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O precioso legado de Elviro Martignoni

quinta-feira, 05 de março de 2020

Cerca de 3,8 milhões de imigrantes europeus entraram no Brasil entre os anos de 1887 e 1930. Os italianos formavam o grupo mais numeroso, vindo a seguir os portugueses e os espanhóis. Imigrou para Nova Friburgo no final do século 19, a família Martignoni e nos parece ter sido um dos primeiros imigrantes italianos a chegar à vila serrana. No ano de 1870, Elviro Ernesto Martignoni embarcou com o seu pai e o tio no porto de Gênova, na Itália e desembarcaram no porto do Rio de Janeiro em 2 de agosto daquele ano.

Cerca de 3,8 milhões de imigrantes europeus entraram no Brasil entre os anos de 1887 e 1930. Os italianos formavam o grupo mais numeroso, vindo a seguir os portugueses e os espanhóis. Imigrou para Nova Friburgo no final do século 19, a família Martignoni e nos parece ter sido um dos primeiros imigrantes italianos a chegar à vila serrana. No ano de 1870, Elviro Ernesto Martignoni embarcou com o seu pai e o tio no porto de Gênova, na Itália e desembarcaram no porto do Rio de Janeiro em 2 de agosto daquele ano.

Elviro Martignoni estava prestes a fazer 16 anos de idade quando chegou à Vila de Nova Friburgo. Com 1,72 metros de altura, cabelos castanhos lisos, olhos azuis esverdeados e usando sempre cavanhaque e bigode, o belo italiano se casou aos 19 anos com Balbina Roza dos Santos, filha de imigrantes portugueses, tendo o casal 13 filhos. Elviro Martignoni fez uma viagem para a Europa por motivos pessoais e aproveitou a oportunidade para aperfeiçoar os seus conhecimentos em técnicas de pintura na cidade de Menton, no sul da França.

Em Nova Friburgo realizou pinturas no Teatro Victor Hugo que pertencia a Sociedade Musical Campesina e administrado por seu concunhado Fioravanti Andre Martinoya. Esse teatro foi vendido ao fazendeiro Manoel Amâncio de Souza Jordão, de Sumidouro, que passou a ser chamado de Teatro Dona Eugênia servindo a inúmeras companhias de ópera italiana que se apresentavam em Nova Friburgo.

Antônio Clemente Pinto, conde de São Clemente e seu irmão Bernardo Clemente Pinto Sobrinho, conde de Nova Friburgo, perceberam a genialidade artística de Elviro Martignoni. Contrataram esse artista para pintar afrescos e quadros em suas residências. Martignoni trabalhou no palacete da família no Rio de Janeiro executando pinturas no teto na sala de banquetes, como “Diana, a caçadora”. Esse palacete posteriormente serviu de residência da presidência da República, conhecido como Palácio do Catete, e hoje abriga o Museu da República.

Em Nova Friburgo, na residência dos referidos condes, no solar da família no centro da cidade, pintou afrescos nas paredes, corredores, sala de recepção e cinco quadros de paisagens para a sala de jantar. Nos quadros retratou a cascata Pinel, a estrada da Castalha, subida de tropeiros na serra, a Fazenda São Lourenço e a Fazenda do Cônego. Esse prédio hoje pertence e abriga a Fundação Dom João VI.  Na chácara do chalet, hoje Nova Friburgo Country Clube, Elviro Martignoni executou pinturas como “Apolo e sua carruagem”, “Cupido com a tocha” e “As estações”.  Na casa de caça dos condes e atual Sanatório Naval de Nova Friburgo existem afrescos assinados por Martignoni. Tudo indica que Elias Antônio de Moraes, o segundo Barão das Duas Barras igualmente fez uso de seu trabalho.

Os afrescos de Martignoni no palacete do barão em Nova Friburgo estariam encobertos sob camadas de tinta. Esse prédio foi doado pela prefeitura para a Universidade Federal Fluminense. A construção da Catedral São João Batista teve início em 1851, e a obra finalizada em 1869, quase 20 anos após o início de sua construção. Na restauração realizada há alguns anos uma grande surpresa: o restaurador abrindo uma janela arqueológica, ao retirar com o bisturi diversas camadas de pinturas sobrepostas descobriu no presbitério uma pintura de Martignoni, em estilo neoclássico e eclético. Esse artista pintou e decorou igualmente outras igrejas no Rio de Janeiro.

Há indícios que Martignoni realizou diversas pinturas em residências em Nova Friburgo e em algumas casas de fazendas na região serrana. Muitas dessas pinturas foram feitas com ajuda de seu tio Giovanni Martignoni e posteriormente de seu filho Alberto Martignoni. A confecção e a pintura da bandeira da Campesina, guardada no centro de memória dessa sociedade musical são também de sua autoria.

Martignoni foi o idealizador e um dos fundadores no ano de 1894, da Sociedade União Beneficente e Humanitária dos Operários de Nova Friburgo. A SUBHO objetivava estimular a filantropia oferecendo amparo e seguridade aos trabalhadores que não tinham outro benefício além de seus salários. Em uma visita do presidente da República Getúlio Vargas a Nova Friburgo, em 1943, foi entregue uma cópia do estatuto dessa sociedade. Tudo indica que o bem elaborado estatuto da SUBHO pode ter sido aproveitado pelo presidente Getúlio Vargas na elaboração do estatuto da Previdência Social.

Elviro Ernesto Martignoni faleceu em 15 de novembro de 1929, aos 75 anos de idade em sua residência na Rua Padre Roberto Sabóia de Medeiros, 24, no Paissandu, onde morou a vida toda.  

