Blogs

A VOZ DA SERRA é o gestor dos nossos anseios!

terça-feira, 22 de setembro de 2020

O Caderno Z do último fim de semana entrou em clima de primavera e nos apresentou o projeto Floristas do Amparo, uma cria do “Vamos Florir do Bem”, da Acianf, com a finalidade de “treinar mulheres em vulnerabilidade social” para que pudessem obter algum tipo de renda por meio da confecção de arranjos florais e buquês. A iniciativa também beneficia a floricultura, fortemente atingida pela crise da pandemia.  A produção de flores de corte de Vargem Alta, que sofria com o cancelamento de eventos, passou a ser beneficiada pelo movimento.

O Caderno Z do último fim de semana entrou em clima de primavera e nos apresentou o projeto Floristas do Amparo, uma cria do “Vamos Florir do Bem”, da Acianf, com a finalidade de “treinar mulheres em vulnerabilidade social” para que pudessem obter algum tipo de renda por meio da confecção de arranjos florais e buquês. A iniciativa também beneficia a floricultura, fortemente atingida pela crise da pandemia.  A produção de flores de corte de Vargem Alta, que sofria com o cancelamento de eventos, passou a ser beneficiada pelo movimento. O empreendimento envolve dedicação de primeira: Camila Porto, engenheira agrônoma, Moema Celles Cordeiro, produtora rural e a florista Mara Tsouroutsoglou.

Em entrevista, Camila explica que há outras participantes no projeto e há a intenção de chamar mais floristas treinadas. Entre os objetivos, o projeto visa aumentar o gosto pelas flores para o dia a dia das pessoas e não somente em datas festivas. Empresas, consultórios, qualquer ambiente fica mais bonito e com boas energias com a presença das flores. Os clientes podem escolher entre os tipos de assinatura: presente, decorativa, Clube das Flores e takeway. No Clube das Flores, por exemplo, o cliente recebe em seu endereço um ramo de flores naturais para presentear ou no estilo “Faça você mesmo”, montando o próprio arranjo.

O “Z” também trouxe dicas de trilhas para o “reconecte-se com a natureza” em Nova Friburgo. Pelo Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio – 16 de setembro, o alerta de que a recuperação está em andamento, “mas ainda deve levar anos”. Isso se houver ação humana consciente e competente.

Em “Esportes”, Vinicius Gastin convidou o doutor Felipe Monnerat, que nos brindou com muitos aconselhamentos: “Em meio a pandemia, onde devemos evitar ir a hospitais e clínicas pelo risco de infecção, muitos profissionais orientam o que já deveria ter sido feito, o olhar para si”. Dr. Monnerat destaca o valor de conhecermos o nosso corpo em seu todo e assim podermos atentar para qualquer alteração em nosso bem-estar geral.

Esse “conhecer” não é como relatado por Guilherme Alt, de que há pessoas inventando sintomas para fazer o teste de Covid-19, para “tirar a curiosidade”. No dizer do diretor geral da UPA, Ivo José Dutra, não são denúncias reais, embora muitas pessoas procurem “indiscriminadamente” o centro de triagem. Dr. Ivo garante que “não há possibilidade de o paciente fazer o teste na base de uma mentira, já que há outras maneiras de checar as informações”. Por isso mesmo, pessoal, inventar sintomas não cola!

Nem eu que amo tanto a cor, conseguiria manter a bandeira amarela por tanto tempo, com os casos já chegando ao patamar de três mil infectados. Parece que somente eu implico com isso, pois nem nas redes sociais vejo as pessoas debatendo sobre a pandemia. As pessoas estão se acomodando? A métrica reguladora é feita pela soma dos indicadores, entre esses, a taxa de letalidade e os novos casos de contaminação a cada 14 dias. Trovadora que sou, eu prefiro a métrica da trova – sete sílabas - nem mais nem menos!

Dezesseis candidatos deram a largada na “corrida à cadeira número 1” de Nova Friburgo. Sabendo que “a cadeira” não é mais do que uma metáfora, pois, quem se eleger para a sua ocupação, pouco fará seu uso para sentar-se, pois há muito o que fazer na cidade. Pelo visto, seguindo o labirinto da charge de Silvério, não vai ser fácil subir os degraus da casa cor-de-rosa. Desde já, fica a máxima em “Massimo”, de George Van Valkenburg: “Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando”.

Enquanto isso, o movimento “Volta Centro de Arte” espera subir ao topo das atenções da “boa vontade dos governantes”. O espaço cultural está fechado desde a tragédia de 2011 e vários artistas manifestaram seus lamentos em entrevista com Ana Borges. A exemplo, Daniela Santi conclama: “Artistas calados são artistas mutilados. Cansamos. Queremos o nosso lar ativo e vibrante...”.  Chico Figueiredo lembra Jaburu e confessa: “Quem sabe, forças sobrenaturais façam acontecer o que tanto desejamos?”. Chega um momento em que o sonho tem que sair do sonho. Volta, sim, Centro de Arte!

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Com nova e bela idade

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Ainda em tempo de grandes satisfações e imensas alegrias, nossos parabéns pelo 20° aniversário da jovem Luiza Bôscolo Muylaert completado na última sexta-feira, 18.

Tudo de bom para a Luiza e sua querida mamãe Elizabeth Muylaert.

Vivas ao super Márcio!

Ainda em tempo de grandes satisfações e imensas alegrias, nossos parabéns pelo 20° aniversário da jovem Luiza Bôscolo Muylaert completado na última sexta-feira, 18.

Tudo de bom para a Luiza e sua querida mamãe Elizabeth Muylaert.

Vivas ao super Márcio!

 Um grande empresário de Nova Friburgo soma mais um ano de vida esta semana: o amigo Márcio Branco, da SAF. A coluna e toda equipe de A VOZ DA SERRA, assim como a verdadeira legião de amigos que o aniversariante tem na cidade, apresenta desde já as congratulações ao Márcio, que na próxima sexta-feira, dia 25, estará mudando de idade.

