Blogs

Vingança e Justiça

quinta-feira, 03 de setembro de 2020

Animal não tem vingança. O ser humano tem. Precisamos entender que justiça não pode ser confundida com vingança. O que é vingança? O que é justiça? Vingança é definida como “ato lesivo, praticado em nome próprio ou alheio, por alguém que foi real ou presumidamente ofendido ou lesado, em represália contra aquele que é ou seria o causador desse dano; desforra, vindita. Qualquer coisa que castiga; castigo, pena, punição.” Justiça é definida como “qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo.

Animal não tem vingança. O ser humano tem. Precisamos entender que justiça não pode ser confundida com vingança. O que é vingança? O que é justiça? Vingança é definida como “ato lesivo, praticado em nome próprio ou alheio, por alguém que foi real ou presumidamente ofendido ou lesado, em represália contra aquele que é ou seria o causador desse dano; desforra, vindita. Qualquer coisa que castiga; castigo, pena, punição.” Justiça é definida como “qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber, avaliar o que é direito, justo. O reconhecimento do mérito de alguém ou de algo.”

Juridicamente temos que condenar as pessoas com pena de morte por matarem outras pessoas? Se faz justiça matar um condenado para que se aprenda que não é lícito matar pessoas? No mundo ainda existem 58 países que praticam a pena de morte. Ela existe nos Estados Unidos em 29 estados, de um total de 50 mais o Distrito Federal. No Brasil há cerca de 144 anos não mais existe pena de morte, a não ser em crime de guerra.

Veja alguns depoimentos de presos nos Estados Unidos que estavam no Corredor da Morte. Este termo “Corredor da Morte” se refere à área de um presídio que abriga os condenados a morte que esperam pela execução. Um indivíduo que praticava trabalho manual em campo petrolífero, disse antes de ser executado: "Espero que um dia possamos olhar para trás e ver o mal que estamos fazendo agora, como as bruxas que queimamos na fogueira. Quero que todos saibam que não tenho nada contra eles. Eu perdoo todos eles. Eu espero que todos por quem fiz alguma coisa me perdoem. Eu tenho orado o dia todo para que a esposa (da vítima) tire a amargura de seu coração, porque essa amargura que está em seu coração vai certamente mandá-la para o inferno como qualquer outro pecado. Sinto muito por tudo que já fiz a qualquer pessoa. Espero que me perdoem."

Um construtor de telhados, antes de morrer, disse: "Eu gostaria de dizer à família o quanto realmente sinto na minha alma e no meu coração pela dor e miséria que causei por minhas ações... Eu gostaria de agradecer a todos os homens no corredor da morte, que me mostraram amor ao longo dos anos. Espero que, doando meu corpo para a ciência, algumas partes dele possam ser usadas para ajudar alguém..."

Um carpinteiro comentou: "Lamento a dor. Lamento a vida que tirei de você. Peço perdão a Deus. E peço-lhe o mesmo. Sei que pode ser difícil. Mas sinto muito pelo que fiz. Para minha família: amo cada um de vocês. Sejam fortes. Saibam que meu amor está sempre com vocês, sempre. Sei que vou para casa estar com o Senhor. Derrame lágrimas de felicidade por mim."

Um cozinheiro disse: "Peço desculpas por sua perda e sua dor. Mas eu não matei essas pessoas. Esperançosamente, todos nós aprenderemos algo sobre nós mesmos e os outros. E aprenderemos a interromper o ciclo de ódio e vingança e chegar a valorizar o que realmente está acontecendo neste mundo. Eu perdoo a todos por este processo, que parece estar errado."

Um mecânico de motocicleta após ser julgado, a principal testemunha de acusação retirou seu depoimento e três membros do conselho de liberdade condicional recomendaram clemência. E ele desabafou: "Quero começar reconhecendo o amor que tive em minha família. Nenhum homem neste mundo teve uma família melhor do que eu. Eu tive os melhores pais do mundo. Eu tive a vida mais maravilhosa que qualquer homem poderia ter tido. Nunca tive mais orgulho de alguém do que tenho de minha filha e do meu filho. Há alguns assuntos sobre os quais gostaria de falar, já que esta é uma das poucas vezes em que as pessoas ouvirão o que tenho a dizer. Agora, os Estados Unidos chegaram a um ponto onde há respeito zero com a vida humana. Minha morte é apenas um sintoma de uma doença maior. Em algum momento, o governo precisa acordar e parar de fazer coisas para destruir outros países e matar crianças inocentes. O embargo e as sanções em curso contra lugares como o Irã e o Iraque, Cuba e outros, eles não estão fazendo nada para mudar o mundo e estão machucando crianças inocentes.

Talvez o mais importante em muitos aspectos seja o que estamos fazendo com o meio ambiente, é ainda mais devastador porque, enquanto continuarmos na direção que estamos indo, o resultado final é que não importa como tratamos as outras pessoas, porque todos no planeta estarão de saída. Uma das poucas maneiras no mundo em que a verdade vai se espalhar, ou as pessoas vão saber o que está acontecendo, é se apoiarmos uma imprensa livre lá fora. Vejo a imprensa lutando para se manter como uma instituição livre. Mas também há pessoas nos EUA que pegaram prisão perpétua por maconha e, no estado vizinho, a maconha foi legalizada. Elas ficarão na cadeia pelo resto de suas vidas e, no estado vizinho, você pode parar na calçada e fumar maconha.”

Se faz justiça quando um assassino é condenado a prisão perpétua? Neste caso a justiça é a prisão? Não seria restituir a vida da pessoa que foi assassinada? Quando você machuca alguém por vingança, quem fica mais ferido: quem agiu com vingança ou a vítima dela? É possível uma pessoa ficar em paz após executar um ato de vingança? “Minha é a vingança”, diz Deus. Romanos 12:19.