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    Elviro Martignoni chegou a Nova Friburgo em 1870

  • Foto da galeria

    João Ângelo Martignoni Teixeira, bisneto de Martignoni

  • Foto da galeria

    Pintura de Martignoni, na chácara do chalet, no Country Club

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O que você quer no casamento?

quinta-feira, 05 de março de 2020

Casamento é uma união de duas pessoas diferentes. Diferentes não só quanto ao gênero masculino e feminino, mas em relação à muitas outras coisas. A diferença entre o cérebro masculino e feminino é real. A mulher tende a usar a lógica com afetividade, enquanto que o homem usa a lógica com racionalidade. Por exemplo, a mulher abre a porta do guarda-roupas e se depara com mais de 20 vestidos, 30 saias, 35 blusas, 25 pares de sapatos (fora as sandálias) e diz ao marido: “Não tenho nada para vestir hoje!” Ela não diz isso usando lógica racional, mas emocional.

Casamento é uma união de duas pessoas diferentes. Diferentes não só quanto ao gênero masculino e feminino, mas em relação à muitas outras coisas. A diferença entre o cérebro masculino e feminino é real. A mulher tende a usar a lógica com afetividade, enquanto que o homem usa a lógica com racionalidade. Por exemplo, a mulher abre a porta do guarda-roupas e se depara com mais de 20 vestidos, 30 saias, 35 blusas, 25 pares de sapatos (fora as sandálias) e diz ao marido: “Não tenho nada para vestir hoje!” Ela não diz isso usando lógica racional, mas emocional. Nesta frase dela existe um pedido oculto ao marido, que pode ser: “Me ajude a escolher?”

Outra diferença entre homem e mulher tem que ver com a imagem espacial. Geralmente mulheres dirigem veículos com muito mais cautela do que nós homens. Mas quando uma mulher para o carro numa esquina ou cruzamento para ver se pode seguir, a tendência é parar muito atrás, o que pode dificultar a visão dela sobre o tráfego na rua que ela quer entrar, ou parar muito na frente, o que pode atrapalhar os carros que passam ali na frente do carro dela. Ou quando está num supermercado e olha para as prateleiras à sua frente na procura de, por exemplo, certa marca de macarrão, a mulher diz: “Não tem a marca que eu quero!”. Mas tem sim, é porque está um pouco mais abaixo, ou mais à direita ou mais para a esquerda.  Isto não tem nada que ver com inteligência.

Outra coisa, a mulher em geral usa a linguagem como forma de ligação com as pessoas. É como se para fazer e manter o contato social teria que estar falando o tempo todo. Por isso, num casamento, quando uma esposa inteligente fica falando com seu marido sobre um assunto, tipo, onde passar as férias, ela comenta, levanta perguntas, fala de dúvidas, e o papel do marido é mais ouvir do que ter mesmo que dar as respostas das perguntas que ela mesma levantou, porque muitas vezes ela já sabe as respostas, mas faz perguntas do ponto de vista emocional e não racional, não para serem necessariamente respondidas pelo companheiro, mas para que ele fique ali com ela naquele “diálogo”.

Um dia a jornalista Ana Paula Padrão cobria as olimpíadas no exterior. Em certo momento, estando ao vivo, ela olhou para a paisagem local e exclamou mais ou menos assim: “Que lugar romântico!”. Se fosse um jornalista homem, mesmo sendo um indivíduo afetivo, dificilmente ele diria isso. Talvez iria dizer: “Que local lindo!”.

Mas agora vem uma pergunta para o homem e para a mulher sobre casamento. O que o homem quer no casamento? Ele quer o status do casamento ou a esposa? E o que a mulher quer no casamento? Ela quer o romance ou o esposo?

Muitos homens casados podem ficar mais ligados na ideia do que o casamento oferece para ele (comida, arrumação da casa, alguém para cuidar dos filhos, sexo) do que na pessoa da sua companheira. E mulheres casadas podem ficar mais ligadas na ideia do romance do que no fato de que ali na frente dela, convivendo sob um mesmo teto, existe uma pessoa, o marido.

Que problemas isto pode causar? No caso dos maridos, eles podem ficar fissurados na mulher como objeto de satisfação sexual, podem esperar que sua esposa seja boa “dona de casa” e faça os “serviços de casa”, sem valorizá-la como pessoa, como indivíduo. No caso das esposas, elas podem ficar obsessivas com querer romance e atenção, e podem não valorizar aquele homem, aquele indivíduo ali convivendo com ela.

É como se o sexo ou o desejo da “dona de casa” para o homem, por um lado, e a fissura da mulher por romance, por outro lado, fossem uma droga viciante, algo que sem o qual a pessoa pode ter “síndrome de abstinência”. Ou seja, ficar irritada, impaciente, nervoso, rabugento, ansiosa, ou triste, insone, frustrado e até agressiva ou agressivo.

O que é mais importante num casamento, o status de casado e o sexo ou a companheira? O romance idealizado ou o companheiro?

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Botafogo perde Valdir Espinosa, seu grande comandante de 1989

quinta-feira, 05 de março de 2020

A semana que passou foi de tristeza para a torcida do Botafogo, pega de surpresa com a morte de Valdir Espinosa, no último dia 27. Ele foi o grande comandante do título de campeão carioca de 1989, colocando fim a um jejum de 21 anos, com o grito de “É campeão” entalado na garganta do torcedor botafoguense. E, no último domingo, 1º, antes do jogo Botafogo e Boa Vista, no estádio Nilton Santos, vimos uma cena emocionante: o minuto de silêncio, em sua homenagem, foi total, capaz de se ouvir um mosquito voando.

A semana que passou foi de tristeza para a torcida do Botafogo, pega de surpresa com a morte de Valdir Espinosa, no último dia 27. Ele foi o grande comandante do título de campeão carioca de 1989, colocando fim a um jejum de 21 anos, com o grito de “É campeão” entalado na garganta do torcedor botafoguense. E, no último domingo, 1º, antes do jogo Botafogo e Boa Vista, no estádio Nilton Santos, vimos uma cena emocionante: o minuto de silêncio, em sua homenagem, foi total, capaz de se ouvir um mosquito voando. E vejam bem, o saudoso Nelson Rodrigues já dizia que no Brasil, até o minuto de silêncio é passível de vaias.