Aniversariando hoje

Hoje, 22, quem certamente terá um dia de muitos cumprimentos pessoais de seus familiares e por certo a distancia dos muitos amigos que possui, é o Aroldo Gonçalves Pereira, que marcou época num passado não tão distante como um dos admirados empresários do ramo farmacêutico e também político.

Nossos parabéns e votos de felicidades ao querido Aroldo, na foto ao lado de sua companheira e amor da vida, a esposa, Mirtes.

Viver melhor, em e-book

O querido friburguense Rubens Barros de Azevedo, odontólogo que se destacou na antiga Fonf, a Faculdade de Odontologia de Nova Friburgo, e também jornalista e escritor, acaba de dar mais um belo passo em suas atividades literárias.

É que seu livro "Viver melhor: é possível?", depois de quatro edições impressas e esgotadas, ganha agora sua versão eletrônica. Nesta obra, o Rubens que reside de alguns anos para cá em Natal, no Rio Grande do Norte, aborda temas muito importantes como reeducação mental, física, alimentar e espiritual.

 De fácil leitura, com tabelas e gráficos, por meio de perguntas e respostas, nosso admirado Rubens traça um manual para uma vida mais saudável.

 Quem desejar adquirir esta versão em e-book basta acessar www.helvetiaeditions.com, colocando em procurar o título Viver melhor é possível?

Prefeitáveis em profusão

A partir da reportagem especial da edição do último fim de semana de A VOZ DA SERRA sobre o recorde de candidatos a prefeito de nosso município, surgem três oportunas conclusões.

1°) Que bom que vivamos a democracia e o volume de candidatos agora, não se restringe somente à vereadores; 2°) Que quantidade venha significar também qualidade e 3°) Que oportunizado a quem desejasse o ponto de partida, que o eleitor consciente ao final, possa no ponto de chegada ter o melhor para Nova Friburgo.

Parabéns, contadores!

Hoje, 22, no rol das datas comemorativas, temos o "Dia do Contador".

Por isso, saudação e cumprimentos a todos profissionais deste segmento sempre importante nas atividades empresariais e econômicas.

Erthal: festa virtual

Este ano, sem poder realizar seu encontro festivo em decorrência da pandemia, a tradicional Família Erthal depois de ininterruptos 41 anos e para não deixar passar em branco a ocasião, lança mão de uma moderna prática verificada nestes últimos tempos.

No próximo sábado, 26, a partir das 10h30 com programação especialmente elaborada, a Família Erthal realizará de forma virtual seu encontro 2020.

Foto da galeria
Aniversariando hoje (Aroldo ao lado de sua companheira e amor da vida, a esposa, Mirtes)
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Setembro Amarelo

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza nacionalmente o movimento “Setembro Amarelo”. A culminância desta efeméride é o dia 10 deste mês, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, organiza nacionalmente o movimento “Setembro Amarelo”. A culminância desta efeméride é o dia 10 deste mês, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

De acordo com o site oficial da campanha, “são registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de um milhão no mundo. Trata-se de um triste fato, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e o abuso de substâncias”.

O Papa Francisco, com sua proximidade e preocupação com as dores da humanidade que lhe são peculiares, sempre manifesta sua inquietação com este fenômeno, sobretudo com o grande número de jovens vítimas desta trágica realidade social. Para o Pontífice, o principal motivo é a falta de perspectiva. “Não conseguem sentir-se úteis. Outros jovens não têm a coragem de enfrentar o suicídio, mas procuram uma alienação intermediária nas dependências, e hoje a dependência é uma fuga desta falta de dignidade”. (Mensagem do papa no Dia de Prevenção do Suicídio, 10 de setembro de 2020)

O santo padre ainda alerta para o drama enfrentado pelas famílias, uma vez que diante de um mundo cada vez mais desumano as situações de usura são recorrentes, aumentando sem medida o sofrimento e angústia no seio familiar. “E muitas vezes, no desespero, quantos homens acabam no suicídio porque não aguentam, não têm esperança, não têm uma mão estendida que os ajude, mas só uma mão que os obriga a pagar os juros”. (Papa Francisco, 10 de setembro de 2020).

Outra situação que se descortina em nossas vidas é o drama da pandemia. Quantas pessoas veem suas certezas desmoronarem, tantas expectativas traídas... o sentimento de abandono nos aperta o coração. O Papa Francisco nos faz recordar que Jesus não nos abandona e nos motiva à coragem! Abramos o coração ao amor de Deus!

Este tema nos faz ver e entender o quanto somos responsáveis uns pelos outros e pela construção de um mundo melhor, mais justo e fraterno. Vivemos tão fechados em nossos interesses, em nossas preocupações, em nossos lucros, que nos esquecemos que o maior tesouro que possuímos é nossa vida e a dos nossos irmãos.

O sofrimento da vida é, por vezes, tão pesado que se torna impossível carregá-lo sozinho. É preciso criar ambientes de escuta e de fala. Lugares seguros onde a dor e os sentimentos dos outros sejam respeitados e valorizados.

São João Paulo II nos ensinou que a família é a base da sociedade e o lugar onde as pessoas aprendem, pela primeira vez, os valores que os guiarão durante toda a vida. Por isso, é importante que os jovens e as crianças encontrem dentro do seu próprio lar condições para o diálogo.

Sendo irmãos comprometidos com a dor um dos outros permitiremos que a consolação de Deus sustente toda a humanidade. (Papa Francisco, 10 de setembro de  2020).