_______

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Pauta cheia

quarta-feira, 02 de setembro de 2020

Para pensar:

"O mal prega a tolerância até que se torne dominante. A partir daí ele procura silenciar o bem.”

John Henry Newman

Para refletir:

“Os defeitos mais perigosos são aqueles que, com moderação, são qualidades.”

Rick Riordan

Pauta cheia

Passada a tensão que envolveu o processo de rejeição das contas de 2018 da prefeitura, a Câmara Municipal naturalmente teve muitos assuntos sobre os quais deliberar nesta sessão ordinária de terça-feira, 1º.

Para pensar:

"O mal prega a tolerância até que se torne dominante. A partir daí ele procura silenciar o bem.”

John Henry Newman

Para refletir:

“Os defeitos mais perigosos são aqueles que, com moderação, são qualidades.”

Rick Riordan

Pauta cheia

Passada a tensão que envolveu o processo de rejeição das contas de 2018 da prefeitura, a Câmara Municipal naturalmente teve muitos assuntos sobre os quais deliberar nesta sessão ordinária de terça-feira, 1º.

Mesmo deixando de lado as moções e as atribuições de nomes, ainda restam muitas atividades a serem registradas por aqui.

Requerimentos (1)

Entre os requerimentos de informações, três iniciativas foram apreciadas.

O primeiro deles foi apresentado pelo vereador Joelson do Pote, e reuniu perguntas distribuídas em dez grupos a respeito do quantitativo e das condições dos respiradores disponíveis para o enfrentamento da Covid-19 na rede pública municipal.

O segundo, por sua vez, foi apresentado pelo vereador Wellington Moreira e reuniu questionamentos a respeito de denúncias recebidas quanto à atuação da empresa de transporte público municipal durante a pandemia.

Requerimentos (2)

Por fim, o terceiro requerimento foi apresentado pelo vereador Marcinho Alves, e trouxe questionamentos relativos aos bens móveis patrimoniais dos hospitais e das Unidades Básicas de Saúde.

Todas as matérias foram aprovadas por unanimidade.

Resolução

O plenário também apreciou, e aprovou por unanimidade, o importante Projeto de Resolução Legislativa 637, de 2019, de autoria da Mesa Diretora, que institui o Programa Câmara Verde na Câmara Municipal, essencialmente o marco legal de um Poder Legislativo que pretende se tornar sustentável no Estado do Rio.

Direção correta

O programa, que foi aprovado por unanimidade em discussão única, prevê a adoção de práticas ecologicamente corretas, tais como a destinação criteriosa de resíduos sólidos, substituição de materiais, sistema de captação de água pluvial, lâmpadas mais econômicas, energia solar, telhado verde, biocombustíveis, estímulos ao uso de bicicletas, ponto de coleta de pilhas e baterias, adoção de copos reutilizáveis, incorporação de critérios ecológicos para contratação de terceiros, campanhas de conscientização, e a criação de um disque denúncia para crimes ambientais, entre muitas outras medidas.

Resta, agora, cobrar que tantas boas ideias saiam efetivamente do papel.

Indicação

Também foi apresentada ao plenário uma indicação legislativa de autoria do vereador Naim Pedro, que solicita ao Executivo a elaboração de um projeto de lei que disponha sobre a inclusão da Copa SAF de Futebol Feminino no Calendário Esportivo Anual de Nova Friburgo.

Com patrocínio previamente assegurado, o campeonato iria acontecer de qualquer forma.

A aprovação unânime do plenário, todavia, serviu como forma de oficializar o evento, a fim de fortalecer as etapas de divulgação e captação de apoios, favorecendo a inclusão e a maior oferta de investimentos no futebol feminino.

Que ano...

Este ano de 2020 está tão de cabeça para baixo, mas tão invertido, que até o Chaves saiu do SBT e hoje, vejam só, este colunista está aqui recomendando que seja visto o discurso do vereador Christiano Huguenin nesta sessão de terça-feira, 1º.

A despeito de, na maioria das vezes, discordar frontalmente da atuação política deste parlamentar, a coluna entende que o discurso expõe como a base de situação não se sentiu protegida pelo Palácio Barão de Nova Friburgo, como funciona a lógica clientelista, como no passado houve margem para impeachment do prefeito, e como esse tipo de situação costuma ser evitada nos bastidores.

Capina terceirizada (1)

Após análise de representação protocolada pelos vereadores Johnny Maycon, Marcinho Alves, Zezinho do Caminhão e Professor Pierre, a conselheira substituta do TCE-RJ Andrea Siqueira Martins votou pela suspensão do certame para terceirização da varrição e capina até que a corte se pronuncie de forma definitiva acerca do mérito da representação.

E também para que o prefeito seja comunicado sobre o deferimento do pedido de tutela e, no prazo de dez dias, encaminhe documentação “que demonstre que a intervenção se encontra contemplada nas metas do PPA, para justificar uma contratação cujo prazo de vigência não ficará adstrito ao prazo dos créditos orçamentários”.

Capina terceirizada (2)

O voto também determina que seja atualizada “a página eletrônica do município, disponibilizando todas as informações do edital de pregão presencial 28/20, as quais deverão ser igualmente encaminhadas a esta corte, notadamente as impugnações, os pedidos de esclarecimento e as respectivas decisões, bem como as erratas e o edital consolidado resultantes de eventuais alterações; e que seja elaborada “uma composição de custo própria que permita o perfeito entendimento por parte dos licitantes interessados dos custos de todos os insumos que compõem o preço unitário de cada serviço em detrimento da utilização de preço unitário oriundo de cotação junto a fornecedores.”