Sua última passagem pelo glorioso foi breve, pois seu contrato como gerente de futebol durou pouco mais de dois meses; mesmo assim, ele foi responsável pela chegada do atual treinador, Paulo Autuori, campeão brasileiro com o Botafogo, em 1995. Nele a torcida deposita a confiança de que dias melhores virão, nesse 2020.

Conheci Espinosa, aqui em Friburgo, em junho de 1989, quando a delegação do Botafogo veio se preparar para o segundo jogo, contra o Flamengo, que indicaria o campeão, já que o primeiro jogo tinha sido 0 a 0 e o rubro negro jogaria pelo empate. Nessa época, eu trabalhava no Sesi e como a concentração era no antigo hotel Olifas, fui até lá e conversei com ele, dizendo que nós tínhamos, já naquela época, um serviço radiológico e um laboratório de qualidade e que a delegação poderia usar em caso de necessidade. Isso foi numa segunda-feira e no dia seguinte, eu e o saudoso dr. Chevrand estivemos com ele, no Friburguense que tinha colocado suas instalações à disposição do Botafogo.

Muito educado, bom de papo, querido e respeitado pelos jogadores, Espinosa me passou a convicção de que nosso jejum terminaria naquela noite de 21 de junho de 1989. Ainda brinquei com Chevrand, dizendo que ele deveria reforçar seu estoque de fogos. Aliás, essa era uma característica dele, que soltava rojões sempre que o glorioso marcava um gol ou que o Flamengo sofria um gol. Maurício, nosso ponta direita estava na banheira térmica, tentando se recuperar de uma contusão e com febre, consequência de uma gripe. A preocupação era grande, pois nosso ponteiro era uma figura de peso naquela equipe.

Numa quarta feira à noite, no vestiário do Maracanã, Maurício disse para Valdir Espinosa que não tinha condições de entrar em campo. E aí entrou o dedo do grande comandante ao dizer que havia sonhado com a vitória e que o gol tinha sido dele. Maurício foi para o jogo e ao final de primeiro tempo, com um terrível placar de 0 a 0, ele disse que não voltaria para o segundo tempo. Aí, Espinosa reforçou que ele deveria voltar e seria substituído aos 20 minutos de jogo. Precisamente, aos 12 do segundo tempo, Mazolinha recebeu um passe na lateral esquerda, próximo da grande área e cruzou em direção de Maurício que só teve o trabalho de empurrar a bola para o fundo das redes. Era o gol do tão sonhado título, que lavou a alma dos botafoguenses. Faltavam poucos segundos para o jogo terminar e os repórteres já o cumprimentavam pelo título, quando ele olhou para o placar luminoso e disse: só comemorarei quando aparecer a frase “É campeão”. E assim foi feito.

Terminado o jogo Maurício disse para Espinosa que o sonho do treinador tinha se realizado, e recebeu como resposta que não tinha havido sonho nenhum, pois ele estava tão nervoso, que passara a noite em claro. Mas, ali nascia a paixão de Valdir Espinosa pelo time da estrela solitária e sua volta, 31 anos depois para encerrar sua carreira, agora como gerente de futebol do Botafogo.

Seu velório ocorreu no salão nobre, da sede de General Severiano, onde ele recebeu as últimas homenagens de dirigentes, antigos comandados, jogadores do elenco atual e da apaixonada torcida botafoguense que sempre o teve na mais alta estima.

Descanse em paz, nosso grande comandante. A homenagem prestada pelos torcedores no último domingo, 1º, foi algo de emocionar, de arrepiar.

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Areia movediça

quarta-feira, 04 de março de 2020

Para pensar:
“A adversidade é um espelho que reflete o verdadeiro eu.” Provérbio chinês

Para refletir:
“A vida é como um tapete. A cor e o tecido já vêm prontos, mas é você quem vai tecê-lo.” Provérbio árabe

Areia movediça

A sete meses da eleição que definirá a gestão municipal pelos próximos quatro anos, o cenário eleitoral friburguense ainda parece se apoiar sobre areias movediças.

O que estava cristalizado ontem já mudou para hoje, e o amanhã a Deus pertence.

Para pensar:
“A adversidade é um espelho que reflete o verdadeiro eu.” Provérbio chinês

Para refletir:
“A vida é como um tapete. A cor e o tecido já vêm prontos, mas é você quem vai tecê-lo.” Provérbio árabe

Areia movediça

A sete meses da eleição que definirá a gestão municipal pelos próximos quatro anos, o cenário eleitoral friburguense ainda parece se apoiar sobre areias movediças.

O que estava cristalizado ontem já mudou para hoje, e o amanhã a Deus pertence.

Ao que parece existem muitos grupos com pretensões reais de concorrer, mas todos sentem que, até o momento, o número de candidaturas parece excessivo, e por vezes pouco representativo.

Noutras palavras, existem vários pré-candidatos disputando as mesmas fatias do eleitorado.

Costuras

A experiência mostra que essa é uma boa receita para o fracasso eleitoral conjunto, de tal forma que muitos destes grupos com afinidades ideológicas estão conversando, tentando valorizar os próprios passes, eventualmente medindo forças para ver quem conseguiria encabeçar uma eventual chapa conjunta.

Faz parte do jogo, e não foi nada inventado agora.

Pretensões reais

Dito isso, a comparação com pleitos anteriores reforça a impressão de que as disposições são muito mais sérias desta vez do que no passado recente.

Ainda que algumas destas pré-candidaturas não venham a se cristalizar no frigir dos ovos - e certamente algumas não vão mesmo -, ninguém parece estar blefando não.

Jogo de xadrez

A coluna pode dar um exemplo.

Pouco antes das férias apontamos aqui que uma chapa deveria se formar a partir dos nomes de Alexandre Cruz, Roosevelt Concy e Juvenal Condack, representando um grupo integrado ainda por quadros como Rogério Cabral, Marcio Damazio, Comte Bittencourt, José Rezende e Júlio Cordeiro.