Foto da galeria 

Padre Aurecir Marins de Melo Junior é coordenador diocesano da Pastoral da Comunicação. Esta coluna é publicada às terças-feiras.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

As biografias, um aprendizado para ser e fazer

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Gosto das biografias porque são originais, até hoje não li uma semelhante à outra; a experiência individual é inédita, tal qual a impressão digital. Os biógrafos penetram nos meandros do quotidiano dos seus biografados e vão desvendando quem foram, o que fizeram e por que tornaram-se significativos ao seu tempo, o que nos permite, inclusive, conhecer a história por outros vieses.                                                            

Gosto das biografias porque são originais, até hoje não li uma semelhante à outra; a experiência individual é inédita, tal qual a impressão digital. Os biógrafos penetram nos meandros do quotidiano dos seus biografados e vão desvendando quem foram, o que fizeram e por que tornaram-se significativos ao seu tempo, o que nos permite, inclusive, conhecer a história por outros vieses.                                                            

Acabei de ler a biografia de Hebe Camargo pela Amazon e fiquei emocionada. Não somente pelo modo como ela encarava a vida e seus desafios, mas porque assistia frequentemente aos seus programas. A hora da Hebe era a hora da Hebe. O que me atraia naquela mulher exuberante foi o modo como admirava as pessoas e ria. Ela ria sempre. Certamente, foi uma vivente e, como todos nós, teve seus desafios e agruras. Não foi perfeita. Porém não trapaceou e traiu os amigos. Soube ganhar dinheiro sem se corromper. Hebe tinha positividade, sobrevoava as dificuldades e aprendia a conquistar seu espaço no país a cada dia.   

Hebe participou da história do Brasil e do mundo, levando ao seu programa personalidades que contribuíram para a ciência, esportes, artes e outras áreas da produção humana, como Christiaan Barnard, cirurgião Sul-Africano que realizou o primeiro transplante de coração. Foi uma mulher que esteve no centro do movimento da vida com esperança, levando alegria a muitos. Tinha um fã clube imenso, e dele, eu fazia parte. 

A leitura de sua biografia deixou sua trajetória em aberto e fiz um curso de como viver com intensidade e otimismo. Aprendi e reaprendi que temos de jogar a bola para frente e chutar à gol. Sem imposturas. Ah, não vale a pena ficar em lamentos pelos cantos. Se há perdas em determinados momentos, há ganhos em outros, o importante é nadar a favor e contra a corrente até o final dos nossos dias. Ela fez isso. Trabalhou até suas possibilidades físicas permitirem, apresentando seu programa rindo, enfeitada por joias que adquiriu com recursos próprios. Acenou adeus com alegria.

Eu ia lendo sua biografia e vendo vídeos no YouTube, o que me ofereceu possibilidades de interpretar os fatos através dos bastidores. É interessante conhecer a história através de outros pontos de vista.

Entretanto, algo me entristeceu. Nesta leitura, eu me reencontrei com tantas pessoas das quais era fã, e que não estão mais aqui, como Bibi Ferreira e Edith Piaf. Ah, a vida é curta e rápida. Não parei de pensar que se as pessoas criativas, inteligentes e estudiosas vivessem mais poderiam deixar maiores legados, como Leonardo da Vinci, Braguinha e Rousseau.

Depois que acabei de ler, abracei aquele livro que havia me contado a história da Hebe. Por querer ser um pouco como ela. Por ter prazer em vê-la amar a vida.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Guarda baixa

sábado, 19 de setembro de 2020

Para pensar:

"A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.”

Norman Schwarzkopf

Para refletir:

“Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando.”

George Van Valkenburg

Guarda baixa

Para pensar:

"A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.”

Norman Schwarzkopf

Para refletir:

“Liderança é fazer o que é certo quando ninguém está olhando.”

George Van Valkenburg

Guarda baixa

Algumas das grandes surpresas de nossos dias têm sido marcadas pela forma como suas possibilidades de concretização geralmente são subestimadas pelo senso comum, atenuando forças de rejeição que, de outro modo, teriam se mobilizado de maneira mais intensa.

Exemplos

Foi assim com o Brexit, foi assim com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, e, em alguma medida, foi também assim a eleição do presidente Jair Bolsonaro, embora neste caso com um prazo mais destacado.

Afinal, se no início do 2º turno sua eleição já parecia quase uma obviedade, vale lembrar que ela ainda parecia bastante improvável cinco meses antes da ida às urnas em 2018.

Parecia igual...

Pois bem, em nosso microcosmo municipal não seria exagero dizer que se passou algo parecido neste período pré-eleitoral de 2020.

Porque afinal, já se tornou parte da cultura política que muitas pessoas se anunciem como pré-candidatos a prefeito no início das costuras eleitorais, diversas vezes com o único intuito de valorizarem os próprios passes.

Mas fugiu ao script

Há quem eventualmente faça isso para negociar uma candidatura a vice-prefeito, há quem faça para colocar o próprio nome em evidência e fortalecer uma candidatura a vereador, e há quem faça isso apenas por vaidade ou para se tornar mais conhecido, e, claro, há quem faça por ambições legítimas também.

Já aconteceu muitas vezes no passado, mas no fim a lógica prevalecia e, com uma ou outra exceção, cada um acabava seguindo a opção disponível onde encontraria melhores chances de se eleger.

Desta vez, no entanto, as coisas evoluíram de maneira muito diferente.

Como explicar?

A coluna já falou diversas vezes a respeito do notório vácuo de lideranças em nossa cidade, e também sobre o descrédito da classe política como um todo, que têm se refletido num comparecimento às urnas cada vez menor, e no aumento dos percentuais de votos brancos e nulos.

É de se supor também que o contexto de pandemia tenha deixado o pleito em segundo plano e tornado menos urgentes e frequentes as reuniões que habitualmente desenham costuras e parcerias, mas mesmo tudo isso parece insuficiente para explicar o que estamos vivendo.

Sem garantias

Talvez tenha pesado, em alguns casos, a noção de que não seria assim tão fácil obter uma cadeira no plenário, e que muitos candidatos bem votados certamente serão relegados à fila de suplentes.

Daí, melhor perder para prefeito que para vereador…

Efeito cascata

E, claro, também houve uma espécie de efeito cascata a partir do momento em que candidaturas próximas deixaram de se fundir e decidiram disputar as mesmas fatias de eleitorado, dando a confiança necessária para que atores em extremo oposto do espectro ideológico acreditassem que poderiam fazer o mesmo e abrissem mão de coligações de viés eleitoral.

Óbvio: quanto mais vai caindo a perspectiva de votos necessários para vencer, mais pessoas se animam a concorrer.

E mais a perspectiva baixa, num ciclo que se realimenta.

Outros fatores?

A lista final, contudo, sugere outras motivações.