Capina terceirizada (3)

Também deve constar do edital a “Memória de Cálculo demonstrando detalhadamente como se chegou ao quantitativo de mão de obra e equipamentos, informando, inclusive, os índices de produtividade adotados e as frequências da prestação dos serviços”; e deve ser definido, no Termo de Referência, o local de destinação final dos resíduos ou, ao menos, que seja informada sua distância máxima em relação ao centro do município de forma a evitar possível prejuízo aos licitantes interessados no processo licitatório e garantir transparência ao certame.”

Capina terceirizada (4)

O TCE determinou, por fim, que seja informado, “de forma clara e objetiva, no Termo de Referência, o quantitativo mínimo de mão de obra e equipamentos necessários para cada serviço, inclusive definindo o tamanho e a composição mínima de cada equipe de trabalho”; e que seja apresentada “justificativa a respeito das localidades contempladas no edital em tela, sobretudo em razão da divergência de informações referentes aos bairros constantes nos ‘Estudos Preliminares’ e no Termo de Referência ao Edital, cujo conteúdo prevê uma lista reduzida de bairros abrangidos pelos serviços objeto do certame.”

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Entrevista virtual com o poeta Manuel Bandeira

quarta-feira, 02 de setembro de 2020

— Começando lá bem de trás: como foi sua infância?

— Sou bem nascido, Menino, fui, como os demais, feliz.

— O que você faz para retornar a essa infância feliz?

— Enquanto anoitece, vou lendo sossegado e só as cartas que meu avô escrevia a minha avó.

— Do que mais você se lembra dos lugares de seus tempos de menino?

— Da velha chácara triste: Não existe mais a casa... Mas o menino ainda existe

— Como o poeta Manuel Bandeira define o homem Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho?

— Começando lá bem de trás: como foi sua infância?

— Sou bem nascido, Menino, fui, como os demais, feliz.

— O que você faz para retornar a essa infância feliz?

— Enquanto anoitece, vou lendo sossegado e só as cartas que meu avô escrevia a minha avó.

— Do que mais você se lembra dos lugares de seus tempos de menino?

— Da velha chácara triste: Não existe mais a casa... Mas o menino ainda existe

— Como o poeta Manuel Bandeira define o homem Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho?

— Provinciano que nunca soube escolher uma gravata. E em matéria de profissão um tísico profissional. Músico falhado (engoliu um dia um piano, mas o teclado ficou de fora).

— Apesar de doente desde cedo, sua poesia revela uma tranquila aceitação do sofrimento.

— Só é verdadeiramente vivo o que já sofreu.

— O que alguém pode fazer quando se descobre doente, como aconteceu com você ainda jovem?

— A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.

— A doença fez você perder a pureza da juventude?

— Não sei entre que astutos dedos deixei a rosa da inocência.

— Sua poesia frequentemente fala de tristezas ...

— Eu faço versos como quem chora de desalento... de desencanto.

— Qual foi a outra grande tristeza de sua vida, Bandeira?

— Uma noite de muito frio, a Dama Branca levou meu pai.

— Nos seus poemas o amor frequentemente parece irrealizado ou mal sucedido...

— Amor – chama e, depois, fumaça... O fumo vem, a chama passa... Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo. Porque os corpos se entendem, mas as almas não.

— Mas você tem amado muito na vida...

— A escuridão propícia aos furtos, propícia aos furtos como os meus, de amores frívolos e curtos.

— Você foi um homem de muitas amizades. Muitas pessoas queridas por você já partiram. Como você vê esses amigos quando se lembra deles?

— Estão todos deitados, dormindo profundamente.

— Tendo vivido a dor e o amor tão intensamente, como você define a vida?

— A vida é uma agitação feroz e sem finalidade. A vida não vale a pena a dor de ser vivida.

— Em poemas como Elegia de agosto, A espada de ouro, O obelisco, você critica a situação brasileira, ou antes, o comportamento de certos brasileiros. E se tudo isso ficar ainda pior?

— Vou-me embora pra Pasárgada. Aqui eu não sou feliz. Lá a vida é uma aventura.

— Supondo que se possa gostar de morrer, como você gostaria de morrer?

— Pensando humildemente na vida e nas mulheres que amei. Sei que é grande maçada morrer, mas morrerei — quando a vida for servida — sem maiores saudades desta madrasta vida, que todavia amei.

— Então você não tem medo da morte...

— Quando a Indesejada das gentes chegar (não sei se dura ou caroável), talvez eu tenha medo. Talvez sorria e diga: — Alô iniludível!

— Cite um poeta de sua especial admiração.

— Sempre é poeta de verdade esse homem lépido e limpo que é Carlos Drummond de Andrade.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

In memoriam de minha mãe

quarta-feira, 02 de setembro de 2020

Mesmo sendo difícil escrever, em função da reconstrução de três tendões rompidos do meu braço direito, precisei fazer um esforço e deixar registrado o que me vai no coração. Na última quarta-feira, 26 de agosto, minha mãe partiu para sempre, e só nos reencontraremos, de novo, se realmente existir uma vida, numa outra dimensão. As lágrimas vão secando aos poucos, mas o aperto no coração, a certeza de não mais vê-la, no nosso dia a dia, ainda permanecerão por muito tempo e, só ele será capaz de aliviar, em parte, essa angústia.