Pois bem, isso mudou um pouco desde então.

Movimentações

De fato, a construção de uma chapa unindo Alexandre Cruz e Roosevelt Concy parece bem amadurecida.

No entanto, em movimentação recente o ex-secretário municipal de Finanças, Juvenal Condack, aproximou-se do PSD e parece ser agora nome forte para uma possível pré-candidatura da sigla, que recentemente passou a abrigar o vereador Nami Nassif.

Em termos de composição, a possibilidade aparentemente mais natural a este grupo seria com o Podemos, que recentemente anunciou a pré-candidatura de Adriano Pequeno.

Mas, até o momento, não existe nada além de um exercício interpretativo nessa avaliação.

Legislativo sustentável

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vai realizar no próximo dia 12, das 10h às 12h, um evento de adesão dos municípios fluminenses à Rede Nacional Legislativo Sustentável.

O objetivo do encontro é reiterar a importância da troca de experiências de implementação da agenda de sustentabilidade no Legislativo, a fim de tornar o Rio de Janeiro o primeiro estado a aderir integralmente ao projeto, que é liderado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados.

Adesão importante 

“A ideia é estabelecer um espaço e ferramentas para troca de experiências e capacitação em torno da sustentabilidade. Na prática estamos falando sobre a otimização no uso de recursos como água, energia e papel que vão gerar mais economia, e permitir a destinação correta dos resíduos sólidos”, explica o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano.

A coluna registra o evento como forma de enfatizar a importância de que nossa Câmara tome parte no evento, a fim de que possa trocar experiências e tomar parte, por exemplo, em compras coletivas, dando continuidade às medidas de austeridade que têm sido implementadas há alguns anos.

Gratidão

Pouco depois da coluna ter narrado uma séria ocorrência de trânsito próxima ao Hotel Bucsky, quando um caminhão seguia rumo ao Centro em alta velocidade e foi surpreendido após uma curva cega por uma grande fila de veículos que aguardavam liberação pelo novo semáforo instalado naquela altura da RJ-116, o trecho recebeu placas informativas a respeito da possibilidade de trânsito parado no local.

Pode melhorar

A coluna não sabe dizer se foi em resposta ao depoimento do leitor que publicamos por aqui, e ainda acredita que a medida não seja suficiente para garantir satisfatoriamente a segurança de quem para e respeita a luz vermelha.

Mas faz questão de agradecer aos responsáveis pelo esforço, muito necessário e pertinente.

Filme e debate

O Sinpro e o Sepe estão lançando um cineclube em Nova Friburgo, e a primeira sessão está marcada para o próximo sábado, 7, às 17h, no auditório do Sindicato dos Bancários.

Na ocasião será exibido o filme “Torre das Donzelas”, e a diretora Susanna Lira é esperada para debater o filme com os presentes.

Referência

No finalzinho de fevereiro a friburguense Ilona Szabó publicou um artigo na BBC Brasil a respeito de temas como queda dos homicídios, politização da polícia, Ministério da Segurança Pública e outras questões relacionadas a políticas de segurança pública.

“Importante entender a centralidade e as relações desses temas para a defesa da democracia”, argumentou.

A quem se interessa pelo assunto, a coluna recomenda a leitura.

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Já é Páscoa?

quarta-feira, 04 de março de 2020

Mal acabou o carnaval e as lojas de departamento, bomboniéres e supermercados já estão se preparando e enfeitando os espaços para a Páscoa. Os ovos de chocolate já estão em exposição para deleite dos pequenos e desespero dos adultos, ainda que os preços tendam a estar mais acessíveis neste ano.

Preços menores

Mal acabou o carnaval e as lojas de departamento, bomboniéres e supermercados já estão se preparando e enfeitando os espaços para a Páscoa. Os ovos de chocolate já estão em exposição para deleite dos pequenos e desespero dos adultos, ainda que os preços tendam a estar mais acessíveis neste ano.

Preços menores

A indústria do chocolate admite uma mudança no perfil dos consumidores desde 2016. As pessoas começaram a definir valores para os produtos da Páscoa e as empresas entenderam a necessidade de investir em opções mais acessíveis. As gigantes do ramo estão com opções que partem de R$ 2,49 e uma média de R$ 40 para as novidades.

Surpresa

Dentre as novidades para essa Páscoa está um ovo zero açúcar, zero lactose e zero glúten. Para as meninas, a maior novidade é o ovo de Páscoa das bonecas L.O.L. Para os meninos, os super-heróis continuam em alta, além de uma linha de dinossauros e Star Wars.

Grana curta

A associação da indústria do chocolate e seus derivados estima um volume 2,3% acima das vendas registradas na Páscoa de 2019. Estudo prevê que o valor médio gasto pelos consumidores com produtos como ovos de chocolate, chocolates em barra e derivados, além de itens da ceia, como peixes e bacalhau, deve girar na casa dos R$ 135.

Páscoa gourmet

Em crescimento visível estão os ovos caseiros. Em Nova Friburgo, muitas famílias já se planejam para essa produção que vai de ovo de colher a outras opções gourmet. Como são livres de aditivos que ampliam a sua validade, as vendas geralmente são feitas por encomenda e mais próxima da Páscoa. 

Logo ali

Neste ano, o Domingo de Páscoa será no dia 12 de abril. Aliás, se março é um mês sem feriados, abril conta com três e praticamente seguidos. Os feriados nacionais da sexta-feira da Paixão de Cristo, dia 10; Tiradentes, dia 21 e o feriado estadual de São Jorge, dia 23. Logo em seguida há outro feriado, dia do trabalhador (1º de maio).

Feriadões

Mais do que a sequência de feriados estão os feriadões. Serão praticamente três: dia 10 de abril, uma sexta-feira, como já é tradição. O dia 21 cairá numa terça, o que deve levar alguns a emendar para frente ou para trás, já que o dia 23 cairá numa quinta. O dia 1º também é feriadão, cai numa sexta-feira.