É possível arriscar, a partir do que se conhece de contexto, que há ali políticos que não viram outra forma de dar alguma progressão às respectivas carreiras; há cidadãos interessados em expor suas ideias; há iniciantes possivelmente interessados na visibilidade, provavelmente mirando em eleições futuras; e sabe-se lá mais o quê. 

Uma ideia

O ideal, neste cenário, seria se tivéssemos uma eleição em dois turnos.

Podemos até arriscar uma sugestão aqui: municípios com mais de 100 ou 150 mil eleitores aptos teriam segundo turno quando houvesse dez ou mais candidatos nas eleições majoritárias.

Porque, na prática, essa divisão em turnos tende a ser feita mentalmente pelos eleitores, caso venham a sentir que, no frigir dos ovos, estarão escolhendo entre três ou quatro opções.

Cuidado

A se confirmar tal previsão o resultado final certamente não refletirá a real popularidade de cada candidato, mas sim o fluxo migratório de votos para opções secundárias ou terciárias que eventualmente pareçam mais capazes de impedir a eleição de blocos rejeitados.

Por isso mesmo todos devem ter muito cuidado com a procedência de pesquisas, pois certamente há quem esteja disposto a estimular o chamado “comportamento de manada” a partir de informações fictícias e convenientes. 

Sem convicção

De fato, parece existir uma grande chance de que o futuro próximo de nossa cidade venha a ser decidido pelos votos de quem escolher o que naturalmente seria sua segunda ou terceira opção, e isso naturalmente é muito ruim.

Porque, além da perspectiva de que o próximo prefeito venha a ser eleito com os votos de menos de 10% da população, é bem provável que mesmo entre estes 10% parte significativa nem ao menos tenha escolhido com convicção ou entusiasmo.

Comparações (1)

Façamos aqui algumas comparações rápidas com eleições passadas.

Veja o leitor que em 1996 nós tivemos quatro candidatos a prefeito. Naquela ocasião Paulo Azevedo foi eleito com 38.200 votos, que corresponderam a 43,86% dos votos válidos.

Já em 2000 foram sete candidatos (embora ao menos um deles tenha desempenhado o papel de candidato de aluguel). Naquele ano Saudade Braga foi eleita com 46.764 votos, equivalentes a 47,368% dos votos válidos.

Comparações (2)

Avançamos para 2004, quando houve seis candidatos (novamente com um deles desempenhando o papel de aluguel).

Naquele ano Saudade Braga foi reeleita com 46.990 votos, equivalentes a 43,434% dos votos válidos.

Pula para 2008, e o que temos é Heródoto Bento de Mello sendo eleito com o apoio de 53.341 friburguenses, equivalentes a 47,56% dos votos válidos.

Comparações (3)

Um cenário de apoio que começaria a mudar já na eleição seguinte, em 2012, quando Rogério Cabral foi eleito com 37.962 votos, equivalentes a 35,58% do total válido.

Por fim, em 2016, Renato Bravo chegou à prefeitura com o respaldo de 29.046 eleitores, equivalentes a 28,23% do total de votos válidos.

Em 2020, tudo indica que o percentual de votos do vencedor será ainda menor do que já havia sido há quatro anos.

Desânimo (1)

Importante observar também que em 2008 havia 141.776 eleitores aptos a votar, e 121.742 efetivamente foram às urnas (abstenção de 20.034). Descontados 3.315 que votaram em branco e 6.271 que votaram nulo, restaram 112.156 votos válidos.

Em 2012, por sua vez, 120.398 dos 147.115 eleitores aptos a votar efetivamente foram às urnas (abstenção de 26.717). Descontados 3.907 votos em branco e 9.794 votos nulos restaram 106.692 votos válidos.

Desânimo (2)

Por fim, em 2016, o número de eleitores aptos a votar subiu para 151.045, mas o número de votos apurados caiu para 117.940 (abstenção de 33.105). Descontados 4.229 votos em branco e 10.837 votos nulos restaram 102.874 votos válidos.

Resta esperar que, num momento em que cada voto tem potencial para fazer enorme diferença, a população se anime um pouco mais e reverta esta queda no percentual de comparecimento e votos válidos que vem marcando nossos últimos pleitos.

Muita gente, todavia, não está otimista a esse respeito.

Limão e limonada

O momento, enfim, é de teste para nossa democracia.

Naturalmente o volume de candidatos vai dificultar o processo de formação de opinião com base em informações sólidas, e tende a superficializar os debates, a promover desinformação, simplificações e estereótipos.

De nossa parte, a imprensa séria promete suar a camisa para levar ao eleitor o máximo de informações, e em troca este colunista pede aos leitores empenho e comprometimento para fazer com que este cenário difícil possa ser aproveitado naquilo que oferece de melhor, que é justamente a grande variedade de opções.

Rapidinha

A coluna havia prometido fazer alguns registros nesta edição, mas o espaço não permitiu.

Fica para a próxima.

Por ora, apenas uma notícia bem curtinha: o ex-vereador Grimaldino Narcizo (Cigano) teve alta após 18 dias de internação para se recuperar da Covid-19.

A coluna se alegra muito com isso.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Eleições 1970: MDB apresenta sub-legendas à sucessão de Amâncio

sábado, 19 de setembro de 2020

Edição de 19 e 20 de setembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

Edição de 19 e 20 de setembro de 1970
Pesquisado por Fernando Moreira

Manchetes:

  • O MDB friburguense parte para a campanha da sucessão municipal com três sub-legendas, encabeçadas, respectivamente, por Álvaro de Almeida, Joel Batista Jonas e Laura Milheiro de Freitas - A grande batalha das urnas caminha aceleradamente para a empolgação geral do eleitorado. Mais de trinta e um mil friburguenses estarão em condições de votar em 15 de novembro próximo.
  • Alencar Pires Barroso -  O vereador concorrerá novamente ao Legislativo friburguense, atendendo assim aos insistentes apelos dos seus amigos e companheiros do MDB. As regiões Fazenda do Cônego, São Lourenço e imediações, principalmente, terão na Câmara Municipal um autêntico delegado, sempre disposto a trabalhar pela bonita e progressista zona. Político prestigiado e querido, um dos mais votados no Legislativo de nossa terra, mais uma vez mostrará o seu valor.
  • O povo quer votar - O eleitorado brasileiro quer praticar a democracia, já que nasceu democrata e abomina toda e qualquer tirania. Somente os usurpadores do poder temem o resultado, a soberania das urnas. Os legítimos mandatos emanam do povo, em nome do qual a força do direito deve ser aplicada.
  • Visitantes ilustres - Quartel General da Maçonaria - Estiveram em nossa cidade, sendo homenageados com jantar, dr. Raphael Rocha e João Pedro da Silva Sá, respectivamente, o grão mestre e grão mestre adjunto, do Grande Oriente do Brasil, no Estado do Rio de Janeiro, recém-criado, em Niterói. O dr. Raphael Rocha, exerce a medicina na capital do Estado, sendo reconhecido pelo humanismo com que se dedica à profissão. Já ocupou inúmeros cargos públicos, entre os quais o de presidente do Instituto Vital Brasil e o de secretário de Saúde e Assistência do Estado do Rio. 
  • Eletrificação Rural - O governador Geremias de Mattos Fontes mandou aplicar com urgência o sistema do cooperativismo rural para a eletrificação do campo, a fim de levar energia elétrica a mais de dez mil propriedades até o final do seu mandato. A experiência é inédita no território fluminense e as autoridades estão desenvolvendo uma intensa campanha a fim de convencer os proprietários rurais de que o novo sistema é o mais adequado para promover o desenvolvimento sócio econômico da região. Governo efetuou o levantamento aerofotogramétrico e topográfico, bem como realizou pesquisas socioeconômicas e organizou um cadastro eletro-agrícola e organizadas 12 cooperativas para a implantação de eletrificação rural que na primeira etapa, beneficiará cerca de 20% das propriedades do Estado.
  • Inspeção - 1ª Cia da Polícia - O capitão PM Newton Abicalil Imbroinisi, comandante da 1ª Cia. Independente de Polícia, informou-nos que virão a Nova Friburgo o general de Brigada Augusto de Oliveira Pereira, inspetor geral das Polícias Militares acompanhado de oficiais de seu Estado-Maior que funciona no Ministério do Exército em Brasília e também do sr. coronel Hindemburgo Coelho de Araújo, comandante geral da Polícia Militar deste Estado. A visita do General Pereira destina-se a inspeção de área da antiga Estação de Cargas da Rede Ferroviária Federal, na Vila Nova onde será instalada a 1ª Cia. Independente de Polícia, reforçada com um pelotão de Bombeiros, Grupos de Trânsito e Rádio Patrulha, devendo entrar em funcionamento antes do final do ano.
  • Controle financeiro dos municípios - Decreto regulamentando o auxílio no controle externo da fiscalização financeira e orçamentária dos municípios foi assinado pelo governador Geremias Fontes, estabelecendo que o mesmo será de competência do Departamento das municipalidades que emitirá parecer prévio sobre as contas a serem prestadas, anualmente pelo chefe do Poder Executivo Municipal. De acordo com o decreto governamental somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal deixará de prevalecer o parecer prévio, devendo o prefeito ao encaminhar a prestação de contas relativa ao exercício anterior, o que será feito no prazo de 30 dias após a abertura da sessão legislativa, remeter o parecer prévio do Departamento das Municipalidades.

Sociais

  • A VOZ DA SERRA registra os aniversários de: João Batista da Silva (19); Paulo Sérgio Cúrio (20); Joel Namen, Mário da Silva Miranda e Noêmia Bizzotto (21); José Nunes Figueiredo (22); Flávio Luiz Malheiros, Saite-Clair Sette Pereira, Hélio Madureira e Marina de Souza (23); Yvette Pinto Henriques e Ana Terezinha (25); Jael Pinto de Faria, Almeirinda Pereira Bispo, Karla Assis Almeida e Glória Bárbara Henze (26). 

 

Foto da galeria
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Em alerta

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Para pensar:
"A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer.”
Sócrates

Para refletir:
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”
Ayrton Senna

Em alerta

Sabia-se, desde o início, que bancos seriam um local central para a cadeia de contágio do novo coronavírus.

Para pensar:
"A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer.”
Sócrates

Para refletir:
“No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz.”
Ayrton Senna

Em alerta

Sabia-se, desde o início, que bancos seriam um local central para a cadeia de contágio do novo coronavírus.

Muita gente, ambiente fechado, dinheiro e máquinas sendo tocados por várias mãos… Enfim, era previsível.

Ainda assim, impossível não registrar a quantidade de agências que estão fechadas - ou estiveram, até pouco tempo - em razão da contaminação de ao menos um funcionário.

Apenas do Itaú, salvo algum equívoco na apuração, foram quatro agências: a 222, a 9204, a de Conselheiro e também a da Ceasa, em Conquista.

Bola de neve

A situação é delicada, porque naturalmente cada agência que fecha - e é preciso fechar mesmo, ninguém aqui está questionando os protocolos - faz com que aumente o risco a que são expostas as demais agências, pois aumentam as filas, o número de pessoas e o tempo de exposição.

O momento parece oportuno para que a população se esforce por se estruturar e familiarizar com aplicativos e alternativas de atendimento, dentro das possibilidades de cada um.

Bom senso

Bom, a coluna deu destaque à questão envolvendo a banca em frente ao antigo fórum, então é coerente que registremos aqui também os desdobramentos.

De acordo com fontes internas, Janaína Alves, coordenadora da Subsecretaria de Bem-Estar Animal, entrou em contato com a Subsecretaria de Posturas e está intermediando os procedimentos administrativos referentes à notificação 5.244.

Tendências

A coluna entende que será concedido um prazo longo o bastante para que vários órgãos da Prefeitura de Nova Friburgo se manifestem, assim como a Fundação D. João VI, e também para o caso esfriar um pouco, afastar do período eleitoral, e permitir que as ações sejam padronizadas.

Quando houver conclusões a interessada será comunicada e o caso deverá ser replicado para todas as bancas de jornais da cidade, em que problemas foram detectados.

À coluna foi dito também que a ação começou por esta banca por se tratar de área tombada pelo patrimônio histórico no Centro.