Mesmo sendo difícil escrever, em função da reconstrução de três tendões rompidos do meu braço direito, precisei fazer um esforço e deixar registrado o que me vai no coração. Na última quarta-feira, 26 de agosto, minha mãe partiu para sempre, e só nos reencontraremos, de novo, se realmente existir uma vida, numa outra dimensão. As lágrimas vão secando aos poucos, mas o aperto no coração, a certeza de não mais vê-la, no nosso dia a dia, ainda permanecerão por muito tempo e, só ele será capaz de aliviar, em parte, essa angústia.

É claro que aos 96 anos a saúde de todos é uma linha tênue que pode se romper a qualquer momento, principalmente, numa pessoa que há cerca de dois anos teve um enfarte que comprometeu 50% do coração. Mas, quanto a essa ruptura, a gente sempre finge que ela nunca será possível, pois nós, humanos, não estamos preparados para esse tipo de perda. Mas, aconteceu e ela se foi, deixando aquele vazio que já citei.

Na realidade, minha mãe foi uma vítima indireta da Covid-19, pois até o início de março, ela levava numa boa, sua vida pós-enfarte. Mesmo deixando de ser aquela mulher ativa, que até os 93 anos ainda frequentava aulas de artesanato e nos deixou trabalhos lindos, que estão espalhados na minha casa, na de minha irmã e de netos, sobrinhos e amigos.

No entanto, o confinamento que foi imposto às pessoas de risco, como era o seu caso, começou a minar o seu equilíbrio emocional e mesmo da percepção, pois na última semana de vida, ela já não reconhecia suas cuidadoras e mesmo a nós, seus filhos. Ela chegou a ter um surto psicótico, sendo obrigada a usar medicação específica, tamanha foi sua agitação e até a visão de bichos lhe saindo pelo corpo. Na sua mente, eram os corona vírus. Muito triste para quem a conhecia e assistiu essas crises.

Mas, nem tudo é lamentação, pois afinal ela viveu intensamente a vida e criou a mim e a minha irmã, dentro dos princípios da ética, da honestidade e do amor ao próximo, o que na realidade é um conceito religioso forte, mesmo que ela não fosse uma católica praticante. Minha irmã e eu tudo devemos a nossa mãe, que sempre esteve ao nosso lado nos bons e maus momentos e é por isso que a ficha vai demorar a cair, mas essa é a realidade das coisas e só nos cabe aceita-las.

Um agradecimento em meu nome e da minha irmã a Katia, Paula, Cristiane e Marli, suas cuidadoras que se desdobraram no dia a dia nos cuidados de que ela necessitava. E um agradecimento de coração também aos amigos, parentes e aos nossos filhos, em especial, que nos consolaram nesse momento tão difícil.

Minha mãe quis ser cremada em Nova Friburgo e sua vontade foi por nós cumprida. Fica aqui registrado também nossos agradecimentos à SAF e ao Crematório Luterano, pela atenção que nos foi dada.

Vá em paz D. Maria, que você seja recebida nos braços do Senhor e que continue a velar por nós lá do alto, onde mais uma estrela começou a brilhar, no firmamento.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

A receita da felicidade

quarta-feira, 02 de setembro de 2020

Tadeu, que era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa Nova, em casa de Pedro, entusiasmara-se na reunião, relacionando os imperativos da felicidade humana e clamando contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.

Tocado de indisfarçável revolta, dissertou largamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo, situando-lhes a causa nas deficiências políticas da época, e, depois que expendeu várias considerações preciosas, em torno do assunto, Jesus perguntou-lhe:

 — Tadeu, como interpreta você a felicidade?                 

Tadeu, que era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa Nova, em casa de Pedro, entusiasmara-se na reunião, relacionando os imperativos da felicidade humana e clamando contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.

Tocado de indisfarçável revolta, dissertou largamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo, situando-lhes a causa nas deficiências políticas da época, e, depois que expendeu várias considerações preciosas, em torno do assunto, Jesus perguntou-lhe:

 — Tadeu, como interpreta você a felicidade?                 

 — Senhor, a felicidade é a paz de todos.

O Cristo estampou significativa expressão fisionômica e ponderou:

— Sim, Tadeu, isto não desconheço; entretanto, estimaria saber como se sentiria você realmente feliz.

O discípulo, com algum acanhamento, enunciou:

— Mestre, suponho que atingiria a suprema tranquilidade se pudesse alcançar a compreensão dos outros. Desejo, para esse fim, que o próximo me não despreze as intenções nobres e puras. Sei que erro, muitas vezes, porque sou humano; entretanto, ficaria contente se aqueles que convivem comigo me reconhecessem o sincero propósito de acertar.

Respiraria abençoado júbilo se pudesse confiar em meus semelhantes, deles recebendo a justa consideração de que me sinta credor, em face da elevação de meu ideal. Suspiro pelo respeito de todos, para que eu possa trabalhar sem impedimentos.

Regozijar-me-ia se a maledicência me esquecesse.

Vivo na expectativa da cordialidade alheia e julgo que o mundo seria um paraíso se as pessoas da estrada comum se tratassem de acordo com o meu anseio honesto de ser acatado pelos demais. A indiferença e a calúnia doem-me no coração.

Creio que o sarcasmo e a suspeita foram organizados pelos espíritos das trevas, para tormento das criaturas. A impiedade é um fel quando dirigida contra mim, a maldade é um fantasma de dor quando se põe ao meu encontro.

Em razão de tudo isso, sentir-me-ia venturoso se os meus parentes, afeiçoados e conterrâneos me buscassem, não pelo que aparento ser nas imperfeições do corpo, mas pelo conteúdo de boa-vontade que presumo conservar em minh’alma. Acima de tudo, Senhor, estaria sumamente satisfeito se quantos peregrinam comigo me concedessem direito de experimentar livremente o meu gênero de felicidade pessoal, desde que me sinta aprovado pelo código do bem, no campo de minha consciência, sem ironias e críticas descabidas.

