humano. O conselho é geral: “Se você está pensando em ter um animal de estimação, não compre animal silvestre. Adote um cão ou um gato e salve um animal do abandono...”. Há milhões deles vivendo nas ruas!

A edição de fim de semana do Jornal A VOZ DA SERRA fez ampla cobertura sobre as Eleições 2024, dando ao leitor informações sobre locais de votação, interdição de ruas do Centro e até o clima divulgado. Um guia perfeito para o leitor se manter por dentro do processo eleitoral. A gratuidade dos ônibus, também foi explicada, cujo benefício é garantido por decisão da Justiça Eleitoral, “amparada pela lei federal 6.071/1974 e na resolução 23.736/2024 do Tribunal Superior Eleitoral”. Mesmo assim, ainda presenciei muita gente nos pontos de ônibus achando ser uma decisão apenas local.

A VOZ DA SERRA também deu as dicas de como consultar e sacar valores a receber na matéria  “Dinheiro esquecido”. Vale consultar e seguir o passo a passo. E falando em dinheiro, em “Sociais”, Valcir Ferreira é todo alegria na foto, passando o cheque simbólico no valor R$ 3.110 ao Lar Abrigo Amor a Jesus. O valor foi arrecadado no show em que o artista/sambista festejou 40 anos de carreira musical. O evento, no Teatro Municipal Laercio Rangel Ventura, foi mesmo um sucesso. Parabéns, Valcir! Brilhando também na coluna, estamos eu e Janaina, sobrinha de Henrique Pinheiro. Ela festejando aniversário no dia 6 e eu no dia 7. De minha parte, muito grata pela lembrança. Estou honrada com tamanho apreço.

Quando a nossa coluna for publicada, já teremos os eleitos e eleitas de 2024. Que todos juntos sejam pelo bem de Nova Friburgo, porque a política não tem outra finalidade, a não ser a de trazer melhorias para o bem comum. 

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No zero

terça-feira, 08 de outubro de 2024

Friburguense e Serrano empatamo clássico sem gols no Eduardo Guinle

Foi um típico jogo de clássico. Muita marcação, vontade de ambos os lados, algumas chances – a maioria não tão clara – e, no final das contas, as redes não balançaram no estádio Eduardo Guinle. O clássico entre Friburguense e Serrano foi realizado no sábado, 05 de outubro, em Nova Friburgo, e terminou com o placar zerado. Os torcedores que compareceram reconheceram o esforço dos jogadores, e aplaudiram a entrega da equipe após o apito final.

Friburguense e Serrano empatamo clássico sem gols no Eduardo Guinle

Foi um típico jogo de clássico. Muita marcação, vontade de ambos os lados, algumas chances – a maioria não tão clara – e, no final das contas, as redes não balançaram no estádio Eduardo Guinle. O clássico entre Friburguense e Serrano foi realizado no sábado, 05 de outubro, em Nova Friburgo, e terminou com o placar zerado. Os torcedores que compareceram reconheceram o esforço dos jogadores, e aplaudiram a entrega da equipe após o apito final.

Com o resultado, o Tricolor da Serra cai para a quinta colocação da Taça Corcovado, com quatro pontos conquistados. Porém, a distância para o líder Paduano é de apenas dois, reforçando o cenário de equilíbrio que se projeta para a competição. Ou seja, mesmo atualmente fora da zona de classificação para as semifinais – entre os quatro primeiros -, o time comandado por Gerson Andreotti pode, já na próxima rodada, pular para a liderança.

Em busca exatamente deste objetivo, o Friburguense terá toda esta semana de preparação até o próximo desafio, pela quarta rodada da Série B1. No sábado, 12, o time

de Nova Friburgo viaja para enfrentar o tradicional  São Cristóvão, às 15h, no estádio Ronaldo Nazário.

 

Demais jogos

Ainda pela terceira rodada da 3ª divisão estadual, destaque para o Paduano, que assumiu a liderança da Série B1 Estadual ao bater o Artsul, por 1 a 0, na tarde da última sexta-feira, 04, no Nivaldo Pereira, em Austin. Lyniker marcou o gol do Trovão Azul, que chegou aos seis pontos, na ponta da competição, ultrapassando o Tricolor da Dutra, agora, vice-líder, com 4.

No outro jogo da tarde, Belford Roxo e Pérolas Negras empataram em 1 a 1, no Nélio Gomes. Com o resultado, o time da Baixada tem três pontos, na sexta posição, enquanto a equipe do Sul Fluminense segue no G4, com 4. No sábado, 05, São Gonçalo e Nova Cidade também ficaram no empate, pelo mesmo placar, 1 a 1.

 

A tabela do Frizão:

Friburguense 0x1 Pérolas Negras, Eduardo Guinle

Paduano 0x1 Friburguense, Antônio de Medeiros

Friburguense 0x0 Serrano, Eduardo Guinle

12/out, sáb, 15h: São Cristóvão x Friburguense, Ronaldo Nazário

26/out, sáb, 15h: Friburguense x Artsul, Eduardo Guinle

02/nov, sáb, 15h: Belford Roxo x Friburguense, Nélio Gomes

06/nov, qua, 15h: - Friburguense x São Gonçalo, Eduardo Guinle

09/nov, sáb, 15h: - Nova Cidade x Friburguense, Joaquim Flores

  • Foto da galeria

    Frizão treina durante toda esta semana e se prepara para enfrentar o São Cristóvão (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

  • Foto da galeria

    Time de Gerson Andreotti segue na briga pelas primeiras posições, em campeonato marcado pelo equilíbrio (Foto: Divulgação Vinícius Gastin)

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