Praga

Em meio a tudo o que está sendo este ano de 2020, ainda tem gente dedicada a tornar as coisas mais difíceis.

Acredite o leitor que nos últimos dias este colunista testemunhou mais uma vez uma tentativa de golpe através de sequestro falso.

E, ao tocar no assunto com outras pessoas, foi informado de que a prática voltou a ocorrer com frequência em nossa cidade.

Assim, se por acaso algum dos leitores receber ligação informando que algum parente foi sequestrado, tente manter a calma e jamais forneça nomes ou dados verdadeiros.

Destaques

Temos diversas notinhas acumuladas a respeito de personalidades locais se destacando por esse mundão.

Hoje a gente fala das meninas, e na próxima edição falaremos dos rapazes.

Início promissor

Comecemos pela jovem Ilana Guilland, criadora e coordenadora do “Bonde da Gambiarra”,

iniciativa que nasceu a partir do seu projeto de conclusão da graduação em Design, “que teve como ponto de partida a investigação e a problematização da diversidade étnica e a representação feminina negra na tecnologia”.

A própria Ilana explica que “o resultado consiste em uma metodologia de projeto de design para aplicação em aulas de artes no ensino fundamental que utiliza a construção das chamadas ‘gambiarras’ como forma de aproximar a linguagem da tecnologia ao cotidiano das periferias”.

Boa sorte!

O papai Girlan Guilland, justificadamente orgulhoso, informa ao colunista que o projeto, focado em “desconstruir e ressignificar”, e que aborda a “tecnologia enquanto parte de um processo cultural”, foi um dos quatro selecionados para a segunda fase da seleção Design de Impacto Positivo / Covid - categoria Estudantes, entre os 30 inscritos pela própria PUC-Rio.

À Ilana a coluna deseja sorte no concurso e, mais que isso, que este seja o início de uma carreira muito fértil e produtiva num ramo que pode fazer muita diferença na qualidade de vida das pessoas.

Novo livro

A friburguense Ilona Szabó vive atualmente um dos momentos mais produtivos de sua brilhante carreira.

Nos poucos dias que se passaram desde a última vez em que a coluna mencionou seu nome, por exemplo, ela confirmou o lançamento de seu terceiro livro, intitulado “A defesa do espaço cívico”.

Publicada pela Editora Objectiva, do Grupo Companhia das Letras, a obra “descreve o modo como o governo brasileiro vem restringindo o espaço cívico – nome dado às formas como os cidadãos se organizam, debatem e agem na esfera pública”.

Aspas

“Eu própria passei por uma experiência pessoal de violência on-line, intimidação e ameaças, em episódios que compartilho no livro. E venho estudando desde então o fechamento do espaço cívico e os desafios impostos à democracia ao redor do mundo, e como cada um de nós pode se opor a isso, ajudando a garantir os direitos e as liberdades de uma sociedade saudável, plural e justa”, explicou a autora.

A promessa é de que o livro esteja nas livrarias já em outubro.

Podcast

E já que falamos sobre Ilona, a coluna registra que na próxima segunda-feira, 21, estreia o “Você pode mudar o mundo”, podcast do Instituto Igarapé “para inspirar o engajamento e a ação cívica de líderes e cidadãos”.

Toda segunda-feira ela irá vai conversar “com brasileiros que atuam em iniciativas bem-sucedidas em defesa da democracia. A cada episódio, traremos histórias sobre como ações cívicas podem provocar mudanças reais. No primeiro, converso com o ator e diretor Wagner Moura, que fala sobre como seus filmes e seu engajamento podem ajudar a inspirar a mudança”.

A produção é da Rádio Novelo e faz parte de um projeto maior, que envolverá um livro, pesquisas e outros desdobramentos.

Suspiro

Vários leitores têm entrado em contato com a coluna questionando detalhes a respeito da obra de ampliação da Praça do Suspiro.

“Uma obra dessas a menos de quatro meses do fim do mandato? A menos de dois meses das eleições? Qual a chance de ser descontinuada ou alterada na próxima gestão? Parece brincadeira…”

Já outro leitor pede apoio à coluna para que faça chegar ao governo o pedido de que o projeto seja apresentado à população.
Enfim, se a prefeitura quiser enviar informações e imagens, o espaço está aberto.

Fala, leitor!

“Muito se falou, até uma reunião no 11ºBPM aconteceu, mas nada se resolveu para fiscalizar as motos barulhentas. É impressionante observar em toda parte da cidade principalmente nas avenidas centrais o abuso dos motoqueiros. Afinal de quem é a responsabilidade de fiscalizar as motos?”

Assina mensagem o leitor Renato P. da Fonseca.

A esse respeito, a coluna pode acrescentar que o Observatório Social de Nova Friburgo tem mantido a pauta aquecida, e segue atuando na busca por atenuar o problema.

Foto da galeria
Suspiro (Foto: Regina Lo Bianco)
Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Flores de luz

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Ganhei um cristal energético de presente. Alinhei-o aos demais e impregnei o objeto de sentimento e significado. E como sempre, coloquei-me a refletir sobre a pedra e sua analogia com a vida em si. Lapidar pedra bruta é uma arte. Tanto a bruta quando a lapidada possuem sua beleza e são únicas, especiais. Assim como nós. Contudo, as pedras de verdade para conquistarem a forma desejada, sofrem muitas vezes a interferência do homem, sem a qual, permaneceriam como são simplesmente ou se contentariam com as mudanças contínuas provocadas pelo tempo e os elementos da natureza.

Ganhei um cristal energético de presente. Alinhei-o aos demais e impregnei o objeto de sentimento e significado. E como sempre, coloquei-me a refletir sobre a pedra e sua analogia com a vida em si. Lapidar pedra bruta é uma arte. Tanto a bruta quando a lapidada possuem sua beleza e são únicas, especiais. Assim como nós. Contudo, as pedras de verdade para conquistarem a forma desejada, sofrem muitas vezes a interferência do homem, sem a qual, permaneceriam como são simplesmente ou se contentariam com as mudanças contínuas provocadas pelo tempo e os elementos da natureza. Não poderia dizer qual a mais bela, posto que cada uma tem sua beleza, seu sentido e a partir do momento que vira fonte de energia para alguém, ganha, de alguma maneira, uma missão nova.