Resumindo, Mestre, eu queria ser compreendido, respeitado e estimado por todos, embora não seja, ainda, o modelo de perfeição que o céu espera de mim, com o abençoado concurso da dor e do tempo.

Calou-se o apóstolo e esboçou-se, na sala singela, incontido movimento de curiosidade ante a opinião que o Cristo adotaria. Alguns dos companheiros esperavam que o amigo celeste usasse o verbo em comprida dissertação, mas o mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo e falou com franqueza e doçura:

— Tadeu, se você procura, então, a alegria e a felicidade do mundo inteiro, proceda para com os outros, como deseja que os outros procedam para com você. E caminhando cada homem nessa mesma norma, muito breve estenderemos na Terra as glórias do Paraíso.

Extraído do livro “Jesus no lar”; espírito Neio Lúcio; médium Francisco Cândido Xavier

CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO BEM – 62 ANOS
Fundado em 13/10/1957
Iluminando mentes – Consolando corações

Rua Presidente Backer, 14 – Olaria - Nova Friburgo – RJ
E-mail: caminheirosdobem@frionline.com.br
Programa Atualidade Espírita, do 8º CEU, na TV Zoom, canal 10 – sábados, 9h.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Lamaçal

terça-feira, 01 de setembro de 2020

Para pensar:

"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.”

Platão

Para refletir:

“Foge por um instante do homem irado, mas foge sempre do hipócrita.”

Confúcio

Lamaçal

Muitas vezes a coluna adoraria estar equivocada nas previsões que faz, mas infelizmente lidamos com padrões que se repetem, e a verdade é que quando algo nasce de maneira errada dificilmente irá corrigir os rumos enquanto segue seu curso natural.

Para pensar:

"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado.”

Platão

Para refletir:

“Foge por um instante do homem irado, mas foge sempre do hipócrita.”

Confúcio

Lamaçal

Muitas vezes a coluna adoraria estar equivocada nas previsões que faz, mas infelizmente lidamos com padrões que se repetem, e a verdade é que quando algo nasce de maneira errada dificilmente irá corrigir os rumos enquanto segue seu curso natural.

Estamos falando especificamente do imbróglio envolvendo o Instituto Unir Saúde, o governo municipal e as rescisões trabalhistas devidas aos ex-funcionários da UPA de Conselheiro Paulino, mas infelizmente a introdução que fizemos poderia ser igualmente aplicada a inúmeros casos narrados por aqui recentemente.

Rumo errado

Desde o início a coluna deixou claro o quanto estava disposta a elogiar o governo caso a prefeitura tivesse aproveitado a oportunidade que lhe foi dada de quitar diretamente tais rescisões, zerando assim sua própria dívida para com a OS que por anos administrou a UPA.

O leitor, contudo, sabe que infelizmente não foi o que aconteceu, e desde então paira sobre nossa cidade a desconfortável sombra da possibilidade de que tal dívida venha a ser paga de forma duplicada, uma vez que o débito da Unir para com seus ex-funcionários persiste, e nossa municipalidade é responsável solidária por estes pagamentos.

Vai vendo...

Pois bem, o tempo vai passando, e o roteiro vai se desenvolvendo da maneira usual.

Acontecimentos recentes atestam que a Unir não está mais sendo encontrada para notificações, está com endereço incerto.

E mais: o escritório que representava o Instituto diante das reclamações trabalhistas em Nova Friburgo também renunciou a todas elas.

E note o leitor que estamos falando de algumas ações altas aqui.

Uma delas, por exemplo, é de R$ 980 mil…

Absurdo

Evidentemente este tipo de desdobramento só pode ser interpretado como um péssimo sinal, ainda que tudo fosse muito previsível.

No contexto atual, muita gente já aposta que os R$ 5,2 milhões que foram transferidos pelo município para a Unir terão de ser pagos novamente no futuro.

Tudo parece caminhar nesse sentido, e não custa escrever agora, enquanto ainda não aconteceu: nós avisamos desde o início, e isso é um absurdo completo.

Tanto para com os ex-funcionários quanto para com os contribuintes em geral.

De novo, a coluna espera que o futuro não confirme o que se anuncia...

Questão de Justiça

Ao tratar da liminar que suspendeu o controverso contrato de quase R$ 47 milhões para a instalação de lâmpadas de LED em Nova Friburgo, a coluna citou a representação apresentada pelo vereador Professor Pierre (nº 72) que reuniu diversos questionamentos e indícios de irregularidades envolvendo a adesão à ata de registro de preços de Araguaína-TO .

Por uma questão de justiça, contudo, importa registrar que o ex-vereador Cláudio Damião também já havia protocolado representação junto ao Ministério Público (nº 71) tratando do mesmo assunto.

Fala, leitor!

“Gostaria de pedir a ajuda da coluna para fazer chegar ao governo municipal um apelo que tenho a certeza de não ser apenas meu. A mudança no local de embarque para os pacientes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), de trás da prefeitura para as cercanias do Hospital Raul Sertã, não foi positiva para a maioria dos usuários. Não nos parece correto que pessoas que já estão em tratamento - e, portanto, com a saúde fragilizada - tenham de esperar nas proximidades do hospital e perto de ambulâncias num período de pandemia.”

Segue

“Estacionar o carro também tornou-se mais difícil agora na Rua General Osório, e para quem chega de ônibus certamente também não melhorou. Gostaria que o embarque voltasse para onde era feito antes, ou melhor ainda, em horários de baixíssimo movimento, como nas madrugadas, que ele fosse feito próximo ao centro da cidade. Desde já agradeço pela atenção.”