Tiradentes e São Jorge

Patrões e empregados, especialmente de confecções e fábricas podem fazer acordos para o feriado do dia 21, possivelmente enforcando a segunda 20, em troca do feriado do dia 23, da quinta. Bom para todos, na verdade. Vai da conversa de cada um.   

Últimos dias de verão

“São as águas de março levando o verão” – diz a música. “Que verão?” – pergunta o friburguense. O verão acaba no dia 20 deste mês. Foram três meses de muitas chuvas e até frio. Pelo menos essa antepenúltima semana da estação mais quente (?) do ano está terminando como foi na maior parte do tempo, com chuva e frio. Sinais das mudanças climáticas.

Copa Rio

Com um objetivo traçado que é voltar a disputar a Série D do Brasileiro, o Friburguense está de olho mesmo na Copa Rio – competição mata-mata – que começa em julho. Por ter sido campeão da segundona 2019, o Friburguense estreia direto na 2ª fase (oitavas de final).

Tabela boa

Outra vantagem é que o Tricolor da Serra não enfrentará um time da primeira divisão de cara. No sorteio, o Friburguense ficará no pote com seis times da elite (Bangu, Volta Redonda, Cabofriense, Boavista, Resende e Madureira) mais o campeão da terceirona (Rio-São Paulo). Ou seja, nenhum desses será o adversário de estreia do Friburguense.

Caminho curto

O caminho para a Série D do Brasileiro pela Copa Rio é o mais curto. São apenas quatro adversários ou oito jogos para alcançar esse objetivo. Enquanto pelo Estadual, o time tem que ter uma das duas melhores campanhas entre os times da fase principal do Estadual que não estejam na Série A, B ou C do Brasileirão. No caso, exceto apenas os quatro grandes e o Volta Redonda.    

Palavreando

“O velho tempo acompanha o novo e o que sou é resultado do que fui e vivi. Vivi a mágica de se entender pelo olhar, da beleza que é ser amado. E amei como amo, porque o amor realmente é para sempre, independente do que o tempo separa para unir depois”.

 

 

 

 

Foto da galeria
Projeto de divulgar Nova Friburgo pelo Instagram, o perfil Quadradro e Cuadrado, idealizado pelo professor Marcone, tem feito sucesso. São fotos lindíssimas em quadrado de muitas paisagens e olhares desconhecidos da maioria dos friburguenses. Este é um dos belos registros do Sítio Manoel do Queijo, na Fazenda da Laje
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Problemas e soluções japonesas

quarta-feira, 04 de março de 2020

Não é à toa que eles têm aqueles olhinhos fechados de quem está sempre olhando além das aparências

Não é à toa que eles têm aqueles olhinhos fechados de quem está sempre olhando além das aparências

Se você é cronista e está sem assunto, volte-se para o Japão, cuja cultura é tão diferente da nossa que frequentemente nos surpreende. Em geral, para nos deixar humilhados com a superioridade deles, que não falam alto em público, caminham sobre calçadas que brilham de tão limpas e constroem um hospital em dez dias. O mais espantoso de tudo é que falam o idioma japonês desde criança, coisa que marmanjo brasileiro nem se atreve a tentar e ainda acha que gueixa é um tipo de fruta, haicai é uma luta marcial e samurai é nome de um poeta.

Eu já contei para vocês a história das velhinhas viúvas e solitárias que roubavam descarada e repetidamente nas lojas, até que a justiça, cansada de repreendê-las, manda prendê-las. Era tudo que elas queriam. Na prisão elas têm boa alimentação, um quarto confortável, atendimento médico permanente e muita companhia, que era o que mais lhes faltava lá fora. Difícil é convencer as velhinhas que a pena delas já terminou e elas têm que sair. Liberdade é muito bom, mas não se compara a uma prisão cinco estrelas.

Mas nisso não precisamos invejar os nipônicos, que nossas cadeias também são um luxo, contanto que o condenado seja rico, famoso, ou poderoso. Se for as três coisas juntas, aí então é que estar preso é um repouso glorioso e uma glória repousante. Agora mesmo está circulando nas redes sociais o vídeo de um ex-governador fluminense que, condenado por corrupção, ficou uns mesezinhos na cadeia e logo mereceu desfrutar do regime semiaberto. Ou seja, trabalhar de dia e voltar para a cela à noite. Pois no vídeo, Sua Ex-Excelência está curtindo um belo churrasco com os amigos em plena luz do dia. Bem, talvez ele seja churrasqueiro e estivesse trabalhando.

Também já lhes contei que, nos tempos idos, quando um cidadão japonês fazia cem anos, recebia do governo uma taça de prata. Mas cresceu tanto o número de centenários, tanto são os japoneses e japonesas que insistem em continuar respirando depois dos cem, que o governo reduziu o brinde a uma miniatura. Sem essa providência, a mania nipônica de nunca morrer acabaria levando a economia do país à falência, tantas eram as taças a serem distribuídas.

Pois bem, foi justamente o envelhecimento da população da Terra do Sol Nascente que me chamou a atenção. Ou, mais propriamente, os planos do governo para atenuar essa situação. Com um terço da população em idade avançada, a perspectiva é que dentro de poucos anos o número de idosos seja tão grande que não haverá bastante gente em condições de tocar a economia do país e, dentre outros desafios, sustentar os velhinhos. A permanecerem os japoneses tão ineficientes no campo reprodutivo (logo eles, que são tanto eficientes no campo produtivo), o Japão continuará perdendo nada menos que um milhão de habitantes por ano. Verdade que japonês vive muito, mas também morre, ainda que seja depois dos cem.