Conosco, as mudanças acontecem também. Nascemos feito pedra bruta e temos uma existência para lapidarmos seu brilho ou o deteriorarmos. O lapidar requer o estopim do livre arbítrio. A vontade. O querer. E isso tem uma força muito grande. De dentro para fora. Processo individual. Ninguém é obrigado a querer mudar sua versão original - mas será que de fato temos essa escolha? A lapidação seria uma forma de evolução? Involução?

Essas provocações, por mais inúteis que possam parecer, podem cumprir sua missão, seja no campo filosófico, social, mental ou qualquer outro. A mim, remonta à resiliência. Quanto mais atenta eu fico, mais admiro os seres resilientes. Essa capacidade de adaptação, superação, contentamento conquistam uma profunda admiração.

A habilidade que uma pessoa tem de adaptar-se às mudanças, conseguir retornar ao estado natural, contentar-se com a necessidade de evolução me impressionam. Creio que a resiliência seria a força de sustentação dessa transformação lapidar do ser humano. Somada a tantos outros fatores, é claro. Mas de uma forma ou de outra, ando percebendo que as pessoas que dominam essa capacidade agregam invariavelmente tantas outras habilidades que deveriam florescer coletivamente.

Que missão interessante foi impregnada à pedra com a qual fui presenteada. Disseram-me: “é a pedra do amor e da paz, que possibilita a cura interior, a purificação do corpo e do lar.” Que super presente. Que intenção maravilhosa. Quem dera a cada lembrança que damos e recebemos impregnássemos com uma energia dessas. Eu acredito, de verdade. E por isso presenteio com flores. Flores de luz! Eis que é chegada a primavera, e olha que incrível, flores de luz para todos nós. Em tempos sombrios, que elas sejam a esperança por dias melhores. E que sua energia alcance e transforme todos os lares.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Investir é se educar

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Conhecer as opções e os objetivos de diferentes produtos financeiros, também é educação financeira. Hoje eu quero desabafar; botar para fora toda a minha indignação da exploração pela falta de conhecimento. Aqui, neste espaço, minha missão sempre foi dividir aprendizado. Contudo, apesar de um cenário difícil - quiçá cruel –, me motivo ao perceber o quão distante estou de cumpri-la. Neste texto, vou abrir algumas práticas comuns de grandes instituições financeiras responsáveis pela, antes dita, exploração pela falta de conhecimento.

Conhecer as opções e os objetivos de diferentes produtos financeiros, também é educação financeira. Hoje eu quero desabafar; botar para fora toda a minha indignação da exploração pela falta de conhecimento. Aqui, neste espaço, minha missão sempre foi dividir aprendizado. Contudo, apesar de um cenário difícil - quiçá cruel –, me motivo ao perceber o quão distante estou de cumpri-la. Neste texto, vou abrir algumas práticas comuns de grandes instituições financeiras responsáveis pela, antes dita, exploração pela falta de conhecimento.

 Antes de mais nada, títulos de capitalização não são investimentos; não é qualquer título de renda fixa que vai ser bom para você; e por fim, mas não menos importante, escolhas ruins fazem você perder dinheiro. Que tal um pouco de conhecimento para chegarmos juntos a uma conclusão? Pode ser o caminho para desenvolver seu senso crítico financeiro.

  • Seu dinheiro perde poder de compra com o passar do tempo;
  • Depender de sorte não é investir;
  • Você precisa saber o tempo de resgate dos seus investimentos;
  • Se todo investimento tem risco, qual é o do seu investimento?

Títulos de capitalização e títulos de renda fixa são os produtos de captação mais populares em grandes instituições financeiras. Um, de fato, é investimento e pode ser uma ótima opção se escolhido com cautela e entendendo as necessidades do cliente investidor; o outro, por sua vez, é apenas uma péssima decisão a ser tomada para o seu dinheiro.

  • Títulos de capitalização: lembrando mais uma vez (em alto tom de ironia), não são investimentos! Basicamente, funcionam como um tipo de economia programada na qual o banco está autorizado a fazer determinada retirada mensal de sua conta corrente para comprar o título. Parece uma boa ideia pelo ponto de vista poupador, mas vai por mim: seria melhor deixar aplicações programadas na caderneta de poupança. Estes títulos são formas de captar dinheiro para os bancos e a única forma de você, cliente, sair com alguma rentabilidade é ter a sorte de ser contemplado nos sorteios que são feitos periodicamente. No final das contas, quem ganha mesmo é o banco, pois ao final do período predeterminado do título só retorna ao cliente a quantia aplicada ao longo do tempo; sem – ou pouquíssima – nenhuma rentabilidade.

Ou seja, você perde dinheiro.

  • Títulos de renda fixa: neles você pode investir “sem medo” (entre muitas aspas). O primeiro passo a ser dado é a transparência dos dados acerca do investimento. Liquidez, risco e rentabilidade são os três pontos a serem muito bem analisados em seus investimentos – inclusive em renda fixa. Dia desses, numa ligação com um novo cliente, identifiquei mais um caso lamentável da falta de transparência: numa agência bancária, seu gerente havia recomendado um determinado CDB sob a alegação de uma boa escolha. Assim, sem ao menos transparência como base de um bom argumento. Por fim, o cliente se viu num produto com prazo de vencimento (liquidez) acima de dez anos. Contudo, ainda que o resgate pudesse ser antecipado e em poucos dias o dinheiro estivesse disponível, o cliente só teria direito ao capital alocado inicialmente e sem a incidência de juros.

Ou seja, o cliente perdeu dinheiro (e você também).

Investir é fundamental para construir patrimônio e projetar o futuro com qualidade de vida. Não desista por experiências ruins; você só precisa de uma orientação especializada. O mundo tem passado por grandes mudanças e, com isso, novas profissões vêm surgindo; inclusive a de assessores e consultores de investimentos. Ademais, o que você realmente precisa, independente do profissional intermediador, é a atenção e sabedoria de quem pode, de fato, manter transparência e vontade de disseminar educação financeira.