O leitor em questão preferiu ter a identidade preservada.

Queimando lixo?

E já que estamos dando voz aos leitores, segue mais uma mensagem recebida.

“Aqui no bairro Perissê está uma fumaceira danada. Tem uns dias em que fica assim. Acontece com alguma frequência. Perguntei a moradores mais antigos, e ouvi que andam colocando fogo no lixo, ali nos arredores das casas antigas da Ypu. Numa época em que precisamos tanto de cuidados com problemas respiratórios, peço ajuda à coluna para chamar a atenção das autoridades para o problema”.

A leitora também preferiu o anonimato.

Não bastam os daqui?

Além do histórico que todos conhecemos a respeito da lista dos que já foram presos e/ou afastados, existe outro dado curioso a respeito dos mais recentes ocupantes da cadeira nº 1 do Palácio Guanabara, apontado pelo jornalista Emanuel Alencar: “os três últimos governadores em exercício do Rio não nasceram no Estado: Dornelles é mineiro de BH, Witzel é paulista de Jundiaí e Claudio Castro, santista. Todos são bem acolhidos por aqui. Sinceramente, não merecemos tanto sofrimento”.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Quem lê A VOZ DA SERRA viaja sem sair do isolamento!

terça-feira, 01 de setembro de 2020

“Nutrição & Forma” – com um tema abrangente, o Caderno Z do último fim de semana nos mostrou os “pilares de uma vida saudável”. A pandemia está aí disputando espaços e o jeito é criarmos um organismo forte. O provérbio “mente sã em corpo são” é a bola da vez na sinuca da quarentena. Atividades físicas e boa alimentação formam a dupla de maior audiência no estado de isolamento social. As nutricionistas Daniella Morgado e Cynthia Lamblet sustentam recomendações semelhantes.

“Nutrição & Forma” – com um tema abrangente, o Caderno Z do último fim de semana nos mostrou os “pilares de uma vida saudável”. A pandemia está aí disputando espaços e o jeito é criarmos um organismo forte. O provérbio “mente sã em corpo são” é a bola da vez na sinuca da quarentena. Atividades físicas e boa alimentação formam a dupla de maior audiência no estado de isolamento social. As nutricionistas Daniella Morgado e Cynthia Lamblet sustentam recomendações semelhantes. Daniella destaca que “é indispensável seguirmos uma rotina de alimentação saudável visto que precisamos aumentar nossa imunidade”. Cynthia realça o investimento em “alimentos ricos em vitaminas A, C, D e E, e em minerais como zinco, selênio e magnésio”. As duas profissionais destacam que não é hora de iniciar dietas restritivas e que qualquer mudança alimentar precisa ser orientada, para que não haja perda de nutrientes importantes na pandemia.

Hidratação, refeições sem grandes intervalos, vegetais, frutas, castanhas, sementes, cereais integrais, beber bastante água e tomar um “solzinho de 20 minutos” são cuidados essenciais para o dia a dia. Tatiane Lima Vogas, graduada em Educação Física, ressalta: “O exercício moderado praticado de forma regular aumenta o nosso exército de células de defesa e deixa a imunidade mais forte, com isso ficamos mais protegidos contra as doenças”. Omar Pimentel, professor de Educação Física, destaca: “Já é sabido da melhoria da imunidade, humor, força, cognição, disposição, dentre outros. O exercício físico tem esse poder de melhorar tanto a saúde física quanto a saúde mental das pessoas”. Como bem se vê, o “doutor Z” também é ótimo! Parabéns pelo tema.

Vinícius Gastin marcou um gol legal trazendo em “Esportes” uma página repleta de bons conselhos. “Equilíbrio é tudo – Exercício e dieta: o tratamento não medicamentoso ideal para a saúde”. Festejando o Dia do Nutricionista – 31 de agosto, quanto mais informação, mais podemos nos ajudar. O nutricionista Felipe Monnerat fez excelente explanação, em especial, sobre os cuidados para os diabéticos: “Sempre lembro que todos nós devemos nos alimentar como um diabético...”.

Duas alunas do Senai Moda em Nova Friburgo foram escolhidas para o programa de mentoria da marca francesa de alta-costura, Dior. As felizardas e competentes Beatriz Possati Cunha e Christine Santos estão radiantes e não é para menos. Com o conteúdo on-line, durante dez meses, na conclusão do projeto, todas as participantes desenvolverão projetos de “empoderamento e emancipação de jovens mulheres” em âmbito local. Que beleza! Outra boa notícia é o nascimento de Gabriel, mais um herdeiro do casal Marcelo Verly e Júlia. Parabéns! Ele vem para cumprir seu brilhante papel de trazer luz ao mundo!

Em “Massimo”, com licença, mas vou dizer também: “Senhoras e senhores, que semana, hein?”. Vejamos alguns acontecimentos. O contrato de iluminação pública em Nova Friburgo com lâmpadas de LED, orçado em R$ 47 milhões, para pagamento em quatro anos, foi suspenso mediante liminar. O aterro sanitário em Córrego Dantas carece de revisão, pois os moradores reclamam de mau cheiro e presença de moscas e de urubus.

O Hospital Raul Sertã fica sem 11 profissionais, “entre pedidos de demissão e pré-candidaturas”. Sobre a pandemia, a bandeira amarela segue estremecendo com o aumento de casos de Covid-19 para 2.356 e 100 mortes, boletim da última sexta-feira, 27. Eu não entendo essa medida de que havendo leitos hospitalares pode liberar o povo nas ruas.