Pois aí é que entra a criatividade japonesa. Não é à toa que eles têm aqueles olhinhos fechados de quem está sempre olhando além das aparências. A solução, meus amigos, os brasileiros conhecem bem. É, dito de uma maneira pouco poética, fazer filhos. As autoridades daquele país promovem excursões para moças e rapazes viajarem juntos, criaram o Centro de Suporte ao Casamento e um aplicativo na internet que significa algo como “procura-se um parceiro”. Enfim, o governo quer que os jovens se casem e se multipliquem, e para isso está fazendo a sua parte. O resto compete aos jovens, que precisam parar de estudar e trabalhar até altas horas da noite e ir para o quarto cumprir o dever patriótico de rejuvenescer a população do país.

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Ajudamos sempre

quarta-feira, 04 de março de 2020

“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29.)

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

“E quem é o meu próximo?” – (Lucas, 10:29.)

O próximo a quem precisamos prestar imediata assistência é sempre a pessoa que se encontra mais perto de nós.

Em suma, é, por todos os modos, a criatura que se avizinha de nossos passos. E como a Lei Divina recomenda amemos o próximo como a nós mesmos, preparemo-nos para ajudar, infinitamente...

Se temos pela frente um familiar, auxiliemo-lo com a nossa cooperação ativa.

Se somos defrontados por um superior hierárquico, exercitemos o respeito e a boa vontade.

Se um subordinado nos procura, ajudemo-lo com atenção e carinho.

Se um malfeitor nos visita, pratiquemos a fraternidade, tentando, sem afetação, abrir-lhe rumos novos na direção do bem.

Se o doente nos pede socorro, compadeçamo-nos de sua posição, qualquer que ela seja.

Se o bom se socorre de nossa palavra, estimulemo-lo a que se faça melhor.

Se o mau nos busca a influência, amparemo-lo, sem alarde, para que se corrija.

Se há cristianismo em nossa consciência, o cultivo sistemático da compreensão e da bondade tem força de lei em nossos destinos.

Um cristão sem atividade no bem é um doente de mau aspecto, pesando na economia da coletividade.

No Evangelho, a posição neutra significa menor esforço.

Com Jesus, de perto, agindo intensivamente junto dele; ou com Jesus, de longe, retardando o avanço da luz. E sabemos que o Divino Mestre amou e amparou, lutou em favor da luz e resistiu à sombra, até à cruz.

Diante, pois, do próximo, que se acerca do teu coração, cada dia, lembra-te sempre de que estás situado na Terra para aprender e auxiliar.

Extraído do livro “Fonte viva”; espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
Reuniões doutrinárias: quartas-feiras, 14h; quintas-feiras, 20h e domingos, 17h.
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
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Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Saudade?

terça-feira, 03 de março de 2020

Para pensar:

“O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado.”

Noel Rosa

Para refletir:

“Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.”

Neale Donald Walsch

Para pensar:

“O que eu falo é bem pensado. Não receio escaramuça. E que aceite a carapuça quem se sente melindrado.”

Noel Rosa

Para refletir:

“Toda decisão que você toma - toda decisão - não é uma decisão sobre o que você faz. É uma decisão sobre quem você é. Quando você vê isso, quando você entende isso, tudo muda. Você começa a ver a vida de um modo novo. Todos eventos, ocorrências, e situações se transformam em oportunidades para fazer o que você veio fazer aqui.”

Neale Donald Walsch

Saudade?

Após duas semanas de merecidas férias a coluna retorna para acompanhar nosso cotidiano em meio ao inevitável aquecimento de ânimos que antecede qualquer período eleitoral, e de forma ainda mais destacada quando envolve o âmbito municipal.

E então, deu tempo de sentir saudade deste espaço de convivência e troca de informações?

Pois é, ao se confrontar com esta pergunta, o colunista é obrigado a admitir que a saudade poderia ter sido maior.

Contra a maré

Evidentemente o suporte dos leitores é o que existe de mais precioso, e a certeza de se esforçar ao máximo todos os dias assegura a tão necessária realização profissional.

Mas, ainda assim, é muito triste ter de exercer o ofício num contexto em que o confrontamento se faz tão necessário, em que não se pode confiar nas boas intenções de muitos dos personagens principais, em que a distância entre discursos e atitudes é por vezes tão descarada e desavergonhada.

É cansativo, enfim, ter de remar continuamente contra a maré.

Isenção?

O próprio carnaval tem sido um bom exemplo disso.

Recentemente começaram a circular críticas e questionamentos a respeito dos serviços prestados pela empresa responsável pela estrutura dos festejos.

Mas quem é que está criticando?

Quais são as fontes primárias destas alegações?

Quais são seus interesses?

Contaminação

Porque ficou claro que a disputa pelo carnaval foi parcialmente encampada por grupos políticos, reforçando a sensação de que quem prova a maçã do dinheiro público tem dificuldades para tirar a fruta da dieta.

Pouco antes das férias a coluna havia manifestado seu estranhamento diante de alguns comportamentos suspeitos, e a continuidade da apuração indicou (várias fontes confiáveis) que algumas pessoas no Palácio Barão de Nova Friburgo tinham mesmo preferência clara por uma das empresas concorrentes.

Pé atrás

Portanto, antes de dar crédito ou compartilhar informações a esse respeito, vale a pena dar uma conferida na procedência.

Infelizmente, vivemos dias em Nova Friburgo nos quais é preciso desconfiar de quase tudo.

Contas

Outro assunto que tem ocupado muito espaço nos bastidores é a aguardada análise das contas da Prefeitura de Nova Friburgo relativas ao exercício de 2018, por parte do plenário municipal.

Pois bem, a previsão é de que a votação aconteça nesta quinta-feira, 5, e as perspectivas não são nada animadoras para o governo, que chegou a procurar auxílio externo para a elaboração de sua defesa.

Coerência (1)

De fato, para muitos vereadores, a sessão desta quinta deverá funcionar como um teste de coerência.

Afinal, na sessão do dia 20 de agosto de 2019, uma terça-feira, dez parlamentares aprovaram as contas relativas a 2017 - que haviam sido reprovadas pelo Ministério Público Especial - sob alegação de que o órgão balizador para este tipo de julgamento é o TCE-RJ, que na ocasião havia aprovado as contas, ainda que com ressalvas.