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.

Risco real

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Para pensar:
"É uma falta de responsabilidade esperarmos que alguém faça as coisas por nós.”
John Lennon

Para refletir:
“A esperança é o sonho do homem acordado.”
Aristóteles

Risco real

Em meio a tanta politização e tanta desinformação a coluna divide com os leitores alguns dados com a intenção de relembrar os riscos ainda representados pela Covid-19, e também acenar um pouco de esperança com bases reais.

Primeiro a má (1)

Para pensar:
"É uma falta de responsabilidade esperarmos que alguém faça as coisas por nós.”
John Lennon

Para refletir:
“A esperança é o sonho do homem acordado.”
Aristóteles

Risco real

Em meio a tanta politização e tanta desinformação a coluna divide com os leitores alguns dados com a intenção de relembrar os riscos ainda representados pela Covid-19, e também acenar um pouco de esperança com bases reais.

Primeiro a má (1)

O Brasil registrou este ano o mês de agosto mais mortal desde que se iniciou a série histórica de estatísticas dos cartórios de registro civil brasileiros contabilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2002.

Os dados catalogados pelo Instituto com base nos registros dos cartórios até 2018 (última divulgação), comparados aos anos de 2019 e 2020 disponíveis no Portal da Transparência dos Cartórios (transparencia.registrocivil.org.br), apontam um total de 126.717 óbitos no mês, representando um aumento de 17,1% em relação aos 108.178 registrados em agosto de 2019.

Primeiro a má (2)

O recorde de óbitos em agosto deste ano também é confirmado na pesquisa histórica Estatísticas do Registro Civil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que também utiliza como fonte primária os dados dos cartórios brasileiros.

O registro de 2020 também é 12,6% superior aos 112.573 óbitos registrados em agosto de 2018 e aos 112.116 registrados em agosto de 2017, e 17,3% maior que os 108.070 registros de agosto de 2016.

Incontornável

Os dados sobre o número total de registros de óbitos são importantes, pois tornam irrelevantes as especulações em torno de qualquer eventual equívoco na determinação da causa da morte.

Um aumento de 17% em relação ao mesmo mês no ano anterior representa um fato sólido e significativo demais para ser ignorado por retóricas convenientes ou simplesmente irresponsáveis.


Agora a boa (1)

Por outro lado, o mês de agosto apontou o menor número de registros de óbitos por Covid-19 desde o mês de maio, com 24.966 falecimentos, queda de 13,7% em relação a julho, quando foram registradas 28.916 mortes pela doença.

Já com relação à soma dos óbitos por doenças respiratórias no Brasil, agosto registrou 55.359 óbitos, queda de 8,1% em comparação ao mês de julho, quando foram registrados 60.270 falecimentos, e o menor número de mortes por estas causas desde o mês de maio.

Outros fatores

O leitor deve ter notado que o número de óbitos por Covid supera a diferença de óbitos existente entre os meses de agosto de 2019 e 2020.

À primeira vista isso sugere um excesso de notificações da doença, mas o fato é que existem diversos outros fatores envolvidos, desde a interseção de óbitos que também teriam ocorrido por outras causas até pequenas contaminações em razão da ampliação extraordinária do prazo para registro.

Momento de exceção

De fato, na pandemia alguns estados abriram a possibilidade de se registrar em um prazo que pode chegar a até 60 dias.

A lei 6.015/73 prevê um prazo de até cinco dias para a lavratura do registro de óbito, enquanto a norma do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) prevê que os cartórios devam enviar seus registros à central nacional em até oito dias após a efetuação do óbito.

Agora a boa (2)

Estima-se ainda que atualmente a taxa de transmissão em território nacional esteja em torno de 0,9, o que significa dizer que 100 infectados estão transmitindo para aproximadamente 90 pessoas.

Um cenário de queda, portanto.

Naturalmente existem regiões no Brasil na contramão desta tendência.

Ainda assim, no entanto, é certamente um indicador muito positivo e que merece ser compartilhado.

Agora imaginem como poderíamos estar, se cada um estivesse fazendo a sua parte...

Mutirão

E já falamos sobre saúde, vale registrar que o Hemocentro de Nova Friburgo, irá promover mais um mutirão de doação de sangue no próximo sábado, 19; desta vez com horário estendido: das 8h às 13h.

O comparecimento da população é importante, pois os estoques estão muito baixos.

Para doar é preciso ter idade entre 16 e 69 anos, pesar mais que 50 quilos, estar em boas condições de saúde, estar alimentado e descansado, portar documento de identidade original com foto.

Sangue bom

Menores de 18 anos precisam da presença do responsável legal (pai ou mãe), bem como levar xerox da identidade e devem portar autorização.

A coluna desde já agradece aos doadores.

Confirmando

Bom, temos mais algumas confirmações eleitorais para registrar.

Na convenção do PSD foi confirmada a pré-candidatura de Juvenal Condack a prefeito e a nominata com 16 pré-candidatos a vereador. O médico Felipe Mafort também foi confirmado como pré-candidato a vice-prefeito na chapa majoritária.

Já na convenção do Psol foi confirmada a pré-candidatura de Cláudio Damião a prefeito, e a de Gustavo Caldeira a vice-prefeito, numa chapa coligada ao PCB.

A convenção também aprovou nominata com a pré-candidatura de 21 pessoas à Câmara de Vereadores.

Em tempo...

A coluna manifestou, dias atrás, a expectativa de que tenhamos vereador eleito com menos de 400 votos nas próximas eleições.

A afirmação, todavia, parece ter sido mal-compreendida.

De forma alguma isso significa que qualquer candidato que alcançar 400 votos estará eleito, mas apenas que a dinâmica do voto proporcional num cenário sem coligações pode permitir que uns entrem com poucos votos e outros fiquem de fora com votação bem mais expressiva.

Centro de Artes

Feliz por ver tantas manifestações clamando pelo retorno do indispensável Centro de Artes, a coluna une sua voz à voz do povo e repercute, também aqui, este anseio que é de todos que amam Nova Friburgo.

Precisamos mais do que nunca do Centro de Artes.

 

Publicidade
TAGS:

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.