Outra bomba, que já estava para explodir: o governador Wilson Witzel é afastado do cargo por seis meses pelo Superior Tribunal de Justiça. Como se não bastasse, a clonagem de WhatsApp já pegou muita gente em nossa cidade. A maré está feia, pessoal!

“Falta de interesse pelas eleições de novembro. Será que vai esquentar?”. Qualquer semelhança é mera coincidência, porque essa notícia foi destaque na coluna  “Há 50 Anos”, de A VOZ DA SERRA. Eu ainda nem votava. Mas, a pergunta, cinquentenária, ainda está valendo: será que vai esquentar?

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Mais vivas ao aniversariante do dia

terça-feira, 01 de setembro de 2020

Mais vivas ao aniversariante do dia

Como nunca é demais cumprimentar pessoas especiais e que realmente merecem o sucesso que têm devido a sua competência, dedicação, generosidade e a forma boa praça de ser com todos, felicitamos o querido aniversariante de hoje, 1°: o empresário Rogério Faria, da Stam Metalúrgica. 

Parabéns e felicidades ao prezado amigo.

Parabéns, dr. Alexandre!

Mais vivas ao aniversariante do dia

Como nunca é demais cumprimentar pessoas especiais e que realmente merecem o sucesso que têm devido a sua competência, dedicação, generosidade e a forma boa praça de ser com todos, felicitamos o querido aniversariante de hoje, 1°: o empresário Rogério Faria, da Stam Metalúrgica. 

Parabéns e felicidades ao prezado amigo.

Parabéns, dr. Alexandre!

Ainda em tempo de satisfação, os parabéns da coluna ao admirado médico oftalmologista dr. Alexandre Alvarez, que ontem, 31 de agosto completou mais um aniversário. Felicidades e tudo de bom!

O dia é também do Roosevelt

Outro aniversariante de hoje, 1°, e que merece a nossa admiração é o amigo e presença marcante nos meios de comunicação de nossa cidade, Roosevelt Carvalho Cordeiro (foto).

Por isso, com todo o carinho deste colunista unido às alegrias de sua esposa Adnéia, filhos, genros, noras, netos e uma legião de amigos que ele coleciona desde a sua infância, nossas congratulações ao querido Roosevelt por conta da chegada da nova idade. Parabéns.

Outro aniversariante do dia

Esta terça-feira, 1°, será tri-legal para satisfação que temos em contar com um trio de aniversariantes tão admiráveis quanto queridos.

Além do Rogério Faria, assim como do igualmente admirado Roosevelt Carvalho, quem também soma mais um ano de vida hoje é o querido amigo Marcos Antonio Nicolau.

Enviamos ao nosso estimado Marquinhos os parabéns com votos de mais felicidades como ele bem merece.

Com os seus 95 anos

Na última quinta-feira, 27 de agosto a família Heringer viveu mais um momento de muita alegria e satisfação. Isso, porque o admirado sr. Manoel Enéas Heringer (foto), que entre muitas atividades no passado, marcou época também na imprensa de nossa cidade, completou seus belos 95 anos de idade.

Mesmo que um pouquinho atrasado, nossas congratulações ao querido Enéas, com cumprimentos extensivos também a sua esposa Laís, filha Rosana, neta Thais e demais familiares.

Corações bem aquecidos

Marcaram um belo gol em favor da solidariedade, a Associação dos Lojistas do Cadima, presidida por Fany Zissu, e o shopping, através do seu diretor Luiz Fernando de Oliveira.

É que eles, juntamente com os Rotarys Clubes Nova Friburgo Caledônia e Imperador, respectivamente presididos por Murilo Guimarães e Gustavo Jachelli, realizaram uma destacada campanha beneficente.

Foram arrecadados cerca de 200 cobertores e mantas, que esta semana serão entregues a entidades assistenciais de Nova Friburgo, para assim chegar às pessoas carentes assistidas e protege-las do frio.

  • Foto da galeria

    Mais vivas ao aniversariante do dia

  • Foto da galeria

    O dia é também do Roosevelt

  • Foto da galeria

    Com os seus 95 anos

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Onde está o teu coração?

terça-feira, 01 de setembro de 2020

No último domingo, 30 de agosto, a liturgia da Igreja apresentou na primeira leitura o trecho do livro do Profeta Jeremias: “Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder” (Jr 20,7). Estas belíssimas palavras expressam a rendição do profeta diante do poder sedutor da vocação e missão dada por Deus.

Não é fácil o seguimento! Em seu desabafo, este homem de Deus relata que sua obediência à vontade divina o tornou alvo de chacota e zombaria. Mas, com o coração ancorado na certeza do amor do Senhor, seguiu fiel ao chamado.

No último domingo, 30 de agosto, a liturgia da Igreja apresentou na primeira leitura o trecho do livro do Profeta Jeremias: “Seduziste-me, Senhor, e deixei-me seduzir; foste mais forte, tiveste mais poder” (Jr 20,7). Estas belíssimas palavras expressam a rendição do profeta diante do poder sedutor da vocação e missão dada por Deus.

Não é fácil o seguimento! Em seu desabafo, este homem de Deus relata que sua obediência à vontade divina o tornou alvo de chacota e zombaria. Mas, com o coração ancorado na certeza do amor do Senhor, seguiu fiel ao chamado.

Ao contemplar a vida de Jeremias, Francisco, Clara, Dulce, Teresa de Calcutá, e tantos outros homens e mulheres que se deixaram seduzir pelo Senhor, surge em nossos corações o questionamento: o que justifica essa entrega, esse abandono de si? E ainda: será que no contexto e cultura atual ainda há espaço para este chamado?