Coerência (2)

Bom, desta vez tanto o MPE quanto o TCE reprovaram as contas.

E tudo indica que o parecer da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal seguirá na mesma linha.

Além disso, as primeiras indicações a respeito das contas de 2019 são ainda piores...

E agora? Será que o TCE vai continuar sendo uma referência tão válida quanto foi no passado?

Surto?

Tradicionalmente, em sessões nas quais vereadores comprometidos com o governo encontram dificuldades para justificar a contrapartida pelo assistencialismo que praticam, a frequência tende a ser menor.

Talvez por serem tão mal frequentadas, estas encruzilhadas da vida política parecem estar infestadas por toda sorte de gatilho para doenças temporariamente incapacitantes.

No ano passado, por exemplo, cinco cadeiras ficaram vazias durante a votação.

Justificadas ou não, eventuais ausências neste ano serão nominalmente registradas pela coluna.

Responsabilidade

E já que falamos em doenças, parece evidente que teremos de falar muito, e de forma aprofundada, a respeito do novo coronavírus, de sarampo e de dengue nos próximos dias.

O momento requer comprometimento e responsabilidade coletivos, e parte importante desse esforço reside no trato correto das informações.

É importante que ninguém passe adiante notícias que não tenham sido devidamente confirmadas e, da mesma forma, que as fontes oficiais sejam sempre rápidas e transparentes, a fim de esvaziar especulações.

Não chores por nós

Em sua edição de segunda-feira, 2, por exemplo, o periódico El Clarín, o principal da Argentina, dedicou espaço à morte, aqui em Nova Friburgo, de paciente, à época sob suspeita (posteriormente rejeitada), de ter contraído o Covid-19, e que dias antes havia visitado nossos hermanos num cruzeiro.

A coluna soube dessa publicação através de um leitor de A VOZ DA SERRA que está na Argentina.   

Naturalmente, essa notícia não teria chegado ao ponto de ser publicada se as causas da morte tivessem sido levantadas e divulgadas com maior celeridade.

Que sirva de exemplo para todos nós.

É hoje!

Bom, falamos muito sobre a sessão da próxima quinta-feira, 5, na Câmara de Vereadores, mas a reunião de hoje, 3, também deve reservar momentos de grande interesse à população.

Tão logo a pauta seja destrancada (com a apreciação de um projeto de mobilidade que parece bastante defasado) deve entrar na ordem do dia um requerimento de informação curto e direto, elaborado pelo vereador Professor Pierre a respeito da folha de pagamento da Saúde.

Por que não?

Esclarecimentos importantes tornaram-se necessários, e a coluna não consegue pensar em qualquer motivação razoável para que a solicitação do espelho das folhas dos últimos quatro meses, bem como a fundamentação legal do pagamento de cada uma das verbas que compõem o total das remunerações, não venham a ser aprovadas por um plenário que tem o dever de fiscalizar os atos do Executivo.

A experiência, no entanto, sugere que é bom esperar para ver.

Foto da galeria
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A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Da vacinação à Campanha da Fraternidade, há muito amor ao semelhante!

terça-feira, 03 de março de 2020

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Levei um susto no último sábado, 29 de fevereiro, quando peguei o jornal na caixinha do correio e não vi o Caderno Z. E me perguntei: Cadê a estação de embarque? Contudo, a eficiente equipe de A VOZ DA SERRA não nos privou de uma página inteira, colorida, para suprir a falta do caderno que nos é tão especial. Adorei os temas! O ano bissexto sempre foi assunto de pesquisas de meus pais. Cresci sabendo que as seis horas que sobram a cada ano dão origem a mais um dia no calendário, ou seja, o 29 de fevereiro.

Tudo isso sempre me impressionou e me fazia pensar na inteligência humana de descobrir tantas coisas, em tempos ainda remotos, sem os instrumentos astronômicos avançados, de hoje. A civilização Maia, “que viveu há três mil anos”, sabia dessas coisas e considerava o dia extra, como “dia fora do tempo”. Plagiando Robério Canto, eu chamaria esse dia de “um lugar muito lá”. Deveríamos, sim, dar mais atenção ao 29 de fevereiro, festejando-o com um dia para ser feliz, para fazer coisas boas. Vamos trabalhar essa ideia para 2024, quando a data cairá numa quinta-feira.

“Coragem, 2020 começou!”. Muita gente diz que o ano só começa, de verdade, depois do Carnaval. Há culturas que festejam a mudança de ano em outras épocas. A Ordem Rosacruz-Amorc festeja o ano novo em 21 de março, por exemplo. Aliás, podemos ter um novo ciclo diário, em cada amanhecer. Por isso mesmo, uma dieta que combata o cansaço e promova energia é ideal para os desafios do dia a dia.

Ana Borges trouxe as dicas de alimentação, destacando iguarias como abacate, maça, grãos germinados, macadâmia, mirtilos, macarrão shirataki e couve. A maçã, inclusive, é tida como embelezadora, bastando uma por dia para o embelezamento. Mas, demora, viu, gente. Minha filha diz que eu como maçã todo dia e não se vê bom resultado.

Vinicius Gastin tem sempre uma página de atrativos em “Esportes”. Conversando com o gerente de futebol do Friburguense, José Siqueira, o Siqueirinha, percebemos que as dificuldades financeiras estão em campo, marcando “faltas” em todas as áreas. Siqueira desabafa sobre as dívidas e as dúvidas, explicando que se o time avançasse até haveria “bastante pretensão de empresários que iriam ajudar”. Leiga no assunto, eu penso que para o time avançar, precisa, antes, de incentivos. Claro que é uma visão quase poética.

Estamos em pleno Festival Gastronômico Quatro Estações desde o dia 10 de fevereiro. Quem ainda não se deliciou com as ofertas promovidas por vários restaurantes da cidade, ainda dá tempo até a próxima terça-feira, 10. São “pratos vegetarianos, massas, hamburgueres, saladas, doces, comida japonesa, carnes, drinks e muito mais”.

