Campanha da vez

Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Tempos complexos. Crise sanitária, social, econômica, política. Vidas de pessoas em risco, o invisível nos assolando de forma assustadora, relações de trabalho por um fio, empresas pedindo socorro, equipe da área de saúde na linha de frente, e a descrição do cenário que beira o caos poderia não terminar nessas páginas. Temos um longo e árduo caminho pela frente.

Vimo-nos imbuídos nesses assuntos e os cuidados são tantos que sentimo-nos sobrecarregados de tanto nos precavermos. Pois é. Nesses dias em que somos convocados à introspecção, que os incrementos tecnológicos batem às nossas portas para que finalmente aprendamos a lidar com todos os mecanismos, que o temos pela escassez e o medo de perder alguém é tão mais forte do que podemos suportar, acabamos por levantar bandeiras de várias campanhas.

Eu mesma já me engajei em várias. Campanha para conscientização de que devemos ficar em casa, campanha de incentivo para não deixarmos os trabalhadores autônomos sem receber pagamentos pelos serviços, campanha para darmos suportes às diaristas, campanha para nos conectarmos com a arte nesses dias sombrios, campanhas em favor do autoconhecimento, em prol dos profissionais de saúde, para segurarmos os idosos em casa, campanha pelo isolamento, pelo trabalho em home office, campanha para lavarmos as mãos, para darmos abraços virtuais, e até mesmo para deixarmos de ser tolos. Campanha de tudo. As bandeiras? Redes sociais.

E os efeitos? São reais. Não tenho estatísticas, mas sinto que os silêncios eloquentes e os gritos coletivos têm provocado consequências a todo instante. Só queremos a vida de volta. Continuemos, pois.

 

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Paula Farsoun

Com a palavra...

Paula é uma jovem friburguense, advogada, escritora e apaixonada desde sempre pela arte de escrever e o mundo dos livros. Ama família, flores e café e tem um olhar otimista voltado para o ser humano e suas relações, prerrogativas e experiências.

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