O Papa Francisco no início de seu pontificado falou sobre este desejo de eternidade que move o coração do cristão.  Refletindo as palavras evangélicas “Onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração” (Lc 12, 34), o pontífice afirmou que este desejo se alimenta na esperança de nos encontrarmos com o Senhor, juntamente com os irmãos, com os companheiros de caminho.

“Todos nós temos um desejo. Pobre daquele que não tem desejos; o desejo de ir em frente, rumo ao horizonte. Gostaria de vos dirigir duas perguntas. A primeira: todos vós tendes um coração desejoso, um coração que deseja? Pensai e respondei em silêncio no vosso coração: tu tens um coração que deseja, ou um coração fechado, um coração adormecido, um coração anestesiado pelas situações da vida? O desejo de ir em frente, ao encontro de Jesus. E a segunda pergunta: onde está o teu tesouro, aquele que tu desejas? e eu pergunto: onde está o teu tesouro? Qual é para ti a realidade mais importante, mais preciosa, a realidade que atrai o meu coração como um ímã? O que atrai o teu coração? Posso dizer que é o amor de Deus? Há o desejo de fazer o bem ao próximo, de viver para o Senhor e para os nossos irmãos? Cada um responda no seu coração. Mas alguém pode dizer-me: mas padre, eu trabalho, tenho família, para mim a realidade mais importante é ocupar-me da minha família, do trabalho... Sem dúvida, é verdade, é importante. Mas qual é a força que mantém a família unida? É precisamente o amor, e quem semeia o amor no nosso coração é Deus, o amor de Deus, é mesmo o amor de Deus que confere sentido aos pequenos compromissos diários e que ajuda também a enfrentar as grandes provações. Este é o verdadeiro tesouro” (Ângelos, 11 ago. 2013).

Ainda neste pensamento, prosseguiu o Santo Padre: “Mas no que consiste o amor de Deus? Não é algo vago, um sentimento genérico. O amor de Deus tem um nome e um rosto: Jesus Cristo. O amor de Deus manifesta-se em Jesus. Trata-se de um amor que confere valor e beleza a todo o resto; um amor que dá força à família, ao trabalho, ao estudo, à amizade, à arte e a cada obra humana. E dá sentido também às experiências negativas, porque este amor nos permite ir além destas experiências, ir mais além, sem permanecer prisioneiros do mal, mas impele-nos além, abrindo-nos sempre à esperança. Eis, o amor de Deus em Jesus sempre nos abre à esperança, àquele horizonte de esperança, ao horizonte final da nossa peregrinação. Assim, até as dificuldades e as quedas encontram um sentido. Até os nossos pecados encontram um sentido no amor de Deus, porque este amor de Deus em Jesus Cristo nos perdoa sempre, nos ama a ponto de nos perdoar sempre” (Ângelos, 11 ago. 2013).

Esta reflexão do Papa Francisco é muito atual. Precisamos todos os dias questionar o que nos move para seguirmos na busca pelo tesouro que nem a traça nem a ferrugem consome (cf. Mt 6, 20).

Foto da galeria

Padre Aurecir Martins de Melo Júnior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Salve a FLIM 2020!

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

 

 

Hoje estou passando o sábado diante do celular, acompanhando a Festa
Literária de Santa Maria Madalena, em sua 11ª. edição que, neste ano, devido
à pandemia, está sendo realizada virtualmente. Apresentando muitas festas em
uma só, a FLIM, habitualmente, reúne lançamentos de livros e homenagens à
autores, palestras e mesas redondas, apresentações musicais e teatrais,
vendas de livros e conversas pelos cantos da cidade. As edições passadas
deixaram registros na história fluminense por reunir atividades relevantes à
literatura que tanto beneficiaram a cultura da região. Faço questão de ressaltar
que a FLIM faz parte do calendário do Estado do Rio de Janeiro por ser uma
das melhores do país.


É um evento que reconhece os esforços de todos os envolvidos com a
literatura. Ao propiciar o encontro entre escritores, leitores, editores e agentes
educativos, esta festa cria um clima de gratidão entre eles. Ao escritor por estar
diante de leitores que admiram sua obra; ao leitor por sentir a presença de um
autor que o tocou e promoveu mudanças em seus modos de perceber e lidar
com a vida; ao editor por produzir o livro, difundi-lo e fazê-lo circular no mundo,
aos agentes educativos por visualizarem possibilidades de incentivo à leitura e
atividades em sala de aula.
Como esta edição tem caráter virtual, os autores e leitores estão tendo a
oportunidade de se abraçarem através das telas dos seus celulares e
computadores. Não é um acolhimento de concretude real, mas através do
universo imaginário individual, carregado de energias afetivas sinceras e de
esperanças. Os esforços dos organizadores da FLIM não deixaram que a
pandemia cancelasse um evento tão importante e permitiram que as
dificuldades pessoais momentâneas fossem amenizadas ao oferecerem um
espaço interessante aos amantes das letras.
Nova Friburgo e a Academia Friburguense de Letras se fizeram presentes
na 11ª. edição através de seus escritores, editores e dinamizadores, que
tiveram a oportunidade de mostrar seus trabalhos na área da literatura, através
de livros, projetos e apresentações.

Com orgulho, apresento saudações à FLIM por todas as lembranças que
me trouxe neste sábado. Ao assistir os vídeos, sinto reforçar minha
responsabilidade de cidadã. Quero dizer que o escritor, nesta época de
recolhimento e preocupação, não pode deixar de cumprir seu ofício, uma vez
que cada palavra colocada no papel poderá contribuir para a superação deste
momento tão cheio de incertezas e apreensões.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.