O início do ano traz em sua bagagem muitos encargos e agora no mês de março é a vez do IPTU. Quem quiser pagar em cota única, estando em dia com os tributos anteriores, pode efetuar o pagamento, com desconto, até 10 de março. Imóvel foreiro pode obter desconto até 31 de março, sendo que o vencimento em preço normal, é até 31 de dezembro. Quem tiver uma graninha sobrando pode pagar à vista e ganhar tempo.

A “informatização da saúde deve sair do papel”, pois no dia 31 de março, a prefeitura realizará uma licitação para contratar a empresa que fará a implantação do sistema em toda a rede municipal de saúde. Falando nisso, a campanha de vacinação contra a gripe foi antecipada para a partir de 23 de março. Lembrando que essa vacina não “apresenta eficácia contra o coronavírus”.

Sobre a situação preocupante por conta da Covid-19, o Procon tem dicas para quem quiser desistir de viagens programadas para áreas de risco. Companhias e consumidores podem cancelar voos para destinos suspeitos.

Em se tratando de campanha, a mais bonita de todas é a Campanha da Fraternidade, abrindo o mês de março. O tema – “Fraternidade e vida: dom e compromisso” segue o lema: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele”. O tema é inspirado na mais “nova santa brasileira” – Santa Dulce dos Pobres, que teve uma vida dedicada aos necessitados. Que possamos, em seu exemplo, desenvolver a compaixão pelo sofrimento alheio, num “sentimento de bem querer em relação ao próximo”.

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Silvia no Solar da Arte

terça-feira, 03 de março de 2020

Foi aberta ontem, 2, no Solar da Arte, no Cônego, a exposição de desenhos e pinturas da artista plástica Silvia Schumacker Aguilera Ferreira (foto) que desde 1987 se dedica e com maestria, a esta bela arte.

Silvia gosta de expressar beleza em seus trabalhos, que tem como marca, a riqueza nos detalhes, utilizando para isso, várias técnicas, tais como óleo em tela, acrílico, grafite, lápis de cor e sua maior paixão, a aquarela.

 A mostra vai até o dia 2 de abril (segundas das 14h às 16h e quartas das 18h às 20h).

Novidade na área

Foi aberta ontem, 2, no Solar da Arte, no Cônego, a exposição de desenhos e pinturas da artista plástica Silvia Schumacker Aguilera Ferreira (foto) que desde 1987 se dedica e com maestria, a esta bela arte.

Silvia gosta de expressar beleza em seus trabalhos, que tem como marca, a riqueza nos detalhes, utilizando para isso, várias técnicas, tais como óleo em tela, acrílico, grafite, lápis de cor e sua maior paixão, a aquarela.

 A mostra vai até o dia 2 de abril (segundas das 14h às 16h e quartas das 18h às 20h).

Novidade na área

Nova Friburgo ganhou uma novidade tão gostosa, quanto refrescante e surpreendente.

Trata-se da Sorveja, sorvete de cerveja, fruto de parceria da sorveteria Fribourg com a Barão Bier.

Vivas ao Fabinho

No último sábado, 29 de fevereiro, o admirado Fábio Ribeiro Matheus (foto) completou mais um ano de vida e festejou com muita alegria junto a familiares e recebendo cumprimentos de incontáveis amigos. Parabéns!

O Fabinho quem tem planos e projetos muito legais para breve, é digno e merece o carinho, respeito, admiração e amizade de muita gente em Nova Friburgo, razão pela qual também juntamente com a passagem do seu aniversário, o felicitamos com votos de muitas felicidades e sucessos.

Especialização na Índia

O casal de médicos ortopedistas Marcos Tadeu Richard e Cecília Bento de Mello esteve por 21 dias na Índia, no mês passado. Eles participaram de um curso de imersão em cirurgia endoscópica de coluna.

O casal friburguense participou de reunião, em Miraj, sobre o aperfeiçoamento, no qual tomaram parte também três brasileiros, um representante do Nepal e dois indianos, os quais todos juntos acompanharam uma cirurgia endoscópica de coluna, efetuada pelo médico Girish Datar, para tratar a estenose do canal lombar.

Junto ao grupo que aparece na foto, vemos à direita Cecília e Marcos Tadeu (ele com a mão no ombro do dr. Girish) e no detalhe, o casal é visto junto ao ministro da saúde da Índia na cabeceira de mesa.

Os médicos ainda participaram de uma nova técnica de cirurgia endoscópica para tratamento de lombalgia intratável, o que abre uma nova fronteira de conhecimento na Ásia, surgindo para tratar este grande problema que aflige muitas pessoas no mundo.

A médica Cecília, que é friburguense de conhecida família local, sendo uma das filhas do saudoso engenheiro Ariosto Bento de Mello, juntamente ao marido, retoma agora neste mês de março os atendimentos em Nova Friburgo.

Segue dando show

O novo presidente do Nova Friburgo Country Clube, Celso de Oliveira Santos empossado mês passado, segue marcando golaços de grandes atividades e ótimos trabalhos no cargo como fez seu antecessor Roosevelt Concy.

Tanto que no sábado de carnaval, último dia 22 de fevereiro, ele foi cumprimentado por sócios e convidados, durante um churrasco festivo da turma da Pelada das Piranhas, em evento que contou com 173 participantes que consumiram deliciosas guarnições, 113 quilos de carne e 300 litros de chope.

Com nova idade

Com pequeno atraso, mas com imensa satisfação, enviamos um abraço de parabéns pelo aniversário de João Batista de Oliveira (foto), completado no último dia 22 de fevereiro. O aniversariante é conhecido por todos como um dos mais queridos garçons de Nova Friburgo.

Naquela oportunidade, o Batista completou seu 57º ano de vida e por isso, congratulações e felicidades!

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    Silvia no Solar da Arte

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    Vivas ao Fabinho

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    Especialização na Índia

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    João Batista/ Garçon Batista: com idade nova

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